sábado, 16 de maio de 2020

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SILVES ADIA ISENÇÃO DE TAXAS MUNICIPAIS PARA COMERCIANTES POR FALTA DE QUÓRUM

Site Autárquico da CM Silves 25 DE ABRIL » DISCURSO DA PRESIDENTE ...
A sessão ordinária da Assembleia Municipal de Silves agendada para ontem, dia 15 de maio, não se realizou por falta de quórum para tomada de deliberações, devido à falta de comparência dos eleitos do PSD, PS e Bloco de Esquerda, apesar de terem concordado com a realização dessa reunião presencialmente e por videoconferência e estar garantido o cumprimento de todas as medidas sanitárias e recomendações da DGS.

Nesta sessão iria ser analisada e deliberada a proposta de isenção do pagamento de taxas de ocupação do espaço público e/ou de publicidade, para todos os particulares que tiveram o seu estabelecimento de comércio e/ou de prestação de serviços encerrados ou com atividade suspensa em cumprimento das medidas restritivas impostas pelo Governo no âmbito da execução da declaração do estado de emergência.

Esta medida decorre de uma proposta apresentada pelo executivo municipal permanente, liderado pela Presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma, que mereceu a aprovação unânime da Câmara Municipal de Silves, em reunião realizada no passado dia 14 de abril, e caso venha ser aprovada pela Assembleia Municipal de Silves, a autarquia deverá abdicar da sua receita, estimada no valor próximo de 93 mil euros, para apoiar as atividades económicas locais.

Recorde-se que, para além daquela medida, e atendendo à realidade que o país, e o concelho de Silves em particular, atravessa neste momento devido às implicações que a pandemia do novo coronavírus está a ter na vida das populações e na atividade económica local, foram também já aprovadas pela Câmara Municipal de Silves outras medidas de apoio à comunidade e que se traduzem na ativação do Fundo de Emergência Social; no diferimento do pagamento das faturas de fornecimento de água e de saneamento, não ocorrendo a cobrança de juros de mora, nem a suspensão da prestação do serviço público em referência; na suspensão do prazo de cobrança de todas as taxas relativas ao licenciamento municipal de publicidade requerido por empresas publicitárias; e na isenção do pagamento das rendas para os concessionários e arrendatários comerciais de espaços municipais.
Orçamento Municipal de Silves para 2020 cresce 4,7 milhões de euros
Estas medidas, ao contrário da atribuição da isenção do pagamento de taxas de ocupação do espaço público e/ou publicidade não dependem da aprovação da Assembleia Municipal de Silves. Assim sendo, a implementação desta isenção, que dará lugar a reembolsos aos empresários e comerciantes locais, ficará a aguardar novo agendamento de reunião da Assembleia Municipal de Silves, em data a informar oportunamente, e dependente da comparência da maioria dos seus membros.

Gregos encheram as praias neste sábado

Onda de calor e novas regras: banhistas enchem praias na Grécia ...
Para muitas pessoas na Grécia, foi sua primeira incursão em um grande local público desde que a Grécia começou a diminuir seu bloqueio no início deste mês e também coincidiu com a primeira onda de calor do ano.

Os gregos encheram o litoral do país, este sábado, dia em que mais de 500 praias foram reabertas aos banhistas. O país tenta caminhar entre a linha ténue que é proteger as pessoas da COVID-19 e revitalizar o setor de turismo do qual muitos dependem para sua subsistência.

Para muitas pessoas na Grécia, foi sua primeira incursão num grande local público desde que o país começou a diminuir seu bloqueio no início deste mês e também coincidiu com a primeira onda de calor do ano.
Os banhistas estão obrigados a respeitar as regras de distanciamento, que estipulam uma distância regulamentar entre cada guarda-sol. Não são permitidas mais de 40 pessoas por 1.000 metros quadrados, enquanto os guarda-sol de cada um devem estar a quatro metros de distância - com toldos a menos de um metro, de acordo com um manual emitido pelo governo.
Em Alimos, uma praia popular ao sul de Atenas, as pessoas fizeram fila desde o início da manhã para conseguir seu lugar ao sol. “É a melhor coisa para nós, idosos. Vir relaxar um pouco depois de ficar preso", disse Yannis Tentomas, que tem 70 anos, quando se acomodou debaixo de um guarda-chuva. Ele disse que estava a cumprir as regras de distanciamento, acrescentando: "É como uma arma na cabeça".
Numa praia vizinha, altifalantes instavam as pessoas a manter distâncias seguras umas das outras.
O levantamento do bloqueio ocorre quando países da Europa e do mundo procuram diminuir as restrições impostas para conter a pandemia e ressuscitar a economia.
O país de 11 milhões de pessoas é um dos mais dependentes da Europa no turismo, que é responsável por um quinto de sua produção económica.
Após a reabertura das praias gregas, as pessoas poderão assistir à missa em igrejas a partir de 17 de maio, enquanto os sítios arqueológicos, incluindo a Acrópole, serão reabertos para visitantes em 18 de maio. A partir de segunda-feira, serão permitidas viagens pela Grécia continental e Creta, e de 25 de maio para as ilhas.
"Este é um ponto de virada crucial para os nossos esforços e devemos ter sucesso", disse Nikos Hardalias, ministro da Proteção Civil da Grécia.
As autoridades de turismo dizem esperar receber turistas estrangeiros em julho.
A quarentena da Grécia, o confinamento de grande parte do mundo e o cancelamento da maioria das viagens aéreas, provavelmente terá um efeito profundo num país que está apenas a começar a recuperar de uma década de turbulência financeira e austeridade.
As autoridades esperam algo entre um declínio de 5% e 10% na produção económica este ano, antes de recuperar o terreno perdido em 2021.
Reuters

Jornalistas do programa de investigação “Ana Leal” criticam cancelamento pela TVI

Jornalistas do programa de investigação “Ana Leal” criticam ...
Os jornalistas da TVI que integravam a equipa do programa “Ana Leal” criticaram a decisão da Direção de Informação de cancelar este segmento dedicado ao jornalismo de investigação, considerando que a profissão “não está de quarentena”, apesar da pandemia. De acordo com uma carta enviada ao Conselho de Redação da TVI, a que a agência Lusa teve acesso, os jornalistas que faziam parte da equipa deste programa contestam o seu cancelamento, considerando que o “jornalismo não está de quarentena”.

