domingo, 1 de agosto de 2021

Patrícia Mamona: “Estou feliz, faço parte dos 15 metros”

A portuguesa Patrícia Mamona disse hoje estar "feliz" por ter ganho a prata no triplo salto de Tóquio2020 e por passar a fazer "parte dos 15 metros", por ter saltado para 15,01 metros, um novo recorde nacional.

Patrícia Mamona conquistou hoje a medalha de prata no triplo salto em Tóquio, ao conseguir 15,01 metros, novo recorde nacional, arrebatando a segunda medalha por atletas portugueses depois do bronze do judoca Jorge Fonseca (-100 kg).

Patrícia Mamona, de 32 anos, só foi batida pela venezuelana Yulimar Rojas, bicampeã do mundo, com 15,67 metros, novo recorde do mundo. No terceiro lugar ficou a espanhola Ana Peleteiro, com 14,87.

Estou feliz, faço parte dos 15 metros. Independentemente da marca, da medalha, esta competição é muito especial para todos nós. Na minha cabeça, o foco era só dar o meu melhor, saltar o mais possível. Tinha dito que tudo, depois, era consequência. É um momento decisivo, são seis saltos, e a cada salto pensava em como conseguir saltar ainda mais, dar ainda mais. Dar tudo para sair daqui mesmo estafada. Saio daqui muito feliz", explicou, na zona mista do Estádio Olímpico.

Durante toda a prova, garantiu, só pensou "em saltar muito", e não em marcas, após uma "época de altos e baixos" que culminou numa competição "dura, com toda a gente empolgada e as medalhas em aberto", à exceção do ouro.

"Fazer parte desta história é incrível. Lembro-me muitas vezes de dizer 'ei, em Pequim2008 cinco raparigas passaram os 15 metros'. Parecia assim um bocadinho... e estou na competição em que é batido o recorde do mundo, por uma força da natureza, e eu fazer mais de 15 metros... é gigante, maravilhoso", garantiu a atleta.

Reforçando várias vezes a felicidade e o foco apenas em "dar tudo" e não pensar quer no antigo recorde nacional, que tinha colocado em 14,66 metros em 9 de julho no Mónaco, quer nas marcas que ia conseguindo, Mamona ficou feliz por poder honrar um "país que é pequeno mas é grande".

"Foi uma época de altos e baixos, fui feliz nos meus altos e hoje fui muito, muito feliz neste alto. São seis saltos e depois uma pessoa vai de consciência tranquila para casa. Só pensei em saltar muito. Não consigo pensar em marcas, porque como disse na qualificação, dá-se tudo e a marca é uma consequência disso", acrescentou.

Fonte: Lusa

 e imagem:TVI24 

“O SANGUE NÃO PODE ESTAR DE FÉRIAS”. RESERVAS DO TIPO NEGATIVO SÓ CHEGAM PARA QUATRO DIAS

 O Instituto Português do Sangue e da Transplantação  apela à dádiva durante o verão para inverter a situação.

As reservas de sangue do tipo negativo atingiram níveis muito alarmantes. Os grupos sanguíneos O-, A- e B- já só têm capacidade de assegurar o fornecimento dos hospitais durante os próximos quatro dias.

Nos restantes, a situação também é preocupante no O+ e AB-, que só garantem o fornecimento hospitalar por mais sete ou dez dias.

A “seca” nas reservas de tipos sanguíneos negativos ocorre por dois motivos centrais: há mais cidadãos portugueses com Rh’s positivos e tipos de sangue negativos são dadores universais, ou seja, são mais os casos em que podem dar do que receber transfusões.

Em Portugal, existe uma prevalência de Rh’s positivos de 85% e negativos de 15%”.

Esta é uma situação recorrente durante os meses de verão, por ser a altura em que a vasta maioria dos dadores nacionais estão de férias, mas foi extrapolada como efeito colateral da pandemia de covid-19.

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) lembra que tanto as restrições à mobilidade como a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde, sobretudo em 2020, foram catalisadores da escassez de sangue nas reservas nacionais.

