domingo, 24 de novembro de 2019

Portalegre | 25 dadores de sangue no Crato



Na antepenúltima colheita de 2019, pisou a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – terras do Crato.

Até ao quartel dos bombeiros tomaram rumo 25 potenciais dadores, dos quais oito mulheres.

De registar as duas dezenas de unidades de sangue total angariadas oportunamente no Crato. Como é sabido, os voluntários antes de avançarem com a doação são avaliados clinicamente. E nem todos estão em condições de a concretizar.

O almoço convívio decorreu num restaurante local e contou com o apoio da Câmara Municipal do Crato. Reuniram-se na confraternização funcionários do serviço de sangue da ULSNA, membros da ADBSP e, como não poderia deixar de ser, os solidários e incansáveis doadores.

Monforte a 14 de dezembro


Sábados, da parte da manhã, têm lugar as colheitas da ADBSP. Ainda neste 2019 podem-nos encontrar em Monforte, a 14 de dezembro, nos bombeiros.
Não esquecer de ser voluntário e também de passear por: https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/

JR



Algarve | Lagoa mantém estrelas Michelin

O presidente da Câmara de Lagoa felicitou os responsáveis pelos restaurantes Ocean, do Vila Vita Parc, e Bon Bon por terem renovado as estrelas Michelin que já possuíam. No primeiro caso são duas conquistadas em 2011 enquanto que o Bon Bon ostenta uma desde 2016. 
Luís Encarnação valorizou ainda o contributo destes prémios para o atual posicionamento de Lagoa como destino turístico de elevada qualidade.
“Lagoa fica assim posicionado como o único concelho em Portugal continental, à exceção de Lisboa, que acolhe três estrelas Michelin. Ou seja, em pouco mais de 88 km quadrados associa-se aos tesouros naturais da nossa magnífica orla costeira, uma oferta gastronómica e enófila cada vez mais reconhecida e prestigiada”, reagiu o autarca.
O ‘chef’ Hans Neuner, do restaurante “Ocean”, localizado em Alporchinhos na freguesia de Porches, concelho de Lagoa, recebe as duas estrelas correspondentes à categoria ‘cozinha excecional. Por seu lado, o ‘chef’ Louis Anjos vê atribuída uma estrela ao restaurante “Bon Bon”, sediado na freguesia de Carvoeiro, na categoria ‘cozinha de grande nível, compensa parar’ do Guia Michelin ibérico. 
A gala de apresentação do Guia Michelin Espanha e Portugal 2020 decorreu na noite de 20 de novembro em Sevilha, marcando também os 110 anos de idade do conceituado ‘guia ibérico’.
Na nota de imprensa divulgada durante a cerimónia, o diretor internacional dos guias Michelin, Gwendal Poullennec fez notar que os hotéis dão “cada vez maior valor estratégico às suas propostas gastronómicas”. 

GNR apreendeu rede de pesca ilegal, pescado fresco e bivalves na Ria de Aveiro

A Unidade de Controlo Costeiro, através do Subdestacamento de Controlo Costeiro de Aveiro, no dia 20 de novembro, apreendeu 400 metros de rede ilegal, 12 quilos de robalos e 25 quilos de berbigão, na Ria de Aveiro.
No âmbito de uma operação destinada ao controlo do cumprimento das normas que regem a captura de pescado fresco e bivalves, foi detetada uma rede, sem qualquer identificação, num local proibido com 12 quilos de robalos, tendo sido recolhida juntamente com o pescado.

Foi elaborado o respetivo auto de contraordenação e o pescado, depois de submetido ao controlo higiossanitário, foi entregue a várias instituições de solidariedade.
Numa outra ação foram detetadas duas embarcações a proceder à captura de bivalves numa zona classificada como interdita, tendo sido aprendidos 25 quilos de berbigão. Resultante desta ação, foram identificados dois homens de 27 e 50 anos e elaborado o respetivo auto de contraordenação.
A GNR relembra que as zonas interditas permitem o controlo das biotoxinas marinhas, que são compostos químicos produzidos por algumas microalgas que se acumulam nos bivalves quando estes retêm as microalgas tóxicas no seu processo de filtração. Assim existe este controlo de forma a que o consumo dos moluscos bivalves não represente um perigo, sendo que os bivalves que não sejam sujeitos a depuração ou ao controlo higiossanitário, podem colocar em causa a saúde pública devido à possível contaminação com toxinas.
Os bivalves por ainda se encontrarem vivos foram devolvidos ao seu habitat natural.
Imagem: Rota da Bairrada