O segmento “Ana Leal”, que era transmitido quinzenalmente, às terças-feiras, foi suspenso em 10 de março, na sequência da propagação da pandemia, mas “a equipa continuou a trabalhar sob as orientações da coordenadora Ana Leal”, apenas em “histórias sobre a temática covid-19” e que seriam transmitidas no “‘Jornal das 8’ sempre que estivessem concluídas, mas agora sem dia nem hora marcados”, prossegue o documento.
A carta refere que o Diretor de Informação, Sérgio Figueiredo, concordou manter “a marca de água ‘Ana Leal’ para que os espetadores soubessem que o programa estava vivo”, mas acabou por retirar a “respetiva autorização acordada com a jornalista Ana Leal, sem nunca explicar porquê”.
Segundo o documento, o diretor de Informação comunicou, em 26 de março, que a equipa do programa “era dissolvida” e que os jornalistas que a integravam “regressavam à redação”.
A carta acrescenta que nunca foi referido a este grupo “que se tratava de uma situação transitória para acorrer a necessidades da redação” e que “a ideia foi transmitida como definitiva”.
Os jornalistas que integravam a equipa deste segmento incluíram na missiva um excerto de uma conversa na aplicação de mensagens para 'smartphone' WhatsApp, de 17 de março, com uma mensagem atribuída a Sérgio Figueiredo e que consideram que demonstra “o que pretendia da informação da TVI”.
“Jornalismo é informar, mas é, sobretudo, ter a noção do papel que desempenha na sociedade. Por isso, também é filtrar, ter a noção do tempo e do modo como o nosso trabalho impacta na vida dos outros. Enquanto os incêndios não se apagam, não é hora de questionar os bombeiros. Não ignoramos as falhas, mas estar a insistir nelas, estar sobretudo preocupado em denunciar o que não funciona, assusta as pessoas e afasta-as da antena, provoca rejeição. As televisões têm agora a preocupação de informar, de esclarecer, de ser pedagógicos, de perceber que as pessoas precisam sobretudo tranquilizar-se e confiar”, terá dito Sérgio Figueiredo, em resposta a Ana Leal sobre uma reportagem que seria exibida no dia seguinte (18 de março).
“Quando ela acabar [a pandemia], quando ela for vencida, então voltamos a questionar, a denunciar, a pôr em causa. Como sempre temos feito, como esta equipa tem feito, com o aval e o comprometimento pessoal deste diretor que vos admira e dá o corpo às balas para que nenhuma pressão nenhum interesse vos trave”, terá acrescentado o diretor de Informação da TVI.
Por seu turno, a equipa que integrava este programa considerou, na carta, que “o jornalismo em tempos de pandemia tem, efetivamente, um papel crucial em termos pedagógicos, mas não pode, de forma alguma, limitar-se a isso”.
Este grupo de jornalistas ressalvou que os cidadãos “têm o direito a não quererem estar informados” e que, para alguns, poderá ser preferível “não saber o que está a acontecer” ou até será “um mecanismo de defesa para sobreviverem” a esta crise da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus.
“Mas esse é apenas um direito do cidadão, mal andaríamos se fosse um dever do jornalismo. Ao jornalista exige-se que informe e que o faça com responsabilidade, ou seja, sem alarmismos infundados, mas com a verdade. Longe vão os tempos em que a Comunicação Social estava proibida de noticiar aquilo que deixasse as pessoas alarmadas”, contrapôs este grupo de jornalistas.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da TVI disse que “os dois espaços de informação dedicados ao jornalismo de investigação estão suspensos até decisão contrária” e que “não há planos, nem data, para o regresso de qualquer um deles”.
Em relação aos elementos que integravam a equipa do programa, a mesma fonte explicou que “as pessoas estão todas integradas no esquema de rotatividade” por causa da pandemia.
Fonte do Conselho de Redação da TVI confirmou à Lusa que tem estado a acompanhar a situação.
Os jornalistas que integraram a equipa do programa “Ana Leal” também já tinham sido contactados pelo Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.
Lusa

