sábado, 13 de março de 2021
GNR alerta: “Smishing – Novo método de burla!”
A Guarda Nacional Republicana dá a conhecer um "novo método de burla..."
A GNR aconselha:
Assédio no teletrabalho. BE quer proibir contato das empresas fora de horas
Bloco de Esquerda quer que a lei consagre o pagamento das despesas com teletrabalho pelo empregador.
Em conferência de imprensa, a coordenadora do BE, Catarina Martins, afirmou que o diploma, que se inspirou em parte no exemplo espanhol, será entregue já na próxima semana na Assembleia da República e apresenta basicamente 13 medidas de alteração à legislação em vigor.
Perante os jornalistas, Catarina Martins lamentou que o Governo ainda não tenha apresentado qualquer proposta de legislação para a regulamentação do teletrabalho - uma realidade que abrangerá cerca de um milhão de trabalhadores portugueses e que aumentou drasticamente no último ano com a pandemia de covid-19.
O anteprojeto de lei, de acordo com a coordenadora do Bloco de Esquerda, "tenta responder às debilidades existentes" no teletrabalho "e combater os abusos laborais, desde o horário de trabalho, à quebra de privacidade, ao pagamento das contas que crescem em casa, ao mesmo tempo que as empresas estão a poupar".
"Garantir que a forma como o teletrabalho é regulado se faz por um instrumento coletivo de trabalho para que os trabalhadores não estejam isolados representa um passo fundamental. Julgamos que já vamos um pouco tarde. Embora se compreenda que no primeiro período pandémico tenha sido difícil legislar imediatamente sobre o teletrabalho, agora, em que temos trabalhadores há um ano em teletrabalho, estamos atrasados na proteção de direitos", sustentou Catarina Martins.
Lusa
Reino Unido vai retirar Portugal da ‘lista vermelha’
Portugal vai ser retirado da 'lista vermelha' de países cujos viajantes estão sujeitos a quarentena em hotéis no Reino Unido, sendo o anúncio oficial esperado na segunda-feira, noticia hoje o jornal Daily Telegraph.
A decisão deverá ser anunciada pelo ministro dos Transportes, Grant Shapps, adianta o jornal.
No entanto, o Governo britânico deverá manter em vigor as atuais restrições que só autoriza a entrada de nacionais e residentes e que proíbem viagens ao estrangeiro sem justificação válida pelo menos até meados de maio.
Portugal é o único país europeu entre 33 países maioritariamente africanos e sul-americanos cujas viagens foram proibidas, exceto para nacionais ou residentes, para reduzir o risco de importação de variantes do coronavírus mais infeciosas e resistentes às vacinas, como aquelas descobertas no Brasil e na África do Sul.
Atualmente, os passageiros provenientes do Reino Unido (e do Brasil) com destino a Portugal são obrigados ao cumprimento de 14 dias de isolamento profilático, medida prevista acabar na terça-feira.
Uma petição junto do Parlamento britânico para convencer o Governo britânico a retirar Portugal da lista reuniu mais de 24 mil assinaturas numa semana, tendo ultrapassado a barreira das 10 mil que implica uma resposta do executivo.
A inclusão de Portugal na lista de países sujeitos a quarentena em hotéis foi considerada “discriminatória” pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que falou por telefone com o homólogo britânico, Dominic Raab, no início do mês.
"Estas medidas restritivas são tanto mais incompreensíveis quanto a situação epidemiológica portuguesa tem evoluído muito favoravelmente e não se regista nenhuma prevalência significativa das variantes brasileira e sul-africana”, escreveu o Ministério na rede social Twitter.
Dias antes, o embaixador de Portugal no Reino Unido, Manuel Lobo Antunes, tinha criticado o “enorme encargo financeiro” e considerou as medidas "desproporcionadas e injustas”, num artigo publicado no jornal Daily Telegraph.
“A meu ver, submeter qualquer ser humano a um regime de quarentena extrema, sob vigilância de seguranças, por um período de dez dias, e às suas próprias custas, não é algo que deva ser considerado”, argumentou, e defendeu que os viajantes que cheguem ao Reino Unido vindos de Portugal possam cumprir quarentena "no calor e conforto das suas próprias casas”.
