domingo, 15 de agosto de 2021

João Almeida vence Volta à Polónia

Português conquistou duas etapas durante a competição e controlou depois para conseguir triunfo histórico para a carreira.

O português João Almeida conquistou a Volta à Polónia em bicicleta. Primeira conquista final numa prova do World Tour.

Na última etapa, o ciclista luso, da Deceuninck-QuickStep, chegou integrado no pelotão.

O ciclista de 23 anos conquistou duas das sete etapas desta prova e andou vários dias de amarelo, símbolo da liderança.

João Almeida tinha como melhor resultado o quarto lugar no Giro 2020.

Desde Rui Costa (Volta à Suíça em 2012, 2013 e 2014) que um português não vencia uma prova do World Tour.

Imagem: Record


Polícia Marítima interrompeu festa com 300 pessoas em praia de Sesimbra

Uma festa numa praia do concelho de Sesimbra (Setúbal) com cerca de 300 pessoas foi interrompida no sábado pela Polícia Marítima, que deu indicações para que estas abandonassem o local, foi hoje anunciado.

Em comunicado, a Polícia Marítima adiantou que, “na sequência de várias denúncias recebidas cerca das 18:00”, elementos do posto da Costa da Caparica deslocaram-se à praia do Galherão, tendo verificado que cerca de 300 pessoas encontravam-se “em ambiente festivo, com música e a consumir bebidas alcoólicas”.

Os elementos da Polícia Marítima interromperam “de imediato a festa, dando indicações para que as pessoas abandonassem o local”, lê-se na nota.

Ainda segundo a Polícia Marítima, as pessoas acataram as indicações e abandonaram o local, tendo os elementos do posto da Costa da Caparica “garantido a saída das pessoas da praia”.

Lusa

Morreu Gerd Muller, melhor marcador de sempre do campeonato alemão e herói de 1974

O antigo futebolista alemão Gerd Muller, campeão da Europa e do mundo pela Alemanha em 1972 e 1974, morreu hoje, aos 75 anos, anunciou o Bayern de Munique, seu único clube no primeiro escalão germânico.

O 'bombardeiro', como era conhecido, é ainda o melhor marcador da história do campeonato alemão, com 365 golos ao serviço dos bávaros, nos quais marcou 566 tentos em 607 jogos oficiais.

Muller, que chegou ao Bayern em 1964, ganhou três Taças dos Campeões Europeus, um Taça das Taças, uma Taça Intercontinental, quatro campeonatos e quatro Taças da Alemanha, tendo conquistado o Europeu de 1972 e o Mundial de 1974, no qual marcou o golo decisivo na final frente aos Países Baixos.

Ao serviço da 'mannschaft', Muller marcou 68 golos em 62 jogos.

Depois de ter começado a carreira no TSV 1861 Nördlingen, Muller passou 14 temporadas e meia no Bayern, terminando a carreira nos Estados Unidos, nos Fort Lauderdale Strikers.

Lusa

Imagem: SAPO24

Crise dos semicondutores atrasa entrega de carros novos

A crise dos semicondutores, que leva fábricas a reduzir ou a parar a produção, está a afetar a entrega de carros novos e não há estimativa de resolução do problema, avançou à Lusa a ACAP -- Associação Automóvel de Portugal.

“Nós, como associação do setor, temos conhecimento de que tem havido problemas nas fábricas, que têm afetado muito a produção, em vários milhões de unidades por causa da crise dos semicondutores ou ‘chips'”, adiantou o secretário-geral da ACAP, Helder Pedro, em declarações à Lusa.

Conforme explicou, cada vez mais, os automóveis têm integrados estes dispositivos mas, face à crise mundial neste segmento, potenciada pela covid-19, as linhas de produção têm sido afetadas e, consequentemente, as entregas têm sofrido atrasos, que variam de marca para marca.

Porém, tanto a Comissão Europeia como os Estados Unidos “têm estado a fazer esforços” para resolver este problema, através de apoios monetários.

“Quando se implementar estas alterações na Europa e nos EUA, o problema pode estar ultrapassado e a indústria de semicondutores poderá responder à procura do setor automóvel”, afirmou Helder Pedro, ressalvando que, ainda assim, não há uma estimativa para o regresso à normalidade.