Autoeuropa produziu todos os automóveis fabricados em Portugal em abril

Autoeuropa produz todos os automóveis fabricados em Portugal em ...
A Autoeuropa foi responsável pela totalidade dos veículos ligeiros produzidos em Portugal em abril, num total de 1.232 automóveis, mês em que a produção nacional contou apenas com mais seis pesados saídos da CaetanoBus.
De acordo com dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), a produção automóvel nacional cedeu 95,7% em abril, em comparação com igual mês de 2019, para 1.238 veículos automóveis ligeiros e pesados, refletindo o impacto da covid-19.
A Autoeuropa produziu 1.232 veículos ligeiros de passageiros em abril, valor que compara com os 21.657 fabricados no mês homólogo de 2019, o que equivale a uma queda de 94,3% na produção da fábrica de Palmela, Setúbal, que suspendeu a produção em 17 de março e que só foi retomada parcialmente em 27 de abril.
Por marcas, foram produzidos em abril 1.151 Volkswagen e 81 Seat, o que representa quedas homólogas de 94,2% e 95,8%, respetivamente.
Os outros seis veículos produzidos em Portugal no mês passado – em que vigorou o estado de emergência – são autocarros fabricados pela CaetanoBus.
Como destacou a ACAP, pela primeira vez, em Portugal, não se produziram comerciais ligeiros.
As restantes fábricas em Portugal – Peugeot Citroen, Mitsubishi Fuso Truck Europe e Toyota Caetano – não registam a produção de qualquer veículo no mês de abril, devido à decisão de encerrar as unidades face ao surto da covid-19.
A fábrica de Vila Nova de Gaia da CaetanoBus foi a única que manteve alguma atividade em abril, com cerca de uma centena de funcionários “a trabalhar, de modo a garantir a entrega de algumas encomendas e a preparação de alguns veículos que estão a apoiar o combate à covid-19”, como adiantou à agência Lusa fonte do grupo em abril.
No acumulado entre janeiro e abril, por seu turno, registou-se um decréscimo de 36,3% na produção, em comparação com o período homólogo, o equivalente a 78.442 unidades fabricadas.
Por categoria, nos primeiros quatro meses do ano, foram produzidos 63.335 ligeiros de passageiros, menos 37,7% face ao primeiro quadrimestre do ano anterior.
No mesmo período, foram fabricados 14.149 comerciais ligeiros, o equivalente a uma redução homóloga de 27,5%.
O fabrico de veículos pesados, no período em causa, fixou-se, por seu turno, em 958 unidades, menos 49,4%.
“A informação estatística relativa aos quatro meses de 2020 confirma a importância que as exportações representam para o setor automóvel, já que 98,1% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo”, destacou a ACAP.
A Europa continuou a ser o mercado líder no que se refere às exportações dos veículos fabricados em Portugal, representando 97,5% do total, com destaque para países como Alemanha (19,6%), França (16,7%), Itália (15,7%), Espanha (11,2%) e Reino Unido (9,9%).
Lusa

Alemanha diminui controlos fronteiriços com Áustria, Suíça e França

Alemanha diminui controlos fronteiriços com Luxemburgo, Áustria ...
A Alemanha diminuiu as restrições ao tráfego fronteiriço, impostas pela covid-19, com a Áustria, Suíça e França, a partir de sábado, autorizando visitas familiares de cidadãos não alemães pela primeira vez desde o início da pandemia.
Segundo um comunicado da Polícia Federal alemã, publicado durante a tarde de hoje, vai ser possível visitar familiares e participar em eventos também de índole familiar, como casamentos, funerais, e cerimónias religiosas.
Entre os motivos considerados como "razões válidas" para a entrada no país está também a conclusão de estudos em universidades ou de formação profissional ou deslocações a uma segunda habitação localizada no país.
A informação divulgada pelas autoridades alemãs, e citada pela agência Efe, avisa, o entanto, que estas "razões válidas" para entrar no país aplicam-se apenas nas fronteiras terrestres, mantendo-se inalteradas as restrições aos voos de Itália e de Espanha.
O Governo federal alemão anunciou na quarta-feira uma redução progressiva dos controlos fronteiriços, numa primeira fase, com a Suíça, Luxemburgo, Dinamarca, França e Áustria.
Posteriormente, irá seguir-se o levantamento das restrições para viajantes procedentes, através de via aérea, de Itália e Espanha.
Apesar deste plano, ainda continua em vigor a recomendação do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão para evitar qualquer deslocação ao estrangeiro que não seja imprescindível ou inevitável.
Esta recomendação foi emitida em Março e estará em vigor, em princípio, até 14 de junho.
O grande objetivo futuro da chanceler alemã, Angela Merkel, é ter, caso a evolução da pandemia o permita, uma normalização total do espaço europeu de livre circulação (Schengen) a partir de 15 de junho.
A Alemanha anunciou hoje que tinha decidido convocar vários parceiros da União Europeia (UE) para um diálogo sobre possíveis medidas a adotar para um futuro levantamento das restrições nas viagens entre países do espaço europeu impostas por causa da crise sanitária do novo coronavírus.
Portugal é um dos países que participa na reunião, sendo representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse à Lusa fonte da diplomacia portuguesa.
Além de Portugal, participam na reunião, que irá decorrer em formato virtual na segunda-feira, representantes de Espanha, Itália, Croácia, Malta, Grécia e Áustria, descritos como os destinos turísticos europeus preferenciais dos cidadãos alemães.
Lusa

Itália reabre fronteiras com União Europeia a 3 de junho sem quarentena

Itália reabre fronteiras com União Europeia a 3 de junho sem ...
Itália vai abrir as fronteiras com a União Europeia, sem necessidade de quarentena, a partir de 3 de junho, segundo um decreto aprovado hoje de madrugada, que estabelece também normas para a reabertura das atividades económicas do país.O diploma legal determina ainda que a partir da mesma data será permitida a deslocação entre as diferentes regiões.
O decreto acrescenta que as viagens a partir de e para o estrangeiro poderão apenas estar limitadas por medidas governamentais dos outros países e pelo "cumprimento das restrições decorrentes da regulamentação da União Europeia  e de obrigações internacionais".
É uma medida que tem como objetivo recuperar os fluxos turísticos no país durante o verão, e que tem sido fortemente apoiada pelos ministros da Cultura, dos Negócios Estrangeiros e dos Assuntos Europeus.
Além disso, facilitará o reencontro das numerosas famílias separadas pelo bloqueio fronteiriço, aplicado desde março.
A proibição de mobilidade será limitada às pessoas que testem positivo para o coronavírus ou que se estejam em quarentena.
Por outro lado, a partir da próxima segunda-feira, dia 18 de Maio, serão levantadas todas as restrições à circulação dentro da mesma região.
Até agora, só era permitido sair de casa para comprar comida, trabalhar, em situações de emergência e, recentemente, para visitar familiares ou praticar desporto.
Contabilizando 223.000 infetados e 31.600 mortos, Itália prepara-se para abrir a partir de segunda-feira todas as empresas do país, tais como centros comerciais, lojas, cabeleireiros e o setor da restauração, incluindo tais bares e restaurantes, cuja abertura estava prevista para 1 de Junho.
Estas medidas terão de ser adotadas com base num protocolo de segurança que o Governo acordou com as regiões na sexta-feira. Muitos comerciantes italianos manifestaram-se preocupados com a falta de indicações a apenas três dias do regresso à atividade.
Lusa