Na semana passada, o escritório de advogados internacional PGMBM anunciou estar preparar um processo judicial contra a política de quarentena, alegando conter elementos de ilegalidade, nomeadamente a necessidade de pagamento a potencial violação do direito internacional e direitos humanos, em especial das crianças.
O Governo britânico começou a aliviar o confinamento em Inglaterra na segunda-feira, com a reabertura das escolas, mas disse que vai continuar a proibir as viagens não essenciais para o estrangeiro, nomeadamente para férias, até 17 de maio.
Até lá, pretende avaliar um estudo com recomendações para o restabelecimento seguro de viagens internacionais, incluindo a eventual introdução de certificados de vacinação.
Lusa
Obra de arte digital vendida por valor recorde foi paga com cripto-moeda
O comprador de uma obra do artista vendida em leilão por 69,4 milhões de dólares (58,4 milhões de euros), valor recorde para obras não físicas, foi hoje identificado como “Metakovan”, um investidor digital.
Segundo comunicado da leiloeira Christie´s, que organizou o leilão, o comprador é fundador e financiador da Metapurse, o “maior fundo do mundo de NFT (ativos únicos digitais)” e pela primeira vez numa venda do género foi aceite cripto-moeda, neste caso “Ethereum (Ether)”.
Os 69,35 milhões de dólares pagos por “Metakovan” - aproximadamente 38.474,82 ether - fazem de Beeple um dos três artistas vivos mais valiosos, juntamente com Jeff Koons e David Hockney, segundo a leiloeira.
Para Metakovan a colagem de Beeple é “a joia da coroa, a obra de arte mais valiosa desta geração” e “vale 1.000 milhões de dólares”.
Segundo a leiloeira Christie's, 22 milhões de pessoas assistiram ao final da licitação, em que participaram compradores de 11 países, culminando na milionária venda de "Todos os dias: os primeiros 5.000 dias", uma colagem de fotografias tiradas pelo artista desde maio de 2007 ao longo de 5.000 dias.
Este foi o primeiro grande leilão de uma obra digital certificada com um "token" não-fungível (NFT, na sigla inglesa), que recorre à tecnologia Blockchain na autenticação e coleccionismo de arte.
Para Metakovan, em termos de NFTs de alto valor, o da obra de Beeple “será muito difícil de superar”.
“Eis porquê - representa 13 anos de trabalho diário. As técnicas são replicáveis e a habilidade é superável, mas a única coisa que não se pode piratear digitalmente é o tempo”, refere o fundador da Metapurse no comunicado.
Para Guillaume Cerutti, CEO da Christie’s, este “encontro de duas comunidades distintas de colecionadores - a tradicional e a digital - acontece exatamente no momento certo para artistas digitais, para tecnologia de blockchain e para criptomoeda”.
“As possibilidades futuras neste campo são inspiradoras e esperamos mais inovações colaborativas em um futuro próximo”, adiantou Cerutti.
Reagindo ao resultado do leilão na quinta-feira, Beeple - cujo verdadeiro nome é Mike Winkelmann - celebrou o uso dos NFT no mundo da arte.
"Acredito que estamos a testemunhar o início do próximo capítulo da história da arte, a arte digital", disse o artista.
Lusa
EDP vai pagar a António Mexia 2,4 ME até 2023
De acordo com o relatório e contas da empresa relativo a 2020, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a elétrica portuguesa prevê um pagamento a António Mexia de 800 mil euros por ano em 2021, 2022 e 2023, bem como seguros de saúde e seguros de vida.
Está ainda previsto um acordo semelhante para o ex-presidente executivo da EDP Renováveis (EDPR), João Manso Neto, que também já cessou funções na empresa, que prevê o pagamento de 560 mil euros por ano, no mesmo período, num total de cerca de 1,7 milhões de euros.
Segundo explicou a empresa no relatório, os dois dirigentes "tiveram acesso, para o exercício das respetivas funções, ao longo de 14 anos, a conhecimentos e extensa informação privilegiada e particularmente sensível no domínio da concorrência sobre a estratégia e negócios do grupo EDP".
Assim, a EDP avançou com acordos separados por forma a impedir que Mexia e Manso Neto trabalhem na concorrência, até 2023.
