segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
Bloco apresenta Moção de Censura ao Presidente da Câmara de Condeixa-a-Nova
Câmara de Águeda promove Congresso de Educação e Saúde Mental
Marinha Grande | APOSTA NA FORMAÇÃO DIGITAL DA POPULAÇÃO TRABALHADORA
Proença-a-Nova | Apresentação do livro “Texto e Contexto” foi pretexto para homenagear o seu autor
A apresentação do livro “Texto e Contexto. Pretexto para…”, de Gil Dias, foi o mote para reunir no dia 25 de fevereiro, no auditório municipal, familiares, amigos, colegas de trabalho e antigos e atuais alunos que homenagearam a dedicação e serviço público do seu autor ao longo das últimas décadas. Apesar de referir que a obra é uma coletânea de textos e não uma autobiografia, existem muitas referências à vida comunitária, seja através do trabalho que desenvolveu na escola pública, nas associações locais ou na política. “Nesta autobiografia, que ele não quer que seja, mas é uma autobiografia do domínio coletivo, todos nós temos aqui um bocadinho, ou seja, são as vivências dele connosco. Por isso este livro não é só dele, é de todos nós”, referiu o vice-presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Manso, que recordou muitas das suas facetas, para além da de professor: inventor, enólogo, agricultor, cantor, treinador de futebol ou organizador de eventos, só para nomear algumas.
João Manso salientou ainda o contributo de Gil Dias na coordenação do livro dos 40 anos do poder local democrático em Proença-a-Nova, editado pelo Município, ou do livro sobre os 40 anos do Grupo Coral, bem como o apoio dado na dinamização de algumas tertúlias, tendo ficado por realizar um encontro dedicada à gastronomia e literatura que foi cancelado devido à pandemia. O presidente da Câmara Municipal, João Lobo, reforçou, por sua vez, a intervenção política de alguém que, sendo do concelho vizinho de Oleiros, se tornou proencense. “O Gil deu-nos este momento para traduzir, mais uma vez, a condição da alma proencense porque é nela que reside grande parte deste livro porque também foi aqui que ela foi vivida”.
Quanto ao livro, que na capa apresenta um esboço de um homem, Gil Dias refere ser da autoria dos artistas Silvia Mathys e Cavalheiro Cardoso, com o nome «um homem faz-se». “Esse homem que se faz, ou que se foi fazendo, sou eu e obviamente que não estou feito porque nunca chegaremos à completude nesta vida. Mas é neste homem que se foi fazendo que alguns dos textos deste livro nos dão conta”, acrescenta. Esta coletânea junta dedicatórias, homenagens, intervenção cívica e política ou textos a concurso e acabam por fazer com o que autor enfrente um dos seus maiores temores: o de se expor.
Isabel Barroso, cunhada de Gil Dias que fez a revisão do livro, recordou o percurso de uma vida deste “homem de muitos ofícios e habilidades” que desde cedo “evidenciou talento, tanto de prosador como de trovador”, “dedicado à profissão, à família e aos amigos”. Recordou o papel desempenhado como impulsionador da escola pública no concelho e os dois mandatos realizados na Assembleia Municipal. “Vários foram os cargos em que os seus pares lhe reconheceram capacidade de liderança para construir pontes, como quando o elegeram presidente do Conselho Diretivo, do Conselho Geral e do clube desportivo local”.
Durante a apresentação foram lidos poemas de homenagem aos pais de Gil Dias, bem como outros poemas que fazem parte da obra, e vários convidados partilharam testemunhos da sua ligação com o autor. Editado com o apoio do Município, o livro pode ser requisitado na Biblioteca Municipal e respetivos polos.
Proença-a-Nova | Arte oriental para ver no Posto de Turismo até final de abril
São esculturas de budas, deuses do hinduísmo - como Shiva, peças utilitárias, estatuetas de animais e muitas outras peças temáticas que remetem para o imaginário oriental: a exposição que está patente no Posto de Turismo de Proença-a-Nova, na Rua do Rossio, é um convite a descobrir uma cultura geograficamente distante, mas que pelas trocas comerciais e ligações históricas sempre coexistiu com Portugal. Para além dos diferentes temas abordados, também os materiais utilizados são distintos, podendo encontrar-se peças em cerâmica, madeira ou bronze. Esta exposição temática, que pode ser apreciada até 30 de abril, pertence a um colecionador particular que, ao longo de décadas, tem reunido peças que remetem para o património material de diversos países asiáticos e da sua cultura que também privilegia a estados meditativos e de bem-estar.
