sexta-feira, 3 de agosto de 2018
Colheita de sangue em São Salvador da Aramenha
Em
todas as sessões promovidas pela Associação de Dadores Benévolos
de Sangue de Portalegre – ADBSP – empenhamo-nos para que
decorram da melhor forma e com número confortável de inscrições.
Mas nem sempre tal acontece, pois existem
fatores imponderáveis que, no seu conjunto, podem influenciar uma
afluência menos dilatada. Contudo, acreditamos que na próxima
brigada
o cenário venha a ser mais confortável,
sendo certo que quem marca presença merece, da nossa parte, toda a
consideração e carinho.
A
colheita
que fomentámos em
São Salvador da Aramenha era esperada ter mais participação. Ao
todo compareceram no salão da Junta de Freguesia, desta povoação
do concelho de Marvão, nove pessoas, das quais quatro mulheres (44,4
%). E todos estavam em condições de saúde para doar sangue.
O
serviço de imunohematologia
do Hospital Doutor José Maria Grande colaborou nesta iniciativa da
ADBSP.
A
mesa do almoço convívio foi posta nas instalações do Lar
local e contou com o apoio da Junta de Freguesia de
São
Salvador da Aramenha.
Em
agosto
Se
nos quiser encontrar em agosto
é só comparecer nestas datas: sábado 11,
nos bombeiros de Alter
do Chão;
dia 18,
na sede do Grupo Ciclo Alpalhoense.
Recordar
que as nossas brigadas são aos sábados de manhã.
https://www.facebook.com/AssociacaoDadoresBenevolosSanguePortalegre/
está sempre aberto para visitas. Boas aragens e que não faltem
dádivas neste verão!
JR
Empreiteiro impediu que helicóptero abastecesse para combater incêndios
O homem que impediu o abastecimento de água de um helicóptero de combate às chamas irá ser presente a tribunal para que lhe sejam aplicadas as medidas de coação.
A Polícia Judiciária deteve um homem que no ano passado impediu o abastecimento de água por parte de um helicóptero que combatia incêndios florestais.
A investigação revela que o acontecimento deu-se a 6 de agosto de 2017, pelas 09h20 na freguesia de Cerva, em Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real.
O suspeito terá primeiramente atirado uma pedra que atingiu o vidro do helicóptero, forçando o piloto a fazer uma manobra de estabilização, após o arremesso da pedra terá ainda aberto a torneira que levou a que o tanque ficasse vazio, obrigando o aparelho a procurar outro local de abastecimento mais longe do incêndio.
Fonte: bombeiros24.pt
Concurso - Recrutamento de pessoal médico
Na sequência dos Despachos Conjuntos n.ºs 7140-A/2018, de 26/07, 7140-B/2018, de 26/07, dos Ministros das Finanças e da Saúde, Despacho n.º 7140-C/2018, de 26/07, do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde e Despacho n.º 7140-D/2018, de 26/07, da Secretária de Estado da saúde, importa dar nota à comunicação social e conhecimento da abertura de novos procedimentos concursais de recrutamento de pessoal médico para todo o país, tendo o distrito de Portalegre, vagas abertas no âmbito da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE.
Com efeito, e no caso particular da ULSNA, EPE, uma unidade prestadora de cuidados de saúde situada em zona com um dos índices mais elevados de envelhecimento populacional do país a que se soma uma dispersão geográfica e uma rede viária deficitária, esta conjuntura exige, entre outros, cuidados de saúde quer no que concerne à Medicina Geral e Familiar assim como cuidados hospitalares pelo que a problemática dos recursos humanos, em especial médicos, não é exceção às dificuldades apontadas anteriormente.
A publicação daqueles diplomas, autorizadores da abertura de concursos de recrutamento para pessoal médico, corresponde ao processo de recuperação e normalização de recursos médicos que, passo a passo, tem vindo a ser encetado em conjunto com o Ministério da Saúde e organismos de tutela, após anos de carência sentida, na resposta às necessidades de saúde da população.
No caso da ULSNA, EPE, as 17 vagas agora publicadas, cinco na especialidade de Medicina Geral e Familiar para as Unidades Cuidados de Saúde Personalizados de Alter do Chão, Avis, Fronteira, Ponte Sor e Sousel, doze para as especialidades hospitalares, nomeadamente Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Gastrenterologia, Ginecologia/Obstetrícia, Medicina Interna (4), Ortopedia, Pediatria e Psiquiatria, potenciam o preenchimento de necessidades de profissionais em especialidades fundamentais e cruciais da carteira de serviços da ULSNA, EPE.
