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domingo, 18 de setembro de 2016
Colheita de Sangue Dia 21 de Setembro das 15 horas e as 19 horas no Posto Fixo da ADASCA em Aveiro
A cruz e a laicidade do Estado
Em recente entrevista do Dr.
Vera Jardim ao Diário de Noticias ,foi referida a possibilidade de
eliminar das escolas publicas ,o mais simples de todos os símbolos da
religião cristã : a cruz .
Parece desconhecer-se que esse símbolo representa também
uma sociedade e mesmo uma civilização que floresce há cerca de
dois milénios. Aceita-se no entanto que um sistema politico que
estabelece a laicidade do Estado ,queira eliminar todos os vestígios de qualquer subordinação ou simplesmente discreta benevolência com
algum credo, mesmo quando ele é seguido e venerado por uma
expressiva parte da população de Portugal .
Nesta perspectiva, a
pequena cruz pendurada na parede de uma sala de aula ,não tem
sentido até porque poderá ofender a sensibilidade de um agnóstico
ou a crença de um muçulmano .Mas este afã de respeitar
intransigentemente o carácter laico do Estado ,deverá ser
complementado por medidas mais enérgicas que levem a eliminar todos
os sinais directamente relacionados com a religião cristã.
Assim,
como medida de aplicação imediata, o Chefe do Estado Maior da
Armada ( CEMA) deverá ordenar a retirada da cruz de Cristo das
opulentas velas do navio escola Sagres que tão brilhantemente tem
representado Portugal em muitos mares por onde tem navegado. De igual
forma e pelas mesmas razões, o Chefe do Estado Maior da FAP deverá
mandar retirar com uns bons litros de aguarrás ,
a cruz de Cristo pintada nas asas de todos os aviões da nossa força aérea.
Mas estas medidas não chegarão para atestar sem sombra de
duvida , o absoluto carácter de um Portugal laico . Haverá que ir
mais longe. Terá sentido que um cidadão agnóstico procure o alivio
dos seus males num hospital com um nome de tão profunda reminiscência cristã como, S. José S. João, Sta Maria, S. Bernardo,
S. Francisco, Sto. André, Sto António e tantos outros espalhados por
cidades portuguesas? Será portanto necessário
proceder á substituição do nome de dezenas de hospitais, por
respeito aos melhores princípios da laicidade do Estado .
Estas medidas não se esgotam
porém com as acções que se apontam. Há que ir mais longe
alterando radicalmente o nome de dezenas de freguesias identificadas
com um nome inscrito nos registos dos canonizados da Igreja: Sta.
Luzia, Sta. Isabel, Sto António, Sto Estêvão, S. Mateus etc. Haverá que fazer uma profunda
alteração da toponímia de muitas aldeias, vilas e cidades
portuguesas, eliminando todos os sinais, símbolos e invocações das
nossas razies cristãs .
Será talvez oportuno inscrever no OGE para
2017, uma avantajada verba para realizar a revolução toponímica que
venha a garantir assim a laicidade do Estado.Na óptica estreita dos
governantes da nação ,isto será talvez mais importante do que
promover o desenvolvimento económico do país e preservar as suas
raizes culturais .
Setembro 2016
José Maria Sardinha
Hora de Fecho: Uma entrevista desenhada a Herman José
O novo programa de Herman estreia-se na RTP1 dia 21 às 22h45. "Cá por Casa" é um talk-show com cultura, entrevistas e Maria Rueff, tal como as respostas desenhadas que o humorista deu ao Observador.
Explosão "intencional" no bairro de Chelsea em Nova Iorque provocou 29 feridos. Governador fala em "ato de terrorismo" mas sem ligações a grupos internacionais.
Notícia que dava conta de que o presidente do grupo Lena tinha confessado subornos a Sócrates estava errada. Correio da Manhã admite "lapso" e atribui declarações a procurador Rosário Teixeira.
Menos horas de trabalho podem traduzir-se em produtividade, saúde e menos poluição. Deve o dia no escritório acabar mais cedo e a semana ser mais curta? Ou é esta uma conversa de loucos e sonhadores?
Opressão, pobreza e exclusão social. Há deficientes alvo de crimes de ódio, como abuso sexual e escravização. Qual é a situação das pessoas com deficiência em Portugal?
Os Estados Unidos admitiram erro no bombardeamento que matou 62 militares sírios e vão investigar. Obama já pediu desculpa. Mas as relações com a Rússia estão cada vez mais tensas.
