Modelo
único em Portugal funciona no Centro de Negócios de Estarreja
À
pergunta “Porque não trazer a escola para dentro do Eco Parque?"
foi dada uma resposta concreta cujo desfecho ocorreu com a abertura
da escola UniEST no Centro de Negócios de Estarreja, localizado no
Eco Parque Empresarial. Fruto do trabalho conjunto desenvolvido pela
EPA – Escola Profissional de Aveiro e Câmara Municipal de
Estarreja, envolvendo as empresas ali localizadas e a SEMA –
Associação Empresarial, o projeto educativo inovador implica três
cursos frequentados por 90 alunos.
A
UniEST – Unidade de Especialidades Tecnológicas é uma escola de
qualificação profissional que vem responder às necessidades reais,
em muitas áreas de formação, das empresas do Município de
Estarreja e da Região de Aveiro. Os primeiros alunos
inauguraram “neste momento histórico”,realçou o
diretor da EPA, Jorge Castro, “aquela que é porventura a
melhor escola do mundo em Estarreja porque a UniEST pretende uma
coisa única que nunca se fez em Portugal”, afirmou na sessão
que marcou o primeiro dia de aulas, no passado dia 3 de outubro.
Se
um “espaço empresarial de excelência e pujante”, como
o de Estarreja, tem dificuldades em encontrar mão-de-obra
qualificada, “porque não trazer a escola para dentro da
zona industrial”, adaptando o programa curricular e trabalhando
com as empresas? “Faz-se qualificação profissional nas
empresas, com as mãos na massa”, elucida Jorge Castro. Nestes
cursos, aprovados pelo Instituto de Emprego e Formação
Profissional, mais de metade da formação é feita em realidade de
contexto de trabalho.
Com
uma durabilidade de 3 mil horas, estes cursos de qualificação
profissional são destinados a jovens e desempregados, entre os 18 e
os 25 anos, conducentes à obtenção do 12º ano de escolaridade,
possibilitando a inserção imediata no mercado de trabalho mas
também abrindo as portas à progressão de estudos qualificantes nas
escolas politécnicas da Universidade de Aveiro. A UniEst arrancou
com 60 alunos de duas turmas dos cursos de Manutenção Industrial de
Metalurgia e Metalomecânica e Multimédia (vertente empresarial). A
terceira turma a ser preenchida do curso de Química Industrial “irá
iniciar a breve trecho”, totalizando os 90 formandos, informou
o diretor da EPA.
Jorge
Castro encontrou na Câmara Municipal de Estarreja o parceiro ideal,
com “capacidade de mobilização para nos ajudar a
construir isto. Não é fácil encontrar câmaras, por vezes até é
raro, encontrar entidades como esta Câmara que de uma forma ágil,
capacitada e capacitante acabou por nos ajudar a chegar hoje aqui”.
A
lógica de criar especialidades à medida das necessidades do tecido
empresarial tem em vista empregabilidade e por isso Jorge Castro
acredita que neste projeto educativo, “os 90 jovens serão
perfeitamente absorvidos pelo nosso tecido empresarial de
proximidade. Facilmente esta mão-de-obra vai ser absorvida”,
reforça.
Propiciando
as melhores condições para o desenvolvimento desta escola, a Câmara
Municipal de Estarreja disponibiliza espaços no Centro de Negócios
no Eco-Parque para o desenvolvimento da formação em contexto de
sala de aula e prática simulada.
“Esta
unidade é uma mais-valia para Estarreja”,
fez questão de sublinhar o Vereador da Educação, João Alegria. A
UniEST “vem
de encontro a uma das necessidades diagnosticadas no nosso concelho.
Uma das grandes linhas de ação do Plano Estratégico Educativo
Municipal é adequar a nossa qualificação e formação ao mercado
de trabalho. Esta é uma dessas respostas”,
lembrando que “os
empresários perguntam por mão-de-obra qualificada e estamos quase
incapacitados para darmos uma resposta válida”. João
Alegria deu o exemplo do investimento de 75 milhões de euros de duas
empresas que se estão a instalar no Eco Parque e onde serão criados
mais de 200 postos de trabalho. “É preciso gente qualificada para
dar resposta a estas necessidades. As empresas precisam de vocês”,
transmitiu aos jovens formandos. “Têm
aqui uma oportunidade única, a possibilidade de ter um mercado de
trabalho à vossa espera.”
“Do
lado de cá está a escola, do lado de lá estão as empresas. Este
binómio nunca pode andar dissociado, tem que estar sempre
interligado” e
por isso o Presidente da SEMA, José Valente, deposita uma “esperança
absoluta do sucesso desta iniciativa”, lembrando
que “as
empresas vão ter um papel fundamental no trajeto dos alunos”.
“Interessa-nos qualificar pessoas e este trabalho feito em contexto
empresarial, que defendo há anos, vem colmatar essa necessidade.”
Carla
Miranda
Gabinete
de Comunicação, Relações Públicas e Turismo
CÂMARA
MUNICIPAL DE ESTARREJA