quarta-feira, 26 de outubro de 2022

INVESTIGAÇÃO: Estudo revela níveis preocupantes de degradação dos rios em todo o mundo

 
Liderado por Maria João Feio, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e da FCTUC, este estudo reuniu três dezenas de investigadores de todo o mundo e visou analisar o estado biológico dos rios.
Um estudo internacional publicado na revista Global Change Biology mostra preocupantes níveis de degradação dos rios em todo o mundo.
Liderado por Maria João Feio, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), este estudo reuniu três dezenas de investigadores de todo o mundo e visou analisar o estado biológico dos rios, da forma mais ampla possível e com base em dois bioindicadores usados na monitorização dos rios – os macroinvertebrados bentónicos e os peixes.
Assim, foram analisados conjuntamente resultados de programas de monitorização de 45 países (64 regiões de estudo) de todos os continentes e, em particular, um grande número de áreas de países pertencentes ao designado Sul Global (Global South), «que têm as maiores reservas de biodiversidade de águas doces do mundo, mas que têm sido menos estudadas ou cujos dados não são conhecidos», indica Maria João Feio, clarificando que entre esses países estão a «China, Nepal, Nigéria, Brasil, África do Sul, Vietname ou Camboja».
Esta investigação contém também dados de áreas consideradas hotspots de biodiversidade, como é o caso da Amazónia, e de países como o Japão ou a Coreia do Sul, que até agora não estavam acessíveis à comunidade internacional. Os cientistas analisaram igualmente a influência do desenvolvimento humano e alterações antropogénicas sobre a qualidade biológica dos rios, «o que é essencial para perceber que medidas devem ser implementadas a nível global», defende a investigadora do MARE/FCTUC.
Os resultados deste estudo mostram «preocupantes níveis de degradação nos ecossistemas ribeirinhos, com menos de metade dos troços estudados em boa qualidade biológica (42 a 50%, dependendo do elemento biológico - peixe ou invertebrados) e cerca de 30% severamente degradados. As piores condições foram encontradas em climas áridos e equatoriais», destaca Maria João Feio.
A cientista sublinha ainda que, dos fatores estudados, os que mais influenciam negativamente os rios são a «má qualidade físico-química da água (uma realidade especialmente em África, na Ásia e na América do Sul), o facto de existirem menos áreas protegidas para rios e um maior nível de desenvolvimento humano, que se pode traduzir numa maior história de alterações no uso do solo por agricultura, indústria e urbanização».
Em oposição, o aumento da área de floresta e a melhor qualidade da água são fatores que estão associados a «melhor qualidade biológica dos rios». No que respeita a países em desenvolvimento, estes apresentam «as maiores percentagens de locais moderadamente impactados, o que pode indicar uma tendência recente para a degradação dos mesmos», prossegue.
O estudo revela que as comunidades de peixes se encontram em piores condições do que as dos invertebrados. Por exemplo, «na grande bacia australiana de Murray-Darling, 56% dos locais estão severamente alterados, o que pode ser devido ao efeito das quatro mil barreiras à deslocação dos mesmos ao longo do rio, como as barragens ou açudes. Estas encontram-se amplamente espalhadas pelos rios do Mundo, dado que cerca de 63% dos grandes rios já não correm livremente», explica a investigadora, notando que «isto é particularmente relevante quando se sabe que está a ser planeado um grande número de novos aproveitamentos hidráulicos para a América do Sul e Ásia».
Num comentário global às conclusões do estudo, Maria João Feio entende que refletem a «perda de biodiversidade das águas doces, bem como a alteração nos padrões de distribuição das espécies, nomeadamente com o crescente aumento de espécies invasoras. Tudo isto altera o funcionamento dos ecossistemas ribeirinhos, levando à perda de serviços fornecidos por estes ecossistemas às populações (desde o fornecimento de água à regulação climática ou à prevenção de doenças)».
Por isso, conclui, é essencial continuar a monitorizar os rios em todo o mundo, «desde aqueles onde nunca se fez nada a outros que viram os seus programas serem suspensos. Além disso, é essencial planear medidas de recuperação e o nosso estudo mostra que estabelecer áreas protegidas para rios ou melhorar as florestas são soluções eficientes».
O artigo científico pode ser consultado em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/gcb.16439.

