Um incêndio e várias explosões num armazém fizeram vários feridos graves. Proteção Civil fala de um caso com "contornos policiais", Observador diz que um homem que esteve barricado num armazém com explosivos a ameaçar pessoas. Suspeito foi detido.
O incêndio e explosões que esta tarde ocorreram em Vale de Madeiros, no concelho de Nelas, e que provocaram até ao momento seis feridos, tem “contornos policiais”, disse o comandante distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Viseu.
Em declarações aos jornalistas no local, Miguel Ângelo David afirmou que “uma vez extinto o incêndio, "houve novos dados e passou a ser uma operação com contornos policias e dos quais estão a ser feitas, neste momento, diligências”.
“É um incêndio do qual resultaram explosões e, no decorrer da operação, foram encontrados novos indícios que levaram a diligências policiais. Engenhos explosivos, não conseguindo tipificar a classe e categoria”, acrescentou o comandante.
O CODIS adiantou ainda que, inicialmente, se tratou de um alerta para um incêndio num armazém de serralharia e foram despachados meios e equipas de combate a incêndio para este local”.
Ao chegarem ao local, os operacionais foram confrontados com várias explosões, tendo resultado desta operação seis feridos. Destes, cinco são bombeiros, dois graves e dois leves, e um militar da GNR todos já encaminhados para unidades hospitalares”, continuou.
De acordo com a Rádio Observador, que cita como fonte a vice-presidente da autarquia, um homem esteve barricado no armazém a ameaçar pessoas com explosivos, esse mesmo homem terá ferido outra pessoa com uma arma de fogo.
Miguel Ângelo David não confirmou aos jornalistas se o suspeito está detido, nem o nível de gravidade dos bombeiros feridos, “não podendo confirmar se é ferimento de bala, mas é possível que, devido às explosões, tenha havido projeção de materiais existentes na serralharia”.
“A proteção civil vai manter-se [no local], ainda temos um dispositivo e estamos ainda a trabalhar a longa distância, com o arrefecimento, por questões relacionadas com a dilatação de materiais e, simultaneamente, vamos criar um acesso que permita melhor encaminhamento de meios”, explicou.
Na operação estão ainda “41 veículos e 95 operacionais, oriundos de várias entidades” e “locais, que têm dado apoio com meios próprios”, explicou Miguel Ângelo David.
“No decorrer das diligências chegámos ao proprietário do terreno e, neste momento, estamos ainda com ele e a tentar perceber o que foi feito e o que não foi feito, o que é que existiu ali e a verificar se houve ou não crime”, referiu aos jornalistas o comandante do destacamento de Mangualde da GNR.
André Batista disse ainda que, “se se vier a apurar que há aqui algum crime da competência reservada da Polícia Judiciária”, esta será, naturalmente, contactada.
O proprietário do terreno “estava nas imediações, chegámos a ele, estivemos a falar com ele e a tentar perceber o que se passou. Está calmo, está a colaborar, está a falar, vamos tentar apurar o que é que se passou”, conclui André Batista.
Incêndio extinto perto das 18h00
“Às 18:25 ficou em resolução, mas continuam as operações”, disse a mesma fonte à agência Lusa, acrescentando que “decorrem diligências por parte da GNR, com as brigadas de explosivos, para ver o que ainda haverá por lá” e o que terá originado a situação.
No que respeita aos bombeiros, o trabalho passa sobretudo por “prevenção no local”, acrescentou.
Cerca das 18:30, encontravam-se no local 96 operacionais, apoiados por 43 viaturas.
Madremedia