Um homem atacou à faca oito pessoas num centro comercial no Minnesota, nos EUA. O suspeito, abatido pela polícia, referiu Alá nos ataques. O Estado Islâmico diz que era um combatente seu.
Portugal já superou o número de medalhas ganhas nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012. Manuel Mendes foi terceiro na maratona.
Quantas vezes não sorriu para alguém com uma imensa vontade de a mandar ir dar uma volta? "Never Stay Dead" é uma página de Facebook que o ajuda a fazê-lo. Sempre com muita delicadeza.
Ex-líder madeirense deixou a política ativa e estreou-se como ator. No filme "Feiticeiro da Calheta", sobre o autor do Bailinho da Madeira, Jardim interpreta um "pastor visionário" cheio de sonhos.
Os prémios que distinguem o melhor que a televisão americana fez no último ano são entregues esta madrugada. E era isto que realmente queríamos que acontecesse.
Opinião
Helena Matos
Quando a sala socialista rompeu num aplauso” após Mariana Mortágua ter defendido o seu modelo leninista de confisco, estamos perante um facto que nos vai marcar no futuro: o PS deixou de ser confiável
João Marques de Almeida
Na verdade, Centeno conseguiu um feito. Pode correr tudo mal, mas só haverá um critério para avaliar o sucesso da governação. A capacidade para evitar um segundo resgate.
André Azevedo Alves
No ponto a que a "geringonça" conduziu o país, importaria agora reconhecer também que a estratégia fracassou e que urge inverter o rumo para tentar evitar a quarta bancarrota.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Não era médica, nem enfermeira, nem assistente social, mas mãe: a ‘madre’ Teresa de Calcutá. As suas casas não pretendem ser hospitais, nem centros sociais mas, para quem a não tem, casa de família.
Luis Carvalho Rodrigues
O prestígio dos médicos, que antes mantinha a plebe em respeito e de chapéu na mão, como no século XIX, não resistiu à democratização furiosa das redes sociais.
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Restos mortais de Mascarenhas Monteiro são dados hoje à terra no cemitério de Assomada
Familiares, amigos, entidades oficiais, personalidades e anónimos juntaram-se num adeus sentido a António Mascarenhas Monteiro que vai hoje a enterrar no cemitério de Assomada.
Várias foram as personalidades e entidades oficiais que pelo Palácio do Plateau passaram para apresentar as condolências à família nesse momento de dor.
Um último adeus a um Estadista digno de ter desempenhado o cargo de mais alto magistrado da Nação, um amigo estimado e um familiar que deixa saudades inconsoláveis.
O corpo estará em câmara ardente até por volta das 15 horas de hoje altura em que se procederá à transladação para a cidade de Assomada onde os restos mortais serão dados à terra no cemitério de Nhagar.
O ponto alto das cerimónias fúnebres decorre hoje com transmissão direta na Rádio de Cabo Verde a partir das 13 horas na sala Beijing, na Presidência da República.
RTC / MCSA - RCV
Desequilíbrio de poderes com as autárquicas: A força do MpD e a fraqueza política do PAICV
Os resultados das eleições autárquicas em Cabo Verde reafirmaram o MpD como a maior força política do país, reforçando-o como a estrutura partidária dominante nas autarquias. Esses mesmos resultados vêm também mostrar o colapso do PAICV tanto a nível municipal como nacional. Esta é a análise do cientista político Daniel Henrique Costa, que é também professor e responsável do Laboratório de Pesquisa em Ciências Sociais (LPCS) da Universidade de Cabo Verde. Mas o mesmo acredita que o fortalecimento da liderança autárquica do MpD com o ganho de mais 18 câmaras pode ter muito a ver com o “efeito contágio” das legislativas. Outro analista, Corsino Tolentino, defende que o MpD explorou “indevidamente” a dinâmica das legislativas de 20 de Março, “tentou matar simbolicamente a autonomia do poder local e quase regressou ao partido único” e o PAICV quase que desapareceu. Entretanto, ambos acreditam que as responsabilidades na governação do país e nas câmaras serão maiores, porque além da maioria destas partilharem a mesma cor partidária bastas vezes se prometeu mais recursos e boa governação na linha do “Djuntu Nos ê Mas Forti”
Carina David - A Semana
18 câmaras e respectivas assembleias municipais foram ganhas pelo MpD, duas pelo PAICV, uma pelo Basta (Boa Vista) e outra pelo Grupo Independente Ribeira Brava (São Nicolau). A abstenção acima dos 41%, o desequilíbrio nos resultados entre o MpD e o PAICV, mais o desempenho dos grupos de cidadãos foram as novidades destas eleições. Segundo Daniel Henrique Costa, esses resultados implicam responsabilidades tanto na gestão do poder central como do poder local. Como de resto prometeu Ulisses Correia e Silva durante a campanha eleitoral em que deu a cara pelos candidatos do MpD.