ULSNA
Declaração da Situação de Alerta 2018.08.02
Declaração da Situação de Alerta 2018.08.02
Declaração da Situação de Alerta*
Face às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um significativo agravamento do risco de incêndio florestal, o Governo, através do Ministro da Administração Interna assinou, esta quarta-feira, o Despacho que determina a Declaração da Situação de Alerta para o período compreendido entre os dias 2 e 6 de agosto, para a globalidade do território continental.
No âmbito da Declaração da Situação de Alerta, prevista na Lei de Bases de Proteção Civil, serão implementas as seguintes medidas de caráter excecional:
- - Elevação do grau de prontidão e resposta operacional por parte da GNR e da PSP, com reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos e de apoio geral às operações de proteção e socorro que possam vir a ser desencadeadas, considerando-se para o efeito autorizada a interrupção da licença de férias e/ou suspensão de folgas e períodos de descanso;
- - Aumento do grau de prontidão e mobilização de equipas de emergência médica, saúde pública e apoio psicossocial, pelas entidades competentes das áreas da saúde e da segurança social;
- - Mobilização em permanência das equipas de Sapadores Florestais;
- - Mobilização em permanência dos Corpo Nacional de Agentes Florestais e dos Vigilantes da Natureza que integram o dispositivo de prevenção e combate a incêndios;
- - Aumento do nível de prontidão das equipas de resposta das entidades com especial dever de cooperação nas áreas das comunicações (operadoras de redes fixas e móveis) e energia (transporte e distribuição);
- - Proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem;
- - Proibição total da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão, bem como a suspensão das autorizações que possam ter sido emitidas, enquanto vigorar a Situação de Alerta;
- - Dispensa do serviço público dos trabalhadores da Administração Pública que desempenhem cumulativamente as funções de bombeiro voluntário;
- - Dispensa dos trabalhadores do setor privado que desempenhem cumulativamente as funções de bombeiro voluntário, nos distritos para os quais tenha sido Declarado o Estado de Alerta Especial de Nível Vermelho pela ANPC;
- - Recurso aos meios disponíveis previstos no Plano Nacional e nos Planos Distritais de Emergência de Proteção Civil.
O Governo acompanha em permanência o evoluir da situação operacional e apela aos cidadãos para que adequem os seus comportamentos ao quadro meteorológico que tem sido amplamente divulgado.
* Nota à Comunicação Social emitida pelo MAI em 01 de agosto
Antigo Hospital Rovisco Pais vai abrir concurso para integrar 81 precários
O Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro (CMRRC) vai abrir o procedimento concursal para a integração de 81 trabalhadores precários, disseram hoje a administração e o sindicato.
“A luta foi decisiva para esta primeira fase” do processo, que passa pela integração no mapa de pessoal do CMRRC, afirmou em comunicado o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (STFPS) do Centro, que pugna pela “contagem de todo o tempo de serviço na carreira e outros direitos” daqueles trabalhadores.
Na quarta-feira, o STFPS do Centro recebeu a informação de que “o processo foi desbloqueado na segunda-feira” e que a administração do antigo Hospital Rovisco Pais, na Tocha, concelho de Cantanhede, “estava agora com todas as condições para abrir o procedimento concursal”.
A presidente do conselho de administração do Centro de Medicina e Reabilitação, Margarida Sizenando, confirmou esta informação à agência Lusa.
“Estamos a iniciar a abertura dos processos concursais e vamos fazer o possível para que o processo seja rápido, porque é uma necessidade”, adiantou Margarida Sizenando.
Segundo uma nota do sindicato, assinada pelo dirigente José Manuel Dias, “a todo o momento, os trabalhadores serão convocados para entregarem nos Recursos Humanos a documentação que lhes for exigida para o procedimento concursal”, ao abrigo do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), aprovada pela Assembleia da República.
“Após tantos anos a recibo verde, 81 trabalhadores precários vão ser integrados como trabalhadores efetivos do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro”, na Tocha, distrito de Coimbra, congratula-se a organização.
José Manuel Dias recorda que “diversas foram as lutas dirigidas pelo STFPS do Centro, nas quais se destaca a greve de 10 e 11 de Julho”, que incluiu uma concentração no primeiro dia.