De acordo com o relatório, Mexia recebeu um total de 2,37 milhões de euros brutos da EDP em 2020, dos quais 970 mil foram fixos e o restante a título de remuneração variável.
O segundo gestor do grupo mais bem pago foi Manso Neto, com 1,65 milhões de euros.
António Mexia e João Manso Neto ocuparam os cargos de presidente executivo da EDP e da EDPR, respetivamente, desde 2006 e até julho de 2020, altura em que o juiz Carlos Alexandre os suspendeu das funções por suspeita de crimes de corrupção e participação económica em negócios.
A investigação do "caso EDP" procura esclarecer se foi cometido algum tipo de irregularidade aquando da introdução dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) no setor elétrico português, uma compensação pela transferência antecipada de contratos de aquisição de energia.
O Ministério Público português atribui a Mexia e Manso Neto, em coautoria, a prática de quatro crimes de corrupção ativa e um crime de participação económica em negócios.
Apesar de os dois gestores já não ocuparem os referidos cargos, a medida de coação que determinou a sua suspensão caducou esta semana, por ultrapassar o prazo máximo de oito meses sem acusação deduzida.
A extinção da medida de coação foi confirmada à agência Lusa por um dos advogados de defesa dos dois arguidos, que esclareceu que o juiz Ivo Rosa não anulou a medida de coação aplicada em julho de 2020, limitando-se a "cumprir a lei" e a dar como terminada a suspensão de funções porque esta medida de coação já tinha o prazo expirado.
Atualmente, a presidência executiva do grupo e da subsidiária especializada em renováveis está a cargo de Miguel Stilwell d'Andrade.
Lusa
ASAE apreende mais de 3,4 milhões de máscaras no Norte
Mais de 3,4 milhões de máscaras, avaliadas em mais de meio milhão de euros, foram apreendidas na zona norte do País na sequência de diversas ações de fiscalização da ASAE.
As ações de fiscalização foram realizadas nas últimas semanas, tendo sido apreendidas "3.477.029 máscaras, num valor global que ultrapassa os 544.000,00 de euros", anuncia a ASAE em comunicado.
Através da sua Unidade Regional do Norte, a ASAE realizou estas ações nos municípios de Ovar, Gondomar, Maia, Porto, Santa Maria da Feira, Matosinhos, Guimarães e Vila do Conde, abrangendo todo o circuito comercial.
Segundo a ASAE, o objetivo foi verificar "o cumprimento das regras respeitantes à segurança geral de produtos utilizados para proteção da pandemia de covid-19, designadamente equipamentos de proteção individual (EPI) e máscaras sociais".
Como principais infrações, a ASAE destaca irregularidades ao nível dos requisitos essenciais de saúde e segurança e desconformidades na rotulagem, designadamente a falta de tradução para língua portuguesa das instruções de utilização, a falta de identificação do importador e do responsável pela colocação no mercado, a não apresentação de declarações de conformidade válidas e marcação "CE" indevida.
A ASAE refere no comunicado que vai continuar "a desenvolver ações de fiscalização em prol da defesa e da segurança dos consumidores e da sã e leal concorrência entre operadores económicos".
Lusa
Família de afro-americano George Floyd indemnizada em 22 milhões de euros
Floyd foi morto a 25 de maio de 2020 após Chauvin ter pressionado com o joelho o pescoço do afro-americano durante cerca de nove minutos.
A família do afro-americano George Floyd, morto em 2020 por um ex-polícia de Minneapolis, vai receber uma indemnização de 27 milhões de dólares (22 milhões de euros) do município norte-americano.
A família de Floyd, cuja morte desencadeou os protestos “Black Lives Matter” denunciando a violência policial contra afro-americanos, irá retirar o processo contra o município, naquele que o advogado Ben Crump afirmou ser o maior acordo pré-judicial de sempre nos Estados Unidos, relativo a direitos civis.
O acordo “envia uma potente mensagem de que as vidas de afro-americanos contam e de que a brutalidade policial contra as pessoas de cor tem de acabar”, disse o advogado da família Floyd em conferência de imprensa.
A decisão foi saudada por Lisa Bender, presidente do conselho municipal da cidade de Minneapolis, entidade que era acusada pela família de fomentar o uso excessivo de força, racismo e impunidade na polícia local.