Cristina Pinto . FCTUC

Arouca | Festival da Castanha adiado

 Em virtude das condições meteorológicas adversas previstas para o fim de semana e considerando que a maior parte das atividades que integram o Festival da Castanha decorrem ao ar livre, o evento será adiado. A nova data será divulgada oportunamente.
 
Da programação inicialmente prevista mantêm-se as seguintes atividades: concursos do mel e da castanha, sessões de “Leituras Outonais”, o concurso gastronómico (sexta-feira, 28 de outubro, às 18h00, no Terreiro de Santa Mafalda), o seminário “A multifuncionalidade das nossas florestas” (sexta-feira, às 14h15, no Terreiro de Santa Mafalda) e o trail “Aventurança do Cando” (sábado, 29 de outubro, na aldeia do Cando).
 
O Festival da Castanha é uma organização do Município de Arouca em parceria com a AGA – Associação Geoparque Arouca, Associação Florestal de Entre Douro e Vouga e Casa do Povo de Arouca.

“A pandemia da Covid-19 ainda não acabou”

A Agência Europeia de Medicamentos alerta que a pandemia da Covid-19 ainda não terminou e adverte que a mutação do vírus é mais rápida do que a atualização das vacinas.

O diretor de estratégias para as vacinas da EMA, Marco Cavaleri, afirma que os dados recolhidos pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças indicam que a Europa será atingida, nas próximas semanas, por uma "nova vaga", de casos com as novas sub-variantes da Ómicron.
"Na semana passada, uma destas novas variantes Ómicron, denominada BQ.1, foi identificada em pelo menos cinco países da União Europeia e do Espaço Económico Europeu. De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças a BQ.1 e cada sub-variante, que se chama BQ.1.1, tornar-se-á a linhagem dominante em meados de novembro, até ao início de dezembro", diz Cavaleri.
A Agência Europeia de Medicamentos recorda que no outono e no inverno o SARS-CoV-2 e o vírus da gripe circulam em simultâneo, recomendando aos cidadãos que sejam inoculados com as duas vacinas, especialmente se pertenceram aos grupos de risco.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a Europa registou um 1,4 milhões de infeções e 3250 mortes, por covid-19, na última semana, recomendando, por isso, a continuação dos programas de vacinação.

SIC Notícias

Rússia simula “ataque nuclear massivo” sob a supervisão de Putin

O Presidente Putin assistiu por videoconferência aos exercícios que se realizaram na península de Kamchatka, no Extremo Oriente russo, e nas águas do Mar de Barents, no Ártico.

A Rússia efetuou, esta quarta-feira, exercícios com as suas forças nucleares estratégicas sob a supervisão do Presidente russo, Vladimir Putin, simulando um "ataque nuclear massivo" anunciou o Kremlin (Presidência).

Sob a liderança do Comandante Supremo das Forças Armadas Vladimir Putin, as forças estratégicas dissuasoras terrestres, marítimas e aéreas conduziram treinos e lançamentos práticos de mísseis balísticos e de cruzeiro", disse o Kremlin num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse a Putin de que os exercícios se destinaram a simular um "ataque nuclear massivo" da Rússia em retaliação a um ataque nuclear contra o país, segundo a agência norte-americana AP.

Putin assistiu aos exercícios por videoconferência, de acordo com a agência espanhola EFE.

Os exercícios incluíram a utilização de um míssil balístico disparado na península de Kamchatka, no Extremo Oriente russo, e outro das águas do Mar de Barents, no Ártico.

O exercício também envolveu aviões de longo alcance Tu-95.
As tarefas definidas no exercício de treino estratégico de dissuasão foram concluídas na totalidade, com todos os mísseis a atingirem os seus alvos", disse o Kremlin.

Os Estados Unidos disseram que a Rússia informou Washington sobre os exercícios com antecedência.

“Bomba suja” faz aumentar tensão
As forças estratégicas da Rússia são concebidas para responder a ameaças, incluindo a guerra nuclear. Estão equipadas com mísseis de longo alcance intercontinentais, bombardeiros estratégicos de longo alcance, submarinos e navios de superfície.

Os exercícios coincidiram com um aumento das tensões entre a Rússia e o Ocidente sobre a guerra na Ucrânia, que Moscovo iniciou em 24 de fevereiro deste ano.

A Rússia tem denunciado, desde domingo, um alegado plano de Kiev para usar na Ucrânia um engenho explosivo convencional com elementos radioativos, a chamada "bomba suja", para desencadear uma resposta dos aliados ocidentais contra Moscovo.