Já há grupos de ajuda alimentar para profissionais da Cultura

Já há grupos de ajuda alimentar para profissionais da Cultura ...
A crise no setor da Cultura já levou à criação de pelo menos dois grupos de ajuda alimentar, que começaram por Lisboa, mas nas últimas semanas ganharam núcleos no resto do país, e não sabem até quando terão de funcionar.
No caso do NOS SOS, promovido pela companhia de teatro Palco 13, o que começou como um plano de fazer duas entregas pontuais a profissionais do teatro, acabou por transformar-se em entregas semanais "a qualquer profissional que tenha uma intervenção direta ou indireta num espetáculo".
O nome do projeto de ajuda alimentar pode ter duas leituras "Nós S.O.S." e "Nossos". "Nossos de uma classe artística com que temos contacto direto e indireto, e que nos apercebemos que está com fragilidades, com carências", explicou à Lusa Marco Medeiros, da Palco 13, salientando que "o apoio" aos profissionais do setor cultural, "como se sabe, é reduzido".
"Achámos que, mais do que uma crítica pública, neste momento tínhamos de agir. A crítica tem de continuar, as mudanças têm de acontecer, mas neste momento há pessoas que não podem esperar por essa mudança. E decidimos 'atacar' e proteger essas pessoas que estão com algumas necessidades neste momento", afirmou.
No início, estipularam a campanha para "apenas dois dias". "Mas os pedidos têm continuado e as doações, felizmente, têm continuado, e não conseguimos parar", contou.
Além disso, o projeto "foi sendo alterado e adaptado para responder às necessidades". "Começámos com um grupo restrito de profissionais do teatro, mas depois começámos a perceber que esta definição tinha de ser alargada. Infelizmente temos que definir balizas, como em todas as campanhas, porque senão não podemos responder a todos os casos", afirmou.
A Palco 13 optou por recolher donativos em dinheiro, através de transferência bancária, para comprar os cabazes de ajuda alimentar.
"O nosso grupo não é assim tão grande e estamos todos no ativo, então escolhemos dois dias para esta iniciativa. Um dia de compras, separação de cabazes e desinfeção, e o outro para distribuição. Tudo o que é recolha de bens obriga a um dia extra", contou Marco Medeiros.
No entanto, os donativos em géneros não são recusados: "Há quintas que nos dão legumes e vamos recolher".
Marco Medeiros não tem um número certo das pessoas que ajudam - esta semana, na zona de Lisboa entregaram 13 cabazes, "que parece pouco se fosse apenas um saco" -, mas "as pessoas não têm sido as mesmas de umas semanas para as outras".