Entretanto, mantêm-se os processos contra o agente que sufocou Floyd, Derek Chauvin, e outros três agentes que estavam presentes, todos já despedidos da polícia de Minneapolis.
Floyd foi morto a 25 de maio de 2020 após Chauvin ter pressionado com o joelho o pescoço do afro-americano durante cerca de nove minutos.
O vídeo da morte de Floyd, que se tornou viral, provocou uma onda de manifestações nos Estados Unidos e em todo o mundo contra o racismo e a violência policial.
Na quinta-feira, o juiz Peter Cahill, do condado de Hennepin, aceitou o pedido do Ministério Público para acrescentar uma acusação de assassínio em terceiro grau a Derek Chauvin.
Chauvin já tem pela frente as acusações de homicídio em segundo grau e de assassínio.
Lusa
Marcelo indica que “é muito provável” a renovação do estado de emergência a partir de 1 de abril
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indicou ontem que "é muito provável" a renovação do atual estado de emergência a partir de 1 de abril próximo de forma a cobrir o período da Páscoa.
É muito provável que a partir do dia 1 de abril, cobrindo o período da Páscoa, haja ainda uma renovação do estado de emergência, mas vamos esperar para ver", disse Marcelo Rebelo de Sousa ao final do dia em Madrid, antes de partir para Lisboa.
O Presidente da República foi recebido pelo rei de Espanha, depois da deslocação desta manhã ao Vaticano, naquelas que foram a sua primeiras visitas ao estrangeiro no início do seu segundo mandato.
Lusa
Carregal do Sal | REQUALIFICAÇÃO E MUSEALIZAÇÃO DA CASA DO PASSAL APROVADA CANDIDATURA
Com aulas em casa, refeições escolares são “ajuda valiosa” para famílias carenciadas
As escolas estão fechadas há mais de um mês e as aulas são em casa, mas para as famílias mais carenciadas, algumas com a situação financeira agravada pela pandemia de covid-19, as refeições da cantina são uma "ajuda valiosa".
Os ponteiros do relógio ainda se estão a aproximar do meio-dia e os primeiros pais já começam a entrar pelo portão da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Carnaxide, concelho de Oeiras, de sacos vazios na mão, em direção ao espaço da cantina, vazio e silencioso, além do movimento da cozinha.
Ao balcão, as refeições daquela sexta-feira e já a contar também com o fim de semana aguardam, embaladas e organizadas, prontas para serem guardadas nos sacos, antes vazios, e levadas para casa dos alunos que mais delas precisam.
José Silva foi o primeiro a chegar e, mal passou o portão da escola, já as funcionárias riscavam o seu nome da lista e separavam as embalagens que ia levar. Reconheceram-no mesmo à distância e de máscara, como a todos os que por ali passaram. Afinal, veem-se todos os dias.
Quando os estabelecimentos de ensino encerraram pela primeira vez devido à pandemia da covid-19, há cerca de um ano, cerca de 700 escolas mantiveram-se abertas para assegurar as refeições a todos os alunos do escalão A da ação social escolar, mais tarde alargadas também ao escalão B.
Para muitas famílias, estas refeições foram, desde essa altura, uma autêntica boia de salvamento. É o caso de José Silva, que já em março ia diariamente à Camilo Castelo Branco buscar o almoço para o filho.
"É uma grande ajuda, porque com o meu rendimento... Para o meu filho e tudo, não dá", contou à Lusa, explicando que com os "200 e tal euros" que recebe do rendimento social de inserção e as contas para pagar, as dificuldades são muitas.
"Chega a um ponto, que nem para comer tenho", admitiu.
Do refeitório daquela escola saem diariamente cerca de uma centena de refeições, algumas com destino às outras escolas do agrupamento, que estão abertas para os filhos de trabalhadores essenciais, alunos com necessidades educativas especiais e aqueles para quem o ensino a distância não é uma opção viável.
"As outras refeições as famílias vêm aqui à sede [do agrupamento] buscar em 'take-away'", explicou o diretor, António Seixas, precisando que são cerca de 50 as refeições que todos os dias estão reservadas para os alunos dos escalões A e B.
