quarta-feira, 1 de junho de 2016

CORRUPÇÃO EM MOÇAMBIQUE TEM A CARA DO ESTADO

Moçambique é um país severamente afectado pela corrupção que é influenciada pelo Governo seguido pelos negócios das multinacionais e os traficantes de drogas, a constatação está patente num estudo apresentado nesta segunda-feira(30) em Maputo, onde “as práticas corruptas são tidas como sendo mais frequentes”, e que revela que “o valor agregado dos custos de corrupção durante o período de 2002 a 2014, a preços correntes, é de 4,8 a 4,9 biliões de dólares norte-americanos”, sem incluir os empréstimos secretos das empresas Proindicus e Mozambique Asset Management (MAM). Porém, para Adriano Nuvunga, do Centro de Integridade Pública (CIP), “a corrupção não são números, tem rostos. E os rostos são as meninas e os meninos deste país que deixam de ser crianças aos 10 ou 12 anos para se dedicar a actividades outras para conseguirem viver”.

Alfândegas, Empresa Moçambicana de Atum(EMATUM), sub-facturação das importações dos combustíveis líquidos, processo de aquisição no sector das telecomunicações e também na construção e obras públicas são os cinco sectores “nos quais a corrupção é a mais acentuada” no nosso país de acordo com o estudo intitulado “Os Custos da Corrupção para a Economia Moçambicana” e que foi realizado pelo CIP, em parceria com o Chr. Michelsen Institute (CMI) e o Centro de Recursos de Anti-corrupção U4.

“Há uns anos atrás tivemos uma discussão com o Presidente Guebuza, na altura ainda era possível falarmos sem ameaças, em Londres e nós dizíamos que os salários baixíssimos dos funcionários públicos incentivavam a corrupção. Ele dizia que não”, recordou-se Adriano Nuvunga, director do Centro de Integridade Pública, durante a apresentação do estudo acrescentando que “nós mostramos que a grande corrupção distorce todo o funcionamento da economia e da sociedade, faz com que não haja dinheiro para pagar aos próprios funcionários, e os funcionários têm que sobreviver. Portanto é a grande corrupção, são as decisões grandes que tem reflexos em toda a cadeia da governação e se manifesta através da corrupção”.

De acordo com Nuvunga para agravar ainda mais os danos ao país “(...) a corrupção em Moçambique é muito esterilizante, porque o dinheiro sai, não é investido aqui ainda que se tenha avançado com as construções particulares das pessoas”.

“Se olharmos também, neste mesmo período, para as possibilidades de crescimento das Pequenas e Médias Empresas o padrão continua o mesmo, ao invés de termos aquilo que os ingleses chamam de entrepeneurs temos os tenderpeneurs. O sector privado fica a espera de tenders (concursos públicos) não se pode dizer, em nossa opinião, que teve efeito positivo só basta olharmos para o que está a acontecer na sociedade para compreender que é como um corpo humano que ficou sem sangue, se espremeu todo o dinheiro e se mandou para fora”, explica o docente Adriano Nuvunga que também é docente universitário.

“(...) As práticas corruptas nas alfândegas (entre 2002 e 2014) podem ser identificadas como a principal causa de dano na economia” concluiu o estudo, realizado ainda antes de se conhecerem as dívidas secretas avalizadas pelo Estado, mas que ainda assim constatou a crescente importância das empresas detidas pelo Estado e das Parcerias Público Privadas “como sedes de corrupção” e aponta o caso da EMATUM como “emblemático”.

“O nosso Presidente é uma pessoa honesta” mas Nyusi “tem que agir”

Questionado sobre se podemos combater ou não a corrupção, o director do CIP afirmou que “os países que o fizeram juntaram três coisas: a determinação política, reformas corajosas, estímulo à produção e desenvolvimento (dificilmente se consegue combater a corrupção sem produzir, ao mesmo tempo o processo produtivo é impedido pela corrupção, não se consegue pôr o sector privado a produzir por causa da corrupção)”.

A seu ver “o nosso Presidente é uma pessoa honesta, e isso é um dado muito importantíssimo. Então tem que agir, honestidade é importante mas não é suficiente se não a coloca ao serviço desta acção”, declarou Nuvunga que citou o novo Presidente da Tanzania como “um caso típico de vontade política” para o combate a corrupção. Para o académico, “em todo o mundo as instituições são dinamizadas por líderes visionários, são homens e mulheres que em posição de liderança, bastante fortes, que sacrificam muitas coisas para desenvolver as instituições”.

Inquirido sobre como surge a vontade política Adriano Nuvunga não tem dúvidas que “tem que ver com a vontade do líder” e dá como exemplo “o Presidente Samora não roubava e as pessoas não roubavam aqui, os mais velhos que o digam. A vontade dele era essa que não se roubasse a coisa do povo e tudo, pouco ou muito, fosse colocado ao serviço do desenvolvimento, de forma correcta ou não mas aquilo que era a dinâmica era essa e as coisas rapidamente mudaram. E a dinâmica hoje é outra, então a questão da vontade é central”.

O CIP enfatizou que o informe da Procuradora Geral da República ao Parlamento, em 2015, não reflectiu o retrato real da corrupção no nosso país pois não mencionou os casos que envolvem grandes figuras do Governo. “É a grande corrupção, feita pelos grande chefes que deixa passar a pequena corrupção para permitir que não seja questionado. Se você tem um Presidente que não é corrupto você nunca vai falar com ele sobre assuntos de corrupção. É a grande corrupção que se sustenta numa base de corrupção administrativa generalizada para permitir que lhe facilitem as várias operações de prática de corrupção. O inverso não acontece, é sempre a corrupção grande que precisa de deixar que a corrupção pequena aconteça para os seus expedientes funcionarem” clarificou Nuvunga.