Os semicondutores são circuitos integrados que permitem que os dispositivos eletrónicos que utilizamos, sejam telemóveis, micro-ondas ou elevadores, processem, armazenem e transmitam dados.

A crise dos semicondutores está a acentuar-se, com o tempo médio de entrega a aumentar para mais de 20 semanas, o que agrava as perspetivas de fabricantes de automóveis e computadores.

Uma investigação do Susquehanna Financial Group, relatada pela agência Bloomberg, apurou que o período de tempo entre fazer a encomenda e a entrega do material aumentou mais de oito dias, para 20,2 semanas em julho, em relação ao mês anterior.

Esta demora é a maior desde que o Susquehanna começou a compilar esta informação, em 2017.

O tempo de espera de microcontroladores — semicondutores que controlam funções em automóveis, equipamentos industriais e equipamentos eletrónicos — disparou em julho e está agora em 26,5 semanas, o que compara com uma espera típica de seis a nove semanas.

A escassez de semicondutores tem tido um impacto forte na indústria automóvel, a qual, ainda segundo o texto da Bloomberg, deve contar mais de 100 mil milhões de dólares em vendas não feitas.

O mercado automóvel português cresceu 18,1% nos primeiros sete meses deste ano, em termos homólogos, mas em comparação com 2019 caiu 34,2% revelou a ACAP no dia 02 de agosto.

“Nos sete meses de 2021, foram colocados em circulação 113.541 novos veículos, o que representou uma diminuição de 34,2% relativamente ao mesmo período de 2019, apesar da comparação com 2020 mostrar um aumento de 18,1%”, destacou, na altura, a associação, num comunicado.

Em termos mensais, houve uma queda mesmo em relação a 2020, indicou a ACAP, apontando que “em julho de 2021 foram matriculados pelos representantes legais de marca a operar em Portugal 14.219 veículos automóveis, ou seja, menos 34,7% que no mesmo mês de 2019 e menos 21,4% quando comparado com julho de 2020”.

Lusa

Com António Costa de férias, Mariana Vieira da Silva será primeira-ministra em exercício

Depois de Manuela Ferreira Leite durante o Governo de Durão Barroso, esta é apenas a segunda mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra em exercício.

De acordo com a edição de hoje do Público, Mariana Vieira da Silva vai substituir António Costa enquanto este goza do seu período de férias, desde esta segunda-feira, 16 de agosto, até ao final do mês — a decisão já foi comunicada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A ministra do Estado e da Presidência é apenas a quarta na hierarquia do Governo, mas será ela a ocupar o cargo na ausência de Costa já que os outros dois elementos do executivo à sua frente o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, também vão tirar férias.

Como recorda o Público, esta é apenas a segunda mulher na história de Portugal a ocupar o cargo de primeiro-ministro em exercício — Manuela Ferreira Leite foi a primeira, tendo se ocupado da pasta em 2002, 2003 e 2004, durante o período de férias do primeiro-ministro à data, Durão Barroso.

Esta responsabilidade implica não só presidir ao Conselho de Ministros, como também supervisionar todos os atos de governação do executivo.

Madremedia

304 mortos e 1.800 feridos é o novo balanço do sismo no Haiti

O sismo de magnitude 7,2 na escala de Richter que abalou no sábado de manhã a metade sudoeste do Haiti fez pelo menos 304 mortos e 1.800 feridos, além de avultados danos materiais, anunciou a Proteção Civil haitiana.

"Registámos 160 mortes no sul, 42 nos Nippes, 100 na Grand Anse e dois no noroeste", anunciou o diretor da Proteção Civil, Jerry Chandler, fornecendo os pormenores do novo balanço das vítimas por departamento, numa conferência de imprensa realizada no sábado à noite.

Segundo o novo relatório da Proteção Civil, os 1.800 feridos esgotaram já a capacidade dos poucos hospitais das zonas afetadas.

O primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, anunciou que o Governo decretou o estado de emergência por um mês nos quatro departamentos do país afetados pela catástrofe, que sobrevoou hoje à tarde de helicóptero, e instou a população "à solidariedade" e a não ceder ao pânico.

