Jornalista da RTP impedido de entrar em conferência de imprensa de Patrice Trovoada
Quem quis silenciar o Página Global?
Não é só em África que existem democratas de faz-de-conta. Damos por isso mais facilmente quando tiram as máscaras de democratas. Alguns fazem-no tão frequentemente que ficamos a saber num ápice que são uns ditadores com fígados de crápulas, de assassinos, etc.
Não tão grave como esses ditadores supra referidos, São Tomé e Príncipe parece que está a descobrir agora que Patrice Trovoada, atual PM, anda distraído e a deixar cair a máscara de vez em quando. Tem sido a fraude eleitoral das eleições presidenciais em que primeiro é anunciado que o seu candidato vence mas depois, afinal, já não vence porque lhe falta “um bocadinho, assim”. Posteriormente as acusações de irregularidades eleitorais caem na justiça. A justiça faz ouvidos de mercador – opina-se que Patrice oblige. A Comissão Eleitoral Nacional é posta em causa. Não se demite, mantém-se. Vai daí é marcada a segunda volta das eleições presidenciais com alguma pressa. O segundo candidato mais votado diz que não disputa a segunda volta por não estar para caucionar eleições fraudulentas. O candidato de Patrice Trovoada vai correr contra… nada nem ninguém na segunda volta eleitoral. Vence as eleições. Claro!
Bem, o melhor é acompanharem os acontecimentos desta “novela eleitoral” que revela um golpe político-justicialista como não há memória naquele país. Aqui no PG vá a São Tomé e Príncipe na barra lateral e clique.
Infelizmente para os santomenses lá deram uma vez mais pela máscara de Patrice cair. Quem deu melhor por isso foi Abel Veiga, jornalista em São Tomé, mas também jornalista da RTP África. O PM que é democrata de “faz-de-conta” proibiu-o de entrar nas instalações do governo para fazer a cobertura e participar profissionalmente numa conferência de imprensa em que Patrice era (foi) o anfitrião e alvo. Abel Veiga não queria acreditar mas depois talvez tenha percebido que o tal “democrata de faz-de-conta” que é PM não gosta que lhe façam perguntas complicadas, como por exemplo aquelas sobre a fraude eleitoral e o golpe político-justicialista em que Patrice talvez tenha encontrado inspiração lendo e vendo os professores golpistas do Brasil. Aqueles que são corruptos e acusam outros de corruptos, sabendo que têm no bolso os da justiça do seu lado. E agora governam-se no país mas dizem que o governam. Tem brasileiro que é mesmo trouxa. Né?
Em São Tomé e Príncipe o panorama não é esse (ainda?) mas alguma coisa vai ficando dos ensinamentos da máfia brasileira nos poderes usurpados à República.
Na lauda do Téla Nón, jornal online santomense, encontram a “odisseia” contada e que é decisão antidemocrática do PM Patrice Trovoada. Aliás é uma grosseira violação à liberdade de informação. Pronto, o PM não gosta do jornalista Abel Veiga porque considera que ele não é a voz do dono (dono Patrice) e faz perguntas incómodas, enquanto que outros jornalistas se calhar fazem as perguntas do catálogo XPTO por receio de ainda perderem o emprego ou serem atirados para a prateleira.
Da lavra do Página Global estamos a experenciar umas certas situações inéditas que consideramos que neste momento têm que ver com a nossa verve sobre a fraude eleitoral em São Tomé e Príncipe oque denunciamos e opinamos. O que foi? Pois, fomos alertados pela Google de que estavam a querer tramar-nos no PG.
Deduzimos que quiseram silenciar o Página Global. Recebemos vários alertas da Google e tivemos de mexer-nos para nos protegermos de certos e incertos “piratas informáticos” que até conseguiram a palavra passe de acesso ao Página Global. Mais que uma vez. E mais do que de um local onde estavam situados os tais “piratas informáticos”. Guardámos esses alertas do Google. Estamos em contacto. Estamos alerta. É que a “coisa” promete. Luanda, foi de onde também operaram. Dá jeito, Luanda é próximo, ali no Golfo da Guiné… Claro que Luanda não é em São Tomé. Pois. Acontece que há quem saiba mais que isso e também que um mais um são dois. A “coisa” promete. E como não nos calamos... Nem que a vaca tussa.
Mário Motta / PG
Eis um dos exemplares Google. E depois sigam para o Téla Nón e para o narrar da atitude de Patrice Trovoada.
