O
saldo de conta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) agravou-se para 372 milhões
de euros, face à estimativa inicial de 112 milhões, segundo dados da
Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) hoje divulgados.
De
acordo com o documento publicado no site da ACSS, que apresenta os principais
resultados da Conta final do Serviço Nacional de Saúde de 2015, "o SNS
apresenta em Dezembro de 2015, de acordo com a metodologia das contas nacionais
, um saldo de -371,8 ME que compara com um saldo de -248,9 MEuro registado em
igual período do ano anterior".moveis-pascoa-2016
De
acordo com a ACSS, a receita até Dezembro foi de 8.653,5ME, "com um
incremento face ao ano anterior de 30,4 ME (+0,4%), suportado, essencialmente,
pelo crescimento das transferências da Administração Central, que constituem
91% do financiamento do Serviço Nacional de Saúde".
"Destacam-se
os aumentos das rubricas de receita própria do SNS relativos a receitas dos
jogos sociais e taxas moderadoras, bem como as provenientes do Acordo com a
APIFARMA", refere a ACSS.
A
despesa até dezembro totaliza 9.025,3 milhões de euros e regista, face a igual
período do ano anterior, um aumento de 153,3 M Euro (+1,7%), sobretudo por
causa da aquisições de produtos farmacêuticos (medicamentos), produtos vendidos
em farmácias, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, parcerias
público-privadas e despesas de capital.
As
despesas com Pessoal (que representam 38% da despesa do SNS) registam um
ligeiro aumento de 2,4 milhões de euros (+0,1%) face ao período homólogo,
apesar da reposição de 20% dos cortes nos salários no ano de 2015.
"No
que respeita às aquisições de produtos farmacêuticos e material de consumo
clínico (compras de inventários), o crescimento de cerca de 186 MEuro (+12,5 %)
resulta maioritariamente da introdução de novos medicamentos para Hepatite C,
que não estavam previstos inicialmente em sede de orçamento, nem no ano
anterior", explica a ACSS.
Relativamente
aos fornecimento e serviços externos, os encargos com os Hospitais em Parceria
Público-Privado (PPP) ficaram em Dezembro nos 448,7 milhões de euros, um
aumento de 19,2 milhões (+4,5%), os produtos vendidos em farmácias (representam
14% da despesa do SNS) registaram um aumento de 14,4 milhões (+1,2%).
Já
os meios complementares de diagnóstico e terapêutica e outros subcontratos
registaram, face ao período homólogo, um aumento da despesa de 41,6 MEuro
(+3,7%), "que se deve essencialmente aos Meios de Diagnóstico (análises,
radiologia e gastroenterologia), ao SIGIC (programa combate às listas de espera
da atividade cirúrgica), aos internamentos (Rede Nacional de Cuidados
Continuados) e a outros acordos", refere ainda ACSS.
Lusa
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