Entretanto, a NOS SOS já faz também entregas no Porto, no Algarve e no Seixal. "E estamos à procura de mais áreas que possamos cobrir com a campanha", revelou.
Marco Medeiros prevê que as entregas decorram por "pelo menos mais dois, três meses", esperando que "não se prolongue além disso".
A União Audiovisual, grupo de ajuda alimentar criado em março em Lisboa, não é tão otimista. "[A paragem de trabalho] começou em março e estávamos a contar que em junho, julho já estivéssemos a trabalhar. Hoje já olhamos para isto e achamos que pelo menos até ao final do ano vamos continuar sem trabalho. Portanto, acho que até ao final do ano vão aparecer novos casos, até porque nós temos perfeita noção de que muitas pessoas que hoje nos estão a ajudar se calhar daqui a dois, três meses vão ser elas a precisar de ajuda", disse à Lusa Hugo Carriço.
Com o setor do audiovisual "completamente parado", Hugo Carriço e outros profissionais da área perceberam que tinham colegas "que estavam a passar por dificuldades económicas e que não tinham maneira sequer de comprar comida para eles, nem para as famílias".
"Então decidimos criar o grupo, criar uma forma de o pessoal agir localmente: nós aqui de Lisboa ajudarmos os nossos conhecidos de Lisboa, etc.", contou.
Mas com tempo perceberam que teriam de o fazer "de uma forma mais organizada". E hoje, além de Lisboa, há também núcleos em Setúbal, no Porto, no Alentejo e no Algarve.
Apesar de ter sido iniciado por profissionais do audiovisual, "este grupo destina-se a ajudar quem vive da Cultura: técnicos de som, vídeo, luz, atores, artistas de circo". "Tudo o que envolve Cultura, nós temos ajudado toda essa gente", contou Hugo Carriço.
A fazer entregas há cerca de um mês, a União Audiovisual ajuda, por semana, "cerca de 200 pessoas".
No início ainda aceitaram "doações em dinheiro, por transferência bancária, de quem queria ajudar, mas não tinha maneira de fazer chegar os bens".
Agora, recebem apenas bens alimentares. "Semanalmente temos pontos de recolha e definimos um dia e uma janela temporal, para as recolhas, depois temos armazéns onde organizamos os cabazes", explicou Hugo Carriço.
O dinheiro que receberam no início é usado "para completar os cabazes": "Vamos comprar carne, frescos".
Os cabazes foram idealizados para "darem para cerca de um mês" e são criados "caso a caso, conforme o número de pessoas do agregado familiar, se há crianças, se há restrições alimentares ou alguma necessidade especial".
"Partimos do princípio que uma pessoa que receba o cabaz não precisa de ajuda durante um mês, o que vai acontecendo é que vão surgindo casos novos, de semana para semana", referiu Hugo Carriço.
Quem quiser ajudar, ou precisar de ajuda, pode contactar estes grupos usando a Internet.
A Palco 13 tem um site -- http://www.palco13.pt -- e uma página no Facebook; a União Audiovisual tem um grupo no Facebook, que é fechado mas basta pedir para aderir, e em breve terá uma página na mesma rede social.
Os espaços culturais começaram a encerrar, e consequentemente a adiar ou cancelar espetáculos, no início de março, quando a opção era ainda apenas uma recomendação do Governo.
De acordo com a Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE), desde meados de março e até ao final de abril foram cancelados, suspensos ou adiados cerca de 27 mil espetáculos. A APEFE contabilizou apenas espetáculos com bilhetes pagos.
Entretanto, o Governo aprovou, em 30 de abril, em Conselho de Ministros, o "Plano de Desconfinamento", que previa a reabertura de livrarias, bibliotecas e arquivos (que aconteceu no dia 04 de maio), seguindo-se museus, palácios, galerias e monumentos (na próxima segunda-feira).
Segundo este plano, cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculos podem abrir em 01 de junho, "com lugares marcados, lotação reduzida e distanciamento físico".
Estas decisões serão "reavaliadas a cada 15 dias".
De acordo com um inquérito promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, Audiovisual e Músicos (Cena-STE), e cujos resultados foram anunciados no início de abril, 98% dos trabalhadores de espetáculos viram trabalhos cancelados e, 33 por cento, por mais de 30 dias.
Em termos financeiros, para as 1.300 pessoas que responderam ao questionário, as perdas por trabalhos cancelados representam ainda dois milhões de euros, apenas para o período de março a maio deste ano, de acordo com o Cena-STE (o que indica a perda de um valor médio de receita, por trabalhador, de cerca de 1.500 euros).
Segundo um outro inquérito, realizado pelo Movimento SOS Arte PT a 300 pessoas entre 03 e 17 de abril, 65% dos profissionais das artes - três em cada quatro - registaram fortes quebras de rendimento devido à pandemia da covid-19.
Em março, devido à covid-19, 62% dos inquiridos tiveram o seu trabalho completamente ou quase completamente parado, 65% (dois em cada três) viram ser completamente afetada a sua vida profissional e 75% (três em cada quatro) a sua vida pessoal.
Além disso, de acordo com os resultados de um inquérito promovido pela Fundação GDA (Gestão dos Direitos dos Artistas), por cada espetáculo cancelado em Portugal, até 31 de março, devido à pandemia da covid-19, ficaram sem rendimento, em média, 18 artistas, 1,3 profissionais de produção e 2,5 técnicos.
Ao inquérito responderam, até 31 de março, 992 profissionais, que deram conta do cancelamento de 4.287 espetáculos.
Lusa

Aveiro | Início da construção da Rotunda da “Vulcano / Lusavouga”


Renovação da Avenida Europa 
LUSAVOUGA, SA - Industrial Machinery and Accessories, Aveiro (+351 ...
No âmbito do processo de renovação e reabilitação em toda a sua extensão, da Avenida Europa e após o Tribunal de Contas ter visado o contrato entre a Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e a empresa Ângulo Recto – Construções, Lda., tem início na próxima semana a construção da nova Rotunda da “Vulcano / Lusavouga”, no cruzamento da Rua Vale Caseiro com a Travessa da Rua da Paz, em Cacia, um investimento de 450.423,94€.
Opção política estratégica da CMA no desenvolvimento urbano e rodoviário do Município, esta empreitada dá seguimento ao compromisso de investimento nesta importante via, melhorando as condições de circulação e segurança no traçado.

Condicionamentos de trânsito
Com o intuito de diminuir o mais possível os constrangimentos provocados pela empreitada, os trabalhos serão desenvolvidos em 3 fases distintas, sendo que nesta 1.ª fase serão aplicadas as seguintes alterações:
  • A inflexão da via de circulação mais para a esquerda na Avenida Europa, junto ao entroncamento da Rua Vale Caseiro e da Travessa da Rua da Paz, no sentido norte/sul;
  • O corte do trânsito na saída e na entrada, da Avenida Europa para a Travessa da Rua da Paz e da Travessa da Rua da Paz para a Avenida Europa, respetivamente;
  • A alternativa à circulação será efetuada através de desvio a realizar pela Rua da Paz e pela Rua das Fontainhas.

