O Município de Castelo de Paiva, associou-se à campanha “ Portugal Contra a Violência “ , de prevenção e combate à violência contra as mulheres e violência doméstica e apresentou ontem à noite, no Centro de Interpretação da Cultura Local, a Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica – CataVentos.
Na cerimónia realizada, marcou presença Telmo Pinto, secretário geral da CIM do Tâmega e Sousa, que se referiu à abertura desta Estrutura de Atendimento e à importância da Rede Intermunicipal e Integrada de Apoio à Vitima, orientada e definida numa estratégia concertada para os onze municípios da região, enquanto a assistente social do município, Fernanda Nunes, apresentou os valores referentes ás ultimas avaliações de violência doméstica no concelho de Castelo de Paiva, nomeadamente dados relativos a casos identificados e devidamente sinalizados.
Por sua vez, Andreia Gomes, técnica da Rede Social local, falou da importância e do interesse da estrutura de apoio à vítima CataVentos, esclarecendo detalhes sobre o modo como irá funcionar, a importância da rede municipal e integrada, do trabalho de proximidade, pró-actividade e parceria em prol de respostas assertivas às vitimas de violência doméstica, elencando os diversos apoios que esta Estrutura disponibiliza – apoio social, apoio jurídico e apoio psicológico, assim como a necessidade de um trabalho de prevenção e sensibilização junto da comunidade, em que todos devemos assumir um papel de agentes activos em prol de uma mudança de mentalidades e estereótipos.
A encerrar a sessão esteve o presidente da Câmara Municipal, José Rocha, que detém o Pelouro da Acção Social, congratulando-se com a criação desta estrutura de apoio, potenciando um conjunto de medidas que visam reforçar a resposta para prevenir e combater este flagelo traduzido nos maus tratos às mulheres e a violência doméstica que tem ganhado contornos assustadores nos últimos anos, aproveitando o autarca paivense para, neste contexto, assumir para muito breve, a concretização de uma promessa eleitoral, com a concretização urgente da Casa de Emergência Social, que responderá a situações de emergência por razões de pobreza extrema, violência doméstica, desemprego ou mesmo calamidades.
O grande objectivo, destacou o edil José Rocha, num momento em que também os constrangimentos impostos pela pandemia COVID 19 provocaram desafios acrescidos, é consolidar o sentido de responsabilidade colectiva, transmitir confiança a cada mulher, na sua luta, e à sociedade em geral, no combate a este crime, bem como divulgar as respostas e mecanismos de apoio às vítimas.
Esta iniciativa municipal que, na sessão de abertura contou com a participação da Academia de Musica de Castelo de Paiva, foi promovida em conjunto pela Rede Social, CPCJ e CataVentos, sendo pensada no apelo à intervenção de cada um de nós e divulga, de forma clara, as respostas e mecanismos de apoio às vítimas, e marcaram presença a Vereadora da Cultura Liliana Vieira, o Comandante da GNR local, Sargento Gilberto Monteiro, a representante da CPCJ, Giselda Neves, bem como a representante da Segurança Social, Isabel Nascimento.
A campanha, divulgada em vários órgãos de comunicação social de âmbito nacional, regional e local, salas de cinema, meios de transporte, postos de combustíveis, hipermercados e rede de multibancos, reforça a vigilância contra a violência doméstica e alerta para os impactos deste crime não só nas mulheres, mas também nas crianças.
Recorde-se que, a violência contra as mulheres e a violência doméstica é crime público e uma responsabilidade colectiva, pelo que em situação de gravidade deve ligar para o 800 202 148 ou enviar uma SMS para o 3060.
Carlos Oliveira