sábado, 10 de setembro de 2016

Interrupção a partir desta hora

Caros amigos,
Resultado de imagem para interrupção

Considerando que vai decorrer hoje uma excursão a Vila Nova de Cerveira, dita anual pela ADASCA – Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro, da qual sou Presidente da Direcção, a inserção de conteúdos vai sofrer uma interrupção a partir desta hora, prolongando-se até às 21 horas, regressando à sua normalidade.

Votos de um excelente sábado para todos.

J. Carlos
Director


POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA É O QUARTO FATOR DE MORTE PREMATURA NO MUNDO


 
(dr) Espen Rasmussen
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A poluição atmosférica tornou-se o quarto fator de morte prematura no mundo, causando uma perda de receita de milhares de milhões de dólares para a economia mundial, indica um relatório do Banco Mundial divulgado hoje.
A poluição do ar matou 2,9 milhões de pessoas em 2013, segundo os últimos dados disponíveis publicados num relatório da instituição de desenvolvimento.
Somando os efeitos da poluição nos lares, resultantes da utilização de combustíveis sólidos para o aquecimento e para cozinhar, o número de mortes aumenta para 5,5 milhões.
As doenças causadas pela poluição do ar (doenças cardiovasculares e pulmonares crónicas, cancro do pulmão e infeções respiratórias) são responsáveis por uma morte em cada 10 no mundo, seis vezes mais que a Malária.
As perdas de vidas são também sinónimo de perda em termos de receita e de entrave ao desenvolvimento económico, de acordo com os cálculos do Banco Mundial.
O estudo estima as perdas de rendimentos do trabalho imputáveis àquelas mortes em cerca de 225 mil milhões de dólares (199 mil milhões de euros) em 2013.
Cerca de 87% da população no planeta está exposta a este tipo de poluição.
O leste da Ásia, que inclui a China, conta 2,2 milhões de mortes devidas à poluição do ar, no exterior e no interior, seguida do sul, que integra a Índia, com 1,8 milhões, e da África subsariana (605 mil).
Na Europa e na Ásia central, meio milhão de pessoas morrem devido à poluição, enquanto nos Estados Unidos as mortes são cerca de 100 mil.
“A poluição atmosférica ameaça o bem-estar das populações, mina o capital natural e material e limita o crescimento económico”, afirmou Laura Tuck, vice-presidente do Banco Mundial para o desenvolvimento sustentável.
“Com este relatório, que avalia os custos económicos da mortalidade prematura ligada a este flagelo, esperamos encontrar eco junto dos decisores e conseguir que se consagrem mais recursos à melhoria da qualidade do ar”, adiantou.
/Lusa
Comentário: a vida na terra corre sério risco de desaparecer de vez. Tudo ao nosso redor está contaminado, desde a alimentação, água, vestuário, etc. etc.
O que assistimos: os homens contra a existência do homem.
J. Carlos

ASTRÓNOMOS DESCOBREM RELÍQUIA FÓSSIL DO INÍCIO DA VIA LÁCTEA


 
O aglomerado Terzan 5 captado pelo telescópio Hubble
Uma equipa internacional de astrónomos identificou um fóssil dos primeiros dias de vida da Via Láctea, que engloba estrelas com várias idades.
O aglomerado estelar, batizado de Terzan 5, foi localizado a cerca de 19 mil anos-luz de distância da Terra e já é conhecido pelos cientistas há mais de 40 anos – mas só agora foi analisado em detalhe.
Com a ajuda de dados do telescópio espacial Hubble, os investigadores verificaram que o Terzan 5 édiferente de todos os outros aglomerados estudados.
Os cientistas encontraram fortes provas da existência de dois tipos de estrelas que contêm elementos variados e têm uma diferença de idades de cerca de 7 mil milhões de anos.
A diferença de idades das estrelas indica que o processo de formação do Terzan 5 não foi contínuo, mas sim uma consequência de duas formações estelares.
“Isto significa que o Terzan 5 tinha grandes quantidades de gás que permitiu a formação de uma segunda geração de estrelas, e é pelo menos 100 milhões de vezes mais maciço que o Sol”, explica Davide Massari, um dos autores do estudo.
A investigação foi divulgada ao pormenor num artigo científico que vai ser publicado no Astrophysical Journal.
Segundo o artigo, as propriedades do Terzan 5 são muito semelhantes à na nossa galáxia, o que faz desse aglomerado um fóssil dos primeiros dias de vida da Via Láctea.
Os restos do Terzan 5 terão conseguido sobreviver durante milhares de milhões de anos.
“Pensamos que alguns restos desses gases podem ainda existir na nossa Galáxia. Esses fósseis galácticos permitem-nos reconstruir uma parte importante da história da Via Láctea”, explicaFrancesco Ferraro, o autor principal do estudo.
Esta investigação permitiu aos astrónomos adquirir novos dados – com os quais talvez se possam agora desvendar os mistérios da formação da Via Láctea.
BZR, ZAP
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BENFICA VENCE EM AROUCA E LIDERA I LIGA