“ELEMENTAR, CARO IVEREIGH”

Watson (à esq.) e Sherlock Holmes

José Antonio Ureta

Nem todo mundo nasce com o talento de Sherlock Holmes nem com sua lógica inexorável. Certamente o Sr. Austen Ivereigh não foi beneficiado por esses dons de seu ilustre compatriota. Ele não pode dizer de si mesmo o que Conan Doyle [foto ao lado] coloca nos lábios de seu personagem: “Eu sou um cérebro, Watson. O resto de mim é um simples apêndice.”
Arthur Conan Doyle (1859–1930), criador do Sherlock Holmes e do Dr Watson (Foto de 1914)
Em um tweet de 8 de maio, referindo-se ao documento do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, intitulado A maior operação de engenharia social e de baldeação ideológica da História, ele escreveu o seguinte:
“Portanto, essa é a fonte da petição paranoica de Viganò, assinada por Müller e apoiada por Sarah. A TFP também foi a fonte do medo da ‘Pachamama’ durante o Sínodo. Confirmando mais uma vez que esses integristas e tradicionalistas brasileiros influenciam também os cardeais.”
Ao que se seguiu um segundo tweet:
“Oh! TFP é quem organiza protestos homofóbicos, perseguindo (por exemplo) @JamesMartinSJ ao fazer discursos nas paróquias.”
Que o jovem Alexander Tschugguel, após seu beau geste de lançar as estatuetas da Pachamama no rio Tibre, tenha feito sua primeira conferência americana na sede da TFP em Washington e dito que Revolução e Contra-Revolução foi o livro que mais o inspirou após sua conversão, não significa que a TFP foi a fonte de seu empreendimento, cujo mérito deve ser atribuído inteiramente ao seu fervor católico militante.
De fato, se o Sr. Ivereigh — que além de ser jornalista ensina no curso de História da Igreja contemporânea em Oxford — tivesse seguido as regras de sua profissão, deveria ter prestado mais atenção às declarações do próprio jovem austríaco. Este explicou repetidamente que havia decidido remover os ídolos exibidos na igreja de Santa Maria em Traspontina devido à indignação que teve ao conversar com militantes da Rede Pan-Amazônica e após consultar um padre amigo.
Da TFP, o Sr. Ivereigh poderia ter citado os numerosos artigos solidamente documentados e publicados anteriormente ao Sínodo Pan-Amazônico, alertando sobre a penetração de cultos e crenças pagãs na chamada Teologia Índia, cujos expoentes mais destacados foram nomeados pelo Papa Francisco consultores do evento. Mas, provavelmente, não se deu ao trabalho de lê-los.
O episódio acima mostra que o Sr. Ivereigh parece não ter compreendido a profunda sutileza de um dos ensinamentos de Holmes ao seu simpático colaborador, Dr. Watson: “Você conhece meu método. É baseado na observação das ninharias.”
O Sr. Ivereigh não demonstrou sequer a menor propensão a fazer distinções no segundo episódio mencionado em seu tweet: a suposta influência do documento do Instituto brasileiro na petição promovida por Mons. Viganò e assinada por alguns cardeais e prelados.
À primeira vista, ambos os documentos têm alguns elementos importantes em comum:
• a denúncia da natureza desproporcional do pânico gerado pela OMS, pelas autoridades nacionais e pela mídia em relação ao coronavírus;
• a reprovação das consequências econômicas e sociais catastróficas que o grande confinamento acarretará;
• o uso desses fatores para uma manobra de engenharia social em larga escala;
• a cooperação de setores da Hierarquia Católica na criação desse clima e em seu uso político; e
• a reivindicação dos direitos da Igreja em relação ao Estado.
Mas se o Sr. Ivereigh tivesse um talento investigativo mais perspicaz, teria percebido que há também diferenças não pequenas entre os dois documentos.
O estudo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, baseando-se sempre em abundante documentação, denuncia a agenda essencialmente ideológica da “nova normalidade”, cujos principais beneficiários são, de um lado, a China Comunista e, de outro, as correntes ecologistas, globalistas e de ultraesquerda. A petição de Mons. Viganò, pelo contrário, denuncia uma agenda marcadamente econômica em benefício financeiro de um setor do macrocapitalismo globalizado: os grandes laboratórios farmacêuticos que obtêm grande parte de seus lucros com as vacinas.
É o tipo de detalhe que não escaparia a Sherlock Holmes, mas que o Sr. Ivereigh não entende completamente por causa de seus preconceitos ideológicos anti-TFP adquiridos em sua juventude quando ele frequentava os círculos católicos progressistas na América Latina.O mesmo preconceito se manifesta novamente ao definir como “homofóbicos” os protestos organizados pela TFP Student Action em locais católicos que acolhem a pregação pró-LGBT do padre James Martin.
O Sr. Ivereigh jamais encontrará nos documentos da TFP qualquer frase desrespeitosa ou ultrajante contra pessoas com tendências homossexuais, mas apenas uma condenação doutrinária, baseada no ensino tradicional da Igreja, das relações homossexuais e de seu reconhecimento legal. A defesa da ordem natural criada por Deus é um sintoma de “homofobia”, isto é, um medo irracional e persistente pelos semelhantes?
Ao que parece, a lógica do Sr. Ivereigh está longe de ser a “mais perfeita máquina de raciocínio e observação que o mundo já viu”, para dizê-lo com o Dr. Watson ao descrever seu amigo.
À luz dos tweets acima mencionados e após uma reunião imaginária com o Sr. Ivereigh, Sherlock Holmes provavelmente resmungaria com um gesto de desprezo: “Estou um pouco exausto; gostaria de saber: como se sente uma bateria quando descarrega eletricidade em um não condutor?”.

