segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Bloco apresenta Moção de Censura ao Presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova

 A representante do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Condeixa-a-Nova, Gisela Almeida, apresentou hoje, 27 de fevereiro, uma moção de censura a Nuno Moita, Presidente da Câmara Municipal, cujo conteúdo reproduzimos:

MOÇÃO  DE CENSURA AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CONDEIXA

As sucessivas crises, múltiplos casos de corrupção e as múltiplas situações de falta de idoneidade política dos nomeados para o desempenho de cargos públicos de elevada responsabilidade, tem vindo a colocar em causa a boa governação das instituições e do país. Por outro lado, assistimos ao enfraquecimento, esvaziamento e erosão do Estado Democrático.

No que se refere à situação política da manutenção do cargo de Presidente da Câmara de Condeixa consideramos importante a retirada das ilações devidas, com a lucidez e ética necessárias, para a boa governação da Câmara de Condeixa.

O Dr.º Nuno Moita não ficou legalmente impedido de continuar a exercer o cargo, mas entendemos que a condenação judicial o coloca numa situação politicamente diminuída, tal como a incongruência de se ter demitido de presidente da Federação Distrital de Coimbra do PS, mantendo-se, ainda assim, como Presidente da Câmara.

Pelo respeito da ética, transparência, idoneidade e boa governação autárquica, entendemos que Nuno Moita não reúne condições  para se manter no cargo de Presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova.

Assim, a Assembleia Municipal de Condeixa-a-Nova, reunida a 27 de fevereiro de 2023, segundo o seu regimento, no estabelecido pelo Art.º 6, nº2, alínea q), delibera censurar o Presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova. 

A moção foi chumbada com os votos contra do PS, abstenção do PCP e do Chega e votos favoráveis do PSD.

Câmara de Águeda promove Congresso de Educação e Saúde Mental

 Evento visa discutir a problemática da Saúde Mental, sobretudo junto das crianças e jovens. As inscrições, gratuitas, estão abertas até ao próximo dia 6 de março
                                                   
A Câmara Municipal de Águeda promove, no próximo dia 8 de março, no Centro de Artes de Águeda, o I Congresso de Educação e Saúde Mental – Caminhos a trilhar.
“Procuramos, com este congresso, promover a discussão desta problemática, com diferentes e complementares agentes das áreas da educação e da saúde mental”, disse Marlene Gaio, Vereadora da Educação da Câmara Municipal de Águeda, acrescentando que este é um tema com “uma relevância enorme nos dias de hoje”.
As estatísticas, números e estudos da área “apontam para um agravamento da saúde mental da população em geral, sobretudo das nossas crianças e jovens”, uma realidade a que “não podemos ficar indiferentes, disse a responsável autárquica.
“Em Águeda, apostamos na implementação de políticas de intervenção precoce, ao nível da terapia da fala e sobretudo no que concerne ao tema deste congresso, à gestão das emoções e à intervenção psicológica, desde o pré-escolar, porque acreditamos no impacto positivo que têm no bem-estar dos nossos alunos”, sublinhou Marlene Gaio, esperando que neste encontro haja uma partilha, troca de conhecimentos e de ideias para serem implementadas “nas nossas comunidades educativas, de forma a que os nossos jovens possam ser cada vez mais otimistas, positivos, resilientes e capacitados para lidarem com as frustrações e as contrariedades da sua vida”.
 