Com o avançar da situação pandémica foram surgindo numerosos constrangimentos à colheita de sangue e componentes sanguíneos nomeadamente o trabalho a partir de casa, os estabelecimentos de ensino sem aulas presenciais e a inoperacionalidade das unidades móveis de colheita de sangue, que dificultaram, ainda mais, a realização de sessões de colheita móvel. Por todos os motivos atrás mencionados em 2020, ocorreu uma redução de cerca de 7% no total de dádivas realizadas em Portugal (…) Apesar da redução, houve também um concomitante abrandamento das atividades hospitalares o que levou a que se mantivesse algum equilíbrio entre as colheitas e os consumos”, refere o IPST.

Esta é uma situação recorrente, mas realça que se “perderam cerca de 20% dos dadores regulares ao longo da pandemia”. Fenómeno que é justificado pelo de facto da maioria “dos dadores fidelizados ter entre os 50 e 65 anos”, uma das faixas etárias mais ameaçadas pela pandemia de covid-19.

Na altura do verão, temos sempre este problema e este ano foi agravado pela pandemia. (…) Há um receio. O medo é humano. Contudo, muito dificilmente alguém será infetado pela covid-19 numa dádiva de sangue. É um espaço muito controlado. Podem deslocar-se às recolhas sem receio”.

Em 2021, assistiu-se a uma normalização no número de dádivas efetuadas, mas foi insuficiente para garantir a estabilidade das reservas durante o verão

Entre janeiro e o final de junho de 2021, verificou-se um aumento de 15,3% no total de dádivas, relativamente a período homólogo do ano anterior. Realizaram dádiva pela primeira vez, até ao final de junho 15 493 dadores, mais 74,8% do que no período homólogo de 2020″, afirma o IPST.

IPST  concorda que é imperioso e urgente restabelecer os níveis de sangue em Portugal, para que nenhum paciente se veja privado de uma transfusão em caso de necessidade.

O IPST faz um apelo à dádiva regular, sobretudo nestes meses de sol e férias.

Apela-se no entanto à dádiva regular e faseada ao longo do ano uma vez que nos hospitais portugueses são necessárias cerca de 1000 unidades de sangue e componentes sanguíneos todos os dias, e nunca é demais relembrar que os componentes sanguíneos têm um tempo limitado de armazenamento ( 35 a 42 dias para os concentrados eritrocitários; 5 a 7 dias para as plaquetas); os dadores de sangue, sendo homens só podem realizar a sua dádiva de 3 em 3 meses e sendo mulheres de 4 em 4 meses”, apela o IPST.

http://litoralcentro-comunicacaoeimagem.pt/2021/08/01/o-sangue-nao-pode-estar-de-ferias-reservas-do-tipo-negativo-so-chegam-para-quatro-dias/ 

NB: Texto adaptado
Fonte: Diário IOL

Ex-guarda de campo de concentração nazi julgado em outubro

Um tribunal alemão julgará a partir de outubro um ex-guarda centenário do exército nazi SS, acusado de cumplicidade no assassínio de 3.518 prisioneiros do campo de concentração de Sachsenhausen, perto de Berlim.

O Tribunal Provincial de Neuruppin acatou a denúncia apresentada pelo Ministério Público em fevereiro passado contra esta pessoa, que não foi identificada, por cumplicidade nos assassinatos de presos entre janeiro de 1942 e agosto de 1944 e entre dezembro de 1944 e fevereiro de 1945 durante sua atividade como guarda de um campo de concentração durante a II Guerra Mundial.

A historiadora Stephanie Bohra, colaboradora científica do centro de documentação de Berlim Topografia do Terror, destacou a abertura do processo, lembrando que "o assassinato não prescreve", pelo que deve ser levado à justiça.

"É sobre o esclarecimento de crimes e os ex-prisioneiros têm a oportunidade de relatar o que aconteceu ali", considerou a historiadora.