“A magnitude dessa vitória impõe grandes responsabilidades a esse partido e seus eleitos, em termos políticos e administrativos, na gestão da governação local nos próximos anos. As expectativas já são grandes no seio das populações locais, mas as exigências e as cobranças por resultados tenderão a aumentar, muito em função das promessas do próprio MpD. Quanto ao PAICV, a derrota é estrondosa, deixando esse partido numa situação extremamente frágil na arena política municipal. Mais: com efeitos negativos em termos da sua pujança política nacional. Para um partido que governou o país, durante quinze anos, com três maiorias absolutas, estes resultados traduzem um fracasso nas suas políticas para os municípios, particularmente quando perde todos os cinco municípios que criou em 2005. Esta situação exigirá um trabalho político penoso no sentido de recuperar o espaço perdido.”
Por sua vez Corsino Tolentino defende que para ambos os partidos a situação é de desconforto, na medida em que o MpD quase regressou ao partido único e o PAICV quase que desaparece. “Para um e para o outro, a situação é de desconforto. Entretanto, o presidente do MpD deu o dito por não dito, e, afinal, vai relacionar-se com as câmaras municipais nos termos da constituição e da lei, a presidente do PAICV pôs o lugar à disposição e o futuro do partido em debate. Tudo recomeça.”
Faca de dois gumes
Para esses analistas, este resultado eleitoral pode afigurar-se como uma faca de dois gumes pois pode gerar consequências que poderão afectar a governação do país e por conseguinte a do poder local, isto tendo em conta a forma como o Executivo vai relacionar-se com as diferentes câmaras e vice-versa. “Não acredito que haja muitas alternativas. Governa-se eficaz ou democraticamente ou a golpes de arrogância. O MpD explorou indevidamente a dinâmica das legislativas de 20 de Março, tentou matar simbolicamente a autonomia do poder local e quase instalou o partido único de facto, através de uma maioria, um governo, as autarquias e provavelmente um presidente da República. Santa Cruz, Mosteiros, Boa Vista e Ribeira Brava resistem. Há ainda São Filipe, no Fogo, e São Vicente, que vão ter de aprender a dialogar, a negociar”, explana Corsino Tolentino para quem “a facilidade de governar sem democracia não compensa”.
Já Daniel Costa entende que é um resultado que poderá gerar muitas consequências, previsíveis e imprevisíveis, que podem ser favoráveis ou desfavoráveis para o MpD. É que um bom governo local dependerá do desempenho de cada um dos autarcas, em função das capacidades humanas e técnicas existentes em cada município e dos recursos financeiros e materiais que estiverem à disposição. Entretanto, a boa ou má relação com o governo central dependerá da forma como o governo central avaliar cada governo local e da reputação que cada autarca construir junto dos munícipes e das autoridades centrais, defende.
“Como eu já tinha dito antes o facto de o MpD ter ganho a esmagadora maioria das câmaras impõe muita responsabilidade ao MpD, a nível local e a nível nacional. A forma como o MpD vai governar dependerá do desempenho de cada um dos níveis e das relações que se estabelecerão entre os dois níveis. A imagem de um bom governo do MpD vai depender muito, também, do desempenho dos seus autarcas. Sabemos que boa parte da história política recente do municipalismo cabo-verdiano ficou marcada por relações de crispações políticas entre o governo central e os municípios. Algumas vezes, inclusive, em casos em que os poderes locais e centrais são comandados por elementos do mesmo partido político. Ulisses Correia e Silva esteve a patrocinar os candidatos do MpD durante as campanhas autárquicas, prometendo que trabalhem junto e prometendo disponibilizar mais recursos.”