Programa
O Congresso terá início às 9h30, com a receção dos participantes, sendo que a sessão de abertura, agendada para as 10h30, contará com as intervenções de Marlene Gaio (Vereadora da Educação e Ação Social da Câmara de Águeda), de Sofia Ramalho (Vice-Presidente da Ordem dos Psicólogos Portugueses) e de um membro do Governo (a designar).
“A importância da Saúde Mental”, “A Escola e a Saúde Mental – Caminhos a trilhar”, “A importância dos projetos de impacto social”, “O papel da Escola na Promoção da Saúde Mental”, “O papel das autarquias na promoção da Saúde Mental” e “O humor e a Saúde Mental” são os temas em discussão neste congresso.
Entre os diferentes agentes das áreas da educação e da saúde mental presentes no evento contam-se, por exemplo, Melanie Tavares (Instituto de Apoio à Criança), Paula Figueiras Carqueja (Associação Nacional dos Professores), Filinto Lima (Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas), Rosa Madeira e Sandra Soares (Universidade de Aveiro) e o humorista Raminhos.
Na sessão de encerramento, prevista para as 18h15, estão programadas as intervenções de Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda; Filipe Almeida, Presidente da Portugal Inovação Social; e Luís Alves, diretor da Agência Nacional Erasmus+.
O evento, de participação gratuita, tem inscrições abertas até dia 6 de março, através do link https://www.cm-agueda.pt/pages/1688, onde pode também ser consultado o programa completo.

Marinha Grande | APOSTA NA FORMAÇÃO DIGITAL DA POPULAÇÃO TRABALHADORA

 O presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), Domingos Lopes, defendeu esta segunda-feira, 27 de fevereiro, na Marinha Grande, a necessidade de apostar na qualificação da população empregada, dotando-a de competências digitais e capacitando-as para a transição digital da economia.
O responsável nacional pelo IEFP visitou as empresas Iberomoldes e Aníbal H. Abrantes, no âmbito das medidas do Estado para a transformação digital do setor empresarial, que permitiram apoiar a formação de cerca de 200 dos seus colaboradores, durante a pandemia.
Para o presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Aurélio Ferreira, “a aposta na formação dos trabalhadores é de extrema relevância, para ajustar as empresas às novas necessidades do mercado e preparando-as para a transformação digital”. Aurélio Ferreira, que acompanhou a visita, destaca que “a Marinha Grande é conhecida internacionalmente pela excelência, capacidade de inovação e desenvolvimento, competitividade e vanguarda tecnológica, em particular, nas indústrias de moldes, plásticos e vidro”.

Joaquim Menezes, presidente do Iberomoldes, apresentou um breve historial acerca deste Grupo empresarial, que começou em 1975 com duas pessoas e que, atualmente, emprega 1100 trabalhadores, exportando 95% da sua produção, 80% da qual é para a indústria automóvel e os restantes 20% são relativos a dispositivos médicos, utilidades domésticas, indústria aeroespacial, embalagem, etc.

A visita às empresas foi também presenciada pela vereadora Ana Alves Monteiro; pela vogal do Conselho Diretivo do IEFP, Ana Elisa Santos; pela diretora do Centro de Emprego de Leiria, Paula Vaz; entre outras entidades ligadas ao emprego e formação profissional da região.


Proença-a-Nova | Apresentação do livro “Texto e Contexto” foi pretexto para homenagear o seu autor

 

A apresentação do livro “Texto e Contexto. Pretexto para…”, de Gil Dias, foi o mote para reunir no dia 25 de fevereiro, no auditório municipal, familiares, amigos, colegas de trabalho e antigos e atuais alunos que homenagearam a dedicação e serviço público do seu autor ao longo das últimas décadas. Apesar de referir que a obra é uma coletânea de textos e não uma autobiografia, existem muitas referências à vida comunitária, seja através do trabalho que desenvolveu na escola pública, nas associações locais ou na política. “Nesta autobiografia, que ele não quer que seja, mas é uma autobiografia do domínio coletivo, todos nós temos aqui um bocadinho, ou seja, são as vivências dele connosco. Por isso este livro não é só dele, é de todos nós”, referiu o vice-presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Manso, que recordou muitas das suas facetas, para além da de professor: inventor, enólogo, agricultor, cantor, treinador de futebol ou organizador de eventos, só para nomear algumas.