Opinião | Catedral de York

A poesia das flechas inexistentes, mas imagináveis

  • Plinio Corrêa de Oliveira
A catedral gótica de York, na Inglaterra, apresenta algumas características que à primeira vista impressionam pouco, mas cuja beleza é preciso saber saborear. O gosto pelo princípio de unidade e transcendência nos levaria a desejar que as torres terminassem bem mais altas, por uma série de lances menores e com uma ponta altiva e elegante. Pois não é propriamente segundo o espírito contra-revolucionário uma torre sem ponta, sem uma flecha.
As duas torres do fundo não têm pontas, mas os ângulos estão flanqueados por alguns florões que causam à primeira vista a impressão de torreões. Onde está a beleza dessas torres? Pode-se dizer que estão inacabadas, e que não possuem toda a beleza com a qual sonhou para elas o arquiteto. Mas a beleza própria delas é justamente por não terem cone, pois há nelas algo que nos leva a imaginar as pontas que não existem e a sonhar com elas.
Na ordem da natureza as sombras têm sua beleza, e às vezes são mais belas do que a realidade. Também os cumes e as pontas inexistentes ficam insinuados, quando a base é feita com talento. E por meio da insinuação, qualquer um pode formar certa ideia subconsciente daquilo que poderia existir. Nas duas torres há algo que ajuda a imaginação de quem as vê, a elevar-se até o cone. De fato, prestando atenção, desprende-se dela certa poesia, que é a do cone inexistente, mas imaginável.
A catedral está rodeada por casas meio ligadas umas às outras, sem muita ordenação, formando um bricabraque de acordo com a fantasia. O batistério está quase imerso no meio de um emaranhado de dependências da catedral e de casas. Há um arvoredo também, meio entrelaçado com as construções. Nesse conjunto temos o contrário do urbanismo moderno, no qual nada é entrelaçado.
O que fariam os urbanistas contemporâneos? Derrubariam todo o casario, para a catedral ficar à vista por todos os lados, e substituiriam por uma praça vazia, com gramado e árvores. Resultado: perderia algo na linha do aconchego, do convívio íntimo entre peças diferentes. Todo o conjunto é agradável e interessante — diferente do perpétuo quadrilátero das ruas modernas.
ABIM
___________________________
Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 22 de maio de 1985. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

Algarve | Estudo sobre impacto do Alojamento Local no Algarve vai ser apresentado

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) promove, no próximo dia 5 de dezembro, a apresentação de um estudo sobre o impacto do Alojamento Local na Região do Algarve.
O evento vai decorrer no Auditório Municipal de Albufeira, a partir das 14h30.
O estudo, promovido pela AHRESP no âmbito do seu Programa QUALITY – Valorização e Qualificação do Alojamento Local, desenvolvido pelo Marketing FutureCast Lab –  ISCTE e com o apoio do Turismo de Portugal, inclui a caracterização dos proprietários, alojamentos e hóspedes de Alojamento Local do Algarve, assim como o seu impacto económico na região.
Este é o terceiro grande estudo sobre Alojamento Local lançado pela AHRESP no âmbito do Programa Quality, tendo sido realizados estudos sobre Lisboa (2016) e Norte, Centro e Alentejo, os quais podem ser consultados aqui.

Algarve | Oficina Comunitária começa a funcionar

A União das Freguesias de Faro vai realizar no dia 30 novembro, entre as 15h00 e as 18h00, o primeiro evento da Oficina Comunitária de S. Pedro.
A Oficina Comunitária de São Pedro é um projeto de economia circular que visa incentivar à reparação e reutilização de produtos e bens e que resulta de uma candidatura aprovada ao programa JUNTAr+ do Fundo Ambiental.
Trata-se de um espaço colaborativo e de partilha, onde as pessoas se reúnem para consertar objetos, reparar electrodomésticos, aparelhos mecânicos e eletrónicos, bicicletas, mobiliário, roupas, calçado etc., com o apoio de voluntários e pessoal especializado.
O evento é público e gratuito e as inscrições podem ser efetuadas através do e-mail: oficina@uf-faro.pt com indicação do nome e descrição do objeto a reparar.
O principal desafio abordado é o de sensibilizar, formar e capacitar a população para a reparação, conversão ou integração de objetos antigos e danificados em objetos uteis, reduzindo o uso de novos materiais e de energia para os desenvolver— preservando e usando de modo mais eficiente os recursos.

Algarve | Requalificação do Passeio Marginal de Albufeira

O Passeio Marginal de Albufeira está a ser sujeito a obras de requalificação.
A obra inicial, contemporânea da construção do túnel de acesso à Praia do Peneco, está agora a ser recuperada e abrange a recuperação da Casa da Água, infraestrutura responsável pelo abastecimento de água aos galeões e, mais tarde, às traineiras da pesca da sardinha.
A obra de requalificação do Passeio Marginal de Albufeira, popularmente conhecido pelo “Passeio dos Tristes”, consistiu na colocação de pedras e betão ao longo do percurso (que tem início no areal da Praia do Peneco e vai até à Casa da Água), com vista a tapar os buracos existentes e regularizar todo o passeio marginal, que agora ficou mais seguro e volta a ser local de vista obrigatória no roteiro turístico da cidade. 
Para além dos trabalhos de betonagem serão colocados alguns degraus na zona de desnível existente, por forma a facilitar e tornar mais segura a visita.
Por sua vez, a Casa da Água irá, também, sofrer alguns melhoramentos, nomeadamente ao nível da porta e janela, que serão tapadas por indicação da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, reparação do reboco (buracos, fissuras, etc.) e pintura.
Prevê-se que a empreitada, que orçou em 16.370,75€, fique concluída até ao final da próxima semana. 