O terramoto, que também foi sentido na República Dominicana (com a qual o Haiti divide a ilha de Hispaniola) e em Cuba e que já faz parte dos dez sismos mais letais dos últimos 25 anos na América Latina, ocorreu às 08:29 locais (13:29 de Lisboa), a cerca de 12 quilómetros da cidade de Saint-Louis-du-Sud, situada a 160 quilómetros da capital haitiana, Port-au-Prince, com epicentro a 10 quilómetros de profundidade, segundo dados do Instituto Norte-Americano de Geofísica (USGS).

O USGS, que chegou a emitir um alerta de tsunami, que posteriormente cancelou, atribuiu ao terramoto um alerta vermelho na sua escala de danos humanos, o que significa que "é provável que haja um elevado número de vítimas e é provável que o desastre afete uma zona extensa", indicou, na sua página da Internet.

Após o sismo, registaram-se cinco réplicas, uma das quais de magnitude 5,2 a 17 quilómetros da localidade de Chantal, também com epicentro a 10 quilómetros de profundidade.

Organizações como a Federação Internacional da Cruz Vermelha e os Catholic Relief Services concordaram hoje na "instalação imediata" de albergues para socorrer "muitas pessoas" que perderam as suas casas por causa do terramoto.

"Na zona, vai ser necessário tudo: alimentos, medicamentos, equipamento pesado para limpeza de escombros [...] também se terá de instalar albergues de imediato, porque as pessoas não voltarão para as suas casas destruídas ou semidestruídas", disse o delegado em Port-au-Prince da Federação Internacional da Cruz Vermelha, Peter Finlay, citado pela agência espanhola Efe.

O diretor no Haiti dos Catholic Relief Services, Akim Kikonda, declarou que na cidade de Les Cayes é necessária "a imediata instalação" de albergues temporários e o fornecimento de lonas, bidões para armazenar água e materiais de higiene pessoal.

À situação de emergência há que acrescentar a crise política que se vive no país, agravada pelo assassínio do Presidente, Jovenel Moïse, em 07 de julho, bem como os efeitos da pandemia de covid-19.

Diversos países expressaram já a sua solidariedade ao Haiti, que em janeiro de 2010 sofreu outro sismo que provocou mais de 220.000 mortos, 300.000 feridos e 1,5 milhões de desalojados.

Um dos primeiros a pronunciar-se foi o Governo dos Estados Unidos, que anunciou uma "resposta imediata" para ajudar o país mais pobre do continente americano, ao passo que a Venezuela, o Chile e o Peru ofereceram apoio logístico.

O Presidente dominicano, Luis Abinader, ofereceu-se para ajudar "dentro das suas possibilidades".

Segundo o MNE cubano, os médicos que estavam a trabalhar no vizinho Haiti no âmbito de um acordo de colaboração bilateral estão agora a dar assistência aos feridos, "inclusive fora das instalações hospitalares afetadas pelo sismo".

Lusa

Imagem:G1-Globo

Gouveia e Melo recebido com insultos por negacionistas em Odivelas

Coordenador da task force considera que "o obscurantismo no século XXI continua".

O vice-almirante Gouveia e Melo foi recebido no sábado à noite por algumas dezenas de manifestantes anti-vacinação, que gritavam "assassino", com o responsável da 'task-force' a considerar que "o obscurantismo no século XXI continua".

O relógio batia as 22:15 quando o vice-almirante entrou pela porta principal do Pavilhão Multiusos de Odivelas, onde estão a ser vacinados jovens de 16 e 17 anos contra a covid-19, por entre protestos do movimento anti-vacinação, cujas palavras de ordem eram bem audíveis mesmo com as portas fechadas.

Questionado pelos jornalistas sobre o que é que os manifestantes lhe tinham dito quando entrou, o vice-almirante afirmou: "Olhe, o que estão a dizer agora, genocídio e assassínio, chamam-me assassino, o que quer que eu lhe diga?".

O responsável da 'task-force' salientou que a "única coisa" que tinha a dizer aos manifestantes era que "o obscurantismo no século XXI continua, há ondas de obscurantismo".

É claro, disse, que as pessoas "têm direito às suas opiniões", mas "não têm é o direito a impor a sua opinião aos outros".