Tratar-se-ia de uma operação de "bandeira falsa", usada de modo a aparentar ser realizada pelo inimigo para tirar partido das suas consequências.

Shoigu falou, nos últimos dias, ao telefone com os seus homólogos de vários países, incluindo Estados, Unidos, França, Reino Unido, Turquia e China, sobre o alegado plano ucraniano.

Ucrânia e os seus aliados ocidentais negaram a existência de tal plano, mas Kiev devolveu a acusação e disse que é a Rússia que pretende usar uma "bomba suja" em território ucraniano como pretexto para uma escalada do conflito.

Presidente norte-americano, Joe Biden, advertiu Moscovo, na terça-feira, de que estaria a cometer um "erro extremamente grave" se usasse uma arma nuclear tática.

A pedido de Moscovo, o Conselho de Segurança da ONU debateu a questão na terça-feira, à porta fechada, com os países ocidentais a denunciarem uma campanha de desinformação por parte da Rússia.

São alegações falsas. Desinformação como a que vimos antes. Não foi apresentada nenhuma prova. A Ucrânia tem sido clara de que não tem nada a esconder e inspetores da Organização Internacional de Energia Atómica [OIEA] estão a caminho", disse o embaixador britânico junto da ONU, James Kariuki, no final da reunião.

As acusações russas surgiram numa altura em que a Ucrânia tem em curso uma contraofensiva que lhe permitiu reconquistar territórios controlados pela Rússia, incluindo em regiões anexadas por Moscovo.

SIC Notícias
Imagem: pplware.sapo

 

AVISO À POPULAÇÃO: PRECIPITAÇÃO E VENTO FORTE – MEDIDAS PREVENTIV

1. SITUAÇÃO

 De acordo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê-se para os próximos dias a seguinte situação meteorológica: 

− Precipitação, por vezes forte, e trovoada com especial incidência nas regiões do litoral Norte e Centro e regiões montanhosas. A precipitação afetará sobretudo os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra e Leiria.

 − O vento soprará até 30 km/h do quadrante sul, podendo atingir rajadas até 75 km/h nas terras altas das regiões do Norte e Centro. 

Acompanhe as previsões meteorológicas em www.ipma.pt .

 Informação hidrológica De acordo com a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deverá ser dada especial atenção às bacias hidrográficas do Minho, considerando os seguintes aspetos: 

− Bacia Hidrográfica do Minho: possibilidade de aumento das afluências no Rio Minho e Coura (Caminha); 

− Bacia Hidrográfica do Lima: aumento das afluências na sub-bacia do rio Vez poderá provocar inundações em Arcos de Valdevez; 

− Bacia Hidrográfica do Cávado: possibilidade de inundações urbanas na cidade de Braga nas margens do Rio Este; 

− Bacia Hidrográfica do Ave: possibilidade de inundações em Santo Tirso. 

1. EFEITOS EXPECTÁVEIS

 Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:

 − Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento; 

− Ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;

− Instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo; 

− Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.

2. MEDIDAS PREVENTIVAS
 A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:

− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; 
− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
 − Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte; 
− Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais; 
− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias; 
− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; 
− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança. 

ANEPC | Divisão de Comunicação e Sensibilização

Investigador da UMinho lança livro “História do Riso”

Quando deixou o riso de ser “um pecado”? E Cristo nunca se riu? Afinal, rir é coisa de sábio, diria Nietzsche, ou é como um fármaco nesta sociedade acelerada e incerta? Abílio Almeida, investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho, lança a 25 de outubro o livro “História do Riso” (Guerra e Paz), sobre a origem e evolução deste fenómeno social, de Platão a Umberto Eco, e deixando várias questões. A obra parte da recente tese doutoral do autor em Ciências da Comunicação na UMinho.

“A democratização do riso no cinema, na televisão, nos media e na Internet transformou o riso numa arma, envolvendo diferentes papéis na sociedade e aspetos psicológicos e emocionais. Terá hoje o riso caído na banalização e será algo mecanizado e produto de determinados géneros mediáticos?”, questiona Abílio Almeida, barcelense de 31 anos.

O livro de 200 páginas é “uma viagem atrevida”, prefaciam os professores Helena Sousa e Manuel Pinto, que orientaram a sua investigação doutoral. O autor percorre em especial as emoções (medo, tristeza, raiva, alegria) que o riso provocou ao longo da História, sobretudo após o século I.