Algarve | Período aberto para entrega de candidaturas a espaços da Mostra “Silves Capital da Laranja”

Foi aberto e decorre até 10 de janeiro o período de apresentação de candidaturas para a ocupação de dois espaços de restauração a funcionar na 4.ª Mostra “Silves Capital da Laranja”, que se realizará de 14 a 16 de fevereiro, na FISSUL, em Silves.
As propostas deverão ser entregues em carta fechada, identificando no envelope o proponente e a designação do concurso, até às 16h00 do dia 10 de janeiro, no serviço de atendimento geral da autarquia, localizado nos Paços do Concelho.
A abertura das propostas decorrerá no dia 18 de janeiro pelas 14 horas, no salão nobre da Câmara de Silves.
A base de licitação de cada espaço é de 300 euros.
Os pormenores sobre este processo podem ser consultados aqui.

80% dos agregados familiares em Portugal têm acesso à internet

Já são mais de 80% (mais exatamente 80,9%) os agregados familiares em Portugal que têm acesso à internet em casa, mais 1,5 pontos percentuais (p.p.) do que 2018, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Aquele organismo acrescenta que o acesso mais frequente nas famílias com crianças até aos 15 anos (94,5%) do que para aquelas que não têm crianças (73,2%) e que em 78,0% dos lares o acesso é realizado através de banda larga.
De acordo com o estudo agora divulgado, 76,2% da população residente dos 16 aos 74 anos utiliza a internet, sobretudo estudantes (99,6%) e pessoas que completaram o ensino secundário (96,9%) e superior (98,7%).
O acesso à internet em mobilidade (fora de casa e do local de trabalho e em equipamentos portáteis), que regista para Portugal níveis idênticos à média europeia desde 2016, mantem uma forte tendência de crescimento em 2019 (84,1%, ou seja, mais 3,2 p.p. que no ano anterior).
Também a proporção dos residentes em Portugal dos 16 aos 74 anos que referiram ter realizado comércio eletrónico aumentou em 2019 para 38,7%, ou seja, mais 2 p.p. que em 2018.
Quase metade dos utilizadores de internet limitaram a realização de atividades na internet devido a preocupações de segurança, como sejam compras, internet banking ou fornecimento de dados pessoais, e 27,6% encontraram problemas de segurança nos 12 meses anteriores à entrevista, principalmente relacionados com phishing (18,2%) e pharming (14,9%).

Algarve | Portimão recebeu encontro de incubadoras algarvias

No passado dia 18 de novembro, a Startup Portimão – a incubadora do município localizada no Autódromo Internacional do Algarve – foi anfitriã do I Encontro informal de incubadoras do Algarve dinamizado em colaboração com a Associação Algarve STP (Systems and Technology Partnership) e Universidade do  Algarve.
Pela primeira vez sentaram-se à mesma mesa representantes das várias incubadoras existentes na região algarvia, da CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e da Rede Nacional de Incubadoras.
Este primeiro encontro ficou marcado pela presença e participação ativa de representantes dos principais espaços de incubadoras da região, tanto públicas como privadas, como é o caso do CRIA – Universidade do Algarve; ANJE-Algarve; Startup Portimão – Município de Portimão; IEFP-CACE; Casula, Incubadora Social de Loulé – Associação Poeta Aleixo; Loulé Design Lab – Município de Loulé; Level Up – Município de Tavira, QRER – Cooperativa para o Desenvolvimento dos Territórios de Baixa Densidade; NERA e também do Centro de Negócios – Faro Avenida Business Center, que tiveram oportunidade de se dar a conhecer, partilhar boas práticas e identificar vários caminhos para trabalho futuro.
Ficou desde já agendada uma segunda reunião, que se realizará a 28 de janeiro de 2020 em Loulé, nas instalações da Loulé Design Lab. O encontro será aberto também aos resposáveis das incubadoras que não tiveram oportunidade de estar presentes na primeira reunião.
O objetivo é criar uma plataforma de entendimento comum a nível regional, capaz de gerar sinergias e alavancar propostas de colaboração de âmbito regional e nacional. 
Município de Portimão é o mais recente membro da Associação Algarve STP
No âmbito da aposta na área do empreendedorismo e da atuação da incubadora municipal – StartUp Portimão, o Município de Portimão integrou recentemente o grupo de associados públicos e privados da Algarve STP, uma associação privada sem fins lucrativos que tem como principal objetivo o desenvolvimento e consolidação do Ecossistema de Inovação do Algarve, baseado numa parceira entre associações, entidades e empresas.
Neste momento, a Algarve STP conta com os seguintes associados: Universidade do Algarve, Anje, Câmara Municipal de Faro, Câmara Municipal de Loulé, Câmara Municipal de Portimão, Docapesca e Associação Algarve Evolution, estando previstas proximamente novas adesões. 