O estudo do CIP, em parceria com o CMI e o Centro de Recursos de Anti-corrupção U4, concluiu ainda que “o custo da corrupção em Moçambique não é apenas monetário, económico ou social (…) Quanto mais evidente for a imagem de Moçambique como de um Estado corrupto e de facilitador de tráfico e fluxos financeiros ilícitos, maior será o desafio de os líderes políticos moçambicanos convencerem o mundo do contrário”.

Adérito Caldeira - @Verdade

Pedófilo “mais temido” do Reino Unido condenado a prisão perpétua

As origens cristãs esconderam, durante algum tempo, a verdadeira natureza de Richard Huckle, conhecido no Reino Unido como ‘o pior pedófilo’ daquele país. Este homem, de 30 anos, acaba de receber 22 acusações de prisão perpétua.

Segundo o britânico Metro, o cristão terá violado e filmado os abusos de mais de 200 crianças na Malásia, para onde viajou a dada altura para fazer trabalho de voluntariado, ajudando comunidades cristãs locais.

Era na ‘darkweb’, em fórums online frequentados por pedófilos, que Huckle publicou todas as fotos e vídeos que gravou durante os abusos. Em tribunal, foram identificadas apenas 23 crianças, mas acredita-se que esse número possa não só chegar como ultrapassar as 200 vítimas.

Nesses mesmos fórums, Huckle dizia que o seu “segredo” para passar despercebido passava por procurar vítimas de um estrato social mais baixo. Ao apresentar-se como um professor e cidadão de classe média-alta, as crianças das regiões malaias eram-lhe facilmente confiadas e ele nunca passaria por suspeito.


O homem foi detdo a 19 de dezembro no aeroporto britânico de Gatwick, na altura em que regressava de uma dessas viagens à Malásia. A sentença final foi hoje conhecida.

Telefónica Open Future presenta el Premio Innovación Anticorrupción 2016 del Value Investing Forum


by Yesica Flores
Ciudad de México, a 1 de junio de 2016.- El Premio Innovación Anticorrupción 2016 tiene como objetivo desarrollar soluciones tecnológicas para prevenir y detectar corrupción en la provisión de servicios públicos en la CDMX.
La convocatoria continúa abierta hasta el viernes 8 de julio y los participantes competirán en dos categorías: 1) mejor minimum viable product (MVP) o prototipo funcional y 2) mejor idea conceptual. El ganador del mejor MVP o prototipo funcional recibirá un premio de 450 mil pesos en efectivo, mientras que el ganador de la mejor idea conceptual recibirá un premio de 50 mil pesos en efectivo.
Este premio está dirigido a emprendedores, estudiantes universitarios, programadores y hackers cívicos, y la temática será la corrupción en la provisión de servicios públicos en la Ciudad de México. El objetivo del Premio es encontrar soluciones innovadoras para fomentar la transparencia y la rendición de cuentas en las instituciones de gobierno, con el fin último de combatir la corrupción e incentivar las inversiones en México.
Los miembros del Jurado encargado de evaluar los proyectos serán Ana Francisca Vega, periodista y conductora de Fractal en FOROtv; Gabriela Warkentin; directora de W Radio; Juan Pardinas, director general del IMCO; Heberto Taracena, fundador y director ejecutivo de InventMx; y Mario Gamboa, director ejecutivo y fundador de Intelimétrica.
Telefónica Open Future y la Aceleradora de Negocios Wayra alojan en su plataforma web la aplicación del concurso a través del sitio http://www.innovacionanticorrupcion.mx
Yesica Flores | junio 1, 2016 a las 1:31 pm

Reducción del consumo de energía y menor producción de calor son beneficios de la tecnología D-Link Green



La eficiencia ecológica y el ahorro de energía han sido cada vez más reforzados en el mercado de las TICs, dando lugar a planes y proyectos para reducir la cantidad de energía suministrada para el funcionamiento de las redes corporativas y de los equipos de uso doméstico.
La idea de tener equipos "verdes" está más relacionada con la responsabilidad social de ahorro de energía y no sólo de promover la eficiencia energética para reducir los costos.

“Desde su fundación, en 1986, la compañía taiwanesa ha trabajado con la iniciativa de computación verde, manteniéndose en la vanguardia del desarrollo de productos ambiental y socialmente responsables. La empresa aporta el propósito de sostener un futuro mejor, empezando por la protección del medio ambiente, y de cumplir con los requisitos de sus clientes que adoptan la misma filosofía”, comenta Raúl Esquivel, Country Manager de D-Link México.
Agrega que la reducción del consumo de energía, menor producción de calor, mejora del tiempo de vida útil del producto y la reducción de costos operacionales son beneficios de la tecnología D-Link Green que impactan en la disminución directa del costo total de propiedad de los equipos.

Pionera en la industria de conectividad, D-Link, cuenta con tecnología verde en equipos desde el 2007
La tecnología “D-Link Green” es un reflejo directo de los valores y confianza en que la empresa está construida. Entre otras características, tiene principalmente el objetivo de disminuir los gastos de energía a través de la reducción del consumo de fuerza eléctrica, sin sacrificar el rendimiento operacional o las funcionalidades de los equipos, ofreciendo beneficios tanto para el ecosistema como para los usuarios. Además de esto, para cumplir con las responsabilidades sociales, la D-Link cuenta con un sistema de gestión medioambiental con la certificación ISO 14001, que permite a la empresa en su conjunto a reducir el impacto de sus operaciones sobre el medio ambiente, y es un socio de ENERGY STAR, trabajando para crear productos y prácticas de ahorren energía. Los productos también son proyectados sin el uso de substancias químicas tóxicas, que siguen la directiva RoHS, y todos los productos D-Link tienen empaques reciclables.

