domingo, 8 de novembro de 2020

Terras de Garcia d' Orta

O Grupo de Amigos de Castelo de Vide e Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre vão levar a efeito uma exibição virtual do filme Tales on blindness, de Cláudia Alves. 

Trata-se de uma iniciativa sem custos para o publico e que pode ser acionada, até 04 de novembro, pelo endereço garcia2021orta@gmail.com. Na volta do correio os interessados receberão o link para poderem aceder ao filme, disponível de 05 a 09 de novembro. 

Mias informações em: https://www.facebook.com/talesonblindness/ 

SINOPSE de tales on blindness 
Um grupo de homens cegos reunidos em torno de um elefante tentam descobrir, através do tacto, o que têm diante deles. Cada um toca numa parte diferente do animal, como a orelha ou a tromba, mas não chegam a acordo. 

Tal como o homem cego, a viajante europeia que decide ir à descoberta da Índia, toca em diferentes partes do mesmo país. Tenta unificá-las e alcançar uma verdade, mas a sua experiência é inerentemente limitada. Será possível ver o elefante como um todo? 

NOTA DE INTENÇÕES DA REALIZADORA 
Quando decidi viajar pela primeira vez pela Índia, a minha busca recaía sobretudo sobre os objectos que entrelaçam dois mundos: o oriental e o ocidental. Andava à procura dos vestígios da presença portuguesa, muitos deles eu tinha visto pela primeira vez expostos na Fundação Oriente, em Lisboa. 

Durante a minha passagem por diferentes regiões da Índia, fui descobrindo histórias de amor e de ódio, histórias de poder, de obediência e de resistência. Todas tinham em comum uma certa cegueira, de ambos os lados: oriental e ocidental. 

Com base nesta experiência, decidi contar uma história instigada pelos mitos da cultura indiana. As histórias mais fascinantes surgiram do encontro com os personagens deste filme. E algumas destas histórias ligavam episódios da vida indiana nos tempos modernos com outros, dos tempos do legado português, durante a colonização. Mais do que um filme de viagem, este documentário tornou-se numa reflexão sobre os limites da nossa compreensão da realidade. Ou de como as histórias que contamos a nós mesmos podem ser, ao mesmo tempo, imprecisas mas verdadeiras. 

A Índia, destino mítico da história portuguesa, mas também do cinema, visitado por Rosselini, Renoir ou Michael Powell revela-se e esconde-se neste filme-périplo. A descoberta do outro desdobra-se, para a realizadora e suas companheiras de viagem, numa experiência do cinema e das formas que assumem as relações entre quem filma e quem é filmado. [texto do programa do Panorama - 9ª Mostra do Documentário Português, Apordoc – 2015] 

Cláudia Alves 

Para mais informações contactar sff:
= grupoamigos.castelodevide@gmail.com 

Executivo de Vagos viabiliza acordo com a Misericórdia local


O executivo municipal vaguense aprovou, na passada quinta feira, um acordo de cooperação com a Santa Casa da Misericórdia de Vagos para reforçar o Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC) que prevê apoiar cerca de duas centenas e meia de destinatários.

Foi aprovada, por unanimidade, em sessão de reunião de executivo da Câmara Municipal de Vagos, a assinatura de um acordo de cooperação entre o Município de Vagos e a Santa Casa da Misericórdia de Vagos ao abrigo do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas.

Através do presente acordo, o Município de Vagos irá comparticipar a SCMV com um valor pecuniário de 800 euros por mês. O protocolado irá ser revisto trimestralmente com vista à avaliação de eventuais necessidades complementares e tem o seu términus previsto para o dia 31 de janeiro de 2023.