Algarve | Grupo dos Amigos de Lagos discutiram orçamento camarário

“O Orçamento de Lagos e a participação dos destinatários” foi o tema deste Encontro de 5ª Feira do Grupo dos Amigos de Lagos, que decorreu na Biblioteca Municipal Dr. Júlio Dantas, integrado no projeto “Viver em Comunidade”.
Começou por ser observado que “no sítio internet da Câmara de Lagos é difícil achar a divulgação do orçamento” e vários documentos financeiros e que, à data do encontro, “não constavam, por exemplo, instrumentos previsionais e balanços económicos”.
Por isso, “quem assista às reuniões camarárias pode estar informado, mas o resto da comunidade não sabe mais do que o que consta das atas”. Isso dificulta a avaliação da gestão e das políticas públicas pelo munícipe. Nesse sentido, “o orçamento é opaco”. Lagos “não está entre aqueles municípios que se preocupam com a prestação anual de contas e em dar voz ao cidadão”.
Por outro lado, “todos os anos é lançada uma derrama”, imposto municipal excecional e facultativo, sobre lucros de empresas já coletados em IRC, o que acontece “sem razão” de maior, porque se considera Lagos um “município afortunado” em receitas.
Quanto ao chamado orçamento participativo, considerado forma de promover a cidadania, desconhece-se a sua preparação no ano corrente e “projetos aprovados nos anos anteriores não têm sido executados”, possivelmente por subestima de custos e concursos desertos.
Foi também comentado que a transferência de competências do Estado para as autarquias é “uma intenção de natureza política”, a qual desconsidera que a maioria das câmaras não tem capacidade para corresponder; “Lagos quer abarcar todas as competências a partir de 2020, inclusivamente a saúde, a educação, as áreas naturais”. Questionou-se o gasto com certos espetáculos, iluminações de Natal, programações e iniciativas do município.
Concluiu-se com a necessidade de valorizar mais o centro histórico, que “nos diferencia de outras cidades e deveríamos sentir-nos orgulhosas por isso”. Se as pessoas não participam tanto quanto desejável, é porque “não são solicitadas a participar” diretamente.
A ausência de representantes dos órgãos autárquicos neste encontro não permitiu o esclarecimento imediato de algumas das questões apontadas.

Algarve | Ombria Resort promove ação de educação ambiental

O Ombria Ressort vai realizar esta segunda-feira, 25 de novembro, entre as 9h e as 11h, uma ação de educação ambiental para promover e divulgar a importância da conservação das florestas autóctones junto dos mais novos.
O Ombria convidou 23 alunos da pré-primária e do 1º ciclo da escola de Querença a plantar uma árvore de uma espécie autóctone.
Cada árvore plantada terá uma placa de madeira com a data e nome da criança. Será também entregue um certificado a cada uma das crianças participantes. A Presidente da Junta de Freguesia, Margarida Correia, também estará presente e plantará a sua árvore.
Esta ação surge no âmbito do Dia da Floresta Autóctone que é assinalado a nível nacional no dia 23 de novembro e que visa promover a conservação das florestas naturais, salientando o seu valor económico e ambiental e a necessidade de as proteger.
Uma das principais preocupações no desenvolvimento do projeto do Ombria Resort é a preservação das espécies autóctones presentes na propriedade, de que se destacam espécies como a azinheira e o sobreiro, mas também o Tomilho Cabeçudo (Thymus Lotoceplalus) e o Jacinto Azul do Barrocal (Bellevalia hackelii).
Estas espécies têm vindo a ser criadas num viveiro de plantas autóctones que se encontra integrado no resort, e plantadas na propriedade. Até ao final do desenvolvimento do projeto prevê-se a plantação de cerca de 2.000 azinheiras – 800 das quais já foram plantadas – e de alguns milhares de espécies de plantas protegidas.

Algarve | Aljezur homenageia a Universidade do Algarve

Na tarde desta quinta-feira, dia 21 de Novembro, o salão nobre dos Paços do Concelho de Aljezur foi palco da sessão solene de entrega da Medalha Ouro do Município à Universidade do Algarve.
O presidente Câmara local, José Gonçalves, destacou a importância da Universidade para o Município e a região algarvia. 
O autarca relembrou os que, em 1979, na Assembleia da República, tiveram a atitude que qualificou como “irreverente, ousada, mas com visão de futuro” de apresentar o Projeto Lei, que deu origem à criação da Universidade do Algarve. 
O reitor daquela instituição de ensino superior, Paulo Águas, garantiu ser uma honra receber a distinção, sendo a primeira do género que a Universidade recebe, nos seus 40 anos de existência. 
De seguida, foi inaugurada a Exposição intemperante “40 Anos a Construir o Futuro”, que está patente no Espaço + e que pode ser visitada até ao dia 21 de Dezembro. 