Impacto no futuro do MpD
Detendo-se sobre como estes resultados vão influenciar no futuro da liderança dos dois partidos, Corsino Tolentino afirma que “o MpD tem direito ao seu momento de graça, precisa de tempo para conhecer Cabo Verde, para começar a tirar proveito das coisas boas da terra e resolver os problemas”. Mas “governar este país é sobretudo viabilizá-lo, o que nunca foi fácil”, avisa.
Por sua vez Costa acredita que além do aumento do seu peso político nacional, a figura de Ulisses Correia e Silva sai reforçada. “Para o MpD, estes resultados constituirão um reforço para o ânimo nas suas estruturas internas e nas suas bases sociais de apoio, reafirmando-se como partido dominante na arena municipal em Cabo Verde, traduzindo-se no aumento do seu peso político nacional. Mas, particularmente para Ulisses Correia e Silva, significa um ganho adicional de autoridade política (um combustível) necessário para ele reforçar a afirmação da sua liderança interna no MpD e na governação do país. Ulisses Correia e Silva vê a sua reputação reforçada no seio do partido e, por isso, é muito provável que não venha a ter concorrentes na próxima convenção do MpD, por isso, facilmente renovará o seu mandato.”
Repensar o PAICV
O PAICV continuou nestas eleições a tendência decrescente que iniciou nas legislativas. O partido teve o seu pior resultado de sempre ao baixar de oito para duas câmaras, deixando o MpD arrebatar-lhe de uma só vez seis câmaras. Este desaire soma-se ainda a um partido dividido desde o processo de escolha dos candidatos à Presidencial de 2011 e que se agudizou com a recente eleição de Janira Hopffer Almada.
Para muitos, o estado deste PAICV mostra a descaracterização da sua génese e ideários enquanto estrutura partidária. Corsino Tolentino vai mais longe, ao defender que o PAICV actual não é um partido político. “O PAICV actual não é um partido político, porque este implica, além da liderança, um conjunto de valores, objectivos e estratégias que visem influenciar o destino de um povo indefinidamente. Há que reunir os membros da organização para eles descobrirem o que os une e qual será a sua missão. Talvez, nessa altura, voltemos a falar de partido político”.
O analista advoga que o PAICV tem agora uma grande oportunidade de “limpar o caminho” para fazer a travessia no deserto. “Ou Vai ou Racha. Eu acredito que os militantes vão conseguir limpar o caminho do futuro. Saberemos daqui a seis meses”.
Conforme o académico Daniel Costa, tudo isso é o resultado das falhas da governação do último mandato do PAICV mas também da cisão do partido desde 2011 que se agravou na eleição interna do partido. “Acredito que a tendência eleitoral decrescente do PAICV começa a surgir em decorrência de um conjunto de factos políticos e governativos durante o seu último mandato na governação do país. Primeiro, devido à divisão interna verificada durante o processo de escolha de candidatos a apoiar para as eleições presidenciais de 2011, gerando a desmobilização de boa parte de militantes e dirigentes políticos. Segundo, devido a diversos erros políticos e problemas na gestão de projectos de infraestruturação que envolviam milhões de contos e que levantaram problemas de transparência e suspeições de corrupção financeira. Por fim, terceiro, devido à nova divisão interna verificada durante o último congresso do partido, gerando mais uma vez a desmobilização de militantes e dirigentes durante as eleições legislativas. Mas, de uma forma geral, a queda eleitoral do PAICV deve-se no essencial à avaliação tendencialmente negativa feita pelo eleitorado ao longo do último mandato”.
O mesmo defende que o partido terá de reavaliar as suas dinâmicas internas, em termos de disputas por liderança. “Ou optar por uma, já há muito propalada, união de forças e sensibilidades, pacificando a animosidade interna; ou então poderá optar por manter e mesmo reforçar as lutas internas entre as sensibilidades e com isso agudizando a crise interna e fragilizando-se ainda mais na arena política e eleitoral, enquanto principal partido da oposição, até que surja um líder (ou uma líder) alternativo forte e capaz de, respeitando o pluralismo interno, congregar e unir efectivamente o partido nos propósitos de reerguer-se política, organizacional e eleitoralmente. Por outro lado, para o PAICV os resultados ditaram a reacção da Janira”.