 
Octavio Passos/ Lusa
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Lisandro Lopez marcou o segundo golo do Benfica
O Benfica venceu hoje no terreno do Arouca, por 2-1, no jogo de abertura da quarta jornada da I Liga portuguesa de futebol, e ascendeu provisoriamente à liderança do campeonato.
No Estádio Municipal de Arouca, Nelson Semedo inaugurou o marcador a favor dos tricampeões nacionais, aos 16 minutos, num ressalto à entrada da área adversária.
Já na segunda parte, aos 51 minutos, o central Lisandro Lopez ampliou a diferença para os encarnados.
Apenas 5 minutos mais tarde, Walter González, um minuto depois de ter entrado a substituir Mateus, reduziu para o Arouca e fixou o marcador em 1-2 para o Benfica.
O encontro ficou marcado pela estreia azarada de Rafa no onze encarnado. O médio de 23 anos alinhou de início na partida, mas uma lesão obrigou à sua saída, aos 62 minutos, tendo sido substituído pelo peruano André Carrillo.
Com três vitórias, o Benfica subiu ao primeiro lugar, com 10 pontos, mais um do que o Sporting, que recebe este sábado o Moreirense.
O Arouca, que somou a sua terceira derrota no campeonato, segue na 13.ª posição, com um ponto.
ZAP / Lusa
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CENSURA DO FACEBOOK À FOTO DA MENINA DO NAPALM GERA REVOLTA


 
Imagem do cartoonista dinamarquês Inge Grodum que critica a censura do Facebook à foto histórica de Nick Ut.
Imagem do cartoonista Inge Grodum que critica a censura do Facebook à foto histórica de Nick Ut.
É uma das fotografias mais emblemáticas da história e uma das imagens mais terríveis da guerra do Vietname, mas para o Facebook é pornografia infantil. A rede social censurou a foto de 1972 de uma menina nua a chorar, após um ataque com Napalm, e o mundo reage com revolta.
Tudo começou quando o escritor norueguês Tom Egeland publicou a fotografia, tirada por Nick Ut em 1972, durante a guerra do Vietname, no seu perfil do Facebook.
A rede social removeu a imagem, considerando que viola as regras quanto à exibição de nudez, e suspendeu a conta do escritor.
Uma atitude que chamou a atenção da imprensa norueguesa, levando vários jornalistas, mas também políticos, nomeadamente a primeira-ministra Erna Solberg, a criticarem o Facebook e a publicarem a imagem como sinal de protesto. Ora, também estes viram a foto censurada.

Facebook diz que é difícil distinguir a nudez

“Embora reconheçamos que esta foto é icónica, é difícil criar uma distinção entre permitir uma fotografia de uma criança nua num instante e noutro não”, explica o Facebook numa nota divulgada pela BBC.
“As nossas soluções não são perfeitas, mas continuaremos a tentar melhorar as nossas políticas e as formas como as aplicamos”, salienta ainda a rede social.
“O Facebook comete um erro ao censurar fotos assim. Estamos a falar de uma imagem que contribuiu para a história universal, a imagem de uma criança aterrorizada que foge da guerra“, escreveu a primeira-ministra norueguesa num comentário ilustrado com a foto de Nick Ut.
Horas depois, este comentário foi eliminado do Facebook, denunciou a própria Solberg, que voltou a publicar a mesma imagem, acusando a rede social de estar a “reescrever a nossa história comum”.

Jornal acusa Zuckerberg de “abuso de poder”