Este convénio surge na esteira do protocolo, entretanto celebrado entre o Município de Vagos e a Santa Casa da Misericórdia, que tem por objetivo reforçar a corresponsabilização na realização de uma maior justiça social, combate à exclusão e desenvolvimento socio-local e que assume ainda mais importância face à alteração do contexto de estabilidade que foi trazido pela pandemia de covi19 e que teve implicância direta no conjunto de pessoas que seriam o alvo do POAPMC. De uma realidade de 126 destinatários, inicialmente, passou-se para um público-alvo de 250 pessoas, o que reflete uma quase duplicação das pessoas mais carenciadas, num evidente reflexo do efeito da pandemia.

Este aumento traz a necessidade de reforço da intervenção da SCMV e com isso acarreta encargos logísticos acrescidos da afetação de recursos humanos, viaturas e de equipamentos, bem como de outros encargos relacionados com os cabazes nutricionais que procurarão ser resolvidos através do presente articulado entre Câmara Municipal e a SCMV.

Tendo em conta a sensibilidade, mas também a importância premente desta questão, o Município, uma vez mais, se associa no combate às dificuldades, à exclusão e reforça o contributo por mais condições para as pessoas, no sentido da obtenção de um desiderato de maior justiça social.

Morreu Eduardo Salavisa, desenhador e um dos fundadores dos Urban Sketchers


O desenhador e um dos fundadores dos Urban Sketchers Eduardo Salavisa, 70 anos, morreu no sábado, anunciou o Museu Bordalo Pinheiro, que tem patente uma exposição do artista.

A morte do desenhador foi confirmada pelo Museu Bordalo Pinheiro, através de uma publicação no sábado, na sua conta oficial na rede social Facebook.

A notícia da morte de Eduardo Salavisa era esperada, mas não é por isso que nos causa menos tristeza, porque nunca estamos preparados para perder amigos", refere o Museu, onde está patente a sua mais recente exposição, "Um Cadeirão e 96 Retratos".

Segundo o jornal Público, o desenhador morreu vítima de cancro pancreático.

"Os mais próximos sabiam que a exposição 'Um Cadeirão e 96 Retratos' era uma despedida dos seus amigos e como que uma herança para todos os que foram ao museu e quiseram ser por ele desenhados", salientou o Museu Bordalo Pinheiro.

A exposição, que era para encerrar hoje, vai ser mantida até 15 de novembro, avançou o museu.

Eduardo Salavisa nasceu e viveu em Lisboa, tendo estudado na Escola de Belas Artes, onde se licenciou em Design de Equipamento.
Foi professor no ensino secundário e, a determinada altura, interessou-se pelos diários de viagem, pelo "registo sistemático do quotidiano, pelo seu caráter lúdico e simultaneamente didático", refere o Museu Bordalo Pinheiro, na nota biográfica publicada no seu 'site'.

Eduardo Salavisa foi também um dos fundadores dos Urban Sketchers, comunidade de artistas que fazem desenhos do quotidiano e dos locais por onde passam.

"O Eduardo além de ser a maior referência do universo dos diários gráficos e do 'urbansketching' em Portugal e uma das grandes referências no mundo, foi um dos fundadores da Associação, e tem sido um elemento estrutural da mesma desde a sua origem, sendo membro integrante de praticamente todas as direções, com exceção da atual", afirmou a Associação Urban Sketchers, numa publicação no seu blogue.

Lusa

Imagem: DN

Ordem dos Médicos concorda com estado de emergência e faz aviso à população


A Ordem dos Médicos congratulou-se hoje com a declaração de estado de emergência, que queria ativado mais precocemente, e avisou a população sobre um agravamento da pandemia nas próximas semanas e a necessidade de manter medidas preventivas.

Reagindo à aprovação pelo Governo, no sábado, das medidas que vão vigorar entre segunda-feira e 23 de novembro, como o recolher obrigatório noturno nos concelhos de maior risco de contágio, o bastonário e o Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos (OM) manifestaram, "neste momento de crescente atividade pandémica e de imperiosa coesão nacional no combate ao inimigo comum, a total concordância" com a declaração do estado de emergência.

Em comunicado hoje divulgado, a OM faz também um alerta à população, avisando que vai haver um agravamento progressivo da covid-19 nas próximas semanas, e que é necessário manter "uma total adesão" às medidas preventivas.