Liderança do PAICV em xeque
A liderança do PAICV saiu ainda mais fragilizada destas eleições autárquicas e teve de colocar o cargo à disposição. É que Janira Hopffer Almada foi posta à prova e mais uma vez fracassou - além de perder as legislativas, volta a perder as autárquicas e o seu partido não tem candidato presidencial. Este cenário abre a possibilidade de uma disputa à liderança do partido, tal como o A Semana já tinha desenhado numa das suas edições (nº 1243). Corsino Tolentino defende que este era o mínimo que a presidente do PAICV podia fazer nessas circunstâncias. “Não creio que ela tenha tido o comportamento e os resultados que teve por ser mulher. O factor único, neste caso ser mulher, é mais uma falácia de que se alimenta a política cabo-verdiana. Arranjemos tempo para escutar os militantes, aprender e pensar para refazer a política, ou seja, reorganizar a nação e as suas relações”.
Já conforme Daniel Costa, ao colocar o cargo à disposição, a JHA assumiu as suas responsabilidades pela derrota, abrindo espaço para uma avaliação interna no PAICV e uma decisão sobre o (seu) futuro na liderança do partido. Além disso, reforça, essa atitude pode querer dizer que a JHA terá feito a leitura dos resultados das eleições, mas associando também uma leitura do cenário criado com a recente dinâmica política interna ao PAICV, em termos de disputas de poder entre as três sensibilidades no último congresso do partido.
“Colocar o cargo à disposição e não ter-se demitido efectivamente, pode dar lugar a uma interpretação, entre várias, de que esteja a deixar em aberto a possibilidade de vir a recandidatar-se na tentativa de se ver relegitimada na liderança do partido, caso não apareça nenhum candidato ou nenhuma candidata forte capaz de impor-se como alternativa. A propósito, veja-se que nenhuma das figuras que lideram as outras duas sensibilidades, que disputaram o congresso com a JHA, saiu em posição de força dessas eleições autárquicas. Felisberto Vieira (Filú) que habitualmente aparece como um importante elemento mobilizador de votos no município da Praia esteve totalmente ausente durante estas campanhas autárquicas.
Cristina Fontes Lima que tem um grande potencial, pelo seu percurso, para disputar a liderança do partido saiu derrotada na corrida para presidir o município da Praia, o que a limita bastante em termos de argumentos políticos”. Porém, analisa ainda Costa, Cristina Fontes poderá usar como um dos trunfos para justificar uma possível entrada na corrida à liderança interna o facto de ter tido a disponibilidade e a coragem política para entrar numa corrida eleitoral autárquica numa circunstância política bastante desfavorável para as candidaturas do PAICV, em função da forte derrota sofrida pelo partido nas eleições legislativas de 20 de Março último.
Entretanto, lembra que se comenta uma alegada movimentação de um grupo interno onde surge Júlio Correia, que esteve alinhado com Felisberto Vieira na disputa interna, para concorrer à liderança do partido. Contudo, ele terá pela frente uma adversária que ao chamar para si a liderança do grupo parlamentar jogou na prevenção, apostando na sua sobrevivência política no partido. “Há que se saber quais os alinhamentos que o Júlio Correia terá conseguido construir até o momento e se for disputar no congresso, com que força irá, sabendo-se das dificuldades em afirmar-se como candidato pela lista do partido para o Fogo, tendo sido “repescado” para a lista de Santiago-Sul. Entretanto, com as novas circunstâncias criadas com a derrota nas legislativas, a JHA terá feito os seus cálculos. Antecipou-se na busca de uma posição de relevo para a sua sobrevivência política no partido, ao optar por disponibilizar-se para assumir a candidatura a líder do grupo parlamentar do PAICV, acumulando com a presidência do partido. Essa é uma estratégia que terá sido ditada, provavelmente, por ter encarado a possibilidade de derrota nas autárquicas. Estando na liderança do grupo parlamentar e mantendo o apoio da maioria dos colegas deputados, garante uma posição política importante no partido, caso venha a perder, definitivamente, a presidência do partido”.
Autonomia das câmaras
Instados a pronunciar sobre a possibilidade das câmaras conquistadas pelo MpD ficarem dependentes do governo já que as propostas que apresentaram foram muito ancoradas ao Executivo de Ulisses Correia e Silva, Daniel Costa acredita que se as promessas de UCS forem cumpridas as câmaras ficarão mais autónomas. “Com a vitória nas legislativas de 2 de Março, o governo do MpD prometeu descentralizar algumas competências e também transferir mais recursos financeiros para os municípios. Se essas promessas forem concretizadas, estarão a ser criadas as condições para uma maior autonomização das câmaras municipais face ao governo central, mas há o risco de essa autonomização ser limitada circunstancialmente pelas estratégias de poder e eleitoral das elites partidárias e governantes a nível central, em função das avaliações que farão sobre o desempenho de cada autarca.”