ABIM

Museu do Vidro reabre no Dia Internacional dos Museus



O Museu do Vidro, situado na Marinha Grande, reabre ao público na próxima segunda-feira, 18 de maio, Dia Internacional dos Museus.
Para assinalar a efeméride, os museus municipais vão ter entradas gratuitas de 18 a 24 de maio.
Durante o dia 18 de maio, serão publicadas na página de Facebook do Museu do Vidro e da Câmara Municipal da Marinha Grande algumas atividades como jogo de memória online para as crianças; o "Desafio: arte em casa" para a recriação de peças semelhantes a algumas das obras patentes nos museus; e divulgação das exposições temporária e permanentes dos museus municipais.
Os horários dos Museus vai ser o seguinte:
Museu do Vidro – serviço aberto ao público, de terça a domingo no seguinte horário 10h30-12h30 e 14h00-17h00, com limitação de entradas. No dia 18 de maio, segunda-feira, o Museu do Vidro estará aberto por ser Dia Internacional dos Museus.
Núcleo de Arte Contemporânea (NAC) – serviço aberto ao público, de terça a domingo, no horário das10h30-12h30 e 14h00-17h00 e com limitação de entradas.
Coleção Visitável do Futuro Museu da Indústria de Moldes (MIM) – serviço aberto ao público, de quarta a sábado, no horário das 10h30-12h30 e 14h00-17h00 e com limitação de entradas.
Museu Joaquim Correia – serviço aberto ao público, de segunda a sexta feira no horário das 10h30-12h30 e 14h00-17h00 e com limitação de entradas.

Marinha Grande | Reabertura dos espaços culturais

Portal da Marinha Grande / Quem Somos
A Câmara Municipal da Marinha Grande vai reabrir os espaços culturais na próxima segunda-feira, 18 de maio, nomeadamente a Biblioteca Municipal e os museus.

Obedecendo às indicações da Direcção-Geral de Saúde, vão ser reabertos os seguintes espaços culturais:

Museu do Vidro – serviço aberto ao público, de terça a domingo no seguinte horário 10h30-12h30 e 14h00-17h00, com limitação de entradas. No dia 18 de maio, segunda-feira, o Museu do Vidro estará aberto por ser Dia Internacional dos Museus.

Núcleo de Arte Contemporânea (NAC) – serviço aberto ao público, de terça a domingo, no horário das10h30-12h30 e 14h00-17h00 e com limitação de entradas.

Coleção Visitável do Futuro Museu da Indústria de Moldes (MIM) – serviço aberto ao público, de quarta a sábado, no horário das 10h30-12h30 e 14h00-17h00 e com limitação de entradas.

Museu Joaquim Correia – serviço aberto ao público, de segunda a sexta feira no horário das 10h30-12h30 e 14h00-17h00 e com limitação de entradas.

Biblioteca Municipal – serviço aberto ao público, de segunda a sexta feira, exclusivamente, para empréstimo de livros em horário mais reduzido (das 14h00-16h00) e com limitação de entradas.

Recorde-se que no passado dia 11 de maio já tinham sido abertos ao público o Balcão de Atendimento ao Munícipe, a Tesouraria, a Secretaria de Obras Particulares e o Estádio Municipal.

MERCADO DE RUA DE ARMAÇÃO DE PÊRA VAI RETOMAR ATIVIDADE

Silves | Mercado de Rua de Armação de Pêra vai Retomar Atividade
Considerando a passagem do estado de emergência para o estado de calamidade, que veio permitir a reabertura gradual de alguns estabelecimentos e serviços, nomeadamente a abertura dos mercados municipais que oferecem resposta de âmbito alimentar, mediante o cumprimento das orientações da Autoridade Local de Saúde/DGS, o Município de Silves apoiou, na presente data, a realização de reunião para que fosse ponderado e avaliado o reinício do mercado alimentar de rua da responsabilidade da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, que decorre habitualmente na zona envolvente ao mercado municipal, todos os sábados.

Nessa reunião, concluiu-se que a Junta de Freguesia de Armação de Pêra deverá, por razões de segurança e em cumprimento de regras sanitárias recomendadas pela Delegada de Saúde, promover, numa primeira fase, a relocalização do mercado de rua para a praça frontal ao edifício da Junta de Freguesia, sendo o local devidamente sinalizado, com zona de entrada e saída, para que aos poucos se retomem as actividades mercantis, mas com toda a segurança, quer para os comerciantes, quer para os moradores e turistas.

A reorganização do mercado de rua e os termos da ocupação do espaço público pelos comerciantes fica, contudo, dependente de uma reunião da Junta de Freguesia de Armação de Pêra com todos os interessados, a realizar no próximo dia 27 de Maio, com a presença da Autoridade Local de Saúde.

Esta iniciativa é fundamental para que, em conjunto, se possa retomar o funcionamento, ainda que gradualmente, da nossa economia local.

Centro de Artes de Águeda com mais de 125 mil espetadores em três anos

Nos seus três anos de existência, este equipamento municipal recebeu cerca de 460 eventos 
O Centro de Artes de Águeda (CAA), que celebrou esta semana três anos de existência, tem feito um “percurso de sucesso, pautado por uma aposta eclética da sua programação, envolvendo as diferentes performances artísticas, numa expressão de apoio à difusão da cultura e à formação de públicos”, referiu Elsa Corga, Vereadora da Cultura da Câmara de Águeda. 

Os números destes três anos evidenciam o interesse que a programação cultural deste equipamento tem provocado junto do público. Ao longo deste período, passaram pelo CAA cerca de 125.580 pessoas, sendo que 77.881 assistiram a espetáculos inseridos na programação geral e 47.699 participaram nas atividades propostas pelo Projeto Educativo. 

O CAA recebeu, nos seus três anos de existência, um total de 281 eventos de programação geral (entre espetáculos de dança, teatro, música ou outras performances), bem como 177 ações ligadas ao Projeto Educativo e ainda 32 exposições. 

Logo no ano de abertura, em 2017, o CAA contou com 23.332 espetadores, um número que evoluiu para 50.836 pessoas, em 2018. No ano passado, assistiram aos diversos espetáculos do CAA 42.935 pessoas. Desde o início do ano, o CAA contou com a presença de 8.480 pessoas nas suas iniciativas. 