E, quando essa "opinião é imposta já de forma violenta, deixa de ser democracia, portanto têm direito à sua opinião, têm direito a falar uns com os outros, não têm direito a empurrar, não têm direito a condicionar as pessoas e, por isso, é que eu entrei ali pela porta principal", sublinhou.

Os manifestantes anti-vacinação tinham começado a reunir-se em frente à porta principal do Centro de Vacinação de Odivelas cerca das 21:00. Alguns mascarados com fatos brancos e outros sem máscara e sem cumprirem o distanciamento social, exibiam uma longa faixa que dizia: "As crianças não são cobaias".

À chegada, o vice-almirante Gouveia e Melo disse que tinham sido vacinados "até agora" - cerca das 22:00 de sábado - "mais de 102 mil jovens", o que considerou ser um "balanço muito positivo".

Para domingo, "apelo aos jovens para voltar a comparecer ao processo de vacinação porque a vacina é o elemento mais seguro para passarmos esta fase pandémica", disse.

O responsável da 'task-force' visitou o Centro de Vacinação e falou com alguns jovens.

Já na área de recobro, confessou que ver jovens a furar a manifestação "para se virem vacinar" era "dos momentos mais inspiradores" que tinha neste processo de vacinação.

Ter conversado com jovens que disseram: 'aqueles senhores andaram a encher-me a cabeça e eu passei pela fila e vim vacinar-me' enche-me o peito de esperança porque o nosso povo, afinal de contas, tem muito mais sabedoria do que a gente possa pensar", enfatizou o vice-almirante, enquanto passava "Simply the best" [simplesmente o melhor] de Tina Turner, uma escolha do DJ Jigar Govinde.

Quando Gouveia e Melo foi cumprimentar o DJ, este afirmou: "Esta música é dedicada a si", arrancado sorrisos ao vice-almirante.

Agradecendo o gesto, o responsável da 'task-force' ripostou: "Dedique esta música não a mim, mas a todo este grupo que anda aqui a vacinar-se".

À saída, o vice-almirante saiu por onde entrou, pela porta principal, por entre gritos de manifestantes a chamarem-no de assassino repetidamente, ladeado pela Polícia de Segurança Pública (PSP).

Ainda antes da chegada do vice-almirante, uma das organizadoras do protesto, Ana Desirat, bancária de profissão e politóloga de formação, explicou à Lusa a razão da sua presença no local.

Ana Desirat teceu críticas à comunicação social, à semelhança do que outros elementos presentes já tinham feito, apontando que esta "não tem sido transparente com esta situação toda que se está a passar".

Os mortos devido à covid-19 "que têm sido apregoados", disse, não são os verdadeiros, mas "meramente especulativos".

"Houve um grupo de cidadãos que exigiu uma série de respostas" ao Ministério da Saúde e à Direção-Geral de Saúde, ao qual não foi dada resposta e foi "necessário intervir em termos de tribunal para que" tivessem sido obtidas respostas, relatou.

Questionada porque estavam no Centro de Vacinação de Odivelas, explicou a presença porque a autarquia "vergonhosamente fez uma coisa que se chama crime de coação sobre a juventude" do concelho, que passa pelo facto de ter sido publicado nas redes sociais um 'post' em que dizia: "Venham tomar um 'shot'".

Este 'shot', salientou, "é uma injeção carregada de grafeno que é utilizado só em doenças muito graves e terminais", o que na sua opinião é errado e induz os jovens em erro, criticando ainda o recurso ao DJ.

"Vamos ficar aqui a protestar até que seja necessário, nem que seja até à uma da manhã", assegurou Ana Desirat.

"Hoje de manhã fizemos uma ação na Cidade Universitária em que, por acaso, conseguimos que pelo menos seis jovens tenham arrepiado caminho" e não tenham tomado a vacina, contou.

Questionada sobre se já tinham convencido algum jovem em Odivelas a não vacinar-se, cerca das 21:30, a resposta foi perentória: "Aqui não porque chegámos agora, mas temos esperança de conseguir convencer alguém".