Mas Corsino Tolentino não partilha da mesma opinião, realçando que muitos candidatos defenderam durante a campanha municípios-bezerros. “Eu já tive ocasião de dizer que respeito muito a ousadia dos candidatos, mas raros foram os casos da afirmação da autonomia e da criatividade. Muitas candidaturas defenderam municípios-bezerros e o presidente do MpD fingiu destrinçar o dirigente partidário do primeiro-ministro para se apresentar como candidato a presidente de todas as câmaras do país. Mas os eleitos e o PM merecem aprender durante quatro anos.
O “Não às Urnas”
Nestas eleições, o “Não às Urnas” foi expressivo. A abstenção foi a outra grande vencedora destas eleições. A nível nacional quase metade dos recenseados – 131.019 (41,7%) – não foram votar. Na cidade da Praia, a abstenção foi mais acentuada: mais de metade dos eleitores – 45.303 (56.5 %) – ficou em casa. Para os nossos analistas, tais dados são preocupantes e mostram que o eleitor quer transmitir um recado de insatisfação aos políticos e à forma de fazer política. “Eu considero que a expressão “não às urnas” é muito grave. Por isso, tenho insistido na qualidade da democracia. Ela existirá sem ética, sem moral? Penso que não. Vi com desgosto o jogo de camisolas. Era um pouco como dizer dá aí uma camisola porque o voto é secreto!”, analisa Tolentino. Na mesma linha, Daniel Costa alega que a “alta abstenção verificada nas eleições autárquicas do domingo passado, 4 de Setembro, deve ser percebida pelos políticos como uma interpelação sobre o que têm feito ou não e como têm feito. No fundo, é um recado para que mude a forma de fazer política e de materialização de políticas públicas, no sentido de mais inclusividade”.
Sessão de esclarecimento sobre investimentos agrícolas na Incubadora de Albergaria-a-Velha
O
Grupo de Ação Local (GAL) Aveiro Norte promove na quinta-feira, dia
22 de setembro, uma sessão de esclarecimento sobre investimentos
agrícolas, no âmbito dos financiamentos disponibilizados pelo
Programa de Desenvolvimento Rural – PDR 2020. A sessão decorre na
Incubadora de Empresas de Albergaria-a-Velha, às 21h00, com entrada
livre.
A
sessão visa informar os empresários agrícolas e todos os
interessados sobre as linhas de apoio dos programas de pequenos
investimentos nas explorações agrícolas, pequenos investimentos na
transformação e comercialização e diversificação de atividades
na exploração agrícola.
O
Grupo de Ação Local Aveiro Norte é a entidade que dirige a
Estratégia de Desenvolvimento Local de Base Comunitária, que visa
promover, em territórios específicos, o desenvolvimento local e a
diversificação das economias de base rural e das zonas pesqueiras e
costeira. Compreende os territórios dos municípios e freguesias de
Ovar, Estarreja, Murtosa, Albergariaa-Velha e as freguesias de Cacia,
União de Freguesias Eirol e Eixo e São Jacinto, no concelho de
Aveiro. O GAL Aveiro Norte é implementado pela Associação
Industrial do Distrito de Aveiro.
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Início do ano letivo em Albergaria-a-Velha com o mesmo número de alunos
Uma
nova sala em Valmaior, mais computadores nas salas de aula e
alargamento da Ação Social Escolar são algumas das novidades na
abertura do ano escolar em Albergaria-a-Velha. O período letivo
2016/2017 começou pela primeira vez para um número significativo de
crianças, que estão inscritas no 1.º ano. Ao todo são 225 alunos,
mais 16,5 por cento em relação ao ano anterior.
São
milhares as crianças e os jovens que começam hoje o novo ano
letivo, na rede pública e na rede solidária e privada, no ensino
vocacional, profissional e artístico. São cerca de 4000 os alunos a
estudar em Albergaria-a-Velha, desde o pré-escolar até ao 12.º
ano.
O
Município tem a seu cargo a rede pública do ensino pré-escolar,
que começa nos três anos de idade, e o 1.º Ciclo do Ensino Básico,
que vai até aos dez anos de idade. O pré-escolar abre com 18 salas
de aulas, enquanto o 1.º CEB abre com 47 salas, uma a mais em
relação ao ano passado. A Escola de Santo António, em Valmaior,
ficou com uma nova turma do 1.º ano, com 12 alunos, que agora vão
ter 16 colegas do 2.º ano e 14 do pré-escolar.