"Só a intervenção a montante na interrupção das cadeias de transmissão pode precaver e impedir a rutura do Sistema Nacional de Saúde (SNS)", afirma a OM no comunicado, transmitindo o que chama uma mensagem de serenidade e de responsabilidade, para relembrar que o combate à pandemia depende de todos, e cada um, sendo "essencial" cumprir as medidas de proteção individual e coletiva.

O bastonário e o gabinete de crise manifestam ainda solidariedade com os profissionais de saúde no combate à pandemia, nomeadamente os das localidades no limite de recursos técnicos e humanos, e reitera a necessidade de contratação urgente de médicos e demais profissionais de saúde, enaltecendo ainda o envolvimento e a "colaboração indispensável" das Forças Armadas Portuguesas nesta situação de emergência nacional "que deveria ter sido antecipada e ativada mais precocemente".

O reforço da "necessidade imperiosa" de uma gestão articulada e comum, a nível nacional, de recursos humanos e de internamento hospitalar disponíveis, na atual fase da pandemia, é também defendido no comunicado, que conclui relembrando a citação do filósofo grego Sócrates: “A Saúde não é tudo, mas tudo é nada sem Saúde”.

As medidas do estado de emergência, aprovado sábado pelo Governo, preveem que em 121 municípios, onde há "risco elevado de transmissão da covid-19", abrangendo 70% da população residente, incluindo todos os concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, a circulação vai ficar limitada nos próximos dois fins de semana, entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.

O executivo aprovou ainda outras medidas para o continente, como a possibilidade da medição de temperatura corporal por meios não invasivos e de exigir testes de diagnóstico para a covid-19, a limitação a seis pessoas de grupos em restaurantes, salvo do mesmo agregado familiar, e a possibilidade de requisitar recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social, após tentativa de acordo e mediante justa compensação.

Fonte: MadreMedia/Lusa
Foto: CM

Biden diz que é tempo de sarar e de tornar a América respeitada


O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu hoje que é tempo de sarar e unir a América e de fazer com que o país volte a ser respeitado no mundo.

No seu primeiro discurso após o anúncio no sábado da vitória nas eleições presidenciais de terça-feira, Biden prometeu ser o Presidente de todos os americanos, os que votaram nele e os que votaram contra.

Dirigindo-se na noite de sábado (madrugada de hoje em Lisboa) aos eleitores que votaram no Presidente e candidato republicano, Biden disse: "compreendo a vossa desilusão esta noite. Eu também já perdi um par de vezes, mas agora vamos dar uma oportunidade uns aos outros".

Afirmando que esta noite "todo o mundo está a olhar para a América", o Presidente eleito dos Estados Unidos disse que o seu país "é um farol para o mundo".

"Concorri a este cargo para restaurar a alma da América, para reconstruir a espinha dorsal desta nação, a classe média, para fazer a América respeitada no mundo outra vez, e para nos unir aqui em casa", afirmou perante uma multidão em Wilmington, no estado de Delaware.

 

Fonte: Lusa

Imagem: DN

Costa admite que estado de emergência não tem apenas natureza preventiva


O primeiro-ministro, António Costa, admitiu, sábado, que o novo estado de emergência não tem apenas uma "natureza preventiva", e até contempla medidas "mais intensivas" ao fim de semana do que em março.

No final do Conselho de Ministros extraordinário que aprovou as medidas que regulamentam o estado de emergência que vigoram entre segunda-feira e 23 de novembro, António Costa admitiu que as medidas que restringem a liberdade de circulação à noite e aos fins de semana a partir das 13:00 são "duríssimas" para os cidadãos, bem como para a restauração e o comércio.

Estamos a falar dos próximos dois fins de semana, se todos cumprirmos estritamente estas medidas nós seguramente conseguimos achatar esta curva, controlar a pandemia", afirmou o primeiro-ministro, reiterando o objetivo de ter um Natal "o mais normal possível".