Para o filósofo grego Platão, qualquer expressar emocional positivo era um usufruto temporário das coisas mundanas, logo um atentado visual à pureza moral. Esta expressão pública de prazer voluntário era na Antiguidade clássica oriundo de um mundo inferior, doentio e terreno. “Será o ‘fato, gravata e cara de mau’ o espelho contemporâneo do ideal platónico?”, pergunta Abílio Almeida.

Também Agostinho de Hipona teorizou o desuso das emoções positivas a nível social, que entraria na doutrina católica por quase dois milénios. João Crisóstomo, outro “pai” da Igreja, foi dos maiores adversários do riso. “Alegava que, segundo as escrituras, Cristo jamais rira, mas ‘frequentemente aparecia triste’. Mas quem pode prová-lo?”, devolve o investigador do CECS.
Rir é o melhor remédio?
 
Seguiram-se séculos de perseguição ao riso, apoiada na ideia de um pecado social ou um ato que deveria ser reprimido por fazer mal à saúde. Os ideais platónicos foram desmontados no século XIX por, entre outros, Friedrich Nietzsche, que considerava o riso um ato “sábio”. O filósofo alemão redefiniu a felicidade: visual, quantitativa e centrada no prazer, sustentando‑se no “novo início” proposto pelo naturalista Charles Darwin. Também o escritor e filósofo Umberto Eco considerou o riso como “uma imagem de um pequeno e repetido prazer carnal”.
“Com um clima emocional e social favorável e um modelo-base capaz de associar o riso ao poder, ao sucesso e à autogratificação, a sociedade começou gradualmente a rir, sem ficar com um peso na consciência. De um pecado insalubre, terá o riso passado a ser um bálsamo para a saúde mental?”, desafia Abílio Almeida.
 
Afinal, o tema é sério.

Arouca |Trilobites gigantes de Canelas reconhecidas entre os primeiros cem geossítios do mundo pela União Internacional das Ciências Geológicas

 
A União Internacional das Ciências Geológicas (IUGS) reconheceu as Trilobites Gigantes do Ordovícico Médio da pedreira de Canelas entre os primeiros cem geossítios com elevada relevância mundial. A certificação será entregue numa cerimónia organizada pelo Geoparque da Costa Basca Geoparque Mundial da UNESCO, em Zumaia, Espanha, no próximo dia 27 de outubro.
 
Parte integrante do Arouca Geoparque Mundial da UNESCO, as trilobites gigantes de Canelas – formadas no antigo mar austral há cerca de 465 milhões de anos – apresentam relevância para a comunidade científica não só pela sua dimensão como pelo seu estado de preservação, uma vez que as condições ambientais de então favoreceram a conservação de mudas de carapaça junto a cadáveres completos de algumas espécies trilobites. Podem ser visitadas no Museu das Trilobites, localizado próximo à jazida fossilífera popularmente conhecida como a "Pedreira do Valério", de onde foram extraídas as ardósias.
 
“Uma vez mais, o território do Arouca Geoparque Mundial da UNESCO volta a ser reconhecido ao mais alto nível pela comunidade científica. Desta vez, são as trilobites gigantes de Canelas, que em boa hora o Manuel Valério teve a sensibilidade de preservar, a elevar o nome de Arouca e a fazer prova de que a constante aposta deste território na promoção do seu património geológico segue no caminho certo”, afirma Margarida Belém, presidente da Câmara Municipal de Arouca e da direção da AGA - Associação Geoparque Arouca.
 
A IUGS é umas das maiores organizações científicas mundiais com 121 membros nacionais em representação de mais de um milhão de geocientistas. Com a apresentação dos primeiros “100 Geossítios do Mundo” por si reconhecidos, a instituição dá início a um esforço para designar geossítios icónicos e reconhecidos por toda a comunidade geológica pelo seu impacto na compreensão da Terra e da sua história.
 
O reconhecimento dos geossítios é fruto da decisão de mais de 33 especialistas internacionais que analisaram os 181 pontos de interesse geológico propostos em representação de 56 países. A lista dos geossítios reconhecidos pela IUGS inclui, além das trilobites gigantes de Canelas, algumas das rochas mais antigas da Terra (África do Sul); evidências do desenvolvimento dos primeiros hominídeos (Tanzânia); a Caldeira de Santorini (Grécia) ou o emblemático Grand Canyon (Estados Unidos da América). Está disponível para consulta em https://iugs-geoheritage.org
 
Em Portugal, a par com o geossítio do Arouca Geoparque Mundial da UNESCO, foram ainda reconhecidos o Vulcão dos Capelinhos, na Ilha do Faial (Açores Geoparque Mundial da UNESCO) e a Discordância da Ponta do Telheiro, em Vila do Bispo (Algarve).

