António Mexia voltou a ser um dos mais bem pagos gestores em Portugal. Pagamentos extra permitiram que a conta do administrador ficasse bem mais recheada.
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O ano de 2015 deixou António Mexia num lugar de grande destaque entre os administradores das cotas da bolsa de Lisboa. Graças a vários bónus e pagamentos extra justificados pelo papel importante na liderança da EDP, o presidente executivo conseguiu aumentar de forma significativa o valor ganho em 2014 e arrecadou mais de 2,17 milhões de euros em remunerações.
Para ser mais exato, António Mexia teve direito a um total de 2.176.080 euros em pagamentos da EDP: 239.313 euros em remuneração fixa e 480.000 euros de remunerações variáveis até 21 de abril de 2015; 547,618 euros de pagamentos fixos após 21 de abril; 549.149 euros de "componente variável plurianual da remuneração imputável ao primeiro dos anos do mandato de 2012-2014"; e um bónus extra individual de 360.000 euros atribuída pela EDP "em virtude das qualidades de liderança e visão estratégica reveladas durante esse período pelo presidente". Todos os dados estão disponíveis no relatório e contas da EDP enviado pela empresa à CMVM.
A conta de António Mexia 'engordou' 5961 euros por dia, mantendo o gestor português entre os mais bem pagos de todo o mercado nacional. Se tivermos em conta apenas os dias úteis de 2015 e assumirmos que não existiram folgas ou férias, as remunerações do presidente executivo da maior companhia elétrica nacional são ainda mais impressionantes: por cada dia de trabalho, António Mexia recebeu 8.635 euros.
No total, a administração da EDP recebeu pouco mais de 10 milhões de euros brutos em pagamentos da empresa durante o ano passado, um valor inflacionado pelos prémios referentes aos últimos três anos do ciclo de gestão.
Comentário: sinto vergonha desta gente. O que fez (ou
ainda faz) este sujeito para merecer um suposto ordenado de 6 mil euros por
mês, quando o País geme numa crise sem precedentes?
Enquanto assim continuarmos, este mísero País não sai
do buraco em que o mergulharam. Ganhem vergonha, sintam na vossa consciência sentimentos
de incómodos semelhantes a espinhos na carne e, devolvam aos cofres do estado o
que indignamente receberam, enquanto mais de metade dos cidadãos mesmo a
trabalhar passam fome da grossa. Estamos perante um atentado à dignidade dos
que nada têm para sobreviver.
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