Uma semana depois de ter acordado um plano com mais medidas de austeridade com os credores europeus e com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Grécia recua e diz que não tem condições para cumprir aquilo com que se comprometeu.
A agência Reuters noticia que o governo de Atenas já informou os credores internacionais de que não pode implementar algumas das medidas acordadas há apenas uma semana. Esta ideia terá sido transmitida pelo ministro das Finanças, Euclid Tsakalotos, através de uma carta enviada à Comissão Europeia, ao BCE e ao FMI.
Na Grécia, a imprensa vai anunciando que Alexis Tsipras, o primeiro-ministro grego, não tem condições para conseguir apoio parlamentar para aprovar, nomeadamente, a redução nos complementos de pensão e a privatização da companhia estatal de electricidade, medidas impostas pelos credores.
A forma como gerir o crédito mal-parado na banca, outros dos pontos abordados com a Troika, despoleta divergências inclusive no seio do próprio Syriza, o partido de Tsipras.
Este aparente recuo grego, após um acordo que demorou meses a negociar, pode atrasar ainda mais a disponibilização de 10.3 mil milhões de euros, em pagamentos faseados, ao governo grego, dinheiro que é fundamental para o país poder pagar ao FMI e ao BCE créditos que vencem neste mês de Junho.
ZAP
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