As ações de formação promovidas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional até novembro de 2016 abrangeram perto de 170 mil pessoas, cerca de metade em relação a 2015.
As ações de formação promovidas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) até novembro de 2016 abrangeram perto de 170 mil pessoas, cerca de metade em relação a 2015.
De acordo com um relatório sobre Emprego e Formação Profissional relativo ao segundo semestre de 2016 elaborado pelo Centro de Relações Laborais (CRL), ao qual a agência Lusa teve acesso e que será divulgado, esta segunda-feira, e apresentado no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social , “as ações abrangeram 169,3 mil pessoas, cerca de quase metade dos abrangidos em 2015”.
As ações de Qualificação de adultos foram as que registaram a maior queda, refere o relatório, sinalizando, no entanto, que o número de pessoas abrangidas decresceu relativamente a todas as medidas de formação profissional.
No que se refere à Qualificação de Jovens, a medida “Aprendizagem” enquadrava 96% do total de abrangidos. Relativamente à Qualificação de Adultos, a medida “Vida Ativa” representava 43,5% do total dos abrangidos.
Em novembro de 2016, 98% dos abrangidos pelas ações de Qualificação de Jovens e 82,4% dos abrangidos pela Qualificação de Adultos eram desempregados.
Já as medidas de apoio ao emprego promovidas pelo IEFP abrangiam 110,3 mil pessoas, das quais 44,5% frequentavam estágios ao abrigo da medida “Inserção profissional”, 41,4% tinham “contratos de emprego-inserção” e 12,7% tinham beneficiado de apoios à contratação.
No último ano, o número de pessoas que concluíram medidas de apoio ao emprego diminuiu consideravelmente, relativamente a todas as medidas”, refere o CRL.
Analisando a situação dos abrangidos por medidas de apoio ao emprego à saída da formação na medida “Inserção profissional”, em novembro de 2016, 60,5% dos indivíduos tinham encontrado emprego através do IEFP.
No que respeita aos indivíduos que tinham concluído “Contratos de Emprego-Inserção” apenas 19,6% tinham encontrado emprego através do instituto.
O CRL divulga ainda dados de 2015 relativos à formação contínua nas empresas, segundo os quais 45,3 mil empresas promoveram ações de formação para os seus trabalhadores, o que significou um decréscimo de cerca de 250 empresas relativamente a 2014.
Estas ações de formação abrangeram cerca de 881 mil trabalhadores, que correspondiam a 32,8% dos trabalhadores ao serviço nas empresas. A percentagem de trabalhadores abrangidos por estas ações aumentava à medida que o escalão de dimensão era maior.
As ações de formação contínua promovidas pelas empresas tiveram em média, em 2015, 28,7 horas e o seu custo médio foi de 393,3 euros.
O CRL – criado pelo Decreto-Lei n.º 189/2012, 22 de agosto – é um órgão colegial tripartido, com funções técnicas, dotado de autonomia administrativa e personalidade jurídica, que funciona na dependência do Ministério Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
De entre os domínios que, legalmente, lhe ficaram cometidos compete ao CRL elaborar e divulgar, semestralmente, um relatório de informação socioeconómica sobre o mercado de emprego.
Fonte: Observador