Além das refeições que são ali cozinhadas de segunda a sexta-feira, a autarquia juntou-se ao apoio às famílias, assegurando que durante o fim de semana também têm almoço.
Por isso, à sexta-feira, parte das refeições disponibilizadas pela Câmara Municipal de Oeiras para os serviços municipais, e que são recolhidas todos os dias na escola pela Polícia Municipal, estão reservadas para os alunos.
Pouco tempo depois, chega Eva. É o último dia que vai ali buscar o almoço para a filha mais nova, do 2.º ano, que já regressa à escola na segunda-feira.
Ao contrário de muitas famílias, a pandemia não lhe roubou o emprego e Eva conta que a situação financeira lá em casa não sofreu muito no último ano, mas com dois filhos já antes as contas eram difíceis de gerir e, por isso, agradece as refeições escolares, que permitem "equilibra algumas contas".
De acordo com dados do Ministério da Educação, as escolas de acolhimento estão a servir uma média de 45 mil refeições diárias, sendo que na semana passada foram ultrapassadas as 46 mil em alguns dias. São cerca de 40% das refeições servidas em janeiro, quando o ensino ainda era presencial.
Este número incluiu os cerca de 19.500 alunos que vão diariamente à escola (7,5 mil filhos de trabalhadores essenciais, sete mil para quem o ensino a distância não é eficaz e cinco mil da educação inclusiva), mas as contas são simples.
Assim, nesta semana foram servidas, em média, 25,5 mil refeições diárias em 'take-away' para os alunos carenciados, o que representa um aumento de mais de 40% em comparação com o final de abril do ano passado, quando eram servidas em média 18 mil refeições.
Este aumento pode ser um sinal dos efeitos socioeconómicos devastadores que a pandemia teve na vida das famílias e Aida é um dos vários nomes na lista de pessoas a quem a covid-19 passou a perna.
Funcionária numa escola, o ensino a distância que dura há mais de um mês voltou a empurrá-la para o 'lay-off', como já tinha acontecido no ano passado.
"No trabalho do meu marido as coisas estão complicadas, também devido à pandemia, e eu parei", explicou, acrescendo que lhes faz "muita falta esta ajuda".
Ao lado, Yara, que está no 5.º ano, só tem uma queixa: as aulas 'online' "estão a ser uma seca". Sobre a comida da cantina, confirma que é boa.
Logo a seguir sai Fernando Carmo, com um saco em cada mão, cheios daquilo que descreve como "uma ajuda valiosa", para si e para os três filhos. O último ano tem sido particularmente difícil, admite, contando que é trabalhadora independente e que a área em que trabalhar, praticamente, parou.
Na segunda-feira, dois dos seus filhos voltam à escola, mas a cantina vai continuar a servir refeições para os alunos que ainda ficam em casa até à Páscoa e Fernando pode voltar para ir buscar o almoço da mais velha. Nessa altura, o saco já vai mais leve.
Lusa
BIBLIOTECA MUNICIPAL DE SILVES REABRE GRADUALMENTE AO PÚBLICO
Município de Silves concluiu a pavimentação de caminho em Montes Raposos
A mais excelente das virtudes – PARTE I
- Plinio Maria Solimeo
Uma expressão muito em voga antigamente, quando se via alguém maltratar outra pessoa ou mesmo um animal, era: “Que falta de caridade!”.
Na maioria das vezes, ao fazer esse comentário, muito pouca gente pensava na virtude da Caridade (com maiúscula), isto é numa das três Virtudes Teologais, assim chamadas porque têm como origem, motivo e objeto imediato o próprio Deus. As outras duas são a Fé e a Esperança. Essas virtudes são os três elementos essenciais da vida cristã e, por isso, São Paulo exorta os Tessalonicenses: “Tomemos por couraça a fé e a caridade, e por capacete a esperança da salvação” (Ts 5, 8).
A mais excelente das virtudes
A caridade é assim definida: “A virtude teologal pela qual nós amamos a Deus sobre todas as coisas e o nosso próximo como a nós mesmos por amor de Deus”.
Ela é o “um mandamento novo” que Jesus apresentou aos Apóstolos: “Eis meu mandamento: Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado” (Jo 15, 12). “Como o Pai me amou, eu assim vos tenho amado. Permanecei em meu amor” (Jo 15, 9).