Por sua vez, Margarida Sizenando disse à Lusa que os 81 profissionais com vínculo precário abrangidos neste processo representam 32% do total de trabalhadores do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro.
Os precários são maioritariamente assistentes operacionais e assistentes técnicos, a que se juntam “alguns técnicos superiores”, dos quais vários trabalham a recibo verde há quase 15 anos, de acordo com a presidente do conselho de administração.
Lusa
Macroscópio – Keep cool. Afinal o calor vai e vem. Ou não?
A pior memória é, provavelmente, a meteorológica, pelo que se não fossem os serviços oficiais e os institutos de investigação cada período ais extremos levar-nos-ia sempre a dizer qualquer coisa como “nunca esteve tanto calor”, ou “não me lembro de tanto frio” ou ainda “nunca choveu tanto”. Por regra não é assim, mas às vezes é: os dias quentes que estamos a viver já permitiram que fossem batidos alguns records de temperatura máxima, e ainda faltará o dia mais quente (amanhã, sábado). E tudo isto depois de um mês de Julho que foi o mais frio dos últimos 30 anos. Sem esquecer que, ao mesmo tempo, onde devia ter estado mais fresco – o norte da Europa – tem estado afinal bem mais quente. E também com grandes fogos... a norte do Círculo Polar Ártico. Que se passa?
A resposta mais directa seria: “é complicado”. E é complicado porque há vários factores que interagem na formação de uma vaga de calor ou na viagem de uma nuvem de poeiras do Saara. Isso mesmo procurou explicar Marta Leite Ferreira num especial do Observador publicado antes dos termómetros começarem a subir, Porque é que está tanto calor? E onde é que o termómetro vai chegar quase aos 50ºC?, um texto onde se admitia que “o tempo parece mesmo estar trocado”. Sendo que “A culpa é uma vez mais do anticiclone dos Açores: “O papel do anticiclone dos Açores é bloquear os ares frios, que normalmente nesta altura do ano não conseguem chegar à Península Ibérica porque esse centro de alta pressão atmosférica estende-se até por cima de Portugal e Espanha. Só que até agora o anticiclone dos Açores estava bastante mais a oeste do que é normal para esta altura do ano, por isso o ar frio chegava cá”. Essa situação alterou-se nos últimos dias, mas, “como diz Fátima Espírito Santo, a verdade é que esta vaga de calor não significa que o verão tipicamente português tenha vindo para ficar”. Mais “Ricardo Tavares diz que “este calor não é o verão a chegar” porque apesar de as temperaturas permanecerem altas (mesmo muito altas) até pelo menos domingo, espera-se que elas comecem a amenizar já no início da próxima semana.”
Já bastante afogueada por estes dias irrespiráveis, Marta Leite Ferreira voltou à conversa com os meteorologistas para saber se Está demasiado calor ou é só mesmo o verão? A resposta é que, apesar dos records, provavelmente nem sequer estaremos a viver aquilo a que tecnicamente se chama uma “onda de calor”: “Esses 5ºC a mais nas nossas temperaturas não significam que estejamos a atravessar uma onda de calor, um fenómeno a que o país está habituado a assistir. Como o Instituto Português do Mar e da Atmosfera segue as indicações da Organização Meteorológica Mundial, então os nossos meteorologistas e climatólogos partem do princípio de que esse fenómeno só se verifica quando a temperatura está 5ºC acima da média durante pelo menos seis dias consecutivos. Em alguns sítios, essa diferença térmica é superior a esta mas não está previsto que se mantenha durante mais do que quatro dias: o calor extremo começou na quarta-feira, mas só se deve arrastar até domingo. No entanto, as previsões podem errar e o aviso vermelho devido ao calor até já foi prolongado até domingo à tarde. Se estas temperaturas se mantiverem até terça-feira, então sim os climatólogos assumem que estamos numa onda de calor.”
Saltando do Observador para o site do IPMA lá encontramos uma página dedicada à explicação do que é uma Onda de calor, página essa que nos ajuda a refrescar a memória pois “Desde a década de 1940, período em que existe informação meteorológica diária num maior numero de estações, têm-se verificado ondas de calor de extensão espaço temporal variável; no entanto, é a partir da década de 90 que se regista a maior frequência deste fenómeno”. Isso mesmo podemos perceber consultando a Pordata, que tem gráficos relativos ao “número de dias com onda de calor”. O que reproduzo acima é o relativo a Lisboa e por ele podemos ver que o fenómeno não é de hoje – tal como podemos notar que estes dias de altíssimas temperaturas têm sido mais frequentes nos últimos anos.