O diário norueguês Aftenposten dedica toda a sua primeira página de hoje ao tema, não só reproduzindo a foto como divulgando uma carta aberta que o redactor-chefe da publicação, Espen Egil Hansen, enviou ao fundador do Facebook, Mark Zuckerberg.
EPA / Eric Johansen / Lusa
Espen Egil Hansen do jornal dinamarquês Aftenposten com edição que critica Facebook por censura a foto de 1972.
Espen Egil Hansen do jornal norueguês Aftenposten com edição que critica Facebook por censura a foto de 1972.
Na carta, Hansen diz que o Aftenposten não vai retirar, nem agora nem no futuro, a fotografia da sua página do Facebook.
“Escuta, Mark, isto agora é sério. Primeiro vocês fazem regras que não distinguem entre pornografia infantil e fotos de guerra famosas, depois aplicam-nas sem deixar espaço para o bom-senso e depois censuram também a crítica e o debate e castigam quem se atreve a criticar”, escreve Hansen.
O jornalista nota que Zuckerberg é “o editor mais poderoso do mundo” e acusa-o de estar a “abusar do [seu] poder”, manifestando-se “chateado, desapontado” e até “receoso” quanto ao que o Facebook está a fazer aos “pilares da nossa sociedade democrática”.
“Se não distinguem entre pornografia infantil e fotografias documentais de uma guerra, isto simplesmente promove a estupidez“, escreve ainda Hansen.
Na mesma carta aberta, o Aftenposten divulga uma imagem do cartoonista Inge Grodum, de 73 anos, em que surge o logótipo do Facebook a tapar as partes genitais da menina da foto e onde pergunta se, desta forma, a imagem respeita os algoritmos da censura.
No Twitter já há vários utilizadores de todo o mundo a abordarem o assunto e muitos caricaturam a situação, com muitas críticas à postura do Facebook.
Mais a sério, a Associação de Imprensa da Noruega já exigiu ao fundo soberano do país, o Fundo do Petróleo, que detém 0,52% das acções do Facebook, que tome medidas concretas para castigar a empresa norte-americana por considerar que está a violar a liberdade de expressão.

“Momento de verdade do horror da guerra”

A foto, que valeu ao repórter Nick Ut um Pulitzer, foi tirada a 8 de Junho de 1972, na localidade de Trang Bang que estava ocupada pelas forças do Vietname do Norte.
Kim Phuc, então com apenas 9 anos, surge a correr nua enquanto foge de um bombardeamento denapalm levado a cabo por um avião sul-vietnamita com o patrocínio dos EUA.
A porta-voz da Fundação de Kim Phuc, Anne Bayin, já disse que a mulher que tem agora 53 anos está “triste porque se centram na nudez desta imagem histórica mais do que na poderosa mensagem que transmite”, conforme declarações divulgadas pelo jornal norueguês Dagavisen.
“Ela apoia totalmente a imagem documental tirada por Nick Ut como um momento da verdade que capta o horror da guerra e os seus efeitos sobre as vítimas inocentes”, diz ainda Anne Bayin.
Em 1972, o jornal New York Times também hesitou em publicar a foto por causa da nudez da menina, mas acabou por publicá-la em nome do interesse público.
A imagem mudou a forma como os norte-americanos olhavam para a guerra e há quem diga que contribuiu para terminar o conflito.
SV, ZAP / Lusa
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UNIVERSIDADE DO ALGARVE VAI PUNIR DOIS ALUNOS DEVIDO A PRAXE


 
Bobo Boom / Flickr
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O caso remonta a setembro de 2015, quando uma aluna do primeiro ano teve de ser internada, depois uma alegada praxe na praia.
A Universidade do Algarve vai instaurar um processo disciplinar a dois alunos na sequência do inquérito a uma praxe académica, ocorrida em setembro de 2015, que resultou no internamento de uma aluna.
Em comunicado hoje divulgado, a Universidade do Algarve enumera os vários passos que se seguiram ao internamento da aluna e que culminaram no dia 2 de setembro passado com o transitar em julgado do processo disciplinar “tornando-se a decisão condenatória definitiva por preclusão do prazo previsto para o direito de impugnação judicial por parte dos alunos visados”.
O caso remonta à noite de 23 de setembro de 2015, na praia de Faro, quando uma aluna do primeiro ano foi submetida a uma alegada praxe que consistia em enterrar os jovens na areia próximo da água, ficando imobilizados enquanto lhe eram dadas, à boca, bebidas alcoólicas.
Os pais da aluna, de 19 anos, relataram na altura ao reitor da academia algarvia o sucedido, o que levou António Branco a decidir instaurar um processo para apurar eventuais responsabilidades disciplinares dos estudantes da universidade envolvidos.
“Em consequência de alguma coisa que aconteceu na praia, uma aluna necessitou de assistência médica e isso constitui matéria suficiente para abrir um processo de averiguações que pode ter consequências disciplinares”, disse, na altura, à Lusa, sublinhando que a situação clínica da aluna “não era grave”.
Segundo o documento hoje divulgado, o inquérito foi concluído a 21 de novembro de 2015 e, de acordo com o relatório final (que indiciariamente apurara responsabilidades de três estudantes – um de estabelecimento de ensino do centro do país) foi mandado instaurar um processo disciplinar a dois alunos da Universidade do Algarve, tendo sido nomeado um instrutor.
O processo disciplinar correu os seus termos, tendo sido determinado, por despacho reitoral de 10 de março de 2016, a aplicação das sanções propostas pelo instrutor do processo disciplinar: “advertência escrita averbada nos processos individuais dos estudantes, por infração do dever de probidade e boa conduta por parte daqueles alunos”.
Um dos alunos apresentou então uma reclamação da “decisão da aplicação da sanção disciplinar, tendo sido indeferida a reclamação e mantida a sanção”.
O processo disciplinar terminou a 19 de abril deste ano e transitou em julgado a 02 de setembro, tornando-se “a decisão condenatória definitiva por preclusão do prazo previsto para impugnação judicial da decisão por parte dos alunos visados”.
Em comunicado a Universidade do Algarve esclarece ainda que pelo que foi apurado no inquérito e no processo disciplinar posterior, “a situação ocorrida e a razão de condução da aluna ao Hospital de Faro teve a concorrência de vários fatores e não atingiu as proporções divulgadas por alguns órgãos de comunicação social”.
“Mais se esclarece que correu termos no Ministério Público um inquérito que foi arquivado por se ter concluído que ‘dos factos apurados não se indiciar a prática de qualquer crime’”.
/Lusa