Amando-se uns aos outros, Seus discípulos imitam o amor que recebem de Jesus.
Com o fogo que lhe é próprio, o Apóstolo dos Gentios fala aos Coríntios sobre a excelência da virtude da Caridade: “Se eu falar as línguas de homens e de anjos, mas não tiver caridade, sou como bronze que soa ou címbalo que retine. E se possuir o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios e toda a ciência, e alcançar tanta fé que chegue a transportar montanhas, mas não tiver caridade, nada sou. E se repartir toda minha fortuna, e entregar meu corpo ao fogo, mas não tiver caridade, isso nada me aproveita […]. Agora permanecem estas três coisas: fé, esperança e caridade. Porém, a mais excelente delas é a caridade” (1Cr 13, 1-4, 13).
Ele descreve ainda, de modo admirável, as características da caridade: “A caridade é paciente, a caridade é benigna; ela não é invejosa, a caridade não é jactanciosa, não se ensoberbece, não é descortês, não é interesseira, não se irrita, não guarda rancor; não se alegra com a injustiça, mas compraz-se na verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo tolera” (1Cr 13, 4-7).
Do mesmo modo, São Pedro, o Príncipe dos Apóstolos, em sua primeira Epístola, fala de um dos frutos da caridade: “Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados” (1 Pe 4,8).
Caridade e amor sensível a Deus
A caridade, como virtude teologal, nos preceitua a amar a Deus acima de todas as coisas porque Ele é Deus, e a amar a nós mesmos e ao próximo por amor de Deus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças” (Dt 6, 5).
É evidente que amar não significa amá-Lo com um máximo de intensidade, pois isso não é algo que esteja no nosso controle, pois depende da graça. Menos ainda significa a necessidade de sentir um amor a Deus mais sensível que o amor às criaturas. Pois estas, por mais imperfeitas que sejam, são visíveis a nós, e por isso apelam mais à nossa sensibilidade do que Deus, que é invisível: “Quem não ama o seu irmão a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”. (1 Jo 4, 20).
Segundo alguns exegetas, a expressão acima (“de todo o teu coração” etc.), foi escolhida pelo escritor sacro para elevar a caridade acima do baixo materialismo dos saduceus e do ritualismo formal dos fariseus da época.
Perde-se a caridade pelo pecado
Ao mesmo tempo, “amar a Deus acima de tudo” implica santidade de vida. É verdade que o homem é frágil, inconstante, ferido, obscurecido pelas paixões. Ele peca, e todos os seus pecados são falta de amor a Deus, mesmo quando ele não passa a odiar, em rebelião direta contra Ele com ódio de inimizade. Mas o pecado mortal nos faz perder a caridade e assim, a graça santificante.
Isto não ocorre com as outras duas virtudes teologais, a fé e a esperança, que podem subsistir mesmo depois de pecarmos e levar-nos ao arrependimento e à confissão. Este sacramento, recebido com as devidas disposições, nos permite readquirir a preciosa virtude da caridade.
Caridade e amor natural ao próximo
A própria razão nos diz que devemos amar nossos próximos, visto que são filhos de Deus, nossos irmãos, membros da mesma família humana, que têm a mesma natureza, dignidade, destino e necessidades que nós.
Mas esse amor natural ao próximo não é caridade, pois, conforme São Tomás, “caridade é amor; mas nem todo amor é caridade”.
A virtude da caridade é sempre sobrenatural, pois sempre tem a Deus como fim.
Por exemplo, quando uma pessoa assiste a um necessitado por causa das palavras de Cristo “o que fizerdes a um destes pequeninos, a mim o fazeis” (Mt 10,42; 25,40), está praticando um ato sobrenatural de caridade. Mas se o mesmo ato foi praticado por mera pena do pobre, e não pelo amor de Deus, o ato será de amor natural.
ABIM
[Amanhã publicaremos a parte II deste artigo]
Testes rápidos vendidos nas farmácias a partir de hoje
As farmácias e os locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica passam, a partir de hoje, a vender ao público testes rápidos de antigénio para deteção do SARS-CoV-2.
Uma portaria do Ministério da Saúde estabeleceu um "regime excecional e temporário", com duração de seis meses, "para a realização, em autoteste, de testes rápidos de antigénio, destinados, pelos seus fabricantes, a serem realizados em amostras da área nasal anterior interna".