Será que estamos a testemunhar uma tendência? Aparentemente sim, lemos no site da Universidade de Aveiro, onde se escreve que Investigação da UA prevê que ondas de calor vão aumentar cinco vezes em 100 anos. Em concreto conclui-se que nesse período de tempo “aumentam em cinco vezes o número de ondas de calor em toda a Península Ibérica e grande parte dos dias de verão serão dias de calor extremo”. O estudo foi publicado no Internacional Journal of Climatology e quem quiser ter acesso à sua fundamentação pode encontrá-lo e descarregá-lo (acesso pago) em Heat wave and cold spell changes in Iberia for a future climate scenario. E já que passámos para a escala da Península Ibérica podemos sempre consultar a longa lista de Olas de calor en España desde 1975, disponibilizada pela Agência Estatal de Meteorologia de Madrid.
Antes de regressar aos jornais deixem-me ainda referir que um dos aspectos que tem merecido a atenção dos estudiosos é a variação da mortalidade nestas alturas. Encontrei dois estudos portugueses que são taxativos: morre-se mais quando a temperatura atinge estes valores inabituais. Ei-los:
- Efeitos de uma onda de calor na mortalidade da população do distrito de Lisboaé um trabalho já antigo, publicado em Abril de 1988, e refere-se a uma onda de calor de 1981. A sua conclusão foi que “É altamente provável que esse aumento da mortalidade tenha sido causado, directa e indirectamente, por uma onda de calor que se registou entre 12 e 17 de Junho. Tomando como referência a semana com maior número de óbitos (456), pode estimar-se, de modo muito conservador, que o excesso de mortalidade atribuível à onda de calor atingiu, pelo menos, os 323 óbitos no distrito de Lisboa. Se o fenómeno tiver, eventualmente, tido repercussões semelhantes em todos os restantes distritos do continente o número de óbitos associados à onda de calor poderá ter atingido valores tão elevados como cerca de 2300.”
- Relatório da onda de calor de 23/06 a 14/07 de 2013 em Portugal continentalfoi publicado pela DGS logo em Outubro de 2013 e, mesmo considerando que “a interpretação destes resultados deve ser muito cautelosa”, considerada que essa onda de calor “teve um impacto apreciável na saúde da população. De facto, todos os indicadores estudados registaram acréscimos, com especial destaque para a mortalidade, em relação à qual foi estimado um excesso de óbitos superior a 30%.” A seguir explicava-se que são os mais idosos os mais atingidos, concluindo que, “Por grupo etário, apenas foi observado excesso de mortalidade significativo na população acima dos 75 anos de idade”.
Regressando à imprensa, e começando pelo americano Vox, nele explica-se The disturbing reason heat waves can kill people in cooler climates. Com este aspecto interessante: “Heat waves are often most pronounced in dense, urban areas. Asphalt, concrete, steel, and glass soak up the summer weather and create a heat island, which can make a city upward of 22°F warmer than its surroundings. And the climate itself is becoming more erratic, with parts of the world seeing major temperature swings over the course of a few days, making it harder for people to adjust.”
A seguir, quando lemos textos como o do Guardian Why is Europe going through a heatwave? (de onde reproduzimos o mapa acima), começa a ficar claro que a maioria dos cientistas estabelece algum tipo de relação entre estas ondas de calor e as alterações climáticas. É um tema que a Wired desenvolveu mais e com mais cuidado, logo com menos certezas, em Is this summer’s heatwave a sign of things to come? It’s complicated. Neste texto notava-se que “It’s impossible to point to one hot summer as evidence of climate change, says Edward Hanna, professor of climate science and meteorology at the University of Lincoln. “You just can’t link individual events to climate change,” he says. “There’s a lot of natural variability [in weather] and we’re talking about seasonal changes which are always variable to some degree.” Mas mesmo fazendo estes alertas, pode-se começar a ter algumas ideias mais firmes: “In the UK there is only one near-certainty. Summers are likely to be hotter and heatwaves – when they do happen – will be more scorching. “It’s clear that there is a long term trend on that,” Shepherd says. “Because of climate change we will get more hot summers in general, and this is a good example of what’s going to come so it’s a good opportunity to think of our resilience and if we’re ready for such a thing.”