Jornalista da RTP África proibido de entrar no Palácio do Governo
Pela primeira vez nos últimos 41 anos de Independência Nacional, o jornal Téla Nón, teve acesso ao relato de uma história tão rocambolesca de bloqueio a liberdade de imprensa e do jornalista numa instituição pública e pertença do Estado são-tomense. Trata-se do Palácio do Governo onde funciona os Gabinetes do Primeiro Ministro e do Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, este último que por sinal tutela o sector da comunicação social.
Pelo que o Téla Nón apurou tudo aconteceu no dia 28 de Julho último. Relatos recolhidos pelo jornal Téla Nòn indicam que no dia 27 de Julho passado, a Delegação da RTP – África em São Tomé e Príncipe foi convidada pelo Gabinete de Imprensa do Primeiro-ministro Patrice Trovoada para dar cobertura a conferência de imprensa que o Primeiro-ministro e Chefe do Governo iria dar a comunicação social, a luz da polémica a volta das eleições presidenciais de 17 de Julho.
Abel Veiga, jornalista da Delegação da RTP- África em São Tomé e Príncipe, foi destacado pela estação televisiva para acompanhar a polémica eleitoral. O Téla Nón, sabe que o jornalista esteve no dia 25 de Julho no Palácio da Justiça onde o Presidente do Tribunal Constitucional José Bandeira, anunciou os resultados definitivos das eleições presidenciais de 17 de Julho, e interpelou o Juiz Presidente sobre a polémica eleitoral.
No dia 26 de Julho, o mesmo jornalista foi enviado pela RTP – África para participar na conferência de imprensa dada pelo Presidente da Comissão Eleitoral Nacional, Alberto Pereira, em que vários aspectos da polémica eleitoral foram abordados, como resultado das questões colocadas pelo jornalista da RTP-África.
Dia 28 de Julho, estava assim marcada a conferência de imprensa em que Patrice Trovoada, enquanto Primeiro-ministro, iria falar sobre a polémica eleitoral e o momento político nacional.
15 minutos antes da conferência de imprensa marcada para as 11 horas de 28 de Julho, a equipa de reportagem da RTP se dirigiu ao Palácio do Governo. O jornalista Abel Veiga, de caminho para o local, orientou o seu colega de trabalho, operador de imagens, a seguir para o mesmo local. O operador de câmara chegou em primeiro lugar ao Palácio de Patrice Trovoada.
O Jornalista que vinha na sua viatura, chegou logo depois. Estacionou o carro ao lado da carrinha da RTP, e se dirigiu ao Palácio. Na porta de entrada do edifício público, encontrou um segurança. O Jornalista informou ao segurança que ia entrar para dar cobertura à conferência de imprensa.
O segurança responde: É o Abel Veiga? Sim disse o Jornalista.
O segurança: Olha acabei de receber uma ordem de que Abel Veiga não pode entrar nesta conferência de imprensa.
Abel Veiga : Não estou cá como Abel Veiga. Vim em nome da RTP-África, o operador de imagem acabou de entrar e vou ter com ele para trabalhar.
O Segurança: Sim. Mas acabei mesmo agora de receber esta ordem de que Abel Veiga não pode entrar.
Antes que algo pior o acontecesse, o jornalista telefonou para a redacção da delegação da RTP – África em São Tomé e Príncipe, procurando entender o que estava a passar.
Recebeu indicações da RTP para regressar a delegação. Quando chegou a redacção, foi informado de que alguns minutos antes, do seu telefonema para pedir esclarecimentos aos seus superiores sobre o bloqueio a sua entrada no Palácio do Governo, a delegação da RTP-África recebeu um outro telefonema de Albertino Fernandes, assessor de Imprensa do Primeiro Ministro Patrice Trovoada.
O assessor Albertino Fernandes informou a estação televisiva de que o jornalista Abel Veiga, não pode comparecer na conferência de imprensa do líder Patrice Trovoada.
Pelo que o Téla Nòn apurou, o Jornalista tinha questões interessantes a colocar ao Primeiro-ministro caso não fosse proibida a sua entrada no edifício público e naquela conferência de imprensa.
O Téla Nòn, deu conta que se o Gabinete de Patrice Trovoada, aceitasse a entrada do jornalista Abel Veiga no Palácio para em conferência de imprensa questionar Patrice Trovoada sobre vários aspectos relacionados com a polémica eleitoral de 17 de julho, teria sido também algo histórico.
Porque desde que é Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, nunca antes Abel Veiga e outros jornalistas são-tomenses bem identificados, tiveram acesso a um face a face de perguntas e respostas com o Primeiro-ministro.
Tradicionalmente são jornalistas bem seleccionados da Rádio Nacional e da TVS, que interpelam Patrice Trovoada quando este convoca uma conferência de imprensa.