Até cerca das 22:00 de sábado tinham sido vacinadas, na totalidade do Agrupamento de Centros de Saúde de Loures e Odivelas, "cerca de 3.000 pessoas", afirmou o diretor executivo, António Alexandre.

Já no que respeita a Odivelas, os números andavam "por volta dos 1.600".

Durante o tempo que a Lusa esteve no Centro de Vacinação, a afluência não era muita.

"Tivemos uma quebra, a partir das 18:00, penso que provavelmente por causa dos jogos de futebol" que estavam a decorrer, considerou o diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde de Loures e Odivelas.

"Penso que isso poderá ter tido alguma influência, mas estamos à espera, já começámos a ter algum movimento, estamos expectantes que isto possa recuperar até à 01:00", afirmou.

A Casa Aberta, para vacinação sem marcação, começou às 22:00.

"O balanço é sempre positivo, estamos a entrar naquela fase que é luta homem a homem, nesta altura todas as vacinas contam como em qualquer processo democrático em que todos os votos contam, nesta altura todas as vacinas contam", rematou António Alexandre.

"Naturalmente que a nossa expectativa era vacinar quatro mil, cinco mil pessoas, se não chegarmos a isso, depois amanhã [domingo] também é dia", concluiu.

Fonte: Lusa

 e Imagem: TSF

GNR resgatou duas águias-calçadas na via pública em Belmonte

Duas águias-calçadas que estavam na via pública, incapacitadas para voar, foram resgatadas no concelho de Belmonte por militares do posto local da GNR e entregues no Centro de Recuperação de Animais Selvagens, em Castelo Branco, para avaliação do seu estado de saúde.

Em nota de imprensa, a GNR frisa que os militares, adstritos ao Comando Territorial de Castelo Branco e que estavam numa ação de patrulhamento, “foram alertados por populares que os animais se encontravam a deambular na via pública, após embaterem num obstáculo”.

“Os militares deslocaram-se de imediato ao local e recolheram os exemplares, que aparentavam estar debilitados, com ferimentos ligeiros e incapacitados para voar”, adianta a nota.

A operação da GNR, que contou com o reforço do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) da Covilhã, culminou com a entrega das aves ao CERAS, “para monitorização do seu estado de saúde, recuperação e posterior libertação no seu habitat natural”.

Na nota, a GNR afirma que o seu Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) “tem como preocupação diária a proteção dos animais” e que, para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) “funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas”.

Entre lá e cá, muita diferença há

 

Péricles Capanema

Em fins de 2017, Malcom Turnbull, primeiro-ministro da Austrália, denunciou o óbvio, calado pela imensa maioria dos dirigentes contemporâneos. Dos políticos brasileiros no governo, então, nenhuma exceção, o silêncio é total sobre matéria que tem por dever tomar posição. Preocupa ainda o mutismo de setores com responsabilidade institucional relativa à independência e segurança nacionais.

Aliás, já tratei desse óbvio algumas vezes, a primeira em 15 de dezembro de 2015 (Desnacionalização suicida); versava sobre a expansão imperialista da China comunista, no Brasil, em especial pela compra de amazônicos ativos por estatais chinesas. Naquela ocasião, observei:

“Na década de 70 foi usual a palavra finlandização.

A Finlândia havia perdido mais de 10% de seu território para a Rússia, quase 20% de seu parque industrial e, pelo temor do vizinho ameaçador e poderoso, acertava sempre o passo com Moscou, não importava o que fizessem os tiranos comunistas. Aquele antigo e civilizado país, formalmente soberano, de fato padecia uma forma larvada de protetorado.

[…] Com a enorme e cada vez maior presença econômica do Estado chinês entre nós, chegará o dia em que o país, em numerosos assuntos internos, vai ter diante de si potência mundial imperialista. […] Está em curso entre nós um processo que vai levar à perda efetiva da soberania nacional. No fundo do horizonte, terrível perspectiva, nos espera o protetorado envergonhado, mesmo que cuidadosamente disfarçado”.

Agora tenho companhia para gritar comigo, uma delas, a maior autoridade de um dos grandes países do mundo. Que sua advertência sirva de exemplo para nós aqui no Brasil e alhures. Tinham endereço certo as palavras do político australiano sobre “tentativas sem precedentes e crescentemente sofisticadas para influenciar o processo político”.