Algarve | Aplicação inovadora feita a pensar no turismo acessível

A Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, esteve em Vilamoura para o lançamento de uma aplicação inovadora destinada a pessoas com deficiência visual.
Esta aplicação móvel, que nasce de uma parceria entre a Inframoura e a Marina de Vilamoura, desenvolvida pela empresa My Eyes, é uma aposta na acessibilidade e mereceu, desde logo, nota positiva da parte de Ana Sofia Antunes: “é uma tecnologia simples, acessível, que pode ser configurada com um conjunto de informação útil não apenas a pessoas cegas como também com baixa visão”.
Como explicou Pedro Almeida, da empresa responsável por esta solução tecnológica, a aplicação “Inclusive Vilamoura – A city guide for All” envolve a utilização de pontos GPS com as coordenadas no exterior e, no interior, a tecnologia beatcon, transmitindo um sinal de Bluetooth para o telemóvel do utilizador.
Futuramente a ideia é alargar a outras áreas de Vilamoura, como é o caso dos hotéis, campos de golfe e restaurantes, como adiantou Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé. Para este responsável, também outras zonas do concelho poderão vir a aderir a esta inovação tecnológica.
Para o autarca de Loulé, sendo o turismo uma vertente fundamental da economia local, “seria impensável, tanto a nível humano, como a nível financeiro, não tentarmos tornar a nossa oferta turística mais acessível”.
Segundo Vítor Aleixo, particularmente em Vilamoura têm sido adotadas diversas medidas “no sentido de se tornar um destino inclusivo e inteligente”.
Neste âmbito, a par da criação da Estação Náutica de Vilamoura, que tem como um dos principais objetivos a melhoria das acessibilidades para os utentes de mobilidade condicionada, outros passos têm sido dados tendo em vista a acessibilidade no espaço público, como é o caso de medidas implementadas que valeram a atribuição do galardão de praias acessíveis às zonas balneares de Vilamoura, Quarteira, Forte Novo, Loulé Velho, Vale do Lobo e Garrão Poente.
Apesar do “Acessible Award” atribuído a Portugal pela Associação Mundial do Turismo, que veio premiar “o conjunto de ações desenvolvidas nos últimos anos”, Ana Sofia Antunes acredita que há ainda muito por fazer nesta matéria.
Para a Secretária de Estado, para além da importância em colocar a tecnologia ao serviço dos cidadãos com deficiência, é fundamental uma outra dimensão ao nível da acessibilidade: a quebra de barreiras arquitetónicas que muitas vezes impedem a circulação de pessoas com mobilidade reduzida.

Algarve | Parque de apoio aos armadores vai ser construído em Lagos

A Docapesca lançou um concurso para a empreitada de construção do Parque de Apoio aos Armadores no Porto de Pesca de Lagos, com o preço base de 169.987 euros.
O parque será implantado num terreno no interior do porto de pesca de Lagos, com 2.753 m2, delimitado a sul pela água (porto), a oeste pelo acesso ao edifício da lota, a norte e a este por estrada de acesso aos ancoradouros.
Será organizado por zonas, com espaços cobertos, de construção aligeirada, com condições de salubridade e conforto, no sentido melhorar as condições de trabalho e segurança da comunidade piscatória local.
A entrada e a saída localizam-se no lado da lota, colocando a zona de lavagem, a zona de telheiro e a zona de cofre e iscas junto a água, a zona de redes (40 lugares) no centro e a zona de cerco (22 lugares) junto à estrada. O espaço excedente a norte e nascente será destinado a zona verde.

México | 1 De Cada 4 Empleados En El Sector Turístico Ha Dejado Su Trabajo Por Culpa De Su Manager


por Yesica Flores
• 1 de cada 5 empleados indica que ha tenido pesadillas por culpa de su jefe/a.
• Un 54% de empleados siente que su manager no se preocupa por su crecimiento profesional.
• Un 56% afirma que su manager no saca tiempo para ellos.

Un buen ambiente de trabajo y una buena relación entre manager y empleado son factores clave a la hora de hacer que el equipo esté motivado, sea productivo y esté comprometido con la empresa. Turijobs ha realizado un estudio en el que analiza el tipo de relación que existe entre managers y empleados y contrasta las percepciones que ambas partes tienen sobre la misma.
Los empleados desvelan la verdad: ¿están los managers haciendo un buen trabajo?
Ser manager es una gran responsabilidad, en la que su labor no está solo en realizar un buen trabajo individual sino hacer que su equipo funcione correctamente, manteniendo su motivación y compromiso con la empresa. Es difícil gestionar personas con diferentes carácteres y formas de trabajar, y a pesar de todo el esfuerzo, muchas veces la percepción que el equipo tiene de su responsable puede no ser tan positiva como se espera.
La mayor parte de los managers son conscientes de la importancia de ser parte activa en el desarrollo profesional de su equipo y en invertir tiempo en crear un buen ambiente de trabajo para mantener la motivación del empleado. Por eso, un 82% priorizan crear un buen espíritu de equipo, un 76% comparte su conocimiento a sus empleados y el 54% da feedback a sus empleados. Estas acciones están bastante alineadas con las más valoradas por los empleados, con la mitad de los trabajadores encuestados valorando lo que más el que inviertan en crear un buen espíritu de equipo; seguido de que compartan sus conocimientos para así crecer profesionalmente, y finalmente que sean claros expresando lo que se espera de ellos.
A pesar de las afirmaciones anteriores, y aunque un 70% de los encuestados considera a su manager como una persona competente y de la que aprender, más de la mitad de los empleados, opinan que sus jefes son egocéntricos y estresados.
Los favoritismos y el que se resalte solo lo negativo es lo que más desmotiva al empleado
Los comportamientos que más molestan al empleado es el que sólo se resalten los fallos o lo negativo de su trabajo y nunca reconozcan sus logros, seguido de los favoritismos o que se atribuyan el trabajo de otras personas. Además, la indiferencia es algo que también les desmotiva y mucho, con más de la mitad de los encuestados afirmando que su manager no saca tiempo para ellos y un 54% indicando que no se preocupa por su crecimiento profesional.
A pesar de todo, los managers parecen no ser conscientes de su comportamiento y el efecto que éste tiene en sus empelados. Un 92% está convencido de que está realizando un buen trabajo como responsable de equipo.
La falta de formación en los mánager es la principal causa de fuga de talento
Son muchos los factores que influyen en el compromiso del empelado con la empresa. Sin embargo, el estudio destaca, como uno de los principales, el hecho de que no se imparta formación para acceder a un puesto de manager, siendo un 71.4% el porcentaje de responsables que no ha recibido ningún tipo de formación sobre cómo gestionar un equipo, algo que tiene un impacto directo en la relación entre empleado y responsable y, en consecuencia, en la retención del talento.
Este estudio destaca que es muy importante que quien ocupe un puesto de manager esté bien formado y capacitado para la posición, ya que cada vez son más los casos en los que un trabajador deja su puesto de trabajo, no por un desinterés en sus funciones sino, por su responsable. De hecho, en el sector turístico 1 de cada 4 empleados afirman haber dejado su trabajo por su manager y 1 de cada 5, indica que ha tenido pesadillas por culpa de su jefe/a.

