segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Águeda | Troço de Serém do IC2 reaberto ao trânsito


Esta via, uma das principais do concelho, estava cortada desde março, na sequência de um deslizamento de terras

Foi restabelecida, hoje, a circulação rodoviária no troço do IC2, em Serém, na freguesia de Macinhata do Vouga. Momento foi assinalado esta tarde com a presença do Conselho de Administração da IP – Infraestruturas de Portugal, que agradeceu o empenho de todas as entidades e a “excelente articulação com a Câmara Municipal” para que fosse possível antecipar em um mês a conclusão desta obra.
“Hoje é um dia de agradecimentos, sobretudo toda a estrutura da Infraestruturas de Portugal, que foi notável em todo o processo”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, salientando que agora “tudo vai voltar à normalidade” e que esta obra “foi feita para ficar”. É uma “obra sólida”, porque “foram aqui depositados milhares de metros cúbicos de pedra, num sítio que até aqui era um aterro de areia”, declarou.
O Edil lembrou ainda os sacrifícios da população de Serém - com alguns populares que se deslocaram à zona da intervenção e aplaudiram a obra feita – que viu as suas ruas “invadidas” por um intenso tráfego, principalmente de pesados, que afetaram sobremaneira o seu quotidiano e “a qualidade de vida da população”, para além dos comerciantes e empresários nas imediações deste troço e dos utilizadores desta importante estrada.
Para Miguel Cruz, Presidente do IP, este é de facto um dia para agradecer, justamente porque “graças à colaboração das várias entidades, podemos hoje antecipar a reabertura desta via”, no que define como uma obra complexa, que “além da reposição do piso para restabelecer a circulação em segurança, foi preciso desenvolver um projeto que permitisse evitar nova derrocada”.

O dirigente salientou ainda que, apesar da urgência da obra, “todos os prazos e procedimentos de contratação pública foram escrupulosamente cumpridos”, em estreita colaboração com a Câmara Municipal e Junta de Freguesia.

Este lanço do IC2 encontrava-se interdito ao trânsito em resultado de um deslizamento de terras ocorrido em março deste ano, provocado pela saturação dos solos na envolvente da estrada, na sequência de forte intensidade de chuva num curto período de tempo, e que originou o abatimento da plataforma rodoviária.

Concluídos os trabalhos de reposição do aterro e da sua drenagem interna e superficial, longitudinal e transversal, bem como de reconstrução da plataforma rodoviária, incluindo-se pavimentação, sinalização horizontal e vertical, equipamentos de guiamento e balizagem e guardas de segurança, foi hoje possível proceder à reabertura ao tráfego deste troço e devolver à normalidade a circulação numa das principais vias de comunicação do país.

Tratou-se de uma empreitada de grande envergadura e complexidade, com um investimento de cerca de 3,2 milhões de euros e com um prazo de execução previsto terminar no início de dezembro, mas que foi possível encurtar “graças ao forte empenho das equipas da IP e do empreiteiro”, que “agarrou na obra com a noção da necessidade de se resolver com a maior brevidade possível esta situação”, frisou ainda Jorge Almeida.

A IP salienta a colaboração da Câmara Municipal de Águeda ao longo do processo, “que permitiu minimizar, através da utilização de vias municipais, os impactos da situação nas condições de mobilidade das populações que agora podem voltar a utilizar este troço do IC2 em perfeitas condições de segurança e conforto”.

*Gabinete de Comunicação e Imagem
Ana Sofia Pinheiro

 

Conferência “Construir o Turismo do Futuro" reuniu protagonistas do setor em Aveiro para preparar a Estratégia Turismo 2035


Sessão debateu os principais desafios e oportunidades que a atividade turística enfrenta nos próximos anos e contou com cerca de 600 pessoas na assistência.
O Centro de Congressos de Aveiro acolheu hoje a sexta conferência do ciclo "Construir o Turismo do Futuro", uma iniciativa nacional promovida pelo Turismo de Portugal. Sob a presidência de Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo, e perante uma assistência de cerca de 600 espectadores, o evento reuniu intervenientes do setor para recolher contributos para a nova Estratégia Turismo 2035.
A Estratégia Turismo 2035, que sucede à anterior Estratégia Turismo 2027, será um referencial estratégico atualizado para enfrentar os desafios emergentes no setor do turismo, tanto a nível nacional como global. Este processo de construção envolve uma ampla colaboração entre parceiros públicos e privados, incentivando a participação ativa de entidades que pretendam ajudar a definir as prioridades para o turismo em Portugal. Os contributos podem ser submetidos online através da plataforma “Participe na Construção do Turismo do Futuro”, em https://bit.ly/3CzxZuY.
Turismo com 27 mil milhões de euros de receitas ainda este ano