Paralelamente, o Município irá promover dois concertos meditativos com taças tibetanas, atividade dinamizada por Rui Louro, da Sobral Slow Living, nos dias 18 de março e 15 de abril, às 18h00; e uma sessão de respiração consciente, com Rosanna Carretta, no dia 1 de abril, às 10h00. Estes eventos, que irão decorrer na Casa das Associações, têm ponto de encontro no Posto de Turismo meia hora antes da atividade para visita prévia à exposição. A participação é gratuita, mas limitada a 15 participantes, e as inscrições devem ser formalizadas no Posto de Turismo.
A 1 de março, pelas 18h30, Aula Aberta online sobre Tomada de Decisão Estratégica, Especialista Americana em processos de tomada de decisão participa em aula aberta da Católica Porto Business School
TIROS NOS PÉS
Qualquer presidente de um país amigo merece-nos a maior das considerações. Se o mesmo for de um país onde a língua oficial é o português, mais ainda.
O que não significa que aceitemos que o presidente do Brasil discurse na Assembleia da República na sessão comemorativa do 25 de abril. É uma data de muito significado, com uma tradição de protocolo de celebração muito próprio. Retirar o protagonismo aos nossos governantes e outras figuras gradas da Revolução dos Cravos é distorcer a tradição.
O presidente Lula da Silva nada tem a ver com esta polémica.
O que temos de estranhar é a justificação do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Cravinho. Com um à vontade preocupante, afirma que o presidente brasileiro vai estar cá entre 23 e 25 e o único dia que tem na agenda para discursar na Assembleia da República é precisamente o dia 25 de abril! Pasme-se a ligeireza do ministro de nos passar um atestado de imbecis. Pois bem sabemos que quem faz a agenda de um presidente estrangeiro é o nosso governo.
Ainda para agravar, o governante comunicou este facto sem a decisão dos únicos que tem poder para decidir quem vai discursar neste dia histórico: a própria Assembleia da República e o seu presidente. E, naturalmente, que também seria sensato que o nosso Presidente da República tivesse uma palavra. Afinal, é um dos seus homólogos que nos vem visitar.
Tiro atrás de tiro no pé. Que se passa com estes ministros? Não param de dizer e fazer besteira?
Até sou compelido a ter dó do primeiro-ministro António Costa. Com tão insensatos ministros não deve ser fácil fazer boa figura.
EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional
Destaque
“Até sou compelido a ter pena do primeiro-ministro António Costa. Com tão insensatos ministros não deve ser fácil fazer boa figura.”
Cantanhede |Face à integração do Hospital e do Rovisco Pais nos CHUC. Partidos com assento na Assembleia Municipal tomam posição conjunta sobre a prestação de serviços de saúde no concelho
Os representantes dos três partidos com assento na Assembleia Municipal de Cantanhede articularam uma posição conjunta, no último plenário deste órgão, sobre a integração do Hospital Arcebispo João Crisóstomo e do Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro - Rovisco País no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
Na versão final do documento pode ler-se que “a Assembleia Municipal de Cantanhede, consubstancia no presente documento o que são as reivindicações comuns dos três partidos que nela têm assento e que reiteram as pretensões assumidas pela Câmara Municipal, face ao noticiado projeto de integração do Hospital Arcebispo João Crisóstomo e do Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro - Rovisco País no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
O que defendemos é a criação de uma Resposta Não Programada à Doença Aguda, no Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), acompanhada de meios complementares de diagnóstico e com horário alargado, das 8h00 às 24h00, solução que de resto reporia proximidade e teria a enorme vantagem de descongestionar a urgência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, cuja capacidade de resposta está longe de ser satisfatória.
Mas defendemos também que uma solução desta natureza não pode ser implementada em prejuízo do funcionamento das Extensões de Saúde e das Unidades de Saúde Familiar, cujo corpo clínico precisa ser estabilizado para atender as necessidades das populações do concelho e cumprir bem a sua missão, o que não se compadece com a sua afetação a uma Resposta Não Programada à Doença Aguda e a consequente diminuição dos períodos de atendimento em Medicina Familiar junto das populações.
