“As mansões que se erguem diariamente em Maputo e os vários projectos de construção de condomínios servem de capa para dissimular ou esconder a origem ilícita da riqueza de muitos cidadãos” afirmou em 2011 o então Procurador-Geral da República, Augusto Paulino.
Na passada quarta-feira (25) a actual PGR disse durante a sua Informação Anual à Assembleia da República que: “O branqueamento de capitais conduz a acumulação ilícita de riqueza, daí os seus agentes, na posse de elevadas somas de valores, procuram mecanismos ardilosos para a sua ocultação, dissimulação e integração no sistema financeiro nacional através de investimentos no sector imobiliário e outras áreas”.
“Diferentemente do sector financeiro e outros, o sector imobiliário carece de uma entidade reguladora, facto que concorre para a fragilidade e deficiente fiscalização, podendo, deste modo, ser usado para actividades ou fins ilícitos como é o caso de branqueamento de capitais”.
Beatriz Buchili revelou que em conexão ao crime de branqueamento de capitais, durante o ano findo: “Foram instaurados 40 processos-crime, com 2 arquidos em prisão preventiva e 1 em liberdade provisória, contra 16, em 2016, o que representa uma subida em 24 processos”. A maioria desses processos foram registados na cidade de Maputo, seguido pela província de Nampula e a de Tete.
O @Verdade sabe que alguns dos funcionários e agentes do Estado que participaram das dívidas ilegais da Proindicus, EMATUM e MAM foram recompensados com pagamentos em dinheiro, que entrou em Moçambique em malas transportadas por cidadãos com passaporte diplomático.
À parte daqueles que investiram na restauração, em imprensa cor-de-rosa e em festas glamorosas, alguns desses cidadãos abonados com o dinheiro das dívidas ilegais investiram-no sector imobiliário de luxo que continua em franco crescimento na capital de Moçambique, apesar da crise económica e financeira.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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