João Manso salientou ainda o contributo de Gil Dias na coordenação do livro dos 40 anos do poder local democrático em Proença-a-Nova, editado pelo Município, ou do livro sobre os 40 anos do Grupo Coral, bem como o apoio dado na dinamização de algumas tertúlias, tendo ficado por realizar um encontro dedicada à gastronomia e literatura que foi cancelado devido à pandemia. O presidente da Câmara Municipal, João Lobo, reforçou, por sua vez, a intervenção política de alguém que, sendo do concelho vizinho de Oleiros, se tornou proencense. “O Gil deu-nos este momento para traduzir, mais uma vez, a condição da alma proencense porque é nela que reside grande parte deste livro porque também foi aqui que ela foi vivida”.

Quanto ao livro, que na capa apresenta um esboço de um homem, Gil Dias refere ser da autoria dos artistas Silvia Mathys e Cavalheiro Cardoso, com o nome «um homem faz-se». “Esse homem que se faz, ou que se foi fazendo, sou eu e obviamente que não estou feito porque nunca chegaremos à completude nesta vida. Mas é neste homem que se foi fazendo que alguns dos textos deste livro nos dão conta”, acrescenta. Esta coletânea junta dedicatórias, homenagens, intervenção cívica e política ou textos a concurso e acabam por fazer com o que autor enfrente um dos seus maiores temores: o de se expor.

Isabel Barroso, cunhada de Gil Dias que fez a revisão do livro, recordou o percurso de uma vida deste “homem de muitos ofícios e habilidades” que desde cedo “evidenciou talento, tanto de prosador como de trovador”, “dedicado à profissão, à família e aos amigos”. Recordou o papel desempenhado como impulsionador da escola pública no concelho e os dois mandatos realizados na Assembleia Municipal. “Vários foram os cargos em que os seus pares lhe reconheceram capacidade de liderança para construir pontes, como quando o elegeram presidente do Conselho Diretivo, do Conselho Geral e do clube desportivo local”.

Durante a apresentação foram lidos poemas de homenagem aos pais de Gil Dias, bem como outros poemas que fazem parte da obra, e vários convidados partilharam testemunhos da sua ligação com o autor. Editado com o apoio do Município, o livro pode ser requisitado na Biblioteca Municipal e respetivos polos.

Proença-a-Nova | Arte oriental para ver no Posto de Turismo até final de abril

 

São esculturas de budas, deuses do hinduísmo - como Shiva, peças utilitárias, estatuetas de animais e muitas outras peças temáticas que remetem para o imaginário oriental: a exposição que está patente no Posto de Turismo de Proença-a-Nova, na Rua do Rossio, é um convite a descobrir uma cultura geograficamente distante, mas que pelas trocas comerciais e ligações históricas sempre coexistiu com Portugal. Para além dos diferentes temas abordados, também os materiais utilizados são distintos, podendo encontrar-se peças em cerâmica, madeira ou bronze. Esta exposição temática, que pode ser apreciada até 30 de abril, pertence a um colecionador particular que, ao longo de décadas, tem reunido peças que remetem para o património material de diversos países asiáticos e da sua cultura que também privilegia a estados meditativos e de bem-estar.

Paralelamente, o Município irá promover dois concertos meditativos com taças tibetanas, atividade dinamizada por Rui Louro, da Sobral Slow Living, nos dias 18 de março e 15 de abril, às 18h00; e uma sessão de respiração consciente, com Rosanna Carretta, no dia 1 de abril, às 10h00. Estes eventos, que irão decorrer na Casa das Associações, têm ponto de encontro no Posto de Turismo meia hora antes da atividade para visita prévia à exposição. A participação é gratuita, mas limitada a 15 participantes, e as inscrições devem ser formalizadas no Posto de Turismo.