Ou seja, há mais gente a chegar às conclusões da equipa da Universidade de Aveiro que já citámos, existindo mesmo quem já tenha trabalhado os dados da actual onda de calor no norte da Europa, concluindo que Climate change made 2018 European heatwave up to ‘five times’ more likely, como se escreve no site Carbon Brief: “A rapid assessment by scientists of the ongoing heatwave across northern Europe this summer has found that human-caused climate change made it as much as five times more likely to have occurred. The preliminary analysis, by a team of scientists at the World Weather Attribution network, uses data from seven weather stations in Ireland, the Netherlands, Denmark, Sweden, Norway and Finland. (,,,) The findings suggest that rising global temperatures have increased the likelihood of such hot temperatures by five times in Denmark, three times in the Netherlands and two times in Ireland.”
Por isso, e para alargar ainda mais os horizontes, salto para o El Pais e para um extenso e detalhado relato do que se tem passado nos países a que o calor chegou mais cedo do que a Portugal. Em La sorprendente ola de calor en los países donde hace frío viaja-se mesmo até à Sibéria, uma região estudada pelo meteorólogo americano Nicholas Humphrey: “Este experto de eventos extremos y cambio climático publicó el pasado 2 de julio en su blog un post en el que explicaba con asombro lo que estaba pasando en Siberia. “Es absolutamente increíble, uno de los eventos de calor más intensos que haya visto nunca en una latitud tan septentrional”, comentó. Humphrey afirma que el descenso del volumen de hielo por la ola de calor siberiana afectó sobre todo la costa ártica rusa. Un rápido calentamiento del mar puede acelerar la emisión de gases como el CO2 y el metano desde el permafrost, considera este experto.” A perspectiva é inquietante, mas como muitos dos eventos dos últimos meses “estén vinculados con anomalías en la circulación atmosférica (el movimiento de aire a gran escala)” temos de ser prudentes e “realizar más estudios para vincular un solo evento con el cambio climático. Uno de los puntos claves es observar si anomalías como las de este verano tienen continuidad en el tiempo, asegura. Pero las señales del calentamiento global son cada vez más evidentes, opina el meteorólogo. "No se puede decir que nunca haya hecho calor en Alaska o en Siberia en verano, pero que ahora y de forma tan frecuente ocurran estas anomalías cálidas es sintomático de que efectivamente el planeta se está calentando y sobre todo en estas zonas más hacia el norte del mundo", afirma.”
Antes de passar ao inevitável tema das alterações climáticas (onde há boas matérias para ler esta semana), deixem-me deixar-vos uma pequena pérola, um globo interactivo, em permanente actualização e que o criador baptizou simplesmente Earth, que descobri neste texto do Science Post, Cette animation nous le montre : la vague de chaleur est globale. Aqui fica o essencial da explicação do funcionamento deste modelo: “L’animation, conçue par le programmeur informatique Cameron Beccario, directeur de l’ingénierie d’Indeed Tokyo au Japon, est mise à jour toutes les 3 heures avec les données météorologiques tirées du système de prévision global des centres nationaux de prévision environnementale. Le système utilise des superordinateurs pour créer des modèles météorologiques à partir de diverses mesures, comme la température, l’humidité du sol, le vent, les courants océaniques et les précipitations.” Como se pode ver na imagem é possível escolher o ponto do globo de que queremos conhecer a temperatura, sendo aquela que mostro a da região de Lisboa hoje de manhã.
Já quanto ao tema das alterações climáticas foi o escolhido para a capa desta semana da The Economist, assim como para o seu principal editorial, The world is losing the war against climate change. Como sempre é um texto denso que descreve várias dificuldades a ultrapassar, sendo que uma dela é poucas vezes referida: “the technical challenge of stripping carbon out of industries beyond power generation. Steel, cement, farming, transport and other forms of economic activity account for over half of global carbon emissions. They are technically harder to clean up than power generation and are protected by vested industrial interests. Successes can turn out to be illusory.” De facto são problemas que não se resolvem apenas com células fotovoltaicas ou ventoinhas nas cumeadas, mas que mesmo assim há esperança que os desafios tecnológicos sejam ultrapassados: “Technologists beaver away on sturdier grids, zero-carbon steel, even carbon-negative cement, whose production absorbs more CO{-2} than it releases. All these efforts and more—including research into “solar geoengineering” to reflect sunlight back into space—should be redoubled.”