Cantanhede | Sessões decorrem no próximo sábado. O mar dá o mote para Visitas Encenadas no Museu da Pedra

 

O Museu da Pedra recebe no próximo sábado à noite as Visitas Encenadas “Há Mares que vêm por bem…”. Trata-se de um projeto artístico que integra a Programação Cultural em Rede “O Mar que nos Une” e que une os municípios de Cantanhede, Figueira da Foz e Mira.

Sob a direção artística de André Varandas (que também encenou o espetáculo Talassos, que teve duas sessões recentemente junto ao edifício da Câmara de Cantanhede), nestas Visitas Encenadas vão estar atores que representam cada um dos três municípios. O mar é um elemento estruturante das dinâmicas sociais que se desenrolaram nos territórios confinantes e que, em função disso, assume um papel principal nestas visitas encenadas, estórias da história das “gentes” do nosso território.

Com sessões às 21h00 e 22h00, estas Visitas constituem uma oportunidade única de visitar o Museu de Pedra sob outra perspetiva, com “quadros vivos”, performances teatrais e musicais realizadas pelos artistas.

A entrada é gratuita, mas sujeita a marcação através do número 231 423 730 (Museu da Pedra) ou do email museudapedra@cm-cantanhede.pt .

A Programação Cultural em Rede “O Mar que nos Une visa “dignificar a história e criar a partir do património histórico e cultural um produto artístico de excelência, assente na valorização das comunidades locais e o seu tecido cultural”.

Por Entre as Vogais da Língua. Paisagens literárias de Castelo de Paiva na última visita do “Ciclo de Escrita Guiada”



No âmbito do Festival Inventa, decorreu no passado Sábado, em Castelo de Paiva, mais um Ciclo de Escrita Guiada, sendo esta a 12ª e última visita deste evento cultural, promovido por iniciativa da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.

      As más condições climatéricas que se fizeram sentir, levaram a adaptar o programa anteriormente definido, registando-se, depois da concentração, passagens pelo Centro de Interpretação da Cultura Local, em Sobrado, e na Quinta de Religães, em Bairros, onde foi também realizada uma degustação de vinho verde.

      Recorde-se que, entre 28 de Maio a 22 de Outubro, este ciclo potenciou visitas históricas e locais classificados do património cultural do Douro, Tâmega e Sousa, mas que incluíram também a componente artística da performance teatral, inspirada na história literária de cada um dos 12 municípios parceiros do projecto cultural.

      A concepção das visitas, que foram gratuitas, pertenceu ao Bairro dos Livros, a performance a Alexandre Sá / Rogério Paulo, a cenografia a Emanuel Santos e a sonoplastia a Kiko Rurelas.

Carlos Oliveira


II Encontro da CPCJ de Estarreja sob o mote “VIOLÊNCIA… Marcas que marcam”

 

Nem pareces meu filho”, “Não és de mais ninguém”, “Não vales nada”: é urgente advertir que nunca será só um gesto, nunca será só uma palavra.

As marcas da violência nas crianças e jovens, nas suas famílias e nos profissionais que cuidam e fazem parte do sistema de proteção, resultantes da exposição a situações de violência e agravadas pela pandemia COVID-19, estarão em reflexão no II Encontro da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Estarreja, subordinado ao tema “VIOLÊNCIA… Marcas que marcam”, que terá lugar no dia 16 de novembro, quarta-feira, no Cine-Teatro de Estarreja.

A pandemia COVID-19 que assolou o mundo em 2020 tornou-se a maior emergência de Saúde Pública que conhecemos no último século, impondo desafios ao nível da vida profissional, familiar e social para os quais ninguém estava preparado. De um dia para o outro, o modo de vida das pessoas mudou radicalmente e, de repente, vimo-nos confinados ao espaço de casa, que passou a ser o lugar da família, o gabinete de trabalho e a sala de aulas. A presidente da CPCJ de Estarreja, Isabel Simões Pinto, nota que “esta nova realidade teve impactos enormes nas famílias e, na verdade, em algumas famílias quer as relações conjugais, quer as relações entre pais e filhos sofreram prejuízos significativos, em resultado do desconforto que conduziu a partilha do espaço que passou a ser, por vezes, difícil pelas diversas funções que tiveram em simultâneo.”