A
rede pública no Concelho de Albergaria está dividida em dois
agrupamentos, Albergaria-aVelha (oito estabelecimentos no pré-escolar
e oito no 1.º CEB) e Branca (seis no pré-escolar e seis no 1. CEB).
São 252 crianças nos jardins de infância e 663 no 1.º Ciclo,
precisamente o mesmo número de alunos inscritos no ano passado: 915.
Compete
à Câmara Municipal a gestão dos transportes escolares e do parque
escolar, a Ação Social Escolar, que engloba a alimentação e a
atribuição de auxílios económicos às famílias, bem como a
contratação de auxiliares de educação. A Autarquia, em parceria
com as Juntas de Freguesia, procedeu durante o verão à reparação
e manutenção das escolas, de forma a garantir melhores condições
de ensino. Vai também proceder à distribuição e substituição de
computadores em 25 das 47 salas do 1.º CEB.
No
que se refere à Ação Social Escolar, depois de um aumento de 40
por cento realizado no início do ano de 2016, a Câmara Municipal
prevê aumentar ainda este valor no início de 2017. No conjunto,
disponibiliza 1 088 150 euros, sendo 498 100 euros na Ação Social,
sobretudo refeições escolares para o 1.º CEB e Pré-Escolar, e 265
000 em transportes escolares. O restante é investido em conservação
e reparação de instalações, mobiliário, transferências para
Agrupamentos de Escolas e Associações, prémios de mérito escolar
e aquisição de equipamento informático.
Com
a aprovação dos documentos previsionais para 2016, o Município de
Albergaria-a-Velha, na Educação, realizou um aumento de verbas em
38 por cento, face a 2015, e de 11 por cento na Ação Social.
__________________
Banco de Livros Escolares com mais solicitações no seu segundo ano
O
Banco de Livros Escolares de Albergaria-a-Velha tem cerca de 350
livros disponíveis para requisição tendo já emprestado 78 livros
a mais de uma dezena de alunos.
Lançado
o ano passado, numa altura em que os manuais passaram a ter uma
vigência de seis anos, o Banco de Livros Escolares dispõe de
variados títulos para o 1.º, 2.º, 3.º Ciclo e também Secundário.
Trata-se de uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal, que
coordena as doações e os empréstimos, sem custos para as famílias.
Os
alunos que fizeram doações de livros e aqueles que os requisitarem
assinam um protocolo com a Autarquia; quem beneficia dos livros,
normalmente durante um ano letivo, deve garantir uma boa utilização
dos manuais para que voltem a ser emprestados. Os livros que já não
estão em vigor, mas estão disponíveis para empréstimo pois podem
ser usados como complemento dos estudos.
O
objetivo do Banco de Livros Escolares, explica a Vereadora da Ação
Social da Câmara de Albergaria, é consciencializar as pessoas que
estão a contribuir com um recurso importante para a comunidade.
“Tendo em conta que os livros hoje estão muito caros, a sua doação
ajuda a tomar consciência da sua importância e a responsabilizar os
alunos pela sua boa utilização”, refere Catarina Mendes.
A
partilha de livros escolares é sinónimo de consciencialização
ecológica e económica, promotora de valores, assumindo uma mudança
no paradigma do consumismo. O empréstimo e reutilização,
incentivam a poupança, refletem uma atitude positiva das famílias
que doam e também das que requisitam, adianta a Vereadora.
Esgotado
o período para requisições no Banco de Livros Escolares de
Albergaria-a-Velha, a Autarquia permite que os alunos continuem a
requisitar obras. As doações podem correr durante todo o ano. O
Banco funciona atualmente na Biblioteca Municipal de
Albergaria-a-Velha.
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MAR CALMO NUNCA FEZ BOM MARINHEIRO
Na noite de 12 de setembro de
2016, o irmão em Cristo, Douglas Lucio, Fez essa ministração no
Holy Hour. Iniciou falando que se casou cinco anos atrás, e na sua
viagem de lua de mel, viajou ao Caribe, onde teve a oportunidade de
aprender a velejar.
Aprendeu as coisas básicas e
já no segundo dia, ele e sua jovem esposa decidiram velejar
sozinhos, num pequeno barco à vela.