Politica | Joacine fala em "dificuldade de comunicação" com Livre. Partido está "desagradado" com justificação, mas "mantém confiança" na deputada


Joacine absteve-se em voto sobre Palestina, queixando-se de "dificuldade de comunicação com o partido". Rui Tavares diz que argumento "não colhe", mas partido "mantém confiança".

Um voto “em contrassenso com o programa eleitoral do Livre”, diz a direção do partido. Um voto “contra a direção de mim mesma”, responde a deputada. A abstenção da deputada única do Livre, Joacine Katar Moreira, ao voto proposto pelo Partido Comunista Português (PCP), que condenava a “nova agressão israelita a Gaza” e propunha várias medidas para a região como a “declaração de ilegalidade dos colonatos”, provocou um diferendo dentro do partido que foi tratado em praça pública, com uma guerra de comunicados. Apesar da troca de acusações, o partido garante ao Observador que mantém “toda a confiança” na deputada.

Primeiro, pela manhã, o partido quis clarificar que o voto da deputada não representava a posição do partido. De seguida, durante o dia, Pedro Nunes Rodrigues, membro da do Grupo de Contacto do partido — o órgão que funciona como direção executiva do Livre —, disse à Rádio Observador que Joacine Katar Moreira estava, desde o dia anterior, “incontactável”. “Ontem [sexta-feira] questionámos o sentido de voto à deputada, por e-mail, por chamada, por SMS, não recebemos resposta até ao momento de publicação do comunicado. Aliás ainda não recebemos a resposta”, afirmou Pedro Nunes Rodrigues.
Joacine Katar Moreira reagiu, entretanto, num comunicado publicado na sua conta de Twitter. A deputado do Livre explica que a abstenção no voto ao texto do PCP sobre um posicionamento face à situação em Gaza e na Cisjordânia “não se deveu a uma falta de consciência ou descaso desta grave situação, mas à dificuldade de comunicação” com a atual direção do partido.
Foram três dias de contacto infrutífero para saber dos posicionamentos da direção relativos ao sentido de voto das propostas que nos chegaram, onde esta constava”, acrescentou Joacine na nota enviada ao jornal.
Joacine sublinha que defende os direitos dos palestinianos e que sempre condenou “totalmente” as ofensivas de Israel em Gaza e a “repressão” do povo palestiniano. “Votei contra a direção de mim mesma”, sublinha.