Questionado se entende que estas medidas se enquadram no apoio político ao estado de emergência que obteve da parte do PSD e CDS-PP (únicos partidos que votaram a favor), Costa não respondeu diretamente.

"O decreto do Presidente da República era muito limitado no âmbito, mas previa expressamente a limitação da liberdade de circulação em certas horas do dia e da semana", afirmou.

O primeiro-ministro salientou que o objetivo é que estas medidas "possam cessar tão rapidamente quanto possível", mas avisou que "vigorarão o tempo que forem necessárias".

"Como da nossa parte sempre dissemos, utilizaremos com maior parcimónia possível os poderes do estado de emergência e devemos, com natureza preventiva, prevenir agravamento da pandemia. Neste momento, temos de assumir que não tem só natureza preventiva, mas tem de ser efetiva no controlo e regressão da pandemia. Isso é decisivo para apoiar os nossos profissionais e o Serviço Nacional de Saúde", afirmou.

Questionado se estas medidas restritivas da circulação poderão afetar a realização do Congresso do PCP, entre 27 e 29 de novembro, António Costa salientou que estas se aplicam "aos próximos dois fins de semana", não abarcando este período.

"Esta é a fase em que temos de fazer este esforço. É agora e não mais tarde, como disse o Presidente da República, é neste esforço de novembro que vamos ganhar dezembro e a expectativa de tenros o Natal o mais normal possível", afirmou.

Questionado se este estado de emergência não pode ser considerado mais restritivo do que o que vigorou entre meados de março e início de maio, António Costa recordou que, nesse período, o comércio e a restauração estiveram totalmente encerrados, o que não acontecerá agora.

"Este estado de emergência tem medidas mais intensivas aos sábados e domingos e menos intensivas nos restantes dias da semana para preservar que o ano letivo decorre sem sobressaltos e não há descontinuidade da atividade económica total durante a semana", frisou.

Lusa

Esquerdas se articulam e contra-atacam nas Américas

 

No dia 18 de outubro, uma multidão anarquista profanou e incendiou com satânico frenesi a igreja de São Francisco de Borja no centro de Santiago do Chile. Com vandalismo destruidor, mais uma igreja foi atacada no mesmo dia.

  • Luis Dufaur

“Aoposição achou o método da demonização absoluta, ao dizer que iríamos nos tornar como a Venezuela”, disse o presidente argentino Alberto Fernández, lamentando o imenso erro cometido ao tentar expropriar Vicentín, a multinacional argentina do agronegócio. Em seguida recordou uma frase do Papa Francisco, a quem deve a sua eleição: “O caminho do ódio não conduz a parte alguma”. Atribuiu esse ódio ao povo e inocentou o seu partido. Pouco depois voltou à carga contra as propriedades e contra os bolsos dos particulares.

O nosso continente quer ver-se muito longe da onda revolucionária populista, mas Fernández pretende encarnar um novo estilo no contra-ataque empreendido por ela. Qual a característica principal desse contra-ataque? Ao que tudo indica, consiste em usar uma máscara de moderado. Ungido pelo Papa Francisco, ele finge um esquerdismo mitigado. Deixa o trabalho sujo e antipopular à sua vice-presidente Cristina Kirchner, que vai restituindo o poder aos agentes populistas. A deputada espanhola Cayetana Álvarez de Toledo, que possui nacionalidade argentina, alertou: “Eu também digo aos argentinos: ‘abram os olhos’. Há um presidente na Argentina que não é presidente. O poder está com Cristina Kirchner; quer dizer, o populismo e o autoritarismo. Ela procura vingança pessoal e impunidade” (“La Nación”, 25-9-20).