Na sessão de abertura da Conferência, moderada pelo jornalista Paulo Baldaia, Pedro Machado esteve acompanhado por Raul Almeida, Presidente da Turismo Centro de Portugal, Isabel Damasceno, Presidente da CCDR Centro, e José Ribau Esteves, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro.
O Secretário de Estado destacou o crescimento expressivo do turismo em Portugal, que irá ultrapassar os 27 mil milhões de euros de receitas ainda este ano, meta anteriormente prevista para 2027. “O Turismo é uma atividade que cresce em todo o mundo. Há cerca de 30 anos, o número de pessoas que viajavam era de 500 milhões de pessoas; atualmente dão 3 mil milhões. Isto é uma oportunidade para o nosso país, embora seja também um desafio”, afirmou Pedro Machado. “Estamos aqui a receber contributos para estabelecermos uma estratégia que aproveite as oportunidades e diminua os riscos do crescimento turístico”, acrescentou.
Raul Almeida salientou a evolução do perfil turístico do país e da região, com um foco crescente nos destinos de interior e turismo de natureza. “Durante muito tempo, privilegiava-se o produto sol e mar. Hoje, promovem-se mais os destinos de interior, a natureza e o turismo cultural. Estamos a transformar a diversidade em oportunidade”. Mas para levar os turistas a descobrirem o território, são necessárias melhores acessibilidades, lembrou: “É necessário um Plano de Mobilidade, que permita direcionar os fluxos turísticos que chegam aos aeroportos de Lisboa e Porto para todo o país. Para isso, precisamos de investimento na ferrovia, mas também na rodovia”.

Por sua vez, Isabel Damasceno enfatizou a importância do turismo para a região Centro, destacando o papel estruturante do setor na coesão territorial. “O sucesso da região é fruto da organização e colaboração entre as várias entidades do turismo, como as Comunidades Intermunicipais, as empresas e a Turismo Centro de Portugal, que assume um papel central de agregador e fazedor na estratégia regional”, afirmou.

José Ribau Esteves deu as boas-vindas a os presentes e saudou o carácter aberto do evento. “O turismo é uma atividade que atravessa uma onda positiva e, no papel de cada um, temos conseguido somar. Esta conferência demonstra que o turismo é uma atividade aberta, que estimula o debate entre todos e em que o contributo de um pequeno parceiro é tão importante como o de uma grande cadeia empresarial”, elogiou.

Coube a Carlos Abade, Presidente do Turismo de Portugal, apresentar as linhas-mestras da Estratégia Turismo 2035. Carlos Abade destacou o peso crescente do setor na economia nacional, representando já 16,5% do PIB e 20% das exportações, e apresentou dez desafios prioritários para o futuro do setor. Estes incluem, entre outros, o fortalecimento da relação entre turismo e as comunidades locais, o reforço das competências de gestão, o aproveitamento da tecnologia, e a promoção de um turismo responsável e inovador.

Seguiu-se o painel “Como responder aos desafios do turismo?”, em que figuras de relevo do setor partilharam as suas perspetivas sobre os caminhos a seguir. O debate contou com a participação de Carlos Costa, professor da Universidade de Aveiro, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, Célia Gonçalves, do PROVERE Aldeias de Montanha, Pedro Pedrosa, da A2Z, Elsa Marçal, do Convento da Sertã e, em representação da AHP, Alexandre Marto, do Fátima Hotels. Os intervenientes abordaram os desafios que a atividade turística enfrenta e apresentaram algumas pistas para o futuro.

Houve ainda um período para intervenções da assistência, de que resultaram propostas de várias medidas que serão analisadas no âmbito da Estratégia Turismo 2035.