A 1 de março, pelas 18h30, Aula Aberta online sobre Tomada de Decisão Estratégica, Especialista Americana em processos de tomada de decisão participa em aula aberta da Católica Porto Business School


A 1 de março, pelas 18h30, a Católica Porto Business School vai realizar uma aula aberta online sobre “What is your problema solver profile?”, com Cheryl Einhorn, especialista americana em processos de tomada de decisão e resolução de problemas em contextos de elevada complexidade. A sessão contará também com a presença de Miguel Soares e Luís Marques, diretores do curso executivo em Tomada de Decisão Estratégica.
Na aula aberta será apresentado e discutido o novo livro de Cheryl Einhorn, intitulado de “Problem Solver, Maximizing Your Strenghts to Make Better Decisions”, que será lançado brevemente. Cheryl Einhorn fundou a Decisive, uma empresa de ciências da decisão que prepara pessoas e equipes para situações complexas de resolução de problemas e tomada de decisão usando o Método AREA. O AREA é um sistema de tomada de decisão baseado em evidências que controla e contraria exclusivamente o viés cognitivo para expandir o conhecimento enquanto melhora o julgamento.

A Aula Aberta, que terá lugar no próximo dia 1 de março, pelas 18h30, em formato online (via zoom), integra-se no Curso Executivo em Tomada de Decisão Estratégica, da Católica Porto Business School, que é especialmente direcionado para gestores com funções de liderança, “O curso tem como grande objetivo central dar estrutura e clareza aos processos de tomada de decisão individuais e coletivos inseridos num sistema mais global de gestão estratégica, tendo como particularidade a abordagem de contextos de elevada complexidade e incerteza”, salientam Miguel Soares e Luís Marques, diretores do Curso Executivo em Tomada de Decisão Estratégica, da Católica Porto Business School.


TIROS NOS PÉS


Qualquer presidente de um país amigo merece-nos a maior das considerações. Se o mesmo for de um país onde a língua oficial é o português, mais ainda.

O que não significa que aceitemos que o presidente do Brasil discurse na Assembleia da República na sessão comemorativa do 25 de abril. É uma data de muito significado, com uma tradição de protocolo de celebração muito próprio. Retirar o protagonismo aos nossos governantes e outras figuras gradas da Revolução dos Cravos é distorcer a tradição.

O presidente Lula da Silva nada tem a ver com esta polémica.

O que temos de estranhar é a justificação do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Cravinho. Com um à vontade preocupante, afirma que o presidente brasileiro vai estar cá entre 23 e 25 e o único dia que tem na agenda para discursar na Assembleia da República é precisamente o dia 25 de abril! Pasme-se a ligeireza do ministro de nos passar um atestado de imbecis. Pois bem sabemos que quem faz a agenda de um presidente estrangeiro é o nosso governo.

Ainda para agravar, o governante comunicou este facto sem a decisão dos únicos que tem poder para decidir quem vai discursar neste dia histórico: a própria Assembleia da República e o seu presidente. E, naturalmente, que também seria sensato que o nosso Presidente da República tivesse uma palavra. Afinal, é um dos seus homólogos que nos vem visitar.

Tiro atrás de tiro no pé. Que se passa com estes ministros? Não param de dizer e fazer besteira?

Até sou compelido a ter dó do primeiro-ministro António Costa. Com tão insensatos ministros não deve ser fácil fazer boa figura.

EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional

Destaque

Até sou compelido a ter pena do primeiro-ministro António Costa. Com tão insensatos ministros não deve ser fácil fazer boa figura.”

Cantanhede |Face à integração do Hospital e do Rovisco Pais nos CHUC. Partidos com assento na Assembleia Municipal tomam posição conjunta sobre a prestação de serviços de saúde no concelho

 

Os representantes dos três partidos com assento na Assembleia Municipal de Cantanhede articularam uma posição conjunta, no último plenário deste órgão, sobre a integração do Hospital Arcebispo João Crisóstomo e do Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro - Rovisco País no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Na versão final do documento pode ler-se que “a Assembleia Municipal de Cantanhede, consubstancia no presente documento o que são as reivindicações comuns dos três partidos que nela têm assento e que reiteram as pretensões assumidas pela Câmara Municipal, face ao noticiado projeto de integração do Hospital Arcebispo João Crisóstomo e do Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro - Rovisco País no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

O que defendemos é a criação de uma Resposta Não Programada à Doença Aguda, no Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), acompanhada de meios complementares de diagnóstico e com horário alargado, das 8h00 às 24h00, solução que de resto reporia proximidade e teria a enorme vantagem de descongestionar a urgência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, cuja capacidade de resposta está longe de ser satisfatória.