Mas enquanto não chegamos há consequências destes dias quentes que temos de enfrentar, e os fogos florestais são por certo uma das mais prementes. O Telegraph faz um belo trabalho de reportagem em Europe in flames: How can we fight wildfires sweeping the continent - and is it too late to end the cycle?, um texto escrito por Joe Shute eBruno Manteigas e que inclui relatos tanto do que se passou agora da Grécia como do que se passou o ano passado em Pedrógão Grande. É também deste trabalho o mapa acima, onde se sinalizam as mais graves ocorrências deste ano de 2018.
O incêndio de Pedrógão Grande é também uma referência de um texto da The Economist, Software can model how a wildfire will spread, um texto bem interessante porque nos conta como se pode melhorar muito a forma de combater um incêndio, mas um texto que também nos alerta para os limites actuais da ciência referindo precisamente o que se passou em Portugal o ano passado: “The most extreme 1% or so of wildfires, however, are likely to remain unmodellable for some time. These include the “explosive” wildfires that ravaged central Portugal last year. (...) Flames that rose roughly 100 metres into the sky during these fires generated a gale and searing “pyrocumulus” clouds, a process too complex for today’s best software to model, according to Marc Castellnou, a member of the technical commission that studied the disaster. Francisco Castro Rego, an expert on fire forecasting at the University of Lisbon, reckons that at least two more years of development will be needed to model such fires.”
Aqui chegado não sei se perderam o fôlego com o calor ou com a ambição e extensão deste Macroscópio. Mas como estou certo que este tema só pode suscitar a vossa curiosidade e interesse, e estamos também a entrar no fim-de-semana, alonguei-me um pouco mais. Sirva-se então esta newsletter acompanhada de uma bebida fresca e que ela possa ajudar-vos a relaxarem. Até para a semana.
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Sindicato da Construção de Portugal alerta para a realidade da construção civil em Portugal.
A crise na construção civil continua mas o paradigma mudou. Há cinquenta anos era o trabalho infantil com crianças a trabalhar sem segurança. Agora são os reformados que regressam, precários e também sem segurança.
A denúncia partiu, esta sexta-feira, do Sindicato da Construção de Portugal que mostrou imagens para provar os casos graves que existem no setor. O sindicato aponta para o setor da reabilitação onde afirma existirem "cerca de 45 por cento de precários".
Lutando contra a falta de mão-de-obra, em vez de empresários habilitados, há cada vez mais angariadores e patrões que apenas visam o lucro, acusa o Sindicato. São empresas não qualificadas que não cumprem as regras nem de segurança nem de contratação, fugindo ao fisco e à segurança social.
O Sindicato tem propostas para apresentar no sentido de ajudar a resolver os problemas do setor. Uma delas passa por trazer as autarquias para a solução, fazendo com que as obras apenas sejam licenciadas depois de prevenidas regras de segurança e de condições de trabalho.
Fonte: TSF
Acidente Colisão faz dois mortos e dois feridos em Vila Nova de Milfontes
Duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas numa colisão entre um camião e um automóvel ocorrida esta sexta-feira na zona de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, Beja.
Fonte da GNR disse à agência Lusa que um homem de 48 anos e uma mulher de 45, ambos de nacionalidade belga, foram transportados para o Serviço de Urgência Básica (SUB) do Centro de Saúde de Odemira, onde foram declarados os óbitos.
Os dois feridos, considerados ligeiros, foram transportados para o Hospital do Litoral Alentejano (HLA) em Santiago do Cacém, referiu a fonte.
Segundo a GNR, a colisão entre o veículo pesado de mercadorias e o ligeiro de passageiros ocorreu na Estrada Nacional (EN) 393, ao quilómetro 14,9, no cruzamento para o Cabo Sardão.
O alerta foi dado às 15.29 horas, de acordo com fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, tendo sido mobilizados para as operações de socorro 21 operacionais, apoiados por nove veículos, das corporações de bombeiros de Odemira, Vila Nova de Milfontes, Sines e Santiago do Cacém.
Fonte do CDOS de Beja tinha informado, anteriormente, que o acidente provocara quatro feridos, dois deles graves.
Fonte: JN
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