A encerrar a conferência, Pedro Machado sublinhou que a estratégia que está agora a ser construída não se esgota no ciclo de conferências e recordou os dez principais ativos estratégicos do país: Clima e Luz; Natureza; História, Cultura e Identidade; Mar; Água; Gastronomia e Vinhos, Eventos Artístico-Culturais, Desportivos e de Negócios; Bem-Estar; Living; e um ativo transversal a todos os anteriores, que são as Pessoas.

O ciclo de conferências "Construir o Turismo do Futuro" teve início em Lisboa, a 3 de outubro, e termina o seu percurso pelo país em Faro, a 25 de novembro.

Sobre a Turismo Centro de Portugal:
A Turismo Centro de Portugal é a entidade que estrutura e promove o turismo na Região Centro do país. Esta é a maior e mais diversificada área turística nacional, abrangendo 100 municípios, e tem registado um intenso crescimento da procura interna e externa. É a região a escolher para quem pretende experiências diversificadas, pois concilia locais Património da Humanidade com a melhor costa de surf da Europa, termas e spas idílicos, locais de culto de importância mundial e as mais belas aldeias.

*Adriana Rodrigues
Diretora do Núcleo de Comunicação, Imagem & Relações Públicas
Turismo Centro de Portugal

**Luís Miguel Nunes
Consultor de comunicação

Câmara de Águeda apoia organização do Campeonato de Resistências BTT

 Evento vai decorrer entre 26 de janeiro e 7 de junho de 2025 e vai percorrer seis freguesias do concelho em BTT
 
Águeda vai acolher a 1.ª edição do Campeonato de Resistências de BTT, de 26 de janeiro a 7 de junho de 2025, englobando seis provas em seis freguesias do concelho. A competição, organizada pelo Águeda Bike Friends com o apoio da Câmara Municipal de Águeda, foi apresentada na sexta-feira, no Águeda Bike Park.
“É com um sentimento de orgulho que estamos aqui hoje a apresentar esta prova, pelo desafio, pela união e pelo envolvimento de todas a entidades”, disse Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Águeda, que salienta o exemplo que Águeda dá pelas várias realizações que faz, seja na arena desportiva, cultural ou outras.
“Águeda faz acreditar, porque dá sempre o seu melhor; o trabalho que temos vindo a realizar demonstra que o que se faz em Águeda faz-se com qualidade”, declarou, aproveitando o momento para agradecer a todos os que, de alguma forma, se associam a este evento, “que colaboram e estão ao nosso lado para levar o nome do concelho mais longe e promover a prática do desporto”.
Este evento alinha-se, de resto, com o projeto municipal de promoção do desporto, que engloba, entre outros, a formação (desde o ensino a andar de bicicleta nas escolas do concelho à formação de agentes desportivos) e a promoção e apoio de atividades desportivas, sem esquecer o apoio às coletividades desportivas do concelho.
“O Município não faz nada sozinho, estaremos sempre ao lado das diferentes estruturas do concelho apoiando nos desafios que nos coloquem”, frisou Edson Santos, registando que, no próximo ano, “não haverá um fim de semana em que não aconteça um evento desportivo, das diferentes modalidades, no concelho”, o que é “prova do grande dinamismo” do concelho.
O Campeonato de Resistências de BTT do Concelho de Águeda – que promete regressar para mais edições – é composto por seis provas de 3 horas de resistência de BTT, totalmente independentes, em que cada prova é organizada por uma coletividade da freguesia onde vai decorrer a competição que se associa, assim, à iniciativa. Esta iniciativa, que une numa mesma competição seis associações de desportivo do concelho, pretende dinamizar as resistências de BTT já existentes e promover, em simultâneo, as freguesias que se associam, aumentando o espírito competitivo e de união entre atletas.
De acordo com o regulamento, cada prova é realizada em circuito delimitado, em zona maioritariamente rural, arborizada e piso em terra.
A competição está aberta à participação de todos, atletas federados e não federados, maiores de 16 anos, divididos nos escalões de Júnior (16 a 18 anos) a master (+50 anos), masculinos e femininos. Os atletas que vençam as respetivas categorias terão a inscrição paga, em todas as provas, para o ano seguinte.
As inscrições estão disponíveis aqui https://lap2go.com/pt/circuit/agueda-btt-2025
 
Calendário:
 
1.ª PROVA
Nome: Resistência BTT LAAC
Data: 26/01/2025
Horário: 09:30H
Local: Aguada de Cima
 