Mas defendemos também que uma solução desta natureza não pode ser implementada em prejuízo do funcionamento das Extensões de Saúde e das Unidades de Saúde Familiar, cujo corpo clínico precisa ser estabilizado para atender as necessidades das populações do concelho e cumprir bem a sua missão, o que não se compadece com a sua afetação a uma Resposta Não Programada à Doença Aguda e a consequente diminuição dos períodos de atendimento em Medicina Familiar junto das populações.

Por outro lado, entendemos, que o HAJC, além de manter o perfil assistencial atual, deve possuir também camas para internamento de doentes da especialidade de Medicina Interna, consideramos que uma Resposta Não Programada à Doença Aguda no HAJC permitiria aumentar significativamente a referenciação de doentes e aumentar as especialidades de consulta externa, defendendo-se também que devem ser desenvolvidos mecanismos para incrementar a atividade assistencial do bloco operatório e das respostas de proximidade no referido Hospital.

Quanto ao Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, deve ser garantida a manutenção do perfil assistencial, sem perda de qualquer valência das atualmente existentes, mantendo-se como Unidade de Saúde especializada e altamente diferenciada na área da Medicina Física e Reabilitação da Região Centro, o que pressupõe a concretização dos investimentos destinados a reforçar as condições para o exercício da sua missão.


Cantanhede, 23 de fevereiro de 2023


Pela Bancada do PSD:

Pela Bancada do PS:

Pela Bancada do Chega:"


Projeto-piloto "Identidade Alimentar em Viseu Dão Lafões" promove alimentação equilibrada e sustentável


Iniciativa tem como objetivo promover a dieta mediterrânica e combater o desperdício alimentar nomeadamente junto da comunidade escolar da região, investimento ultrapassa os 240 mil euros.
Desenvolvido numa parceria alargada entre os Grupos de Ação Local (GAL) e a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, este ambicioso projeto-piloto, assente na produção e no consumo locais, pretende, a longo prazo, contribuir para a adoção de uma nova estratégia alimentar em Viseu Dão Lafões. O projeto “Identidade Alimentar em Viseu Dão Lafões” resulta de uma candidatura conjunta ao Plano Nacional da Alimentação Equilibrada e Sustentável (PNAES) de 5 entidades e tem como foco principal de atuação um projeto piloto em algumas escolas da região. O investimento total ultrapassa os 240 mil euros.

Os objetivos gerais do projeto consistem na promoção da dieta mediterrânica e da literacia alimentar, assim como a educação e o combate ao desperdício alimentar, através de ações de sensibilização para uma alimentação sustentável e equilibrada.

Para alcançar estes objetivos, associaram-se os quatro GAL que intervêm no território abrangido pela Comunidade Intermunicipal. Mais concretamente, estão envolvidas a ADRIMAG - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras do Montemuro Arada e Gralheira (Castro Daire e São Pedro do Sul) que é a entidade coordenadora da parceria, a ADD - Associação de Desenvolvimento do Dão (Aguiar da Beira, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Sátão), a ADDLAP - Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva (Oliveira de Frades, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela) e a ADICES - Associação de Desenvolvimento Local (Carregal do Sal, Santa Comba Dão e Tondela), e a CIM Viseu Dão Lafões que integra os 14 municípios da região.

Na primeira reunião de trabalho, a parceria abordou os cinco objetivos específicos definidos na fase de candidatura do projeto. Estes passam por “incentivar o consumo de produtos locais, em consonância com os princípios da Dieta Mediterrânica”; “Promover o consumo com Identidade Alimentar Mediterrânica Territorial, melhorando a qualidade nutricional da oferta alimentar e combatendo a precariedade alimentar”; “Realizar ações de aconselhamento e de sensibilização sobre a Dieta Mediterrânica, promovendo e valorizando os produtos endógenos, os produtos de qualidade certificada e a Dieta Mediterrânica”; “Promover a adoção de uma alimentação sustentável, através da educação” e “Promover a economia e o desenvolvimento socioeconómico na região de Viseu Dão Lafões”.