O advogado Thomas Walther, que durante anos representou a parte civil nos processos mais recentes contra o regime nazi também participará no processo.

"Sachsenhausen defendia a liderança nazi, às portas de Berlim, da sua ilusão de controle sobre a vida e a morte", disse, acrescentando que muitos dos que compõem a parte civil "têm a mesma idade dos acusados e esperam que seja feita justiça".

Cerca de 200.000 prisioneiros foram colocados no campo de concentração de Sachsenhausen, dos quais cerca de 20.000 foram mortos.

Lusa

Imagem: G1-Globo

A beleza da diversidade cultural lusófona e do Mediterrâneo invade Pombal

 A 29ª edição do Festival Sete Sóis Sete Luas continua em Pombal em agosto para promovendo as artes e culturas lusófonas e do Mediterrâneo. A rica programação começa com uma residência artística de 2 a 7 de agosto do conhecido street artist cabo-verdiano Tutú Sousa, que realizará um mural dedicado a morna. Autodidata no domínio da pintura e da escultura, na trajetória deste artista contam-se exposições individuais e coletivas em várias ilhas de Cabo Verde e em vários países europeus e nos EUA.

Depois, a 7 de agosto no Jardim do Cardal, às 19h será a volta do espetáculo de bicicleta acrobática de Jessica Arpin. Nascida em Salvador da Bahia, no Brasil, Jessica é artista de circo, palhaça, atriz e exploradora e estudou teatro e circo no Théâtre-Cirque. Jessica Arpin apresenta os seus espetáculos, que juntam teatro, circo, espetáculo de rua, cabaré e acrobacias, nos festivais do mundo inteiro: Brasil, Bélgica, Nunavut (Pólo Norte) e outras zonas do Canadá, Suíça e Itália.

A seguir, a 14 de agosto no Jardim do Cardal, às 21h30 o Festival Sete Sóis Sete Luas apresenta uma produção musical original com Gwendoline Absalon, conhecida cantora da ilha da Reunião, com a Santo Antão 7Sóis Band, composta por cinco músicos da ilha de Santo Antão (Cabo Verde), que apresentam um repertório que defende a tradição musical das montanhas dessa terra, através da recolha musical das canções de trabalho dos camponeses e dos pescadores, utilizando o crioulo, que confere aos temas uma emoção muito especial.

20 de agosto, às 21h30 no Jardim do Cardal, acontece a performance de clowneria de Jango Edwards, artista, palhaço e comediante de mil facetas, conhecido pelas inúmeras aparições em festivais internacionais e na televisão.

No dia 21 de agosto, às 21h30 no Jardim do Cardal, o público poderá assistir ao espetáculo de flamenco de Ana Gonzalez, grupo representativo do atual panorama do flamenco andaluz.

28 de agosto, às 21h30 no Jardim do Cardal, tocará o coletivo musical Parafoné, que atua desde 2005 e representa uma das bandas mais inovadoras do sul da Itália no panorama da Música do Mundo.

Por fim, a 5 de setembro, às 21h30 na Praça Marquês de Pombal, o Festival conclui-se com a atuação da Med Arab 7Sóis Ensemble, com a participação especial do músico pombalense Ricardo Silva.

A entrada é livre

Aveiro | Bom Domingo!

O Litoral Centro http://litoralcentro-comunicacaoeimagem.pt/ de forma alheatoriamente registou as imagens que se seguem para avivar a memória daqueles que conhecem a linda cidade de Aveiro.
Notem que está a decorrer a Feira de Artesanato no Rossio, desta vez com a presença duma carrinha da PSP que é de louvar. As pessoas devem sentir-se seguras, ou por força e qualquer assunto poderem dirigir-se à PSP para atender no que for da sua competência.
Bem ao Comando de Aveiro como ainda aos senhores agentes que ali prestam serviço, ficando certamente impedidos de estarem com as suas famílias.
Sejam felizes, saboreiem o que Aveiro tem de melhor.












As aqui disponíveis podem ser usadas desde que seja feita referência à fonte.

