Existe na cidade de Cantanhede, dentre outras, uma entidade preocupada com as famílias carenciadas: é o Banco de Recursos Colmeia.
No passado dia 11, a Colmeia realizou um open day para celebrar o Dia Internacional do Voluntariado e o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
O Jornal Mira Online procurou saber junto doVereador Adérito Machado e de Paulo Cortesão, assistente social, qual a essência da Colmeia, o que faz e como atua...
"A Colmeia está sob a gestão da Câmara Municipal de Cantanhede e conta com cerca de 20 voluntários, no seu dia-a-dia" , conta Adérito Machado, que diz os passos que devem ser dados para que as pessoas carenciadas possam usufruir deste projeto.
"Em primeiro lugar, as pessoas devem inscrever-se na Colmeia. A partir daí, será detetada a situação, onde é atribuído um cartão por cada agregado familiar. As pessoas podem vir à Colmeia uma vez por mês e levar o que mais necessitam".
Adérito Machado e Paulo Cortesão admitem que "não há um pico de procuras... são cerca de 800 agregados familiares - entre 400 a 500 ativos - que procuram a Colmeia durante todo o Mês, não havendo uma maior procura agora ou depois... é tudo consoante as necessidades de cada agregado!".
Adérito Machado concorda que possa haver algum "desconforto nas pessoas em procurarem a entidade, mas elas também sabem que "isto" é para elas, que é como uma lufada de ar fresco num tempo de calor enorme... a Colmeia é um ponto de apoio, onde as pessoas que estão a atravessar uma fase menos boa na vida, podem socorrer-se. Aqui não tocamos a sineta quando damos algo a alguém".
Quem é apoiado pela Colmeia, chega ali através de referências, muitas vezes dadas pelos próprios familiares, por amigos ou pelos serviços sociais da Câmara Municipal de Cantanhede. Elas sabem que, naquele espaço, terão a sua privacidade preservada e são gratas por isso, "por ter quem lhes dê a mão num momento difícil", afirma Paulo Cortesão.
Já lá vão dez anos de atividade e a Colmeia continua na sua senda de crescimento. A primeira voluntária ainda lá está até hoje. Maria Isabel Silva garante que ali estará "até ao fim", pois não consegue conceber a sua forma de atuar na vida de outra maneira. Para ela, "o objetivo é ajudar desinteressadamente!" e como ela (felizmente) existem aos milhares por Portugal fora!
Maria Isabel Silva serve como apenas um exemplo, dentre tantos e tantos que dão de si, tudo, em prol de um mundo melhor... ou, menos mal.
Entidades como a Colmeia devem ser acarinhadas e reconhecidas sempre, apesar das tristes notícias que aparecem, por vezes, relacionadas à proteção social, ao apoio aos mais desfavorecidos ou necessitados. Não podemos duvidar de todos, por conta de alguns, eventualmente, inescrupulosos. Há pessoas e pessoas. Há entidades e entidades... e, é preciso separar o joio do trigo!
A Colmeia é, como tantas, uma entidade merecedora da contribuição de todos os cidadãos, das empresas e de Câmaras e Juntas de Freguesia que podem apoiar, apesar de todas as restrições financeiras.
Passe por lá: dê o seu apoio, o seu contributo. Tudo o que puder fazer pela Colmeia será uma mais-valia importantíssima para quem dela depende. Eles agradecem, de coração!
HORÁRIO DE ATENDIMENTO:
Segundas, quartas, quintas e sextas-feiras, das 17:00 às 19:00 horas
Terças-feiras, das 10:30 às 12:30 e das 17:00 às 19:00 horas
Sábados, das 10:30 às 12:30 horas