Em março, com o Plano Municipal de Contingência da pandemia de COVID-19, que impôs o encerramento ao público do CAA, foi adotada uma nova estratégia, levando à criação de conteúdos digitais que garantissem a continuidade da fruição cultural, mantendo o público envolvido no CAA e convidando-o a ter uma participação ativa nas várias atividades propostas. 

Para além da visita virtual à Exposição Bicicleta Motorizada, estão calendarizadas rubricas diárias e temáticas, com uma área definida para cada dia da semana e partilhadas nas redes sociais. Assim, as segundas-feiras são contemporâneas, as terças técnicas, as quartas curiosas, as quintas permitem recordar, à sexta é para ter ideias. Ao fim de semana, é para saber “o que se ouve por CAA” e “olhar p’ra CAA” . 

As propostas do CAA são transmitidas nas suas redes sociais, Facebook (https://www.facebook.com/centroartesagueda) e Instagram (instagram/centroartesagueda) e incluem música, arte contemporânea, fotografia e curiosidades acerca do espaço do CAA, sem esquecer as ideias para colocar em prática em tempos de isolamento social. 

Por ocasião do 3.º aniversário do CAA, foi lançado um CAAderno de Atividades, com uma compilação de jogos, passatempos e atividades lúdicas, tendo como tema central o próprio Centro de Artes. 

Neste momento, está em curso a “8.ºC em Casa - Residência Artística CAA-ESAP”, uma iniciativa que envolve o 8.ºC da Escola Secundária Adolfo Portela, em parceria com o Projeto Educativo do CAA. Trata-se de uma residência artística, decorrente das disciplinas de Educação Visual e Educação Física, que quando foi iniciada iria culminar na construção de uma instalação artística feita a partir de plástico reutilizado e no desenvolvimento de uma performance que dialogasse com a obra. Apesas das limitações impostas pela pandemia COVID-19, os alunos, professores e CAA decidiram manter o projeto e partilhar semanalmente, nas redes sociais do CAA, os momentos que estão a marcar todo o processo criativo. 

A pensar no Dia Mundial da Criança, o CAA está a promover uma atividade intitulada “Obras em Casa”, que é inspirada nas oficinas realizadas pelo Projeto Educativo e que passa pela disponibilização, nas redes sociais do CAA, às sextas-feiras durante este mês, de informações que darão o mote para a produção de obras e que serão feitas por cada participante nas suas casas. Depois da(s) obra(s) concluída(s), os participantes devem fotografar a exposição dos trabalhos e enviar as fotografias para o e-mail centroartesdeagueda@gmail.com até ao dia 28 de maio. No dia 1 de junho, o CAA fará a partilha dessas fotografias nas suas redes sociais, assinalando, assim, a importância da Declaração Universal dos Direitos da Criança. 

Avanço: anticorpo que bloqueia 100% da infecção viral por coronavírus é encontrado em experimentos de laboratório

A companhia farmacêutica americana Sorrento anunciou recentemente que encontrou um anticorpo que fornece “100% de inibição da infecção pelo vírus SARS-CoV-2 em células saudáveis após quatro dias de incubação”.
Enquanto isso pode representar um enorme avanço no tratamento da Covid-19, vale observar que os resultados são preliminares, fazem parte de uma pesquisa pré-clínica e ainda não foram revisados por pares e publicados em uma revista científica.

Anticorpo STI-1499

O objetivo da Sorrento é criar um “coquetel” de anticorpos que ofereça proteção contra o SARS-CoV-2 mesmo no caso de mutações.
A pesquisa foi realizada in vitro, ou seja, em células cultivadas em laboratório e não em pacientes de verdade.
Entre diversos candidatos examinados a partir de um banco de dados de anticorpos humanos, o chamado STI-1499 foi o que se saiu melhor: ele pareceu ter a habilidade de bloquear completamente a proteína spike do SARS-CoV-2, o que impede que o vírus se anexe a células saudáveis, o que por sua vez leva à sua incubação e infecção.
O STI-1499 pode se tornar o primeiro anticorpo a fazer parte de tal coquetel, mas a empresa afirmou que também poderá desenvolvê-lo por si só, como uma terapia autônoma.

COVID-SHIELD

Uma das principais questões em torno do SARS-CoV-2 é quão mutagênico ele realmente é, ou seja, qual sua capacidade verdadeira de mutar.
Muitos coronavírus conhecidos, como o que causa o resfriado comum, têm a tendência de mutar rapidamente, o que torna o desenvolvimento de curas e tratamentos duradouros mais difícil.

É por isso que a Sorrento quer criar um coquetel – nomeado COVID-SHIELD – capaz de bloquear a anexação da proteína do SARS-CoV-2 de várias formas – assim, ele continuará efetivo mesmo quando o vírus mutar, seja por conta da transmissão entre pessoas ou no mesmo paciente.
A meta é que o COVID-SHIELD seja uma mistura potente de anticorpos que represente proteção contra diferentes cepas do SARS-CoV-2.

Aprovação e fabricação

De acordo com o portal Tech Crunch, a empresa já está discutindo seus resultados com agências reguladoras americanos para acelerar o desenvolvimento de um tratamento em potencial para a Covid-19.
No momento, a Sorrento busca a aprovação da Administração de Drogas e Alimentos dos EUA para usar o anticorpo.
Além disso, o laboratório está escalando sua capacidade de produção com o fim de poder fabricar até um milhão de doses ao mesmo tempo.
Enquanto nenhuma terapia ou vacina deve se tornar um “remédio mágico” contra o SARS-CoV-2, qualquer avanço deste tipo é uma boa notícia que deve ser comemorada em meio à atual pandemia mundial de Covid-19.

Por Natasha Romanzoti, em 15.05.2020
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