Mas as diatribes mais tresloucadas proveem do agitador Juan Grabois, o queridinho do Papa Francisco, assessor ad-honorem do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. Grabois odeia os agropecuaristas, a quem qualifica de “parasitas que vivem da renda extraordinária da terra de todos”. Lidera invasões de propriedades e prega a necessidade de uma radical reforma agrária (“Perfil”, 6-3-20). Esse agitador platino tem no Brasil um ‘irmão de luta de classes’ em Guilherme Boulos, líder invasor de propriedades, que se ufana de ter sido preso diversas vezes. Hoje ele é candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, com objetivos ecológico-comunistas.

Fernández diz ter combinado com Lula a restauração da esquerda no continente. Tirar Lula da cadeia, no Brasil, foi um de seus objetivos antes de ser eleito presidente argentino.

Argentinos reagem em grandes manifestações

Em consequência dos “buzinaços”, “caçarolaços” e “bandeiraços”, o governo argentino está perdendo o domínio das ruas, e começa a atropelar para seguir adiante.

Cristina Kirchner interfere no Judiciário para tirar seus colegas ideológicos do cárcere; e também se livrar, ela própria, de graves processos de corrupção. Alguns recuperaram grandes posses, e o mais famoso ‘laranja’, que tentou voltar da prisão a um condomínio de luxo, fugiu com seu carro apedrejado pelos moradores.

Unânimes protestos denunciam a investida contra a Vicentín e a libertação de prisioneiros célebres pela corrupção. Assumem a defesa da liberdade de expressão, do direito de propriedade privada, da independência do Judiciário e contra a China comunista, entre muitos outros motivos. Generaliza-se a impressão de que a pandemia está sendo explorada para fazer uma ‘infectadura’ — ditadura ideológica de esquerda. Houve “panelaços” até em bairros de Buenos Aires sem nenhuma ligação com o meio rural, grandes carreatas nas cidades e uma avalanche de críticas nas redes sociais. Creia-se ou não, até a grande mídia vem se afastando do poder.

Fernández reagiu com petulância contra a indignação popular, mas a opinião pública entendeu que o confisco de uma empresa gigante como a Vicentín precederia ofensivas gerais contra a propriedade privada de pequenas e médias empresas comerciais e industriais, e também contra patrimônios familiares ou pessoais. No fim, o presidente fez humilhante pedido de desculpas: “Não sou um doido varrido, não trago comigo uma caderneta com ordens de expropriações. Pensei que iriam festejar. Errei. Começaram a me acusar de coisas horríveis. Dizem que sou um chavista, que só quero expropriar”, afirmou à rádio esquerdista “La Patriada”.

São incontáveis os rumorosos e coloridos “buzinaços”, “caçarolaços”, bloqueios de estradas contra os anúncios do governo. O público conservador parecia não ter consciência de quão numerosos são os argentinos que estão protestando. Tão logo se deu conta disso, marchou para os prédios simbólicos e históricos, avenidas, estradas, monumentos. Uma maré de manifestantes envolveu durante horas a Casa Rosada e a residência presidencial, chegando a assustar o governo populista.

A vice-presidente tem ordem de prisão confirmada pela Corte Suprema, por isso tentou um imenso trambique rotulado de “reforma do Judiciário”, visando redistribuir cerca de 1.300 juízes a fim de se livrar dos magistrados que a processam por um gigantesco caso de corrupção. Mas um imenso ‘banderaço’ tomou conta da Argentina, especialmente diante da Corte Suprema de Justiça em Buenos Aires (equivalente ao nosso STF), conseguindo anular o golpe judiciário kirchnerista.

No dia 17 de outubro o governo organizou um ‘contra-banderaço’, com pífia adesão popular. Para dar a impressão de grande apoio, divulgou foto mostrando uma colossal manifestação. Mas a foto era da manifestação anterior, ou seja, da oposição! A fraude era tão evidente, que até se esqueceram de remover da foto o boneco inflável de Cristina Kirchner com roupas de prisioneira.

O comentário geral é que o governo está perdendo o domínio das ruas, e começa a atropelar para seguir adiante.