"Pensar verde se ha convertido en una visión global de la responsabilidad ambiental. Hace 30 años que D-Link viene defendiendo este punto de vista y sigue centrada en el desarrollo de productos que reducen significativamente el consumo de energía sin afectar el rendimiento esperado", explica el ejecutivo.
La eficiencia ecológica está presente en el 90% del portfolio de D-Link, que incluye switches, routers y Access Points corporativos, así como la línea Powerline (Kits repetidores DHP-W311AV, DHP-W221AV y demás modelos introducidos mundialmente en el año 2016), en toda la línea de almacenamiento NAS, y en parte de la cartera de modems 3G / 4G. Las características de eficiencia ecológica varían entre cada modelo de equipo. Algunas de las principales características presentes en los productos son:

1) Control de energía en las puertos de los switches: Con la tecnología D-Link Green, si no hay link de datos o si los dispositivos están desligados, el switch pondrá esa puerto en "modo de hibernación", lo que reduce la energía prevista al equipo, ahorrando energía en hasta 73%.
2) Ajuste automático de energía de acuerdo con la longitud del cable: Al detectar automáticamente la longitud del cable Ethernet utilizado (cables de hasta 20m), la tecnología D-Link Green puede reducir el consumo de energía en hasta 66%, cuando en comparación con la energía fornecida para cables de cualquier longitud.
3) Power over Ethernet (PoE) basado en la programación: Los switches que cuentan con la tecnología PoE (Power over Ethernet, que alimenta equipos como Access Points o un equipos de teléfono IP, por ejemplo) pueden ser programados para ligar/desligar en horarios determinados, desactivando los aparatos de la punta cuando no son necesarios.
4) Disminución de calor, o reducción de la velocidad de la veleta para reducir el ruido y el consumo de energía: Los usuarios pueden no ser conscientes del consumo de energía del equipo, pero pueden sentir el calor transmitido por ellos. Al utilizar productos que cuentan con la tecnología green, es posible notar una gran diferencia en la cantidad de calor emitido, incluso ampliando la vida útil del producto. Además, los sistemas de almacenamiento de D-Link desligan la rotación de los discos cuando no están siendo utilizados - ya en equipos que requieren sistema de ventilación forzada, el sistema Smart Fan impulsa los ventiladores sólo cuando se supera una temperatura predeterminada.
5) Routers y Access Points corporativos: Los equipos pueden ser programados para desactivar la red inalámbrica en momentos en que no es necesaria, lo que disminuye el consumo y aumenta la seguridad. Además, cuando se utiliza un router con la tecnología D-Link Green, el recurso SharePort® permite a los usuarios acceder a una impresora de red sin la necesidad de alimentar a un ordenador host.
6) Repetidores Powerline: Los repetidores Powerline desligan automáticamente cuando no están en uso. Además de los ahorros en el consumo de energía, ofrecen un desempeño hasta cuatro veces mejor que los repetidores Wi-Fi convencionales.
Para obtener más información, visite el sitio de D-Link Green.

Acerca de D-Link
D-Link es uno de los principales fabricantes de equipos para la infraestructura de redes convergentes y seguras, monitoreo y soluciones en la nube para los consumidores y las empresas, y la marca con mayor reconocimiento en Latinoamérica en la categoría de conectividad. Cuenta con filiales en los mercados más grandes del mundo y una extensa red de distribuidores en más de 90 países.
La compañía ofrece continuamente soluciones de conectividad que amplían y mejoran la experiencia de acceso a la red, para que sus clientes se mantengan conectados y obtengan más experiencias, productividad y oportunidades en el día a día. Para ello, D-Link mantiene centros de investigación y desarrollo dentro y fuera de Taiwán, su país natal.
En 2016 D-Link celebra 30 años de existencia y se enorgullece de haber anticipado varias tendencias del mercado de tecnología, siendo una de las primeras empresas en invertir en un equipo dedicado a desarrollar productos en la nube como routers y cámaras cloud y soluciones de hogar conectado. Entre otras innovaciones, se puede mencionar que D-Link es precursor por ofrecer productos de la categoría 11AC, el más nuevo y más rápido protocolo para conexiones Wi-Fi.
Para obtener más información, visite http://www.dlinkla.com o conéctese con D-Link en Facebook y Twitter.
Yesica Flores | junio 1, 2016 a las 1:23 pm 