2.ª PROVA
Nome: Resistência BTT Mexe Mexe
Data: 09/02/2025
Horário: 09:30H
Local: Fermentelos
 
3.ª PROVA
Nome: Resistência BTT CCB
Data: 15/03/2025
Horário: 16:00H
Local: Barrô
 
4.ª PROVA – SUNSET
Nome: Resistência BTT B150
Data: 05/04/2025
Horário: 17:00H
Local: Águeda
 
5.ª PROVA – SUNSET
Nome: Resistência BTT ARMEP
Data: 03/05/2025
Horário: 17:00h
Local: Espinhel
 
6.ª PROVA – SUNSET
Nome: Resistência BTT ABF
Data: 07/06/2025
Horário: 17:00H
Local: Águeda Bike Park - Recardães

*Gabinete de Comunicação e Imagem
Ana Sofia Pinheiro

 

É já amanhã | CPBS apresenta estudo europeu que revela que há uma maior consciencialização de má conduta no local de trabalho

 A 12 de novembro, a partir das 17h, serão analisados os resultados nacionais do estudo “Ethics at Work”

Estudo Europeu revela que há uma maior consciencialização de má conduta no local de trabalho
 
De acordo com o estudo "Ethics at Work 2024" do Institute of Business Ethics, efetuado em Portugal com a parceria da Católica Porto Business School, um em cada quatro colaboradores (25%) está ciente dos comportamentos que violam a lei ou os padrões éticos das suas organizações no último ano. Este número representa um aumento significativo em relação aos 18% registados em 2021. No total participaram 12 mil pessoas de 16 países. Os principais resultados deste estudo vão ser debatidos e analisados na Conferência Anual do Fórum de Ética da Católica Porto Business School que se realiza a 12 de novembro pelas 17h, na Universidade Católica Portuguesa no Porto, e que conta com a presença de Rachael Saunders, diretora do IBE, para falar sobre “The employees voice: ethics at work 2024”.
Helena Gonçalves, coordenadora do Fórum de Ética da Católica Porto Business School, explica que se trata “de um inquérito feito a uma amostra representativa da população ativa em cada país, onde são analisadas três grandes áreas: a cultura ética; a identificação de riscos éticos; e o apoio à ética no local de trabalho.” O estudo revela que um em cada três entrevistados (35%) tem conhecimento de abuso de autoridade, enquanto 32% relataram estar cientes de casos de bullying e assédio. Em paralelo, 20% dos colaboradores reconheceram ter conhecimento de assédio sexual. Apesar disto, um terço dos colaboradores que souberam de má conduta optaram por não a relatar. Os principais motivos para esta falta de denúncia incluem o medo de prejudicar as suas carreiras (34%) e a preocupação de que a organização não tomaria medidas corretivas (34%). O "Ethics at Work 2024" mostra ainda que, entre os dois terços dos colaboradores que levantaram preocupações (64%), quase metade (46%) enfrentou desvantagens pessoais ou retaliação por terem falado abertamente, e 28% expressaram insatisfação com o resultado. Apenas 61% dos colaboradores afirmam que as suas organizações oferecem meios confidenciais de denúncia.
 
Durante a Conferência serão vários os oradores. Helena Gonçalves, coordenadora do Fórum de Ética, falará sobre ética no trabalho de 2018 a 2024. Segue-se uma mesa-redonda sobre “A voz de gestores: mesa-redonda com moderação” que, com moderação de Sofia Salgado (docente da Católica Porto Business School), contará com João Mouta (diretor de Ética e Compliance do Grupo Ageas Portugal), Raquel Carvalho (diretora da Área Jurídica e Compliance da Altri) e Rita Sousa (head of Ethics and Compliance na EDP e do grupo EDP Renováveis). O encerramento ficará a cargo de Isabel Braga da Cruz, pró-reitora do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.
 
Estudo revela divisão geracional na vontade para denunciar má conduta
 
Outra das conclusões do estudo é a divisão geracional na disposição para denunciar má conduta, ou seja, colaboradores mais jovens (18-34 anos, 70%) são mais propensos a levantar preocupações em comparação com colegas mais velhos (35-54 anos, 61%) e aqueles com 55 anos ou mais (54%),” refere Helena Gonçalves acrescentando “os colaboradores mais jovens (52%) são mais propensos a sofrer retaliação após relatar preocupações do que os seus colegas mais velhos.
 