J. Carlos


Reino Unido oferece incentivos aos jovens para se vacinarem

Descontos em aplicações na entrega de comida ou de táxi são alguns dos incentivos que serão oferecidos no Reino Unido para promover a vacinação entre os mais jovens, anunciou hoje o ministro da Saúde, Sajid Javid.

Numa nota de imprensa, Sajid Javid incentiva as pessoas entre os 18 e os 29 anos, mais relutantes em se vacinarem do que o resto da população adulta, a "aproveitarem esses descontos" e lembrou que a vacina contra a covid não só os protege a eles e os seus familiares, como permitirá que "voltem a fazer muitas das coisas" que foram retiradas.

De acordo com o comunicado, aplicações de táxi, Uber e Bolt oferecerão descontos nos serviços ou até passagens gratuitas para os postos de vacinação, enquanto os jovens poderão comprar comida a preço reduzido no Deliveroo, Uber Eats ou Pizza Pilgrim.

O Ministério da Saúde, que montou postos de vacinação para jovens em galerias de arte e centros comerciais, escreveu que, nos próximos dias, serão revelados mais incentivos que podem incluir descontos em restaurantes ou entradas mais baratas em cinemas, teatros ou festivais de música.

Com base em dados até 30 de julho, 67% dos jovens entre 18 e 29 anos -- os menores ainda não foram vacinados neste país - receberam a primeira dose da vacina contra a covid, em comparação com 88,5% do total da população adulta (cerca de 46,8 milhões de pessoas).

Com o plano de vacinação completo estão 72,1% dos adultos, ou seja, 38,12 milhões de pessoas.

Após do levantamento de todas as restrições impostas no terceiro confinamento, em janeiro, o Reino Unido conseguiu mitigar, graças à vacinação e ao encerramento de escolas para férias, o avanço das infeções com a variante delta, embora tenha detetado nos últimos dias um aumento de mortes e hospitalizações.

Assim, entre sexta e sábado, foram registados 26.144 novos casos positivos no país, 33% a menos que na semana anterior, com 71 mortes, 9,1% a mais, e 927 internamentos, um aumento de 18,9%.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.202.179 mortos em todo o mundo, entre mais de 196,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse, divulgado na sexta-feira.

Lusa

PSP apreende 50 facas de abertura automática em Braga

A PSP apreendeu, no âmbito de uma investigação criminal sobre a prática de crimes de venda ‘online’ de armas proibidas no concelho de Braga, 50 facas de abertura automática, tendo o suspeito sido constituído arguido.

Em comunicado, a PSP esclarece hoje que deu, na quinta-feira, cumprimento a mandatos judiciais por suspeita da prática dos crimes de venda ‘online’ de armas de classe A – proibidas, nomeadamente, bastões extensíveis e armas brancas (facas), no concelho de Braga.

No decorrer da ação, o Departamento de Armas e Explosivos executou um mandado de busca e apreensão domiciliário e três mandados de busca e apreensão não domiciliários.

Segundo a PSP, durante a busca domiciliária, num local usado pelo suspeito como espaço comercial, foram apreendidas 50 facas de abertura automática.

O suspeito foi constituído arguido e sujeito à medida de coação de Termo de Identidade e Residência, até receber notificação de comparência pelos serviços do Ministério Público do Tribunal da Comarca de Vila Verde.

A entidade comercial em causa também foi constituída arguida, acrescenta a PSP.

Lusa

Autarcas do Porto, Valongo e Maia vincam necessidade de um heliporto no Hospital de S. João

 Os municípios do Porto, Maia e Valongo assumiram hoje o compromisso de apoiarem o Hospital de S. João, no Porto, na construção de um heliporto, mas instaram o governo a resolver com “urgência” esta questão.

Numa visita a esta unidade de saúde, que é a referência hospitalar no norte do país, os autarcas Rui Moreira (Porto), José Manuel Ribeiro (Valongo) e António Silva Tiago (Maia), assinaram um ofício a vincar a importância estratégica do equipamento e apontaram uma solução de financiamento para a sua construção.