MediaTek anunció Pump Express 3.0: la solución de carga de batería más rápida para Smartphones



by Yesica Flores
Carga la batería de tu celular en casi la mitad de tiempo que con las tecnologías de la competencia
HSINCHU, Taiwán – 1ro de Junio del 2016 – Los teléfonos inteligentes cada vez tienen más demandas de batería por parte de las aplicaciones y los usuarios. Con el fin de ayudarnos a tener recargas más rápidas y mantenernos conectados al mundo, MediaTek anunció Pump Express 3.0, su solución de carga de batería más rápida hasta el momento.
MediaTek, compañía pionera en semiconductores y un líder de mercado en avanzados sistemas en chip (SoC), desarrolló Pump Express 3.0 para cargar la batería de un teléfono inteligente de 0 a 70% en tan solo 20 minutos. Casi el doble de rápido que las soluciones de la competencia que están actualmente en el mercado y cinco veces más rápido que la carga convencional. Con Pump Express 3.0 los usuarios pueden cargar su batería por 5 minutos y hablar por cuatro horas. *
“El reto de ingeniería en el mundo de los teléfonos inteligentes hoy en día es satisfacer la demanda del usuario por características multimedia potentes sin la necesidad de conectar sus teléfonos todo el día”, comentó Jeffrey Ju, Vice Presidente Ejecutivo y co-Chief Operating Officer. “Nuestra tecnología le permite al consumidor cargar rápido para mantenerse conectado, sobre la marcha y utilizando sus aplicaciones favoritas ya sea por trabajo o placer en vez de estar atado a un toma corriente.”
Pump Express 3.0 es la primera solución del mundo que permite carga directa a través de la entrega de energía Type-C USB. La carga directa se desvía del circuito de carga dentro del teléfono y previene que el celular se sobre caliente mientas que enruta la corriente eléctrica desde el adaptador directamente a la batería.
Pump Express 3.0 es una solución ultra segura con comunicación bi-direccional y con más de 20 sistemas de seguridad y protección incorporados, incluyendo la prevención de que el dispositivo o el cargador se sobrecalienten. MediaTek utiliza su propia tecnología de SoC con los avances tecnológicos de Richtek, una empresa que MediaTek recientemente adquirió, para controlar los problemas de calentamiento y carga rápida para los dispositivos.
“Pump Express 3.0 es otro ejemplo de cómo MediaTek brinda mejores experiencias para los desarrolladores de dispositivos y usuarios”, agregó Ju. “Seguimos llevando al límite lo que la tecnología puede hacer sin complicar al usuario final.”
La solución previa de carga rápida de MediaTek, Pump Express 2.0, es utilizada por marcas importantes como Sony, Lenovo, Gionee y Meizu. Las mejoras fundamentales de Pump Express 3.0 incluyen velocidades de carga más altas, una mayor eficiencia de carga y temperaturas más bajas del dispositivo al cargarse. Con la carga directa, MediaTek logró disminuir la disipación de la energía por más de 50% porciento con respecto a Pump Express 2.0.
La tecnología de MediaTek Pump Express 3.0 estará disponible en la serie de MediaTek Helio P20 con dispositivos que entrarán al mercado a finales del 2016. También estará disponible en futuros chipsets de teléfonos inteligentes y puede ser añadido a los SoC de MediaTek a petición de los clientes.
Para conocer más acerca de Pump Express 3.0 visite http://i.mediatek.com/pump-express-3.
*Cargue cinco minutos, hable por cuatro horas con base en las condiciones de inactividad del 3G incluyendo la pantalla oscura y el modem encendido.
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Acerca de MediaTek
Desde 1997, MediaTek ha sido una compañía pionera en semiconductores y un líder de mercado en avanzados sistemas en chip (SoC por Systems-on-Chip) para dispositivos móviles, redes inalámbricas, HDTV, DVD y Blu-ray. Nuestro diseño innovador de chips, altamente integrado, ayuda a los fabricantes a optimizar cadenas de suministro, reducir el tiempo de desarrollo de nuevos productos y a extender una ventaja competitiva en mercados saturados. A través de MediaTek Labs, la compañía también está construyendo un centro de desarrolladores que soportará la creación de dispositivos, desarrollo de aplicaciones y servicios para la era de Internet of Things. Al crear tecnologías que ayudan a que las personas del mundo se conecten entre sí, MediaTek está permitiendo que los individuos expandan sus horizontes y alcancen más fácilmente sus metas. En MediaTek creemos que cualquier persona puede lograr objetivos extraordinarios, y creemos que puede hacerlo todos los días. A esta idea la denominamos “Genio Cotidiano” y guía todo lo que hacemos. Visite mediatek.com para mayor información.
Yesica Flores | junio 1, 2016 a las 12:30 pm 

Portugal. A PROCISSÃO AINDA VAI NO ADRO

Miguel Guedes* - Jornal de Notícias, opinião

A estranheza manifesta-se. Agora que todos já trocaram os argumentos públicos e privados, bem que se acabava com esta exaltação amarela. Mas não. É a cor do dinheiro e a procissão ainda vai no adro. E quando Assunção Cristas e a Conferência Episcopal Portuguesa se juntam à manif, talvez por obra e graça do Espírito Santo se contassem 40 000 pessoas num espaço onde não podiam caber fisicamente metade dos milhares. A organização atira com o número e alguma comunicação social transmite, sem cuidar de olhar para o óbvio. A instrumentalização das pessoas (dos pais, neste caso) é aterradoramente normal nos movimentos ideológicos ou de fé, mas é inaceitável quando "vão a eles as criancinhas". E alguns jornalistas. O presidente da República pode ter feito saber que abriu um sorriso amarelo. Mas o que faz encerrar qualquer sorriso amarelo é ouvir o coro de "Aqui não há misturas, é tudo boa gente". Foi mesmo ensaiado ou só espontaneidade da primeira manifestação da vida?
Não estão em causa os contratos de associação para locais onde não há ensino com cobertura pública, garantindo o acesso constitucional e universal à educação pública e gratuita. Assim foi no passado em muitas geografias do país. Hoje, a realidade é maioritariamente outra e esses convénios estão mais do que pagos. Hoje, parte das escolas públicas que convivem com colégios privados na vizinhança estão subaproveitadas e com poucas crianças, descaracterizadas, vítimas do desinvestimento e dos cortes de Crato na educação. A atual interpretação dos contratos de associação é inaceitável, restando a questão jurídica. E o mesmo raciocínio se aplica aos hospitais privados aos quais o SNS pagou cerca de 100 milhões de euros em vales-cirurgia entre 2013 e 2015, muitos deles em procedimentos discutíveis. A equação é clara: não se trata de saber se há dinheiro, mas antes de saber para onde ele vai.