Referiu-se ainda a “inquietadores informes sobre a influência chinesa”. Estava claro, os relatórios preocupantes tinham origem nos serviços de inteligência do País. Não espanta, pois, que Feng, professor de estudos chineses em Sidney, tenha constatado, mais de 90% das dezenas de grupos da comunidade chinesa no país são controlados por Pequim.

No Japão, Michael Danby, deputado no Parlamento australiano, ecoou as advertências de Tornbull. Fez duro discurso contra o perigo chinês não apenas na Austrália, mas em todo o Sudeste asiático e no Pacífico em geral. Acusou a China de estar agindo como um novo Komintern (a antiga internacional comunista), com presença crescente na economia e na política.

Afirmou ainda que tais esforços são parte da estratégia do PC chinês de “competir com os Estados Unidos globalmente”. Nesse contexto, políticos no Parlamento da Down Under trabalham para aprovar legislação que dificulte a ação imperialista da China na Austrália.

Não é diferente a situação na Nova Zelândia. Cresce ali a consciência do perigo, mas, de outro lado, é generalizada a impressão, o governo já não tem liberdade inteira para agir em defesa dos interesses do País diante da presença intimidante e (vamos usar a palavra precisa) chantageadora da China.

A professora Anne-Maria Brady da Universidade de Canterbury, das mais ativas na denúncia da ameaça chinesa, julga que o governo já concordou, quando nada tacitamente, na aplicação de uma política comum que ela intitula “de não surpresas”. Eventuais advertências sobre a ingerência chinesa serão sempre expressas privadamente.

Exemplo desse fato, nos últimos meses os serviços de inteligência da Austrália e da Nova Zelândia advertiram os dois governos sobre a crescente e preocupante intromissão chinesa nos assuntos internos dos dois países.

A ASIO (Australian Security Intelligence Organisation, em português, Organização Australiana de Inteligência de Segurança) colocou em seu relatório anual destinado ao Parlamento que governos estrangeiros tentam influir abusivamente no país representando “ameaça para nossa soberania, integridade das instituições nacionais e exercício dos direitos dos cidadãos”.

Em outubro último, Duncan Lewis, chefe da ASIO, advertiu parlamentares australianos que é necessário estar “muito consciente das possibilidades de interferência estrangeira em nossas universidades”.

Um dado revelador, a Dollars and Democracy Database da Escola de Direito de Melbourne pesquisou, 80% das doações na Austrália para campanhas políticas dos dois grandes partidos provenientes do exterior entre 2000 e 2016 tiveram como origem a China comunista.

Relatórios cobrindo a imprensa, o mundo dos negócios e as universidades constatam a mesma busca de predomínio. Setores na Austrália se alarmam e gritam. Na Nova Zelândia, com situação semelhante, mutismo total na classe política. Não parecem ser os primeiros sintomas do que chamei acima “protetorado envergonhado, mesmo que cuidadosamente disfarçado”? Finlandização.

A situação da Nova Zelândia levanta gravíssimo problema para a segurança do Ocidente. Cinco países de língua inglesa, aliados especialmente próximos, Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Austrália e Nova Zelândia compartilham dados de seus serviços de inteligência (a chamada Five Eyes Intelligence). Se a Nova Zelândia permitir a crescente ingerência chinesa em alto nível, poderá ser impelida a compartilhar dados sensíveis com a China, parte dos quais recebidos dos outros quatro.

Transformar-se-á no que em inglês se chama o soft belly (ventre mole). A carapaça cobre todo o jacaré, menos o ventre, vulnerável às flechas. Por ali é facilmente morto. Continuará a existir a confiança entre os cinco? Ou a prudência daqui a pouco comandará atitude diversa?

Poderia continuar indefinidamente historiando fatos na Nova Zelândia e Austrália que reverberam no Congresso dos Estados Unidos e provocam faíscas na Inglaterra e até na Alemanha. Mas preciso parar, falta espaço.

E é claro, a respeito de tudo isso, a China comunista ataca, atribuindo as reações à paranoia, ao macartismo e ao racismo. Dispõe de cartas importantes na manga: é o maior parceiro comercial da Austrália, o maior parceiro de bens com a Nova Zelândia e o segundo de serviços. Aliás, o mesmo vale para o Brasil.