Estes testes estão atualmente colocados no mercado em Portugal para utilização por profissionais, após observância dos correspondentes procedimentos de avaliação de conformidade.
A medida excecional enquadra-se na Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2, com o intuito de "intensificar os rastreios laboratoriais regulares para deteção precoce de casos de infeção como meio de controlo das cadeias de transmissão, designadamente no contexto da reabertura gradual e sustentada de determinados setores de atividade, estabelecimentos e serviços".
A utilização não profissional destes testes "não exige a prévia sujeição aos respetivos procedimentos de avaliação de conformidade legalmente exigíveis para o teste de autodiagnóstico".
A venda de testes em farmácias e outros locais de venda de medicamentos já foi autorizada por outros países, nomeadamente pela Áustria e pela Alemanha.
Fonte: Lusa
Portugal vence Tunísia e fica a uma vitória do apuramento
A seleção portuguesa de andebol venceu hoje a Tunísia 34-27, em Montpellier, França, no primeiro dos três jogos do segundo torneio pré-olímpico, e mostrou credenciais para marcar presença em Tóquio2020.
O primeiro obstáculo luso rumo ao inédito apuramento olímpico foi superado com uma boa exibição, numa partida que começou com um minuto de silêncio em homenagem a Alfredo Quintana, guarda-redes do FC Porto que morreu em 26 de fevereiro na sequência de uma paragem cardiorrespiratória.
Portugal liderou desde o início do encontro, chegou ao intervalo a vencer por 15-11 e, na segunda parte, abriu para uma vantagem de sete golos, aos 22-15, que confirmou no final (34-27), depois da reação tunisina, que encurtou para quatro aos 26-22.
No sábado, a seleção portuguesa defronta a Croácia, que ainda hoje mede forças com a anfitriã França, num duelo entre dois países que já conquistaram o ouro olímpico.
Lusa
Trio Odemira: Morreu Júlio Costa, aos 85 anos, cinco dias depois do irmão Carlos
No espaço de cinco dias, morreram dois dos fundadores "de um dos mais longevos e sem dúvida profícuos grupos da história da música portuguesa", referiu o ator Paulo Vasco.
O músico Júlio Costa, 85 anos, do Trio Odemira, morreu esta sexta-feira, disse à agência Lusa o ator Paulo Vasco.
"O músico Júlio Costa morreu hoje, aos 85 anos, cinco dias depois do seu irmão Carlos. Desaparecem assim, num curto espaço de tempo, os elementos fundadores de um dos mais longevos e sem dúvida profícuos grupos da história da música portuguesa", disse Paulo Vasco.
O Trio Odemira contava mais de 60 anos de carreira. Formou-se em 1958 e protagonizou êxitos como "Ana Maria" e "Anel de Noivado", tendo sido o primeiro a gravar em disco temas populares alentejanos, à exceção dos grupos corais, segundo a Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, que dá como exemplo o 'single' "Rio Mira", de 1958.
Esta enciclopédia indica que o repertório do trio inclui várias canções espanholas e sul-americanas, algumas gravadas em português, temas tradicionais da Beira Baixa e do Alentejo, e versões de canções gravadas por Tony de Matos (1924-1989), Amália Rodrigues (1920-1999) e Max (1918-1980).
O grupo, segundo a enciclopédia, detém recordes de vendas como um Disco de Platina (mais de 140 mil exemplares) e seis Discos de Ouro (mais de 40 mil exemplares, cada).
Em 2019, o trio celebou os 60 anos de carreira, com uma atuação no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz. Em setembro de 2016, foi distinguido com Prémio de Mérito e Excelência Cidade de Moura, na área da Música.
Em 2005, o trio editou o álbum "Portugal Latino", em que interpreta temas portugueses e latino-americanos, na linha que sempre marcou o grupo.
No álbum, editado pela Ovação, o trio recupera alguns temas que foram êxitos como "As minhas mãos nas tuas", "Ala vara del camino" ou "Anel de noivado".
Lusa
Júlio Costa, à esquerda na foto, morreu esta sexta-feira, cinco dias depois do irmão Carlos (ao centro).