Por outro lado, entendemos, que o HAJC, além de manter o perfil assistencial atual, deve possuir também camas para internamento de doentes da especialidade de Medicina Interna, consideramos que uma Resposta Não Programada à Doença Aguda no HAJC permitiria aumentar significativamente a referenciação de doentes e aumentar as especialidades de consulta externa, defendendo-se também que devem ser desenvolvidos mecanismos para incrementar a atividade assistencial do bloco operatório e das respostas de proximidade no referido Hospital.
Quanto ao Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, deve ser garantida a manutenção do perfil assistencial, sem perda de qualquer valência das atualmente existentes, mantendo-se como Unidade de Saúde especializada e altamente diferenciada na área da Medicina Física e Reabilitação da Região Centro, o que pressupõe a concretização dos investimentos destinados a reforçar as condições para o exercício da sua missão.
Cantanhede, 23 de fevereiro de 2023
Pela Bancada do PSD:
Pela Bancada do PS:
Pela Bancada do Chega:"
Projeto-piloto "Identidade Alimentar em Viseu Dão Lafões" promove alimentação equilibrada e sustentável
Investigação conclui que o consumo de pescada pode ter efeitos adversos para a saúde devido a valores elevados de mercúrio
Serão os níveis de mercúrio presentes nos produtos da pesca adequados para garantir baixo risco para as populações que consomem muito peixe? Um novo estudo liderado por cientistas do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) revela que os valores de mercúrio mais elevados foram determinados em espécies carnívoras (que se alimentam de animais mais pequenos), como a pescada, podendo ter efeitos adversos para a saúde humana devido à concentração de mercúrio.
Tendo em conta as porções diárias recomendadas na Roda dos Alimentos que definem uma alimentação completa e equilibrada, o estudo “Are mercury levels in fishery products appropriate to ensure low risk to high fish-consumption populations?” determinou a frequência semanal com que a população residente em Portugal pode consumir bacalhau, pescada e polvo cozido, bem como carapau e sardinha grelhados, de forma a prevenir efeitos adversos para a saúde, uma vez que algumas espécies marinhas podem conter elevadas concentrações de metilmercúrio.
O metilmercúrio, explica Elsa Teresa Rodrigues, coordenadora do estudo e investigadora do DCV e do Centre for Functional Ecology (CFE) é «uma forma química do mercúrio com potencial de bioacumulação nos tecidos biológicos e com elevada neurotoxicidade, tendo-se verificado neste estudo que a pescada (com mais de 1kg) cozida e consumida mais do que uma vez por semana, e carapau (de 35-40 cm) grelhado e consumido mais do que cinco vezes por semana, ultrapassa o valor de metilmercúrio aceite como seguro e estabelecido pela Agência Europeia para a Segurança Alimentar. Já bacalhau e polvo cozidos, assim como sardinha grelhada, quando adquiridos e cozinhados nas condições testadas, podem ser consumidos sem restrições», revela.
Para chegar a estes resultados, a equipa da FCTUC adquiriu os produtos frescos no mercado, à exceção do bacalhau da Noruega (salgado e seco), e simulou os métodos culinários tradicionais em laboratório. «A deteção e quantificação do mercúrio total e do metilmercúrio presente nas amostras cruas e cozinhadas foi feita por espectrometria de absorção atómica com combustão direta da amostra», descreve Elsa Teresa Rodrigues.
De acordo com os cientistas do DCV, «verificou-se que os tratamentos culinários testados resultaram sempre num aumento da concentração de mercúrio; e que em todas as situações testadas (amostras cruas e cozinhadas, mercúrio total e metilmercúrio), os níveis mais elevados foram determinados na pescada e no carapau».
«Além do conhecimento científico produzido, com este estudo contribuímos para um regime alimentar seguro e saudável da população residente em Portugal, uma vez que respondemos a um dos desafios societais associados ao setor alimentar: ajudar a escolha informada dos consumidores», conclui a equipa.
Desta investigação, financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), além do DCV, fazem ainda parte da equipa cientistas da Universidade de Aveiro.
Sara Machado
Centro de Artes de Águeda integra Rede Portuguesa de Arte Contemporânea