A saúde e a educação são áreas onde o Estado investiu democraticamente e, pesem embora muitas críticas e apontamentos que se possam e devam fazer, dificilmente encontramos outras áreas onde o Estado tenha ganho tantas batalhas pela justiça social. A verdadeira liberdade de escolha dos pais e crianças não é "a-vaga-que-o-Estado-preenche-na-escola-que-o-Estado-escolhe-no-ensino-privado-que-o-Estado-resolve-financiar", tantas vezes por negociatas ou interesses velados. A verdadeira liberdade de escolha é quando o Estado devolve às famílias parte dos impostos que todos pagamos, sustentando opções de ensino público de qualidade e a possibilidade de as famílias (querendo ou podendo) optarem, pagando pelo ensino privado. Não há Estado sem redistribuição de riqueza. Nada me move contra a excelência de ensino em alguns estabelecimentos privados. Não me custa reconhecer que muitas dessas escolas batem aos pontos a qualidade de ensino de muitas escolas públicas. Pois esse é que é verdadeiramente o problema.

*Músico e advogado

Em repúdio a governo Temer, eurodeputados pedem que UE interrompa negociações com Mercosul

Opera Mundi, São Paulo

Cerca de 30 membros do Parlamento Europeu afirmam que governo interino no Brasil 'carece de legitimidade democrática' e pedem suspensão das negociações entre os blocos

Cerca de 30 deputados do Parlamento Europeu enviaram nesta sexta-feira (27/05) um pedido para que a União Europeia suspenda todas as negociações com o Mercosul devido à “falta de legitimidade” do atual governo brasileiro, liderado pelo vice-presidente no exercício da Presidência, Michel Temer.
“Consideramos que o governo brasileiro instalado após o impeachment carece de legitimidade democrática e, portanto, pedimos a suspensão das negociações UE – Mercosul”, diz o documento assinado por 27 eurodeputados de diversos partidos e países da Europa e enviado a Federica Mogherini, Alta Representante da União Europeia para a Política Externa. Segundo o site Sputnik News, no domingo (29/05) a proposta já contava com o endosso de 36 dos cerca de 700 eurodeputados.

“O acordo comercial com o Mercosul”, argumentam os eurodeputados, “não só se limita a bens industriais ou agrícolas, mas inclui outros afastados como serviços, licitação pública ou propriedade intelectual. Por isso, é extremamente necessário que todos os atores implicados nas negociações tenham a máxima legitimidade democrática: a das urnas”.

“Tendo em vista a situação política no Brasil, temos dúvidas de que este processo tem a legitimidade democrática necessária para um acordo de tal magnitude”, diz o texto em referência ao afastamento da presidente brasileira, Dilma Rousseff, em decorrência do processo de impeachment contra ela que tramita no Senado.

Os eurodeputados afirmam que não há acusação de crime que justifique o afastamento de Dilma e classificam o processo de impeachment de “ruptura institucional”. Eles dizem “compartilhar a preocupação expressada também pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela Unasul sobre a severa situação na qual Dilma Rousseff foi condenada por um Congresso doente de corrupção e claramente orientado por obscuras intenções” e pedem que a União Europeia dê “total apoio para a restauração da ordem democrática no Brasil”.


Líder de Hong Kong ambíguo sobre assinalar massacre de Tiananmen

Hong Kong, China, 31 mai (Lusa) -- Os residentes de Hong Kong e do interior da China "estão ligados pelo sangue" e os primeiros devem preocupar-se com os "grandes incidentes" ocorridos no país, disse hoje o líder de Hong Kong, respondendo a uma questão sobre Tiananmen.

"Hong Kong é parte do país. Os residentes de Hong Kong e de todo o país estão ligados pelo sangue", disse o chefe do Executivo, CY Leung, quando questionado pelos jornalistas sobre se os cidadãos locais devem assinalar o aniversário do massacre de Tiananmen, na principal praça de Pequim, há 27 anos.

"Os residentes de Hong Kong devem preocupar-se com os grandes incidentes que ocorreram no interior da China", acrescentou CY Leung, sem responder diretamente à questão dos jornalistas.

As declarações de CY Leung, prestadas antes da reunião semanal do Conselho Executivo, surgem dias depois de os estudantes terem anunciado o boicote à vigília anual pelas vítimas de Tiananmen, no Parque Vitória, por discordarem dos objetivos da organização - a Aliança de Hong Kong de Apoio dos Movimentos Democráticos Patrióticos da China.

A polémica entre a organização da vigília e os líderes estudantis subiu de tom depois de um artigo publicado no fim de semana pelo líder do conselho editorial da associação de estudantes da Universidade Shue Yan de Hong Kong, Ng Kwai-lung, que compara os organizadores a "proxenetas e alcoviteiras num bordel", segundo a imprensa local.

As observações feitas no artigo refletem uma crescente sensação de distanciamento da política na China continental entre a geração mais jovem.

Um crescente número de jovens e grupos 'localists' - que defendem a proteção da identidade local por oposição a Pequim - têm apelado, nos últimos anos, ao boicote da vigília no Parque Vitória, incentivando a participação em eventos alternativos. Alguns argumentam que o desenvolvimento democrático da China é algo que não lhes diz respeito, enquanto outros se manifestam insatisfeitos com o ritual da vigília.