COM CRISTO NO BARCO, TUDO VAI
BEM!
O dia estava maravilhoso, e o
azul daquele mar sereno, convidava a velejar e curtir o máximo
aquele cenário paradisíaco.
E tudo ia muito bem,
porém,após algumas horas, o tempo começou a mudar. O vento soprava
mais forte e as ondas que batiam na embarcação começaram a se
agigantar. O sol diminuiu seu brilho e iniciou a escurecer.
Em instantes o vento forte
batia nas velas e as ondas, cada minuto mais altas, sacudiam com
violência o pequeno veleiro. A situação do casal começou a se
tornar crítica!
COM CRISTO NO BARCO, SERÁ QUE
TUDO IRÁ BEM?
Você acredita mesmo nisso?
Prezados leitores, as ondas
assolam e sempre assolarão nossa vida. Em instantes tudo que está
bem pode se tornar um caos, e isso, as vezes independe de nosso
querer... Pode acontecer sem nenhuma ingerência de nossa parte...
São vicissitudes...
E uma incrível borrasca
atingiu o pequeno veleiro. O temor pelo perigo iminente é natural e
impossível de evitar, mas a situação precisa ser enfrentada...
Mas, COM CRISTO NO BARCO, TUDO
VAI BEM!
Douglas e sua mulher voltaram
à terra firme sãos e salvos. Glória a Deus!
Nas suas lutas, prezado
leitor, é preciso prosseguir sem esmorecer nunca, não importam as
circunstâncias. Recuar, jamais. Repito: Recuar, jamais!
Prossiga com galhardia as suas
batalhas, porque é muito melhor enfrentar tempestades com Cristo, do
que mar calmo, sem Ele.
Se não tivéssemos problemas,
não precisaríamos de Deus, e nem necessitaríamos confiar nele. Nós
nos bastaríamos!
São as tempestades que fazem
o exercício de nossa fé, e isso é necessário para que fique
comprovado que Deus é real. E, por ser real, opera milagres em
nossas vidas.
E isso, só fortalece a nossa
fé... O escopo, prezados, é o fortalecimento da nossa fé!
É tremendo pensar num Deus
que nos lança no centro de tempestades, para aprendermos a confiar
nele.
E, mares calmos nunca
produziram bons marinheiros. Isso, é um fato! Se você não for
provado, nunca poderá dizer que é competente.
Que tempestades você tem
enfrentado? Sabia que no mundo, acima de 350 milhões de seres
humanos estão sofrendo de depressão? Esse número representa 5% da
humanidade, e não para de crescer...É uma pandemia à nível
mundial... Pessoas com mente perturbada, vivem um verdadeiro inferno,
e a maioria delas está com celeiros e lagares abarrotados...
Se você atravessa
dificuldades, qualquer que seja, aconselhe-se com pessoas sábias e
experimentadas pela vida. Saiba que todos fracassam em muitos
momentos. Não há infalibilidade... Não há cem por cento de
acertos...E, fracassos são novas oportunidades para recomeçar algo.
Henry Ford, no início do
século passado disse: "Não há fracassos no trabalho honesto.
Há desgraça, no medo de fracassar."
Se você possui uma família
que o ama, se possui amigos, se possui comida no prato, se possui um
teto que o abriga, compreenda que você é muito mais rico que
imagina.
E, veja que interessante:
Quando Deus quer aperfeiçoar um homem, ou uma mulher, ele o coloca
no centro de uma tempestade. E, por que?
Porque, no centro de uma
tempestade o homem sábio busca o socorro de Deus! E sabendo que tem
Deus, trabalha com entusiasmo porque sabe que sairá vencedor!
Caros, Jesus precisa estar no
controle de seu barco. No controle de sua vida.
Se você permitir isso,
cessará de apanhar, cessará de sofrer, cessará de pensar em você
antes de pensar em seu próximo.
Não foque o problema. Foque
Jesus, foque a resolução do problema! Ele nunca prometeu vida
fácil! Ele prometeu nunca abandonar seu barco. Ele prometeu chegada
certa!
COM CRISTO NO BARCO, TUDO IRÁ
BEM!
O começo da ansiedade, é o
início do fim da fé! O fim da fé, é ANSIEDADE!
Ore, procure Deus em seus
momentos maus. É terapia que dá resultados incríveis!
joaoantoniopagliosa@gmail.com
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