Já é conhecido o valor do Salário Mínimo Nacional em 2020

Para justificar a sua abstenção, Joacine acrescenta que decidiu abster-se visto a posição do seu partido frisar a “necessidade de diálogo entre as partes envolvidas” e isso estar “omisso” do texto do PCP. “Decidi abster-me por prudência, acreditando estar a defender a posição do partido – não a minha.”
Foi, então, com surpresa que recebi hoje [sábado], como todos vós, a posição da direção do partido, o Grupo de Contacto, a distanciar-se da minha abstenção. O direito da Palestina à autodeterminação é para mim e para o Livre uma questão absolutamente consensual”, afirmou a deputada.
Ou seja, Joacine diz que tentou contactar a direção durante três dias para clarificar essa posição e, visto não ter resposta, absteve-se.
Uma versão que foi desmentida pelo membro do Grupo de Contacto Pedro Nunes Rodrigues na noite de sábado. à agência Lusa, Nunes Rodrigues esclareceu que o gabinete da deputada “nunca se dirigiu aos restantes membros da direção a pedir uma ajuda naquele voto específico”.
Segundo este membro do Grupo de Contacto, como “não foi pedido nenhum acompanhamento específico” para o voto de condenação proposto pelo PCP sobre a “nova agressão israelita a Gaza”, o órgão executivo do partido não o deu, apesar de ter recebido “por três vezes o guião de votações” — dando como exemplo uma votação, exatamente no mesmo dia, sobre a Amazónia, em que o gabinete de Joacine Katar Moreira pediu apoio à direção.
Pedro Nunes Rodrigues acrescentou ainda que não compreende a “surpresa” invocada por Joacine face ao comunicado emitido de manhã pelo partido, dizendo que a deputada foi previamente avisada. “Informámos a deputada e o gabinete da deputada, os assessores da deputada, de que iríamos emitir um comunicado, uma tomada de posição sobre a votação daquele voto de condenação. Cerca de 40 minutos depois publicámos o comunicado, ainda tivemos que o escrever e naquele período de tempo não recebemos também nenhum contacto por parte da Joacine.”
Na noite deste sábado, Rui Tavares, fundador do Livre e o rosto mais mediático do partido, disse também estraanhar a afirmação de Joacine Katar Moreira sobre não ter conseguido contactar ninguém da direção: “Em relação a falhas de comunicação prévias ao voto, devo dizer que, conhecendo bem a forma de funcionamento do partido e sabendo que é uma direção colegial de 15 pessoas, em que é sempre possível apanhar alguém ao telefone, este argumento para mim não colhe“, afirmou na RTP3, depois de ter dito que a troca de comunicados não é “a maneira normal” de funcionar dentro do Livre.
O fundador, que está atualmente afastado da direção do partido, sublinhou que a posição do partido sobre a questão palestiniana “sempre foi clara, desde o início” e que não pareceria por isso haver dúvidas sobre qual o sentido de voto que a direção preferiria. Caso Joacine não quisesse fazê-lo, acrescenta, tinha toda a liberdade para exercer o seu mandato “em liberdade”: “Essa é que é a singularidade disso. Uma posição diferente por princípio é admissível”, apontou Tavares. “Mas quando se vai votar de forma diferente do partido, [deve-se] avançar antecipadamente. Os camaradas merecem ser informados, para não serem apanhados de surpresa”, reiterou na RTP3.
Apesar de todas as críticas, o Livre mantém “toda a confiança” de que a deputada “tem todas as capacidades” para levar o mandato até ao fim e de acordo com aquilo que é o programa do partido pelo qual foi eleita. A garantia foi dada ao Observador pelo próprio Pedro Nunes Rodrigues, no jantar de aniversário do partido, que decorre na noite deste sábado. Os membros do partido garantem que nem sequer se colocou a questão de retirar a confiança política da direção à deputada — ainda que tenham ficado “desagradados” com a justificação apresentada.

As críticas do Livre ao voto da sua deputada

O Grupo de Contacto do Livre manifestou este sábado, através de um comunicado, a preocupação com a abstenção da deputada única na condenação pela “nova agressão israelita a Gaza”, aprovado na sexta-feira no Parlamento.
Decidimos que estava na hora de reforçar a nossa mensagem que temos desde 2014 da defesa dos direitos humanos e da tomada de posição ao lado do povo da Palestina”, explica Pedro Nunes Rodrigues, do Grupo de Contacto do Livre, acrescentando que o comunicado “foi uma resposta às questões do eleitorado sobre a tomada de posição de Joacine Katar Moreira”.
Questionado sobre se há problemas entre a direção do partido e Joacine, Pedro Nunes Rodrigues disse que “isso seria contraproducente já que [a deputada] é a imagem do Livre na Assembleia”.
À RTP, a deputada manifestou-se surpreendida com a reação do partido e reservou inicialmente uma tomada de posição para domingo, dia de assembleia da direção do Livre. Já à TSF, o assessor da deputada, Rafael Esteves Martins, garantiu que Joacine está “em reflexão”. Horas depois, a deputada publicaria um comunicado a clarificar a sua posição.
Na sexta-feira, em plenário da Assembleia da República, foi aprovado um voto apresentado pelo PCP de “condenação da nova agressão israelita a Gaza e da declaração da Administração Trump sobre os colonatos israelitas”, texto que teve votos contra de PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal, bem como a abstenção de Joacine Katar Moreira, e do deputado socialista Ascenso Simões.
No comunicado divulgado este sábado pelo Livre, o partido “manifesta a sua preocupação com o sentido de voto da deputada Joacine Katar Moreira, em contrassenso com o programa eleitoral do Livre e com o historial de posicionamento do partido nestas matérias”. Segundo o mesmo comunicado, “o texto apresentado pelo PCP colhe uma posição favorável por parte da direção do partido Livre”.
A direção do Livre reitera ainda que a abstenção da deputada única do partido “não reflete as tomadas de posição oficiais do partido sobre o tema em questão”. O partido, “enquanto subscritor dos princípios do Direito Internacional, manifesta a sua preocupação com as posições do presidente norte-americano e do seu secretário de Estado”. Por isso, considerada “justificada uma tomada de posição da Assembleia da República como a expressa na moção em causa”.
“A posição do Livre sobre a Palestina é clara desde a fundação do partido: pela autonomia do território e pelo reconhecimento do Estado da Palestina. Ao longo dos nossos seis anos de existência foram várias as ocasiões em que pudemos dar conta desta posição e da vontade do Livre em defender a causa palestina na Assembleia da República”, justifica.

Uma abstenção sobre a Venezuela e outra pelo 25 de novembro

Desde que o Parlamento tomou posse que Joacine Katar Moreira tem, sobretudo, votado ao lado da esquerda. No que toca à condenação da invasão ao quartel de Borba, e de solidariedade com os bombeiros, a deputada única do Livre votou contra o voto proposto pelo Chega, absteve-se no do CDS e aprovou os restantes, nomeadamente do PSD, lembra o Público.
Nalgumas questões polémicas tem, porém, optado pela abstenção. Sobre um voto apresentado pelo CDS de pesar aos familiares dos assassínios de cidadãos portugueses na Venezuela e um outro voto do PSD de solidariedade para com a comunidade portuguesa no país, o Livre absteve-se.
Também se absteve num voto de saudação apresentado pelo CDS pelos 44 anos do 25 de novembro de 1975 (sete deputados do PS votaram a favor), assim como num voto “de saudação à construção da democracia em Portugal”.
Votou contra os votos de apoio à equiparação do comunismo aos fascismo, que foi aprovada pelo Parlamento Europeu, mas deu luz verde ao voto do PS de condenação de “todos os regimes totalitários”.