Contudo, ainda transcrevo pequena parte do há pouco divulgado estudo feito pelo Eurasia Group para 2018 (está na rede), em geral considerado o mais importante instituto de análise de riscos.

Assinala: “O modelo político da China agora está tão vigoroso como nunca antes — numa ocasião em que o modelo político dos Estados Unidos está enfraquecido”. Continua: “A China está assinando cheques e criando uma estrutura global de poder, enquanto outros estão pensando bilateralmente ou localmente.

O modelo gera interesse e imitadores, com governos na Ásia, África, Oriente Médio, América Latina, atendendo mais as preferências de Pequim. Desde 2008, observamos uma erosão gradual da percepção global sobre a capacidade de atrair das democracias liberais do Ocidente. Agora existe uma alternativa viável. Aqui está o maior risco de 2018”.

Lá. No geral, a Austrália toma medidas sérias, são feitas reuniões no Congresso dos Estados Unidos para tratar do assunto. Um dos mais importantes institutos de análises de riscos coloca a ascensão da China como o maior risco de 2018.

Cá. No Brasil, muitos gabarão os investimentos chineses (mutismo sobre o comando deles por governo e Partido Comunista chinês). Serão comuns hosanas à habilidade de nossos diplomatas, governo e empresários no fortalecimento dos laços comerciais com a China. Nada ou quase nada se encontrará sobre a cautela que toma a Ásia, setores da Alemanha e dos Estados Unidos.

As muitas diferenças entre lá e cá não nos lisonjeiam. Na cara, sintomas de despertar. Na coroa, superficialidade, cegueira e desleixo; deixo de lado cumplicidades eventuais.

Há mais. Terminava o artigo, abri o jornal “O Estado de S. Paulo”. À página dois, Sérgio Amaral, embaixador em Washington, “em caráter pessoal”, trata da volta do mundo bipolar — agora Estados Unidos versus China. Fecha o artigo assim: “Em seguida [a China] expandiu-se pela África e agora avança pela América Latina, como ilustra a magnitude dos investimentos chineses na região”.

Grande passo. Tomara o nosso embaixador, na principal capital do mundo, por fim, enxergue o óbvio.

ABIM

China “pirateia” primeiro avião comercial médio

A China reapresentou seu avião comercial de alcance médio, que ela afirma ser o único projetado e fabricado no país. As principais peças do Comac C919 são importadas: o trem de pouso é alemão, os motores são franco-americanos, e o interior é austríaco. Segundo CrowdStrike, empresa de segurança, o Ministério de Segurança chinês roubou tecnologia e subornou funcionários ocidentais.

 Os chineses visam atender as companhias de baixo custo, como RyanAir, comprimindo mais passageiros pela metade do custo cobrado pelos concorrentes Boeing e Airbus. A avidez pela hegemonia mundial leva Pequim a impor resultados com produtos suspeitamente baratos.

ABIM

Confiança suicida nos remédios chineses

 A crise do coronavírus mostrou como milhões de pessoas em todo o mundo dependem de medicamentos de uso contínuo. Muitos dos laboratórios ocidentais que os fabricam transferiram suas fábricas para a China comunista. Por exemplo, 80% dos antibióticos usados nos EUA são produzidos na China.

O ministro das Finanças da França classificou como “irresponsável e irracional” a confiança que se deposita na farmacologia chinesa. É sintomático o caso do Valsartan (remédio genérico indicado no Brasil para hipertensão arterial), no qual os chineses colocavam nitrosamina, substância cancerígena utilizada no combustível de foguetes. Os fabricantes chineses seguem o plano de Mao Tsé-Tung: obter a hegemonia mundial, ainda que à custa do sacrifício de imensos setores da população.

ABIM

Preocupante expansionismo chinês na Amazônia

Dos 70 bilhões de dólares aplicados por órgãos públicos e privados na bacia amazônica entre 2018 e 2020, boa parte saiu do Banco de Desenvolvimento da China e do Banco de Exportação e Importação chinês, para financiar o desmatamento e obras de infraestrutura.