Branston conclui que "quando os trabalhadores não sentem que os problemas serão tratados internamente, podem procurar outras formas de se manifestar. Estamos a ver um aumento na disposição dos colaboradores, especialmente dos mais jovens, de buscar alternativas para expor as suas preocupações."
 
O Ethics at Work é um estudo conduzido pelo Institute of Business Ethics (IBE), de três em três anos, e foi realizado pela primeira vez em 2005. Portugal foi incluído no grupo de países participantes em 2018, através de uma parceria entre o IBE e a Católica Porto Business School. O relatório está disponível para consulta, na íntegra, em https://www.ibe.org.uk/ethicsatwork2024.html. O tema e os resultados globais e nacionais vão ser alvo de análise e debate na conferência anual do Fórum de Ética da Católica Porto Business School, que tem lugar a 12 de novembro, a partir das 17 horas, na Universidade Católica Portuguesa no Porto. Um evento aberto ao público, mas sujeito a inscrição prévia.

*Fernanda Teixeira

Organização imaculada abre perspetiva de nova edição em 2025. André Cabeças dominou Rally de Cantanhede do princípio ao fim

 

André Cabeças sucedeu a Jorge Santos na galeria de vencedores do Rally de Cantanhede / Marquês de Marialva, dominando a prova do princípio ao fim. Foi um triunfo sem mácula do piloto de Lisboa na penúltima prova Start Centro de Ralis, com Daniel Ferreira a vencer o campeonato e a Taça dos Campões de Ralis Regionais – Claudino Romeiro, e Tiago Pereira as Duas Rodas Motrizes (2RM).

Em termos organizativos, o resultado foi também muito positivo, muito por força da elevada adesão do público, abrindo-se, assim, boas perspetivas para que a 3.ª edição do rali seja uma realidade em 2025. Disso mesmo deu conta a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, no final da prova, congratulando-se com o facto de não terem existido problemas de segurança ao longo dos dois dias.
A segurança é a espinha dorsal da organização e, por isso, estamos extremamente satisfeitos por tudo ter corrido bem. Não posso deixar de agradecer o trabalho da GNR, dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, mas também de todos os que se envolveram com entusiasmo nas juntas e uniões de freguesia do concelho. Deixo também uma palavra de apreço aos patrocinadores, sem os quais não seria possível ter uma prova com esta qualidade”, começou por referir.
Ainda de acordo com a autarca, o Rally de Cantanhede / Marquês de Marialva cumpriu dois objetivos: “por um lado, foi uma excelente jornada de propaganda da modalidade e mais um capítulo na promoção do desporto; por outro, reforçou a atratividade turística do nosso território, outra das apostas fortes da nossa estratégia municipal”.
Ainda que o balanço final ainda careça de outros dados, Helena Teodósio não esconde que a parceria com o Clube Automóvel do Centro tem sido “frutuosa”, o que leva a crer que a prova reúne condições para cimentar-se como uma das mais importantes no plano nacional.
Também o vencedor André Cabeças se congratulou com a vitória, destacando a rapidez dos troços, o que lhe permitiu ganhar uma margem de avanço significativa no primeiro dia.
O lisboeta apenas cedeu na incursão pela dupla passagem por Covões-Rota do Leitão para Jorge Santos e Vítor Hugo, com a dupla do Alpine A1 10 a abdicar da prova na penúltima especial – terceira passagem por Olhos de Fervença-Rota da Água - com uma avaria na viatura da marca francesa quando seguia no segundo lugar.
Indiferentes a este contratempo continuaram André Cabeças e Miguel Castro que voltaram a ganhar as duas últimas especiais, fechando com chave de ouro o Rally de Cantanhede / Marquês de Marialva, com o tempo total de 47m25,5s, deixando os segundos classificados, na circunstância Paulo Carvalheiro e Dércio Carvalheiro, a 55,3 segundos.
O piloto da Paulcar está cada vez mais familiarizado com o Porsche 911 GT3 Cup, até porque a competição apoiada pelo Município de Cantanhede “casa” na perfeição com as caraterísticas da viatura alemã.
António Cruz Monteiro e Ana Criz Monteiro, em Peugeot 206 T16, terminaram a odisseia cantanhedense na terceira posição, a 1m46,2s dos vencedores. Contudo, os irmãos de Leiria nunca baixaram os braços e, a espaços, sobretudo na fase inicial do Rally, foram deixando um perfume de eficácia com a viatura da marca francesa do “leão” preparada por FilipeSport.
Quem também nunca oscilou foi, sem margem para dúvida, Daniel Ferreira e Tiago Silva. A dupla do Mitsubishi Carisma GT ocupou a quarta posição, a 2m31,3s dos vencedores, mas levou para casa o título do Campeonato Start Centro de Ralis e a vitória da Taça dos Campões de Ralis Regionais – Claudino Romeiro.
Na quinta posição terminaram Tiago Pereira e Fernando Pereira, em Citroën C2 R2, 2m38,0s – deixando a cidade de Cantanhede com a vitória nas Duas Rodas Motrizes. O leiriense Hélder Cordeiro, navegado por Brimo Pereira, conduziu o BMW M3 E46 ao sexto posto, a 3m55,4s do topo da classificação geral.
Referência obrigatória para a participação da única dupla feminina presente no Rally de Cantanhede / Marquês de Marialva. Aos comandos de um Peugeot 206 GTI, Daniela Barata, de Góis, navegada por Liliana Costa, encerrou a prova na 19.ª posição, num universo de 22 equipas que chegaram ao fim.