Os líderes estudantis da Universidade de Hong Kong vão, este ano, organizar um evento em separado no seu próprio campus para assinalar o massacre, enquanto membros de mais de dez outras instituições de ensino superior da cidade vão reunir-se na Universidade Chinesa na noite de 04 de junho para abordar o futuro de Hong Kong depois de 2047, quando expira o princípio "Um país, dois sistemas".

Este ano, a organização da vigília no Parque Vitória estima a participação de 100.000 pessoas, disse na segunda-feira Lee Cheuk-yan, secretário da Aliança, à Rádio e Televisão Pública de Hong Kong.

O número foi avançado depois de, no domingo, a manifestação anual na antiga colónia britânica para assinalar a repressão de Pequim aos protestos pró-democracia ter registado a adesão mais baixa dos últimos anos, com a organização a estimar 1.500 pessoas, e a polícia a referir 780 manifestantes, segundo o jornal South China Morning Post.

Considerado pelo governo como "uma rebelião contrarrevolucionaria", o movimento iniciado por estudantes das universidades de Pequim foi esmagado pelo exército no dia 04 de junho de 1989.

Os manifestantes, que estavam concentrados há várias semanas na praça Tiananmen, pediam mais liberdade política e de expressão e o fim da corrupção no país, entre outras reivindicações. Várias organizações não-governamentais referem a morte de milhares de pessoas.

A região administrativa especial de Hong Kong é o palco mais importante das ações destinadas a lembrar o massacre, e foi refúgio e ponto de passagem de numerosos dissidentes de Tiananmen.

No interior da China, a data é tabu e todas as iniciativas para a relembrar são puníveis com prisão.

FV (ISG/DM/AC) // APN

Governo de Macau considera polícias que falam português "preciosos" e "insubstituíveis"

Macau, China. 31 mai (Lusa) -- O secretário para a Segurança de Macau disse hoje que os polícias que falam português são "recursos preciosos" e "insubstituíveis", depois de um deputado ter denunciado que o trabalho destes profissionais não é reconhecido pelos seus superiores.

"Todos os agentes, quer os de língua materna portuguesa quer os de língua chinesa, são recursos preciosos da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau]. Os agentes referidos são insubstituíveis, são muito importantes para as forças de segurança, damos muita importância ao pessoal de língua portuguesa", disse Wong Sio Chak, durante uma sessão de interpelações dos deputados na Assembleia Legislativa.

O secretário respondeu desta forma ao deputado Leong Veng Chai, antigo funcionário dos serviços prisionais, que indicou que "os agentes que têm como língua materna o português sentem que os seus superiores hierárquicos não reconhecem o seu trabalho", situação que afeta "a moral de alguns deles".

Apesar de o número de agentes de língua materna portuguesa ter vindo a diminuir desde a transferência da administração de Macau para a China em 1999, Wong Sio Chak assegura que as forças de segurança integram tanto agentes como pessoal administrativo com esta competência linguística. "Há dirigentes, chefias, pessoal técnico, etc. O trabalho é distribuído consoante as aptidões do pessoal", afirmou.

"Quando um agente sente que o seu trabalho não é reconhecido, deve-se a várias razões, como por exemplo, as suas limitações, tensão nas relações, etc. Não podemos dizer apenas que é devido ao facto de a língua materna ser o português. Qualquer pessoa passa por um processo de aprendizagem e pode não se adaptar. Isto não tem que ver com o domínio da língua portuguesa. Não se pode dizer que há falta de reconhecimento, não posso concordar com isto", sublinhou.

Durante o debate na Assembleia, o secretário voltou a assegurar que a quebra nas receitas nos casinos -- sentida há quase dois anos e com forte impacto nas contas públicas -- não está a ter efeitos na segurança pública, apesar de aumentos no número de sequestros ligados ao jogo e casos de usura.

"Ate à data, a polícia não recebeu informação de qualquer atividade anormal das sociedades secretas devido ao ajustamento do jogo", nem verificou "qualquer impacto na segurança pública", garantiu.

ISG // JMR


Violência de género e mortalidade materno-infantil são grandes desafios em Timor-Leste - UE

Díli, 01 jun (Lusa) - Os níveis "inaceitavelmente elevados" de violência doméstica e sexual e a mortalidade materno-infantil são dos maiores desafios das políticas de género em Timor-Leste, requerendo políticas reforçadas do executivo, disse hoje a embaixadora da União Europeia no país.

"O nível de violência doméstica e sexual ainda é inaceitavelmente elevado e muitos destes crimes não são levados a tribunal ou não são tratados de forma adequada. E muitas pessoas ainda não entendem a gravidade deste tipo de crimes", disse Sylvie Tabesse num seminário em Díli.

"A mortalidade materna continua a ser alta e há diferenças significativas no acesso ao mercado de trabalho e na participação das mulheres", afirmou, num debate sobre a "integração dos compromissos da igualdade do género no planeamento e na orçamentação do Estado".

Tabesse defendeu formação contínua nas instituições que lidam com questões de género e abordagens mais ativas para implementar recomendações nesta matéria, cabendo à sociedade civil e ao Parlamento Nacional recordar ao executivo os compromissos e obrigações internacionais do Estado.

"Abordar as desigualdades de género requer mudança de mentalidade e mudança institucional", afirmou, destacando as melhorias que Timor-Leste conseguiu com um quadro jurídico e político que apoia a igualdade de género.