Na China, uma histórica viagem exploratória dos almirantes Zheng He e Hong Bao em torno da América Latina antes de Cristóvão Colombo está sendo manipulada pela propaganda marxista para defender que o continente foi descoberto por eles e lhes pertence…

A manipulação da História esconde propósitos conquistadores do regime comunista chinês.

ABIM

Sporting arranca triunfo sofrido em Braga e segue na liderança

 Minhotos estiveram a perder 2-0, reduziram perto do fim e ameaçaram o empate.

O Sporting garantiu hoje três sofridos pontos ao vencer, fora, o SC Braga 2-1, num jogo da segunda jornada da I Liga de futebol em que jogou com menos um jogador desde os 80 minutos.

Jovane, aos 40 minutos, e Pedro Gonçalves, aos 50, fizeram os golos da equipa leonina e Abel Ruiz, aos 90+2, o tento dos bracarenses, que carregaram nos últimos minutos, explorando a superioridade numérica, mas mais com o coração do que com a cabeça, não conseguindo inverter o resultado.

Carlos Carvalhal queria matar outro borrego, como o de há uma semana, na Madeira, diante do Marítimo (2-0), mas não conseguiu: o Sporting somou a quinta vitória consecutiva diante dos minhotos, contenda que começou no início deste ano civil.

Ricardo Horta, com um quadro de contratura muscular, ficou de fora por prevenção, e foi baixa de peso na equipa minhota, que não pôde ainda contar, por lesão, com Sequeira e Castro.

No SC Braga, destaque para a titularidade de Abel Ruiz em vez de Mario González e para a chamada, no banco de suplentes, de Iuri Medeiros, após longa ausência devido a lesão grave. Fransérgio foi titular e, no final, despediu-se dos adeptos, rumo aos franceses do Bordéus.

Já no Sporting, Rúben Amorim repetiu o onze que começou diante do Vizela, na primeira jornada.

A partida começou muito atada, com as duas equipas com um grande conhecimento mútuo a não permitir grandes veleidades ofensivas, e só aqueceu nos últimos minutos da primeira parte.

Primeiro, foi Piazon, após uma primeira defesa de Adán a cortar um cruzamento venenoso de Fabiano, a rematar com perigo para nova intervenção decisiva do guardião espanhol, agora com os pés (39).

A resposta veio de imediato e com o golo do Sporting: Esgaio cruzou com régua e esquadro da direita e Jovane, algo trapalhão até então, ao segundo poste, mais rápido que Fabiano, atirou de cabeça e bateu Matheus.

O SC Braga reagiu e, no período de descontos da primeira parte, criou dois lances muito perigosos, ambos por Fábio Martins, com destaque para um remate de letra, que obrigou Adán a uma grande defesa (45+3).

A abrir a segunda parte, Gonçalo Inácio falhou de forma incrível o segundo dos leões, cabeceando ao lado após livre cobrado por Jovane (49), mas o segundo golo do Sporting não demorou e surgiu pelo suspeito do costume, Pedro Gonçalves.

Após uma grande jogada coletiva, que passou por vários jogadores, o goleador da época passada rematou mais em jeito do que em força (50).

Carvalhal lançou André Horta e Mario González, dando mais ímpeto ofensivo à equipa, e Amorim refrescou a ala esquerda com Nuno Santos e Matheus Reis, mas o defesa brasileiro esteve apenas 18 minutos em campo, porque foi expulso com dois cartões amarelos, o primeiro dos quais de forma infantil.

Em superioridade numérica, o treinador bracarense apostou ainda mais no ataque, com Roger e Rui Fonte, enquanto o treinador leonino recompôs a defesa com Porro (Esgaio foi para o lado esquerdo) e o ataque com Tiago Tomás.

Aos 87 minutos, Iuri Medeiros rematou em arco, mas Adán fez mais uma grande defesa e, aos 90+2, Ugarte entrou para o lugar de Palhinha, estreando-se pelos leões.

O árbitro deu sete minutos de compensação (e seis na primeira parte) e, neste período, surgiu o golo de Abel Ruiz, de cabeça, após centro de Fabiano, que originou uns frenéticos, mas inconsequentes, cinco minutos finais.

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