“O Hospital de S. João tem uma especial preponderância nestes três municípios e temos de persuadir o governo, dentro dos fundos estruturais europeus existentes para a região, a financiar a obra. As nossas câmaras, se for caso disso, estão disponíveis para repartir entre si a percentagem da componente nacional”, disse Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto.

O autarca vincou que “não será por falta de apoio dos municípios que a obra não avança”, mas apontou uma assimetria em relação aos apoios dados pelo Estado a outros hospitais do país.

“Há uma desigualdade. Aos hospitais do Lisboa e Vale do Tejo, que não podem concorrer a estes fundos, os apoios estão a ser dados diretamente pelo Estado central, o que não me parece mal, mas quando falamos em hospitais de regiões de convergência, como o nosso, tem de se arranjar financiamento com fundos europeus e a componente nacional fica sempre pendurada”, notou Rui Moreira.

O presidente da Câmara do Porto vincou que “em comparação com os hospitais centrais de Lisboa e Coimbra, o S. João é o único que tem esta carência [do heliporto]”, e considerou “ilógico” que, num caso de urgência, os doentes sejam transportados para o heliporto do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, e depois reencaminhados de ambulância para o S. João.

Para resolver esta questão, a administração do Hospital S. João, com o apoio da ANAC (Autoridade Nacional da Aviação Civil), já desenvolveu um projeto para a construção do equipamento nas suas instalações, avaliado em 1.4 milhões de euros, que já foi alvo de um concurso público e tem um concorrente apto a concluir a empreitada em seis meses, logo que o financiamento seja atribuído.

“É um projeto emblemático não só para o hospital, como para a região. Esta é a unidade de referência para doentes críticos de todo o Norte, nomeadamente na vertente pediátrica e nos doentes queimados, mas temos problemas no acesso quando são doentes que precisam cuidados urgentes”, explicou Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João.

O responsável lembrou que na construção da unidade, há 62 anos, havia um heliporto, mas que há cerca de 20 anos o equipamento foi interrompido por questões técnicas, algo que tem beliscado a eficácia do socorro prestado.

“Torna-se mais difícil e demorado. Há doentes em que o tempo é um fator limitativo no ponto de vista de recuperação. Este heliporto dará uma maior segurança e maior capacidade de intervenção na rede hospitalar”, completou Fernando Araújo.

O presidente do conselho de administração do S. João, apontou, ainda, que o heliporto “permitirá rentabilizar todo o esforço feito na criação destes equipamentos em outras zonas do país, nomeadamente no interior, e também dinamizar a excelente frota que o INEM possui”.

O investimento na construção do heliporto faz parte do Plano de Atividades e Orçamento do Centro Hospitalar de S. João, que já foi aprovado pelos ministérios da Saúde e das Finanças.

Lusa

Neemias Queta preparado para apresentar os seus “melhores atributos” na NBA

Na sexta-feira, os Sacramento Kings escolheram o defesa português no 39.º lugar do 'draft' de 2021 da NBA.

O basquetebolista Neemias Queta, primeiro português escolhido para representar uma equipa da Liga norte-americana de basquetebol (NBA), foi hoje apresentado nos Sacramento Kings, garantindo estar preparado para mostrar as suas qualidades na melhor liga do mundo.

"Desde o momento em que vi o meu nome no 'draft' acreditei que ia ser escolhido. Estou preparado para passar para a NBA os meus melhores atributos", afirmou o internacional luso de 22 anos, durante a conferência de imprensa de apresentação transmitida através do Instagram.

Na sexta-feira, os Sacramento Kings escolheram o defesa português no 39.º lugar do 'draft' de 2021 da NBA.

"Não consigo controlar se as pessoas acreditam em mim, ou o que pensam sobre mim, mas quero entrar em campo e mostrar o meu valor", disse Queta, revelando que tem vivido dias intensos desde que soube que ia atuar na NBA.