Quedas nas disparidades de género na educação, emprego ou influência política é um sinal das melhorias conseguidas nos últimos anos, considerou.

Adérito Hugo da Costa, presidente do Parlamento Nacional, disse que o Estado tem trabalho para dar passos concretos na igualdade de género, "essencial e fundamental para o desenvolvimento do país".

Continua a ser vital, disse, apostar em investimentos que ajudam a promover a igualdade de género e o empoderamento da mulher, respondendo às "lacunas e desafios" que permanecem.

Hugo da Costa desafiou os deputados a aprovarem um Orçamento do Estado para 2017 "sensível ao género" e onde pelo menos "25 a 30 por cento garanta a participação das mulheres".

O seminário de hoje em Díli foi promovido pelo Grupo das Mulheres Parlamentares de Timor-Leste (GMPTL) e enquadra-se nos Planos de Trabalhos do projeto Pro PALOP-TL para Timor Leste.

Os trabalhos de hoje são conduzidos pela ex-deputada e ex-presidente da Rede de Mulheres Parlamentares de Cabo Verde, Graça Sanches, que vai "partilhar os conhecimentos e boas práticas da experiência cabo-verdiana nesta matéria".

O objetivo principal do encontro é reforçar o uso das ferramentas de "Orçamentação Sensível ao Género" nos planos e Orçamento do Estado.

ASP // MP


OMS reconhece esforços antitabaco de Timor-Leste com prémio regional

Díli, 01 jun (Lusa) - O primeiro-ministro timorense foi galardoado com a edição deste ano do Prémio do Dia Mundial Sem Tabaco para o Sudeste Asiático, atribuído pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em reconhecimento dos esforços para combater o tabagismo em Timor-Leste.

Rui Maria de Araújo foi reconhecido por "ter iniciado um conjunto de medidas para libertar a nação da sua epidemia de tabaco", refere um comunicado da OMS, reconhecendo as campanhas que o executivo timorense levou a cabo nos últimos meses nesta matéria.

"Este prémio reconhece os destacados contributos do primeiro-ministro, as medidas concretas que iniciou para controlar o consumo do tabaco e para melhorar a saúde de Timor-Leste", disse Rajesh Pandav, responsável da OMS em Timor-Leste.

A campanha recente do Governo pretende combater um consumo de tabaco que é o mais elevado na região e um dos mais elevados do mundo, com 70% dos homens e 42% dos jovens entre os 13 e os 15 a serem fumadores.

Numa mensagem pela televisão à nação, na terça-feira, Dia Mundial Sem Tabaco, Rui Araújo recordou que reduzir o hábito de consumo de tabaco é "importante para o futuro da nação, por causa do impacto sobre a saúde do povo timorense".

Entre as várias medidas levadas a cabo pelo Governo contam-se campanhas na televisão e na rádio sobre os perigos do consumo de tabaco e formação adicional a pessoal médico para ajudarem fumadores a deixar o hábito.

Foi ainda aprovada legislação para restringir a publicidade ao tabaco, o consumo em espaços públicos fechados e a venda de produtos à base de tabaco a menores de idade.

ASP // VM

Moçambique. COMISSÃO PARLAMENTAR CONCLUI QUE NÃO HÁ VALA COMUM EM GORONGOSA

Maputo, 01 Jun (AIM)  A conclusão preliminar da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade da Assembleia da República, o parlamento moçambicano, refere que não existe vala comum com mais de 120 corpos, em Gorongosa, distrito da província central de Sofala.

Esta comissão, segundo refere o jornal Notícias de hoje, trabalhou no povoado de Canda, a fim de apurar a veracidade da informação divulgada pela agência de notícias portuguesa (Lusa), no sentido de existência de uma vala comum.

As investigações levadas a cabo pela comissão consistiram na auscultação dos líderes comunitários e população da região.

Citado por este jornal, o presidente da Comissão, Edson Macuácua, disse ter constatado que a maior parte dos inquiridos não tem conhecimento da existência da suposta vala comum.

Entrevistámos pessoas, de forma aleatória. Não houve instrumentalização. Foi uma das maneiras encontradas para apurarmos a veracidade dos factos, o que nos garante afirmar, absolutamente, que não existe nenhuma vala comum em Gorongosa, disse ele, acrescentando a questão que se coloca agora é: de onde veio esta informação e quem são esses camponeses citados pela agência Lusa?

No entanto, o parlamentar anunciou que a Comissão que dirige irá trabalhar, nos próximos dias, na província central de Manica, para apurar outros elementos que permitam chegar a conclusões definitivas sobre a existência da vala comum.

Macuácua disse, portanto, que o Estado moçambicano irá responsabilizar os mentores da informação, que denegriu a imagem da província de Sofala, em particular, e do país, em geral.

(AIM) ALM/FF

CORRUPÇÃO EM MOÇAMBIQUE TEM A CARA DO ESTADO

A corrupção em Moçambique tem a cara do Estado e o rosto das meninas e dos meninos que deixam de ser crianças para sobreviverem

Moçambique é um país severamente afectado pela corrupção que é influenciada pelo Governo seguido pelos negócios das multinacionais e os traficantes de drogas, a constatação está patente num estudo apresentado nesta segunda-feira(30) em Maputo, onde “as práticas corruptas são tidas como sendo mais frequentes”, e que revela que “o valor agregado dos custos de corrupção durante o período de 2002 a 2014, a preços correntes, é de 4,8 a 4,9 biliões de dólares norte-americanos”, sem incluir os empréstimos secretos das empresas Proindicus e Mozambique Asset Management (MAM). Porém, para Adriano Nuvunga, do Centro de Integridade Pública (CIP), “a corrupção não são números, tem rostos. E os rostos são as meninas e os meninos deste país que deixam de ser crianças aos 10 ou 12 anos para se dedicar a actividades outras para conseguirem viver”.