A questão da Palestina e as ideias do Livre sobre o conflito israelo-palestiniano

O texto apresentado pelo PCP, que levou à abstenção da Joacine Katar Moreira, propunha uma série de posições face ao conflito israelo-palestiniano: condenação de bombardeamentos do Estado de Israel sobre a Faixa de Gaza, levantamento do bloqueio israelita à Faixa de Gaza, libertação de deputados palestinianos presos em Israel, declaração de ilegalidade dos colonatos israelitas e defesa da solução de dois Estados para o conflito — através do reconhecimento de um Estado palestiniano com capital em Jerusalém Leste.
As medidas propostas no texto dos comunistas não são unanimemente defendidas pela comunidade internacional, mas há vários pontos onde há tendência a haver um consenso, sobretudo ao nível das Nações Unidas (devido às resoluções 242 e 338) e da União Europeia: nomeadamente a condenação de violência, a declaração dos colonatos como sendo ilegais e a defesa de uma solução de dois Estados, Israel e Palestina.
Este consenso internacional tem sido posto em causa mais recentemente devido às posição do governo norte-americano, liderado por Donald Trump. Para além de ter colocado a embaixada de Israel em Jerusalém, num gesto político que sinaliza uma vontade de reconhecer apenas o Estado de Israel e não a Palestina (que também considera Jerusalém a sua capital). Esta segunda-feira, o Departamento de Estado dos EUA fez um novo anúncio sobre a sua política relativa à situação no conflito israelo-palestiniano: “Depois de estudar cuidadosamente todos os lados do debate jurídico, decidimos considerar que os colonatos israelitas na Cisjordância não são, per se, inconsistentes com a lei internacional”, afirmou o secretário de Estado Mike Pompeo.
Desde 1978 que sucessivos governos norte-americanos vinham a considerar os colonatos israelitas na Cisjordânia como ilegais e “inconsistentes com a lei internacional”, sendo entendidos como uma forma de ocupação. Esse é igualmente o entendimento do Conselho de Segurança das Nações Unidas, do qual os EUA fazem parte: a última resolução sobre o assunto, de 2016, afirma que os colonatos israelitas são uma “violação flagrante do Direito Internacional” que colocam em causa a Convenção de Genebra.
Esta segunda-feira, na sequência do anúncio de Pompeo, a União Europeia pronunciou-se pela voz da sua representante na política internacional, Federica Mogherini, pedindo ao Estado de Israel que “interrompa toda a atividade de colonatos”. De acordo com o comunicado enviado pelo Livre às redações este sábado, o partido defende igualmente esta posição face ao colonatos, manifestando “preocupação com as posições do Presidente norte-americano e do seu secretário de Estado” relativamente à legalidade dos colonatos.
E no que diz respeito a outros tópicos menos consensuais na comunidade internacional contidos no texto do PCP, como o fim do bloqueio à Faixa de Gaza e o reconhecimento do Estado da Palestina? Há menos unanimidade internacional sobre o tema, é certo, mas a posição do Livre relativamente a esses temas também parece ter sido clara, geralmente alinhada com o que é defendido pela maioria dos partidos mais à esquerda no panorama europeu.
Apesar da UE defender uma solução de dois Estados, não reconhece oficialmente a Palestina como um Estado, tal como Portugal. Nove dos 28 membros da UE, contudo, fazem-no. A grande maioria, no entanto, fez esse reconhecimento antes de aderir ao bloco europeu, como é o caso da maioria dos países de leste. Recentemente, porém, tem surgido mais apoio a essa ideia dentro da UE, com a Suécia a fazer esse reconhecimento do Estado da Palestina em 2014. Esta segunda-feira, na sequência da decisão norte-americana, o ministro dos Negócios Estrangeiros luxemburguês também afirmou que a UE devia fazê-lo. A ideia, contudo, está longe de ser unânime.
Quanto ao fim do bloqueio de Gaza, em 2017 o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu essa ideia numa visita à região, dizendo-se “profundamente tocado” por assistir ali a “uma das mais dramáticas crises humanitárias” do mundo. As Nações Unidas têm feito apelos nesse sentido, mas não houve nenhuma decisão do Conselho de Segurança.
O Livre, já em 2014, deixava claro no seu site que defendia todos estes pontos, num comunicado onde fazia apelos a “um cessar-fogo imediato” na região, onde pedia “soluções dialogadas” “ em vista de uma coexistência sem opressão entre israelitas e palestinos” e recomendava a que fosse reconhecido o Estado da Palestina pelas instâncias internacionais, pedindo também, no entanto, o “reconhecimento à existência em segurança de Israel”, numa defesa da solução de coexistência dos dois Estados.
Fonte: Observador