"Têm sido 48 horas longas. Tenho visitado a cidade, tem um bom clima, e estou muito orgulhoso de pertencer a esta organização", atirou o novo número 88 dos Kings, explicando o significado da escolha.

O oito foi o meu primeiro número no basquetebol e, com o 88, quero transportar as sensações que então tive para a estreia na NBA", esclareceu.

Neemias Queta, poste de 2,13 metros, foi o nono jogador a ser escolhido na segunda ronda do 'draft' da NBA e vai iniciar a carreira profissional na mesma cidade em que 'brilhou' Ticha Penicheiro, nas Sacramento Monarchs (1998 a 2009).

Depois de três épocas na Universidade de Utah State, o jogador natural do Barreiro, onde nasceu em 13 de julho de 1999, vai para uma equipa que em 2020/21 terminou a fase regular no último lugar da Divisão Pacífico, com 31 vitórias e 41 derrotas.

Este registo valeu apenas o 12.º lugar da Conferência Oeste, pelo que os Kings falharam o 'play-in' -- para os 10 primeiros -, ficando apenas à frente de Minnesota Timberwolves (23 triunfos), Oklahoma City Thunder (22) e Houston Rockets (17).

Além de Neemias Queta, os Sacramento Kings também escolheram no 'draft' o base Damion Mitchell, da Universidade de Baylor, na nona posição global.

Lusa

Imagem: © Sacramento Kings

Um êmulo de São Damião de Molokai

O Padre Damião com crianças do coro de Kalawao na década de 1870

  • Plinio Maria Solimeo

Aextraordinária gesta do Padre Damião de Veuster, o Apóstolo dos Leprosos, atendendo aos leprosos em Molokai, é mais ou menos conhecida. Praticamente não o é, entretanto, a de seu êmulo e factotum Ira Dutton — o “Irmão José” [foto abaixo] —, que impressionado pela vida de São Damião, foi para o Havaí a fim de se dedicar inteiramente aos mortos-vivos ali presentes, cuja única — e, aliás, grandíssima — esperança era o Céu.

Tudo começou em 1865, quando o número crescente de leprosos naquele arquipélago levou seu governo a determinar que os infelizes fossem trasladados para a colônia de Kalaupapa [foto abaixo], um lugar de confinamento numa ilha isolada das demais. Desde então até 1869, cerca de oito mil morféticos foram transferidos para lá.

Isso levou o Vigário geral de Honolulu a manifestar sua inquietude pelo bem espiritual daquelas almas. Ao apresentar sua preocupação aos seus sacerdotes, vários deles se ofereceram generosamente para essa missão de caridade. A escolha recaiu sobre o sacerdote belga Damião de Veuster, quem, cônscio do que o esperava, disse a seu bispo: “A morte voluntária é o princípio de uma nova vida: estou pronto para sepultar-me vivo com esses desafortunados”.

Desse modo, em 1873, o destemido sacerdote — então com 33 anos de idade — desembarcava em Molokai, lá permanecendo o resto de sua vida. Dez anos depois de sua chegada, contraiu a temível lepra, falecendo em 1889 aos 49 anos. Foi canonizado em 2010.

O Padre Damião se entregara com ardor a seu apostolado, não se inquietando com o provável perigo de contrair a terrível moléstia. Quando isso aconteceu, tomou o fato com tranquilidade e espírito sobrenatural, como algo que estava programado desde o começo.

Com o crescimento do número dos enfermos em Molokai, o missionário belga necessitava de alguém que o ajudasse em seu estrênuo trabalho de atendimento espiritual e material dos afetados.

Foi então que, durante uma conferência em Nova Orleans sobre o trabalho heroico de São Damião no Havaí, um penitente de 40 anos, Ira Dutton, por disposições da Providência, se sentiu atraído a participar dessa sublime aventura.