Isabel Simões Pinto realça que será um Encontro “de partilha e conhecimento de diferentes perspetivas de atuação no âmbito desta problemática” com a missão “de contribuir para a valorização do bem-estar emocional das famílias e do bem-estar psicológico de quem cuida e tem uma missão profissional no sistema de proteção.”

Durante todo o dia, e com um programa composto por três painéis de discussão, especialistas, psicólogos, professores, médicos e criminólogos juntam-se à mesa para debater o combate a este flagelo social.

A sessão de abertura da iniciativa, marcada para as 09h00, contará com as intervenções do presidente do Município de Estarreja, Diamantino Sabina, da presidente da CPCJ de Estarreja, Isabel Simões Pinto, e da presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens (CNPDPCJ), Rosário Farmhouse.

Com moderação da Chefe de Setor da Assessoria Técnica aos Tribunais do Núcleo de Infância e Juventude, Esmeralda Morgado, às 09h30, o primeiro painel refletirá sobre  “As Marcas de Violência na Infância” com a oradora Joana Cerdeira, Psicóloga na CNPDPCJ, e Ana Isabel Sani, Psicóloga e Professora Associada com agregação na Universidade Fernando Pessoa.

Às 11h30, no segundo painel, moderado pelo Comandante Distrital da GNR de Aveiro, o Coronel João Carlos Fernandes, os dois convidados João Redondo, Médico Psiquiatra e Coordenador do Serviço de Violência Familiar do CHUC, e Joana Amaral Dias, Psicóloga Clínica, Professora Universitária e Ativista, vão responder à questão “Fim à Violência: Qual o caminho a percorrer?”.

A fechar o programa, às 14h30, o último painel intitulado “A culpa não é minha!” e com moderação da Psicóloga da APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, Marlene Fonseca, conta com a participação de António Manuel Ribeiro, Músico, compositor e intérprete da Banda UHF, que abordará o tema do Stalking (perseguição obsessiva), partilhando a sua história pessoal de vítima desta forma de violência, e de Mariana Pinto, Criminóloga e Técnica de Projeto na APAV.

O Encontro conta ainda com um momento cultural, com “Os Benjamins”, grupo musical da Fundação Benjamim Dias Costa, que em 2020, venceu o concurso de “Música a Direito” com o tema “Crianças, crianças, crianças”, que assinalou os 31 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança. Promovida pela CPCJ de Estarreja e pelo Município de Estarreja, esta iniciativa surgiu com a missão de divulgar e dar a conhecer os Direitos consagrados na Convenção à comunidade em geral e estimular a criatividade e reforçar as competências da expressão e da comunicação das crianças e dos jovens.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias e limitadas. Os interessados devem proceder à inscrição prévia aqui

*Ação de formação de curta duração que releva para efeitos de progressão na carreira de educadores e professores do ensino básico e secundário por via do CFIEMO. As inscrições desta classe profissional devem ser feitas através do site https://cfiemo.pt/. Em caso de dúvida no ato da inscrição deverá contatar o centro de formação.

Consulte o programa completo.

Conheça a biografia dos oradores do II Encontro da CPCJ de Estarreja.

Download de conteúdo multimédia.

“VEM BATER À MINHA PORTA” FOI AO ENCONTRO DA D. MARIA EMÍLIA ÁGUAS, EM SILVES

 
O projeto de animação comunitária “Vem bater à minha porta”, dinamizado pelo Município de Silves, foi até à freguesia de Silves, visitar a D. Maria Emília Águas.
Numa tarde marcada pela partilha de experiências e memórias de outros tempos, ficámos a conhecer as várias profissões que a simpática senhora de 78 anos exerceu, assim como ocupa os tempos livres, através da costura e trabalhos manuais.
Recorde-se que o projeto “Vem bater à minha porta”, dinamizado através de visitas domiciliárias, tem como principal objetivo estimular a memória e dar resposta ao isolamento da população mais idosa no concelho, exercitando as suas capacidades intelectuais e de expressão.
O projeto vai continuar a bater à porta da população mais idosa do concelho.

Halloween na Fábrica: Uma noite assustadoramente divertida!