Alfândegas, Empresa Moçambicana de Atum(EMATUM), sub-facturação das importações dos combustíveis líquidos, processo de aquisição no sector das telecomunicações e também na construção e obras públicas são os cinco sectores “nos quais a corrupção é a mais acentuada” no nosso país de acordo com o estudo intitulado “Os Custos da Corrupção para a Economia Moçambicana” e que foi realizado pelo CIP, em parceria com o Chr. Michelsen Institute (CMI) e o Centro de Recursos de Anti-corrupção U4.

“Há uns anos atrás tivemos uma discussão com o Presidente Guebuza, na altura ainda era possível falarmos sem ameaças, em Londres e nós dizíamos que os salários baixíssimos dos funcionários públicos incentivavam a corrupção. Ele dizia que não”, recordou-se Adriano Nuvunga, director do Centro de Integridade Pública, durante a apresentação do estudo acrescentando que “nós mostramos que a grande corrupção distorce todo o funcionamento da economia e da sociedade, faz com que não haja dinheiro para pagar aos próprios funcionários, e os funcionários têm que sobreviver. Portanto é a grande corrupção, são as decisões grandes que tem reflexos em toda a cadeia da governação e se manifesta através da corrupção”.

De acordo com Nuvunga para agravar ainda mais os danos ao país “(...) a corrupção em Moçambique é muito esterilizante, porque o dinheiro sai, não é investido aqui ainda que se tenha avançado com as construções particulares das pessoas”.

“Se olharmos também, neste mesmo período, para as possibilidades de crescimento das Pequenas e Médias Empresas o padrão continua o mesmo, ao invés de termos aquilo que os ingleses chamam de entrepeneurs temos os tenderpeneurs. O sector privado fica a espera de tenders (concursos públicos) não se pode dizer, em nossa opinião, que teve efeito positivo só basta olharmos para o que está a acontecer na sociedade para compreender que é como um corpo humano que ficou sem sangue, se espremeu todo o dinheiro e se mandou para fora”, explica o docente Adriano Nuvunga que também é docente universitário.

“(...) As práticas corruptas nas alfândegas (entre 2002 e 2014) podem ser identificadas como a principal causa de dano na economia” concluiu o estudo, realizado ainda antes de se conhecerem as dívidas secretas avalizadas pelo Estado, mas que ainda assim constatou a crescente importância das empresas detidas pelo Estado e das Parcerias Público Privadas “como sedes de corrupção” e aponta o caso da EMATUM como “emblemático”.

“O nosso Presidente é uma pessoa honesta” mas Nyusi “tem que agir”

Questionado sobre se podemos combater ou não a corrupção, o director do CIP afirmou que “os países que o fizeram juntaram três coisas: a determinação política, reformas corajosas, estímulo à produção e desenvolvimento (dificilmente se consegue combater a corrupção sem produzir, ao mesmo tempo o processo produtivo é impedido pela corrupção, não se consegue pôr o sector privado a produzir por causa da corrupção)”.

A seu ver “o nosso Presidente é uma pessoa honesta, e isso é um dado muito importantíssimo. Então tem que agir, honestidade é importante mas não é suficiente se não a coloca ao serviço desta acção”, declarou Nuvunga que citou o novo Presidente da Tanzania como “um caso típico de vontade política” para o combate a corrupção. Para o académico, “em todo o mundo as instituições são dinamizadas por líderes visionários, são homens e mulheres que em posição de liderança, bastante fortes, que sacrificam muitas coisas para desenvolver as instituições”.

Inquirido sobre como surge a vontade política Adriano Nuvunga não tem dúvidas que “tem que ver com a vontade do líder” e dá como exemplo “o Presidente Samora não roubava e as pessoas não roubavam aqui, os mais velhos que o digam. A vontade dele era essa que não se roubasse a coisa do povo e tudo, pouco ou muito, fosse colocado ao serviço do desenvolvimento, de forma correcta ou não mas aquilo que era a dinâmica era essa e as coisas rapidamente mudaram. E a dinâmica hoje é outra, então a questão da vontade é central”.

O CIP enfatizou que o informe da Procuradora Geral da República ao Parlamento, em 2015, não reflectiu o retrato real da corrupção no nosso país pois não mencionou os casos que envolvem grandes figuras do Governo. “É a grande corrupção, feita pelos grande chefes que deixa passar a pequena corrupção para permitir que não seja questionado. Se você tem um Presidente que não é corrupto você nunca vai falar com ele sobre assuntos de corrupção. É a grande corrupção que se sustenta numa base de corrupção administrativa generalizada para permitir que lhe facilitem as várias operações de prática de corrupção. O inverso não acontece, é sempre a corrupção grande que precisa de deixar que a corrupção pequena aconteça para os seus expedientes funcionarem” clarificou Nuvunga.

O estudo do CIP, em parceria com o CMI e o Centro de Recursos de Anti-corrupção U4, concluiu ainda que “o custo da corrupção em Moçambique não é apenas monetário, económico ou social (…) Quanto mais evidente for a imagem de Moçambique como de um Estado corrupto e de facilitador de tráfico e fluxos financeiros ilícitos, maior será o desafio de os líderes políticos moçambicanos convencerem o mundo do contrário”.

Adérito Caldeira - @Verdade