O público-alvo a atingir pelo projeto é constituído por crianças do 1.º Ciclo do Ensino Básico, numa faixa etária entre os 6 e os 10 anos de idade, a que acrescem diretores, funcionários e utentes das instituições de âmbito social, diretores e docentes dos estabelecimentos escolares, autarcas, produtores e comunidade local em geral. Estão já previstas diversas intervenções públicas, que visam o envolvimento de todos os agentes neste processo.

O projeto vai vigorar até dezembro de 2024 e pressupõe um plano de ação detalhado, ao longo de quase dois anos, assente em três eixos de intervenção. O primeiro eixo, com o nome “Dieta Mediterrânica”, prevê a identificação dos elementos da dieta mediterrânica em cada território. Inserido neste eixo estão ações como a criação de um Manual de Identidade Alimentar Territorial e de um Plano de Atuação Territorial.

O segundo eixo designa-se “Literacia Alimentar e Educação” e vai dar a conhecer e promover o consumo com identidade alimentar mediterrânica territorial, sensibilizando para o facto de este combater o desperdício alimentar. O eixo integra ações como um programa de mentoria, com a criação de kits com Identidade Alimentar Mediterrânica Territorial para IPSS, Escolas e Municípios, assim como ações de sensibilização diretas com produtores e uma ampla campanha de comunicação.

O eixo número 3 consiste na gestão de projeto, durante o qual serão realizadas várias reuniões da parceria.

Estão ainda previstas a produção de uma mascote associada ao projeto, conteúdos e gestão de redes sociais, vídeos, um jogo didático para telemóvel e merchandising variado, nomeadamente manuais A4, livros para colorir e a inclusão da localização Viseu Dão Lafões na plataforma “Prato Certo” .

“O Prato Certo tem como objetivo a sensibilização, intervenção e capacitação de indivíduos para a recolocação da alimentação saudável no seu quotidiano, fornecendo informação e ferramentas para o reconhecimento do estilo de vida mediterrânico.” Trata-se de um projeto pioneiro implementado pela IN LOCO, em continuidade do projeto piloto do Observatório da Segurança Alimentar. Os Grupos de Ação Local, em parceria com a CIM, recorreram a este instrumento de apoio (PNAES), para promover as boas práticas subjacentes a esta temática, adaptando-as aos seus territórios com perspetiva de criação de uma Rede Nacional.

Os Grupos de Ação Local referem que “este projeto é de fundamental importância para o nosso território pois dá continuidade a um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos 30 anos de intervenção da associação. A Alimentação equilibrada e sustentável, e o trabalho de fileira que permite desde a produção e o consequente uso dos solos, até aos mercados de proximidade, passando pelo hábito do gosto ou fundamentalmente pela transformação da alimentação em função do ciclo da natureza e não em função do ciclo da refrigeração, como hoje acontece, é fundamental na Estratégia de Desenvolvimento Local (EDL) que estamos a desenhar para o futuro dos nossos territórios.

Com este projeto queremos articular diferentes intervenções integradas que permitem perspetivar a intervenção no território, tendo por base a metodologia LEADER, construção com a comunidade e não para a comunidade, num processo participado por todos os atores públicos e privado com intervenção na região.”

Fernando Ruas, Presidente da CIM Viseu Dão Lafões, sublinha que “A CIM realizou um trabalho prévio de mapeamento do mercado institucional de alimentos de Viseu Dão Lafões, fruto também deste trabalho foi possível lançar este projeto que é estruturante para as populações que servimos. A longo prazo, temos a expetativa de que esta iniciativa contribua para a consciencialização dos impactos que as escolhas alimentares têm a vários níveis, seja na saúde, na economia local e até na preservação do meio ambiente. Aspiramos a que haja um crescimento do consumo dos produtos locais, nomeadamente dos produtos de época, promovendo assim uma alimentação mais sustentável e alinhada, igualmente, com a estratégia do Pacto Ecológico Europeu.