Invasões de propriedades particulares

Propriedades urbanas e rurais vêm sendo invadidas, com garantias fornecidas por juízes ideologizados, usando slogans ditados pelo Papa Francisco aos ‘movimentos sociais’. Em Guernica, periferia de Buenos Aires, uma área de mais de 100 hectares foi invadida por 2.000 pessoas, com táticas do MST brasileiro. Na turística Villa Mascardi, colada a um lago patagônico, supostos indígenas mapuches invadiram e devastaram uma bela área repleta de residências particulares, do Exército e da diocese local. Chegaram encapuçados, em caminhonetes do Instituto Nacional de Assuntos Indígenas (equivalente à FUNAI, no Brasil) e carros com placas chilenas, e começaram a derrubar árvores centenárias sobre as casas, incendiando-as em seguida. Praticaram mais de 100 assaltos, agressões, ameaças. Num auge de perversidade, fecharam a única estrada que serve à cidade vizinha. Os moradores removeram o bloqueio, mas foram indiciados por um juiz cúmplice dos promotores das violências. A iníqua decisão foi anulada por tribunal superior, mas ficou criada uma área de tensão social (“Clarín”, 8-10-20). Em sua propriedade, uma família foi sitiada pelos “indígenas”. Em Buenos Aires, pequenos proprietários defenderam-se, usando armas de fogo contra os invasores.

A impunidade do crime e os atropelos ideológicos descolaram o governo até dos setores que nele votaram. Mas esse neochavismo parece aguardar que o contra-ataque esquerdista cresça em países vizinhos e em outros que possam influenciar a Argentina. Notadamente, torcem por transformações no Brasil, e também por uma derrota do presidente Trump nas eleições presidenciais americanas.

A Bolívia no rumo chavista

Luis Arce (dir.), presidente eleito da Bolívia, passará a servir Evo Morales na presidência, da mesma forma como Alberto Fernández serve a Cristina Kirchner na Argentina

Evo Morales é procurado pelo Ministério Público boliviano por sedição, terrorismo, crimes contra a saúde e genocídio (“Le Monde”, 18-12-19 e 11-8-20). Atualmente foragido na Argentina, recebeu de Fernández recursos para eleger presidente da Bolívia o economista Luis Arce. Tendo sido eleito, Arce passará a servir Morales na presidência, da mesma forma como Fernández serve a Cristina Kirchner.

Bloqueios de estradas promovidos pelo MAS (partido de Evo Morales) são responsabilizados pela morte, em apenas uma semana, de 31 doentes de covid-19, por falta de oxigênio. A presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, denunciou na ONU o governo de Buenos Aires por amparar uma conspiração “violenta” e exercer “um assédio sistemático e abusivo contra as instituições e valores” de seu país (“La Nación”, 24-9-20).

Diabólica ofensiva bolivariana no Chile

Esquerdistas ateiam fogo dentro da igreja de São Francisco de Borja, usada para cerimônias pelos Carabineros (corpo de polícia), em Santiago do Chile

No dia 18 de outubro, uma multidão anarquista profanou e incendiou com satânico frenesi duas igrejas históricas do centro de Santiago do Chile. Com vandalismo destruidor, pressionou a opinião pública chilena a aprovar o plebiscito, a fim de garantir a reforma da Constituição em sentido igualitário, ecológico e anárquico. Aprovação que de fato ocorreu, pois, no dia 25 de outubro, por 78,27% ele foi aprovado. Atingindo os votos contrários a apenas 21,73%.

No dia seguinte, Juan Antonio Montes Varas,[1] diretor de “Credo” e colaborador de Catolicismo, visitou as igrejas profanadas. Eis o seu relato:

“O que vi em muros que permaneceram de pé eram grosserias, obscenidades e até uma consagração a Lúcifer, escrita em mau latim e identificada com o número 666: ‘In nomine de nostre Satanas Lucifer excelsi’. Num altar de uma das igrejas incendiadas, outro grafite alusivo a Nosso Senhor Jesus Cristo: ‘Muerte al Nazareno’. Sobre o plebiscito os anarquistas grafitaram numa parede: ‘Satã aprova’. Tudo isso misturado com ataques ao clero, à polícia, e um apelo à ‘libertação animal’. Entre as cinzas, os restos de uma imagem da Via Sacra, queimados e pichados, correspondiam a uma nova Paixão de Jesus Cristo.