 Na noite de 31 de outubro, das 21h00 às 24h00, a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro vai celebrar o Halloween de uma forma muito original. Miúdos e graúdos vão poder usufruir de um conjunto de atividades com efeitos cientificamente surpreendentes e assustadores. Em cada canto e esquina haverá ciência divertida
: robôs enfeitiçados, grudes e gosmas, bichos horripilantes, bolachas bizarras e desafios fantasmagóricos. A noite ficará marcada pela Hora do Conto “3 monstros, 3 mini-contos”, que terá lugar no auditório da Fábrica.

O bilhete de entrada no evento é de 5€ por pessoa. A lotação é limitada, sendo que os bilhetes estão à venda na bilheteira da Fábrica.
O programa detalhado e mais informações estão disponíveis em www.ua.pt/fabrica/halloween2022.

Marinha Grande | CLÃ LOTARAM TEATRO STEPHENS NUM CONCERTO MEMORÁVEL

 Na comemoração do 8º aniversário da Casa da Cultura Teatro Stephens, na Marinha Grande, no dia 25 de outubro, os Clã proporcionaram um concerto enérgico e cheio de interação com o público, para apresentarem temas do nono e último álbum intitulado "Véspera", editado durante o confinamento, cruzando-os com os grandes êxitos da banda.
No palco do Teatro Stephens, o grupo do Porto tocou algumas das 10 canções originais que integram o novo disco, com música de Hélder Gonçalves (Clã) e letras escritas por Aurora Robalinho, Capicua, Carlos Tê, Samuel Úria ou Sérgio Godinho. Os temas mais conhecidos fizeram com que o público fizesse coro com o grupo, em temas como O Sopro do Coração, Problema de Expressão, Asas Delta, Dançar na Corda Bamba, A Paz Não Te Cai Bem, entre outros.
A vitalidade, comunicação e talento da vocalista Manuela Azevedo, esteve sempre em sintonia com os restantes músicos: Hélder Gonçalves (guitarras e voz), Miguel Ferreira (teclados e voz), Pedro Biscaia (teclados), Pedro Santos (baixo) e Pedro Oliveira (bateria).
O espetáculo que os Clã proporcionaram e a constante reação do público, fez perceber a razão pela qual foram eleitos Melhor Grupo nos Play Prémios Música Portuguesa em 2021.
OBRIGADO CLÃ!

Associação diz que vai ser difícil contratar novos professores devido aos baixos salários.

Associação diz que vai ser difícil contratar novos professores devido aos baixos salários.
A falta de professores nas escolas públicas vai bater um novo recorde em outubro. Este mês saem do sistema de ensino 280 professores.
A informação é divulgada pela Caixa Geral de Aposentações.
Aos quase 300 professores, devem ainda somar-se o número de reformados pelo regime da Segurança Social.
O número de aposentações tem estado a subir nos últimos meses. Em setembro, foram 257 em comparação com os meses anteriores, em que a média estava nas 185 saídas.
Ao Diário de Notícias, a Associação Nacional de Diretores de Escolas Públicas diz que, devido aos baixos salários, vai ser difícil contratar novos professores para ocupar estas vagas.
Já o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) alerta para as horas extraordinárias feitas pelos docentes para "suprir necessidades nas escolas", causadas pelas aposentações.
"Já tínhamos alertado o ME que pedir horas extraordinárias tinha o efeito perverso de agudizar ainda mais os problemas de saúde da classe. Nomeadamente, de milhares de professores que estão com depressão e burnout", afirma ao jornal.

SIC Notícias

Madeira e nove distritos do continente sob aviso devido à chuva

Ilha da Madeira sob aviso laranja

A ilha da Madeira está esta quarta-feira sob aviso laranja e nove distritos do continente a amarelo devido à previsão de chuva, por vezes forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A ilha da Madeira vai estar sob aviso laranja entre as 15:00 e as 18:00 desta quarta-feira, passando depois a amarelo até às 00:00 de quinta-feira devido a previsão de chuva forte e acompanhada de trovoada.
Ainda no arquipélago da Madeira, o Porto Santo vai estar também sob aviso amarelo devido à chuva entre as 12:00 de quarta-feira e as 00:00 de quinta-feira.
O IPMA emitiu também aviso amarelo por causa da chuva para os distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto entre as 12:00 e as 21:00 desta quarta-feira e para Castelo Branco, Santarém, Portalegre, Lisboa, Évora e Setúbal até às 09:00.
O aviso laranja indica situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

SIC Notícias/Lusa