GUTERRES VENCE QUARTA VOTAÇÃO PARA SECRETÁRIO-GERAL DA ONU


 
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres
O ex-Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres
O ex-primeiro-ministro ficou à frente na quarta votação secreta ocorrida esta sexta-feira entre os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas para eleger o próximo secretário-geral da organização, disseram fontes diplomáticas à Lusa.
António Guterres teve 12 votos “encoraja”, dois “desencoraja” – melhorando o resultado da anterior votação – e um “sem opinião”.
O ex-primeiro-ministro ficou assim à frente na quarta votação secreta entre os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Durante a votação, cada um dos 15 membros do conselho indicou se “encoraja”, “desencoraja” ou “não tem opinião” sobre os onze candidatos.
Duas outras votações estão agendadas: uma semelhante às primeiras quatro, que acontece a 26 de setembro, e uma na primeira semana de outubro, em que os votos dos membros permanentes do conselho, que têm poder de veto sobre os candidatos, serão destacados.
Guterres venceu as três primeiras votações para o cargo, que aconteceram a 21 de julho, 05 de agosto e 29 de Agosto.
/Lusa

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NOVO “MINISTRO DA GUERRA” DO DAESH FOI TREINADO PELOS ESTADOS UNIDOS


 
(cv) YouTube
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O novo “ministro da guerra” do Estado Islâmico, Gulmurod Khalimov, de 41 anos, foi treinado pelas forças especiais dos Estados Unidos quando era líder da polícia do Tajiquistão.
De acordo com o New York Post, Khalimov é o substituto de Tarhan Batirashvili, que foi morto em julho durante um ataque aéreo.
O jornal nova-iorquino cita a agência Iraqi News, que garante que Khalimov “foi eleito o primeiro comandante militar do Estado Islâmico”, mas que “a organização não o anunciou oficialmente porque teme que, assim que o fizer, possa haver uma série de ataques aéreos contra eles”.
Gulmurod Khalimov juntou-se ao Estado Islâmico em 2015, depois de desaparecer da força especial da polícia do Tajiquistão.
Um mês depois de ter abandonado o seu país, Khalimov apareceu num vídeo do Estado Islâmico, no qual anuncia ataques terroristas contra o Tajiquistão, a Rússia e os EUA.
No mesmo vídeo, Khalimov afirma que, entre 2003 e 2014, participou em cinco operações de treino – algumas nos Estados Unidos.
O Departamento de Estado dos EUA está a oferecer uma recompensa de três milhões de dólares(2,65 milhões de euros) pelo terrorista.
Um funcionário do Departamento de Estado, citado pela Reuters, adiantou que Khalimov é considerado como uma ameaça devido ao seu treino contra-terrorismo, que incluiu “negociação de reféns e liderança tática.”
O novo ministro da organização terrorista e a mulher são procurados pela Interpol por traição, e já foi emitido um mandato de captura internacional para a sua detenção e extradição para o Tajiquistão.
BZR, ZAP