“Esses incendiários são porta-bandeiras da ‘fraternidade’. Como é possível, num país de possantes tradições católicas, tantas pessoas participarem dessa orgia satânica? Como aceitar, de acordo com a recente encíclica do Papa Francisco, que somos ‘todos irmãos’?

“O espírito de rebelião, que ali se manifestava, cresceu juntamente com o abandono da Fé, em troca de ‘mais igualdade e mais fraternidade’. Ao voltar para casa, com o cheiro da fuligem impregnando minhas roupas, parecia-me ouvir o grito desesperado, blasfemo e eterno do demônio contra Deus. Somos todos irmãos?!”…

ABIM


[1]) https://www.aldomariavalli.it/2020/10/21/cile-quelle-profanazioni-che-nascono-dallideologia-delluguaglianza-assoluta/

AUTODEMOLIÇÃO DA IGREJA

 

  • Plinio Corrêa de Oliveira

As recentes declarações do Papa Francisco — propondo “uma legislação para a união” de pessoas do mesmo sexo, e afirmando que “os homossexuais têm direito a uma família” — deixaram perplexos inúmeros católicos em todo o mundo. Veem a propósito os comentários de Plinio Corrêa de Oliveira, em 6-9-94,* analisando um artigo do Pe. Jim Galluzzo no “The Wanderer” de 24-3-94.

“Vê-se a entrada de um esforço metódico dentro da Igreja, como nos demais setores da sociedade, não apenas de tolerância, mas de legitimação da homossexualidade, que acabará dando cumprimento aos desejos do Parlamento Europeu, de que se reconheçam à união de pessoas do mesmo sexo os mesmos efeitos jurídicos do casamento.

“Considerando-se as heresias mais perigosas, mais carregadas de ódio, mais profundamente dissonantes da doutrina católica, não se encontra nada que destoe mais profundamente dela do que essa legitimação da homossexualidade. Ela está entrando, mas veja-se o modo como penetra. Não é um panfleto apresentado por protestantes, mas por sacerdotes católicos. Há no artigo uma referência a um documento de bispos de 1976, já bem antigo, que convida a uma espécie de mistura entre homossexuais e não homossexuais.

“É um trabalho feito de cima para baixo, por autoridades eclesiásticas, no sentido de fazer esquecer a doutrina tradicional e dar à homossexualidade direito de cidadania na Santa Igreja de Deus. Haverá em determinado momento, dentro da Igreja Católica, uma manifestação de completa inconformidade contra esse trabalho de legitimação. E teremos então uma divisão dentro da Igreja, de caráter oficial.

“Poder-se-ia objetar: ‘Se a grande maioria dos bispos estiver de acordo com isso, não haveria divisão’. Não existe grande maioria para mudar a doutrina católica! É indiscutível, e está claramente nas Escrituras, em todos os documentos do Magistério da Igreja e nos tratados de todos os moralistas, que este é um pecado que brada ao Céu e clama a Deus por vingança. Não pode haver entendimento — ponto final!

“As fronteiras estão cortadas, as barreiras estão erguidas. Então haverá um choque interno dentro da Igreja, e esse choque interno produzirá uma das maiores convulsões da História”.

ABIM

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* Trecho extraído do livro “Plinio Corrêa de Oliveira — Profeta do Reino de Maria”, do Prof. Roberto de Mattei – Artpress, São Paulo, 2015, pp. 359-360.

Sporting foi passear em Guimarães


Bom futebol e eficácia: eis as armas do líder...

O Sporting reforçou este sábado a liderança da I Liga ao golear na visita ao terreno do Vitória de Guimarães, por 4-0, em jogo da sétima jornada.