“Estamos também a considerar, a médio-longo prazo, o alargamento deste projeto, ainda que de forma faseada, ao universo de toda a Comunidade Intermunicipal, em termos escolares e entidades da economia social.”, acrescenta o Presidente da Comunidade intermunicipal.

  

Investigação conclui que o consumo de pescada pode ter efeitos adversos para a saúde devido a valores elevados de mercúrio

 

Serão os níveis de mercúrio presentes nos produtos da pesca adequados para garantir baixo risco para as populações que consomem muito peixe? Um novo estudo liderado por cientistas do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) revela que os valores de mercúrio mais elevados foram determinados em espécies carnívoras (que se alimentam de animais mais pequenos), como a pescada, podendo ter efeitos adversos para a saúde humana devido à concentração de mercúrio.

Tendo em conta as porções diárias recomendadas na Roda dos Alimentos que definem uma alimentação completa e equilibrada, o estudo “Are mercury levels in fishery products appropriate to ensure low risk to high fish-consumption populations?” determinou a frequência semanal com que a população residente em Portugal pode consumir bacalhau, pescada e polvo cozido, bem como carapau e sardinha grelhados, de forma a prevenir efeitos adversos para a saúde, uma vez que algumas espécies marinhas podem conter elevadas concentrações de metilmercúrio.

O metilmercúrio, explica Elsa Teresa Rodrigues, coordenadora do estudo e investigadora do DCV e do Centre for Functional Ecology (CFE) é «uma forma química do mercúrio com potencial de bioacumulação nos tecidos biológicos e com elevada neurotoxicidade, tendo-se verificado neste estudo que a pescada (com mais de 1kg) cozida e consumida mais do que uma vez por semana, e carapau (de 35-40 cm) grelhado e consumido mais do que cinco vezes por semana, ultrapassa o valor de metilmercúrio aceite como seguro e estabelecido pela Agência Europeia para a Segurança Alimentar. Já bacalhau e polvo cozidos, assim como sardinha grelhada, quando adquiridos e cozinhados nas condições testadas, podem ser consumidos sem restrições», revela.

Para chegar a estes resultados, a equipa da FCTUC adquiriu os produtos frescos no mercado, à exceção do bacalhau da Noruega (salgado e seco), e simulou os métodos culinários tradicionais em laboratório. «A deteção e quantificação do mercúrio total e do metilmercúrio presente nas amostras cruas e cozinhadas foi feita por espectrometria de absorção atómica com combustão direta da amostra», descreve Elsa Teresa Rodrigues.

De acordo com os cientistas do DCV, «verificou-se que os tratamentos culinários testados resultaram sempre num aumento da concentração de mercúrio; e que em todas as situações testadas (amostras cruas e cozinhadas, mercúrio total e metilmercúrio), os níveis mais elevados foram determinados na pescada e no carapau».

«Além do conhecimento científico produzido, com este estudo contribuímos para um regime alimentar seguro e saudável da população residente em Portugal, uma vez que respondemos a um dos desafios societais associados ao setor alimentar: ajudar a escolha informada dos consumidores», conclui a equipa.

Desta investigação, financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), além do DCV, fazem ainda parte da equipa cientistas da Universidade de Aveiro.

Sara Machado

Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia

Centro de Artes de Águeda integra Rede Portuguesa de Arte Contemporânea


DGARTES – Direção-Geral das Artes incluiu o CAA entre os espaços culturais nacionais de referência na área da arte contemporânea             
O Centro de Artes de Águeda (CAA) integra a lista restrita de equipamentos/espaços fundadores da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), num processo que foi coordenado pela Direção-Geral das Artes. A rede, constituída por 58 entidades que dinamizam 66 espaços de fruição e criação artística no âmbito da arte contemporânea em todo o país, assegura uma ampla cobertura do território nacional.
“Integrar esta rede é um reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido na promoção da arte e cultura a partir de Águeda, e em particular da arte contemporânea. Através desta plataforma, conseguimos ampliar o acesso e a divulgação nas esferas nacional e internacional da arte contemporânea”, disse Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, acrescentando que esta adesão “não é uma meta, mas um ponto de partida para continuarmos a fazer mais e melhor pela difusão e valorização da arte e cultura”.
 