Semana da Ciência e da Tecnologia 2024. Atividades de ciência e tecnologia para todas as idades na ESAC


Para os curiosos sempre com uma pergunta na ponta da língua, no âmbito da Semana da Ciência e da Tecnologia, a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) promove, entre os dias 18 e 24 de novembro, várias atividades. A realizarem-se no campus da ESAC, as atividades dirigem-se a alunos desde o Ensino Básico até ao Ensino Superior.

Na edição deste ano, as ações na ESAC darão a oportunidade de explorar temas como a agricultura sustentável, os usos de plantas aromáticas, as aplicações da biotecnologia alimentar, a importância de polinizadores para o ambiente e até como funcionam os organismos dos animais.

A Escola dedicará a manhã de dia 20 de novembro para as atividades com alunos de 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e a manhã de dia 21 de novembro para atividades com alunos do Ensino Secundário e/ou Profissional. Durante toda a semana, estarão afixados no corredor do edifício principal da escola posters e artigos dos grupos de investigação da ESAC, dando oportunidade à comunidade em geral de conhecer o trabalho de investigação realizado nesta instituição de Ensino Superior, bem como as equipas por detrás destes trabalhos.

Professores e membros das comunidades escolares podem registar as suas turmas até dia 17 de novembro. O registo para as atividades é feito através de formulário online:


Turmas do Ensino Secundário ou Profissional - https://bit.ly/InscricaoEnsinoSecundario-Profissional_SCT2024_ESAC

A Semana da Ciência e Tecnologia é um evento a nível nacional dinamizado pela Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica – Ciência Viva. Trata-se de uma oportunidade para instituições científicas, instituições de ensino superior, escolas, museus e centros de ciência partilharem os seus contributos para o avanço do conhecimento e o bem-estar da sociedade.

Anexo: Programa completo da Semana da Ciência e Tecnologia na ESAC

*Isabel Silva

 

Opinião - A eutanásia espiritual ministrada nos hospitais portugueses


Há uns meses tive um familiar numa situação terminal nos cuidados intensivos do Hospital S. José em Lisboa. Perante o desejo da nossa família em querer ter presente um padre para poder ministrar o sacramento católico da “extrema unção”, a conversa que desenvolvi com as enfermeiras de serviço, naquele dia, fez-me aperceber que a intenção de um cidadão pretender acompanhamento religioso no final da vida para um familiar que também o deseja, é um acontecimento tão raro, no dia a dia daquele serviço, como é um marciano aterrar na crosta terrestre.
Após algumas explicações às jovens enfermeiras, lembrei-lhes que existia um capelão neste Hospital público e que serviria para situações como era a situação terminal do meu familiar. Após alguns telefonemas e procedimentos, o Sr. Padre, muito diligente por sinal, conseguiu ministrar o sacramento da “extrema unção” umas poucas horas antes do meu ente falecer.