Nascido no mês de abril de 1843, em família protestante de Vermont, frequentou na sua juventude a universidade de Milton, combateu na Guerra Civil americana, e se casou tão logo esta terminou. Fê-lo apesar de seus companheiros o alertarem da reputação de infidelidade de sua futura esposa, bem como de sua adição à mania de compras. Com efeito, depois de um ano de matrimônio, ela o abandonou, deixando-o em ruína. Apesar disso, Dutton esperou durante dez anos por sua volta, findos os quais a separação definitiva se consumou.

Desesperado, o jovem se entregou nesse período ao que chamou de seus “anos selvagens e pecaminosos”, tornando-se um alcoólatra inveterado. Depois de uma década de vida tumultuada, tocado pela graça, Ira resolveu deixar radicalmente o álcool. Começou a estudar o Catecismo, e no dia 27 de abril de 1883, aos 40 anos, foi recebido na Igreja Católica, adicionando José a seu nome, por ser seu santo favorito.

Decidido a levar uma vida de oração e penitência, ingressou num mosteiro trapista, nele permanecendo um ano e meio. Mas se deu conta de que sua vocação era de ajudar o próximo, à margem do sacerdócio. Deixou então o mosteiro e passou a se dedicar a algumas obras de apostolado. Foi quando conheceu o trabalho do Padre Damião, ao qual resolve associar-se.

Quando lhe foram apresentados todos os riscos que enfrentaria naquela nova vida, disse: “O trabalho me atraiu maravilhosamente. Depois de tê-lo pesado por bom tempo, convenci-me de que se adaptaria a meus desejos de trabalho e de uma vida penitencial e reclusão, bem como de uma completa separação das cenas de todas as experiências passados”. Após doar todas as suas economias — 10 mil dólares — à obra de Molokai, partiu para lá em 1886, a fim de se colocar à disposição do Padre Damião.

Pode-se imaginar a alegria do Santo ao receber seu novo auxiliar, a cujo respeito comentou: “A valentia de meu querido irmão José parece responder muito bem ao especial chamado pelo qual Nosso Senhor o escolheu. Interessa-se especialmente por tudo o que concerne aos altares e sacristias de nossas igrejas. Também atua como nosso boticário, e realmente é um irmão para mim”. O Padre Damião, que passou seus últimos dias sob os cuidados do Irmão José, exclamou: “Agora posso morrer. O irmão José se encarregará de meus órfãos”.

Com efeito, José aprendeu o necessário de medicina e cirurgia, e se entregou de corpo e alma às mais repugnantes tarefas — como a de limpar e curar úlceras, infecções e ossos necrosados dos enfermos, e de dar comida na boca daqueles que já não tinham mãos para fazê-lo.

Após a morte do Padre Damião, o Irmão José prosseguiu sua obra em Molokai, só não fazendo aquilo que incumbisse somente à condição sacerdotal. Por exemplo, graças a uma doação recebida em 1895, ele erigiu um orfanato para as crianças da região, muitas delas filhos de leprosos falecidos.

O mais surpreendente é que, ao contrário do Padre Damião, durante os 45 anos em que Dutton esteve cuidando de leprosos, ele nunca contraiu a moléstia. Vivia na mais estrita pobreza, não aceitando remuneração pelo que fazia. Afirmava: “Eu não deixaria meus leprosos por todo o dinheiro do mundo”.

Esse abnegado servidor de Deus faleceu em Honolulu — para onde sua avançada idade o levara — no dia 26 de março de 1931, sendo enterrado junto ao Padre Damião na igreja de Santa Filomena em Kalwao [foto acima].

O bispo de Honolulu anunciou recentemente que começaria no dia 30 de junho as diligências visando a sua causa de beatificação.

ABIM

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Fontes:

-https://www.religionenlibertad.com/blog/4703/en-molokai-la-iglesia-entera-se-contagio-de-lepra-por-amor.html

– https://www.religionenlibertad.com/personajes/495237497/ira-dutton-tras-salvajes-protestante-alcohol-se-entrego-dios-leprosos-damian.html#%23STAT_CONTROL_CODE_3_495237497%23%23