VÍTIMA DE ÁCIDO SULFÚRICO BRILHOU NA SEMANA DA MODA DE NOVA IORQUE


 
Yuva Desh / Twitter
Reshma Qureshi na Semana da Moda de Nova Iorque
Reshma Qureshi na Semana da Moda de Nova Iorque
Reshma Qureshi é uma desconhecida para a maioria das pessoas, mas esta indiana, vítima de um ataque de ácido sulfúrico, foi a grande figura do primeiro dia de desfiles da Semana da Moda de Nova Iorque.
Esta jovem de 19 anos, que se tornou numa activista da luta contra a venda livre de ácido na Índia, depois de ter sofrido o ataque, em 2014, abriu o desfile da marca indiana Archana Kochhar, com um vestido branco com um estampado étnico, no arranque da Semana da Moda de Nova Iorque, nesta quinta-feira, 8 de Setembro.
Reshma Qureshi foi convidada pela FTL Moda, uma companhia de produção de moda que pretende mudar os estereótipos de beleza e que no ano passado convidou uma modelo com Síndroma de Downpara os desfiles.
“Este desfile foi importante para mim porque há tantas raparigas como eu que são sobreviventes de ataques de ácido e isto vai dar-lhes coragem“, salienta a jovem activista indiana em declarações à Associated Press, conforme cita a revista Cosmopolitan.
“E também vai mostrar às pessoas que julgam as outras com base na sua aparência que não devem julgar um livro pela sua capa – deve-se olhar para toda a gente com os mesmos olhos”, diz também Reshma Qureshi que foi atacada na rua com ácido sulfúrico pelo ex-cunhado, de quem a sua irmã se tinha divorciado.
Na sequência do ataque, perdeu o olho esquerdo, sofrendo queimaduras graves no rosto que ficou desfigurado. Numa entrevista, ela assume que chegou a pensar em suicidar-se, mas depois envolveu-se com a organização Make Love Not Scars que apoia vítimas de ataques de ácido, de violações e de violência doméstica.
Antes da fama que a Semana da Moda de Nova Iorque lhe está a dar, Reshma Qureshi já tinha dado que falar com os seus vídeos com dicas de maquilhagem que partilha no Youtube e onde evidencia que “na Índia, é mais fácil e barato conseguir ácido do que um bâton de lábios”.
Na Índia, há entre 500 a 1.000 ataques com ácido por ano, de acordo com dados de organizações internacionais.
E enquanto Reshma Qureshi desfilava em Nova Iorque, um Tribunal da Índia condenou um homem de 26 anos à pena de morte, depois de este ter atacado uma mulher de 24 anos com ácido – a vítima, que tinha recusado casar com ele, morreu. Foi a primeira sentença com a pena máxima para este tipo de ataques num sinal de que as coisas começam a mudar na Índia.
SV, ZAP

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CONSTRUTORA DINAMARQUESA INDEMNIZA PORTUGUESES POR EXPLORAÇÃO LABORAL


 
ABr
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Uma empresa dinamarquesa de construção civil vai ter que pagar 2,5 milhões de euros em indemnizações a trabalhadores portugueses que receberam ordenados abaixo das tabelas legais e trabalharam mais horas do que a Lei da Dinamarca permite.
O caso, divulgado pelo jornal Público, envolve a empresa CNBT DK Aps, que tem sede em Hellerup, na Dinamarca, mas que é gerida por portugueses, tendo escritórios em Portugal e também na Alemanha e em Inglaterra.
Entre 2014 e 2016, cerca de 120 trabalhadores portugueses receberam ordenados “abaixo das tabelas estabelecidas” na Dinamarca, trabalhando mais horas do que a Lei do país permite, escreve o jornal, citando dados da televisão dinamarquesa DR.
Alguns destes trabalhadores envolvidos nas obras de alargamento do metro de Copenhaga chegavam a fazer 55 horas de trabalho semanais, mas recebiam como se trabalhassem apenas 35 horas.
A CNBT DK ApS vai assim ter que pagar 19 milhões de coroas dinamarquesas em indemnizações,cerca de 2,5 milhões de euros, depois das conversações levadas a cabo com a intermediação da maior central sindical da Dinamarca, a 3F.
As indemnizações variam entre os 1.300 euros e os 100 mil euros, segundo avança o Público.
Em 2014, a empresa italiana CIPA também foi condenada a pagar cerca de 2,9 milhões de euros pelo mesmo tipo de irregularidades nas obras do metro de Copenhaga.

Portugueses em “trabalho de escravos”

O presidente do Sindicato da Construção de Portugal (SCP), Albano Ribeiro, refere ao Público que “há ainda situações muito graves por resolver na Dinamarca”, envolvendo portugueses.
“Temos conhecimento de dezenas de trabalhadores a quem foram prometidos três mil euros de ordenado e que estão a receber 700, ainda têm de pagar alojamento e alimentação e alguns deles trabalham 12 ou mais horas por dia”, denuncia o sindicalista.
O presidente do SCP nota ainda que há outros portugueses a viverem situações de “trabalho de escravos” semelhantes na Bolívia e no Senegal.
ZAP

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