É possível monitorizar em tempo real, numa plataforma de acesso livre, o desempenho energético do nZEBoffice+, que permite poupanças de energia entre os 75% e 90% e também ganhos na saúde e produtividade dos ocupantes. Promover e implementar a construção ecoeficiente e sustentável, ainda pouco conhecida em Portugal, é o grande objetivo deste projeto Passive House.
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Um estudo recente da Universidade de Harvard revela que o desempenho dos ocupantes em ambientes otimizados aumentou para o dobro em comparação com um escritório convencional.
PASSIVE HOUSE
Passive House é um conceito construtivo que define um padrão de elevado desempenho que é eficiente energeticamente, saudável, confortável, economicamente acessível e sustentável.
Saúde e conforto
A Passive House contribui para o bem-estar e saúde dos seus ocupantes. O ambiente interior numa Passive House é caracterizado pela boa qualidade do ar, conforto térmico (temperatura mínima 20ºC e temperatura máxima 25ºC) e inexistência de grandes variações térmicas.
Edifício saudável
Uma Passive House é desenvolvida tendo por base o respeito pelos princípios da física dos edifícios evitando o surgimento de patologias e optimizando o desempenho do edifício.
Eficiência energética
A Passive House é o mais elevado padrão de eficiência energética a nível mundial: as poupanças energéticas atingem os 75% em comparação com os edifícios convencionais. A Passive House é uma solução testada e com provas dadas que corresponde inteiramente à definição do NZEB – Nearly Zero Energy Building (edifício com necessidades quase nulas de energia).
Acessível
Uma Passive House pode ser construída ao mesmo preço que um edifício convencional. Os custos de operação de uma Passive House são substancialmente mais baixos que um edifício convencional devido às reduzidas necessidades energéticas e de manutenção.
Sustentável
Numa Passive House há uma redução drástica das emissões de CO2, devido à eficiência energética. O conceito Passive House contribui para a proteção climática pela menor dependência de combustíveis fósseis. As baixas necessidades energéticas de uma Passive House podem ser facilmente supridas por fontes renováveis de energia.
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Está concluído e em funcionamento o primeiro escritório e a primeira reabilitação Passive House em Portugal. Desenvolvido pela Homegrid, que trouxe para o país o conceito de casa sustentável, o nZEBoffice+ é o novo escritório da empresa e também sede da Associação Passivhaus Portugal. Localizado em Ílhavo, Aveiro, este espaço foi reabilitado segundo os princípios da construção ecoeficiente e sustentável que corresponde a elevados padrões de conforto, qualidade do ar e eficiência energética.
O projeto nZEBoffice+ e os resultados do seu desempenho serão apresentados publicamente na Roca Lisboa Gallery, no dia 28 de fevereiro, quinta-feira, pelas 18 horas. Mais informações aqui.
O nZEBoffice+ pretende ser, acima de tudo, um protótipo demonstrador que é possível implementar a construção sustentável em Portugal, permitindo poupanças de energia entre os 75% e 90%, um balanço de energia positivo com recurso a pouca potência instalada de geração de eletricidade e também ganhos na saúde e produtividade dos ocupantes.
Diferentes estudos têm mostrado a relação entre ambientes interiores saudáveis e um aumento da produtividade. Um estudo recente da Universidade de Harvard revela que o desempenho dos ocupantes em ambientes otimizados aumentou para o dobro em comparação com um escritório convencional.
Sendo a construção Passive House ainda uma realidade pouco conhecida em Portugal, os resultados do desempenho deste projeto estão disponíveis numa plataforma online de acesso livre onde é possível qualquer pessoa verificar em tempo real o desempenho do nZEBoffice+. É possível saber, a qualquer altura, qual o consumo global de energia, a produção de energia a partir dos painéis fotovoltaicos, quanto se consome gasta para aquecer e arrefecer o escritório, temperatura e humidade interior e exterior, bem como níveis de dióxido de carbono interior. O acesso pode ser feito aqui com os seguintes dados:
O pioneiro na implementação da Passive House em Portugal, João Marcelino, afirma que este projeto pretende mostrar que é possível e viável a transição para um parque edificado eficiente, confortável e saudável, referindo que “é preciso informar os técnicos e o público em geral que os edifícios são responsáveis direta e indiretamente por uma grande parte dos problemas de saúde dos portugueses e que a Passive House oferece uma resposta eficaz, custo-eficiente e com provas dadas”.
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Passive House é saúde
João Marcelino salienta que “a realidade do parque edificado em Portugal revela que não temos casas preparadas para o frio, que a qualidade do ar no interior dos edifícios em Portugal é preocupante, que a exposição ao ruído é muito elevada e que há uma elevada exposição a bolores nas casas portuguesas”.
A Associação Passivhaus Portugal alerta que o mais recente relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, divulgado em dezembro de 2018, revela uma grande preocupação com a qualidade do ar no interior dos edifícios em Portugal.
Deste relatório, a Associação destaca o facto de as doenças respiratórias serem a terceira causa de morte no país e um dos principais motivos de internamento, pelo que deve ser feita uma investigação à qualidade do ar nos edifícios portugueses para que se possa adoptar formas de melhorar a saúde. De referir também que há cada vez mais evidências de que mesmo a exposição a pequenas concentrações de poluentes é perigosa e que, por exemplo, a deficiente ventilação em infantários aumenta a percentagem de crianças com pieira ou asma.
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