Cerca de 670 pessoas participaram sexta-feira, 07 de junho, numa atividade relacionada com esta técnica de pesca tradicional, praticada há séculos na Praia da Tocha. Além dos alunos, participaram na iniciativa cerca de meio milhar de pais e encarregados de educação, familiares e amigos, 40 operacionais e assistentes técnicos, e ainda 75 professores.
De manhã cedo, o barco entrou no mar para lançar as redes. Os alunos já tinham, entretanto, pisado a areia, envergando uma t-shirt alusiva à atividade e com o natural entusiasmo que lhes é característico.
A animação subiu de tom à medida que as redes começaram a ser puxadas pela força das próprias mãos. E assim que se avistaram os peixes a saltar nas redes, foi uma alegria. Para muitos terá sido a primeira vez que viram os peixes ainda vivos a sair do mar.
Escolhido o peixe para venda, faz parte da tradição seguir-se a distribuição dos quinhões pelo arrais.
Entre várias entidades locais, também a Proteção Civil Municipal, assim como os autarcas de freguesia da Tocha e da Sanguinheira, e os vereadores Pedro Cardoso e Fernando Pais Alves, marcaram presença.
“Esta é uma iniciativa meritória do Agrupamento de Escolas Gândara-Mar, da maior relevância em termos educativos e culturais. É ainda uma oportunidade única para recuperar este património cultural imaterial da Arte Xávega, para preservar a memória histórica e identitária deste território, reviver tradições, e ainda mais, unir gerações. É assim que se constrói o futuro”, destacou o vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, com o pelouro da Educação, Pedro Cardoso.
Para João Gomes, diretor do Agrupamento de Escolas Gândara-Mar, “a exposição dos alunos à Arte Xávega é fundamental na valorização desta atividade praticada pelos seus antepassados. Os alunos tiveram a oportunidade de apreciar técnicas ancestrais além de refletir sobre a importância e a preservação ambiental”.
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