Na altura, pensei para mim que este ritual, para famílias sem a insistência que tive naquele dia, é uma prática inexistente nos hospitais portugueses. É a isto que chamamos a “liberdade Religiosa” prevista na constituição da República?

Não deveria existir o cuidado dos serviços que lidam com os doentes em fase terminal de respeitar, em nome da “Liberdade Religiosa”, a religião e a vontade de cada doente que estão a tratar? Sem praticar de forma negligente esta espécie de eutanásia espiritual?

O interesse do pessoal médico, auxiliares, enfermeiros e médicos, em saber se a “Pessoa” que têm à sua frente professa alguma religião deveria ser pelo menos algo que deveria constar na sua “lista de afazeres”. Contudo, o nosso “Estado” fez ao longo do tempo, sob a cortina da laicidade, uma espécie de eutanásia espiritual, a um direito consagrado na constituição.

Será que as senhoras deputadas, principalmente da “esquerda” portuguesa andam tão preocupadas com a agonia corporal que acham que no leito da morte, também não morrem cidadãos agoniados espiritualmente com a laicidade imposta pelo Estado? Eu acho que sim e são bem mais “Pessoas” do que as senhoras deputadas pensam…

Encarar assim o Ser Humano, sem espírito, é algo que o socialismo de Estaline fez bem e que pelos vistos por cá, deixou reminiscências no nosso sistema nacional de saúde.

*Paulo Freitas do Amaral
Historiador e Professor

Cantanhede | Investimento ascende a 590 mil euros Garantido financiamento para a 2.ª fase da reflorestação do baldio da freguesia da Tocha

 

A Câmara Municipal de Cantanhede e a Comunidade Local dos Baldios da Freguesia da Tocha viram garantido financiamento para a 2.ª fase da reflorestação do Perímetro Florestal das Dunas de Cantanhede, na freguesia da Tocha, após a aprovação da candidatura elaborada pelo Gabinete Técnico Florestal do Município.
Aprovado pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR 2020), operação 8.1.4 – Restabelecimento da floresta afetada por agentes bióticos e abióticos ou por acontecimentos catastróficos, o financiamento ascende a 590 mil euros e será utilizado pela Comunidade Local dos Baldios da Freguesia da Tocha para a reflorestação de mais 590 hectares do baldio, que arderam no incêndio de 15 de outubro de 2017.
Face à nova oportunidade de financiamento e no âmbito do acordo de cooperação estabelecido entre o Município de Cantanhede, a Comunidade Local dos Baldios da Freguesia da Tocha e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, o Gabinete Técnico Florestal da autarquia elaborou uma nova candidatura com o objetivo de dar continuidade à reflorestação iniciada em 2022 no decurso da primeira candidatura também aprovada pela mesma fonte de financiamento, para reflorestar 1.503 hectares de área ardida – e cujo investimento foi superior a 1,2 milhões de euros.
Os trabalhos preconizados no projeto preveem a execução de operações de controlo da vegetação espontânea (acácias e outras), mobilização do solo para a instalação das plantas e a plantação de pinheiro bravo (575,74 hectares nos talhões), pinheiro-manso (9,22 hectares na faixa da rede primária e faixa de gestão de combustível associada à rede viária) e borrazeira-preta e salgueiro-branco (5,04 hectares para reabilitação das galerias ripícolas associadas às linhas de água) e retancha das plantas que não vingarem na primeira época de plantação.
O facto de a área de intervenção se localizar dentro do limite da Zona Especial de Conservação PTCON0055 - Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas, determinou a necessidade de identificar os habitats referenciados para a zona de conservação, considerar as orientações de gestão aplicáveis às atividades silvícolas previstas no Plano Setorial da Rede Natura 2000 e selecionar práticas culturais com vista à minimização das incidências sobre os valores naturais (Habitats e espécies da flora e da fauna).
À Câmara Municipal, através do Gabinete Técnico Florestal, caberá ainda supervisionar as ações de reflorestação, por forma a assegurar o cumprimento das operações programadas e o rigor técnico da sua execução.
Recorde-se que o incêndio que deflagrou no dia 15 de outubro de 2017 afetou 81% de uma área total de 3.521,8 hectares do Perímetro Florestal das Dunas de Cantanhede.