Para além do trabalho de parceria com os vários espaços desta rede nacional, a integração do CAA na RPAC permitirá o acesso a linhas de apoio destinadas a projetos de coorganização e circulação de exposições, de mediação e de formação.
 
A estratégia programática do CAA assente na diversidade artística (integrando as várias disciplinas, como a escultura, fotografia, pintura, instalação, etc., nos projetos expositivos), a aposta na promoção da arte contemporânea e a sensibilização de públicos para esta produção artística, através da conceção ou acolhimento de exposições temporárias e de longa duração e do desenvolvimento e dinamização de ações de mediação, permitindo o acesso do público a diferentes linguagens artísticas foram alguns dos critérios tidos em conta no processo de candidatura que culminou com a integração do CAA nesta rede de âmbito nacional.
No que se refere a exposições, foi igualmente destacado o segmento expositivo que o CAA promove, na sala estúdio, composto por exposições de dimensão inferior, de curta duração (normalmente de um mês) e que privilegia o trabalho desenvolvido por artistas locais e/ou emergentes, pretendendo difundir, promover e apoiar as novas criações no domínio das artes plásticas.
 
O Ciclo “O Desenho como Pensamento”, que tem o Alto Patrocínio do Presidente da República e que ocupa um lugar de destaque na estratégia do CAA devido não só à dimensão do projeto, como também à diversidade de espaços que envolve e ao número de artistas que reúne, foi também destacado nesta candidatura.
Nos critérios analisados pela DGArtes, de referir as atividades desenvolvidas no âmbito da mediação cultural, com o Projeto Educativo e Mediação de Públicos do CAA, que centra a sua ação junto das escolas e comunidade em geral, abrangendo crianças, jovens, adultos e seniores que visitem o CAA individualmente ou em grupos organizados, e que foi reconhecido pela programação que realiza.
 
As ações dirigidas ao público escolar incluem visitas orientadas, oficinas e o desenvolvimento de projetos conjuntos e mais duradouros, que articulam os conteúdos curriculares com as práticas artísticas e que vão ao encontro dos objetivos do Plano Nacional das Artes.

Rede nacional
Na Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC) estão reunidos o universo das diversas entidades de arte contemporânea, dispersas por todo o país, com atividade predominante nas áreas das artes visuais e cruzamento disciplinar, o que permite promover o trabalho em rede e contribuir para aumentar as práticas de descentralização estabelecendo sinergias entre espaços expositivos, colecionadores, programadores, curadores e artistas.
 
Com uma visão política e um plano de estratégias estruturadas que visam o estímulo, valorização e promoção da arte contemporânea produzida em território nacional, a RPAC, que abrange 36 concelhos de Portugal continental e regiões autónomas, surge com o propósito de contribuir na correção das assimetrias regionais e para promover uma maior circulação, promoção e aproveitamento da arte contemporânea por todo o espaço nacional, do continente e das ilhas.
 
A RPAC constitui um “instrumento fundamental da estratégia nacional para a arte contemporânea, tendo sido desenhada em articulação e alinhamento com outros instrumentos de política pública para a cultura neste domínio”.
 
Pretende-se ainda, com esta Rede, consolidar o mapeamento das estruturas culturais públicas e privadas existentes a nível nacional, dinamizar os equipamentos que a integram, transformar e apoiar na transição digital os equipamentos dedicados preeminentemente e de forma regular e contínua à promoção de atividades culturais no âmbito da arte contemporânea.
 
Depois desta primeira lista de entidades fundadoras da RPAC, da qual o Centro de Artes de Águeda faz parte, outros espaços culturais podem candidatar-se a aderir à rede, sempre sob supervisão e coordenação da DGArtes.