Pedro Gonçalves voltou a ser a figura em destaque nos leões, ao apontar dois golos (43’ e 56’), já depois de ter servido Nuno Santos para a abertura do marcador (11’).

Jovane Cabral fechou as contas aos 75 minutos, nove minutos depois de ter rendido Sporar.

A equipa de Rúben Amorim cimenta assim o primeiro lugar do campeonato, com 19 pontos, mais quatro que o Benfica, que defronta este domingo o SC Braga. O Vitória de Guimarães segue na sétima posição, com 10 pontos.


Com Bancada.pt

Joe Biden conquista os 20 votos da Pensilvânia e ganha as eleições


O candidato democrata às eleições presidenciais norte-americanas, Joe Biden conquistou os 20 votos da Pensilvânia no Colégio Eleitoral, ultrapassando os 270 votos necessários aceder à Casa Branca e tornar-se o 46.º Presidente dos EUA.

Com 99% dos votos contados na Pensilvânia, Biden obteve 3.345.906 votos (49,7%), enquanto o Presidente Donald Trump obteve 3.311.448 (49,2%).

Biden também obteve a maioria nos estados do Arizona, Wisconsin e Michigan, virando a seu favor estados que o Presidente e candidato republicano, Donald Trump, ganhara em 2016.

O estado da Pensilvânia é o estado natal de Joe Biden, 77 anos.

A vitória de Biden surge ao fim de mais de três dias de incerteza, durante os quais as autoridades procederam à contagem de um recorde de votos enviados por correio devido à pandemia de covid-19.

Trump é o primeiro Presidente em funções a perder a reeleição desde George H.W. Bush em 1992.

 

Fonte: Lusa

“Um desperdício de camas”. Segurança Social está a libertar hospitais dos “casos sociais”


Isto implicou um alargamento dos acordos de cooperação e a criação de “um maior número de vagas sociais”, nomeadamente ao nível dos cuidados continuados de saúde mental, apurou o Público.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa disse que, na terça-feira, havia 130 pessoas internadas e identificadas como casos sociais nos 13 hospitais da sua área de influência. “A grande maioria são pessoas dependentes, sendo que 63 (48,5%) do total têm 80 ou mais anos”, salientou a ARS de Lisboa.

No Porto, a situação é semelhante. “O problema da falta de resposta atempada por parte da Segurança Social arrasta-se há muitos anos e é muito anterior à pandemia”, disse a diretora do serviço social do Hospital de São João, Alexandra Duarte.

A Segurança Social está a libertar os hospitais dos chamados “internamentos sociais”, pessoas que já tiveram alta clínica mas que continuam internadas por falta de resposta extra-hospitalar.

Em maio, havia 1.500 camas ocupadas por pacientes nesta situação, com alguns casos a durarem meses e até mesmo anos, avança o jornal Público esta sexta-feira.

Agora, mais do que nunca, devido à pandemia de covid-19, é necessário libertar espaço nos hospitais para os pacientes infetados com o novo coronavírus. De momento, em Portugal, existem 2.362 doentes internados, dos quais 320 estão em unidades de cuidados intensivos.

O Instituto de Segurança Social está a tomar “medidas extraordinárias” para retirar estes pacientes, maioritariamente idosos, dos hospitais. A solução tem sido integrá-los em lares e estruturas da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

Como solução, o São João tem um contrato com uma unidade de saúde privada, na Trofa, que permite que estes utentes sejam transferidos, desocupando camas que são necessárias para os doentes.

“Cerca de um em cada dez internamentos são desnecessários e poderíamos estar a prestar cuidados mais adequados fora das instituições a estes doentes”, disse o representante dos administradores hospitalares, Alexandre Lourenço.

A opinião é partilhada pelo diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), José Barros: “É um desperdício de camas hospitalares, de custo diário elevado, e que deveriam estar dedicadas a doentes que, por vezes, ficam a aguardar vaga no serviço de urgência”.

Fonte: ZAP //