sábado, 2 de outubro de 2021

Dia Mundial do Dador de Medula Óssea


O IPST assinalou o Dia Mundial do Dador de Medula Óssea com uma sessão comemorativa, em formato misto: presencial e online, que decorreu no Anfiteatro do Centro de Sangue e Transplantação de Lisboa – Área da Transplantação, e contou com a presença de vários profissionais desta área, bem como do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales.

Na ocasião o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde deixou “uma mensagem de reconhecimento e agradecimento a todos os dadores de medula óssea que, com a sua generosidade e de uma forma genuinamente voluntária e altruísta, ajudam a cuidar dos outros. A salvar vidas”. Também os profissionais do IPST receberam por parte do SEAS um agradecimento “pela proatividade, pela dedicação e pelo empenho que colocam na sua missão”. Lembrou ainda o impacto que as doações têm para os doentes e respetivas famílias, e afirmou que “se queremos salvar vidas, temos de dar o exemplo e mostrar que podemos contribuir para esta causa nobre, para transformar a vida de alguém.”

Esta data é dedicada aos Doentes que necessitam de um transplante de Medula Óssea e aos Dadores Voluntários.

Fonte: IPST

Prof Hélder Trindade agraciado com a medalha de Serviços Distintos do Ministério da Saúde – grau “ouro


No Dia Mundial do Dador de Medula Óssea o Prof. Hélder Trindade, responsável pela criação do Registo de Dadores de Medula Óssea em Portugal, recebeu a medalha de Serviços Distintos do Ministério da Saúde – grau “ouro”.

A medalha de Serviços Distintos do Ministério da Saúde – grau “ouro” foi entregue pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, ao Prof. Doutor Hélder Trindade pelo papel de relevo que desempenhou no diagnóstico dos primeiros casos de VIH em Portugal, pelo pioneirismo em Portugal na área da citometria de fluxo, que permitiu uma transformação notável na área laboratorial da transplantação e pelo crescimento do Registo Português de Dadores de Medula Óssea – CEDACE.

Fonte: IPST

Cegonha-branca enfrenta novas ameaças ao alimentar-se em aterros

A alimentação da cegonha-branca em aterros sanitários mudou a dieta desta espécie, expondo-a a novas ameaças, como a ingestão de materiais inorgânicos, conclui uma investigação da Universidade de Évora (UÉ), agora publicada numa revista internacional.

Segundo a universidade alentejana, em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o estudo integrou uma dissertação de mestrado em Biologia da Conservação, da autoria de Tiago Ventura, e foi publicado no Wilson Journal of Ornithology.

Neste trabalho, um grupo de investigadores da UÉ verificou que a alimentação em aterros sanitários mudou a dieta da cegonha-branca (Ciconia ciconia) e expôs a espécie “a novas ameaças, como a ingestão de materiais inorgânicos e o cleptoparasitismo por milhafres”.

“Os aterros sanitários são fontes de alimento relevantes e muito utilizadas por várias espécies de aves oportunistas como cegonhas, gaivotas, rapinas e corvídeos”, lembrou João Rabaça, investigador do Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora (MED) da UÉ.

O mesmo investigador e professor do Departamento de Biologia da academia alentejana, citado no comunicado, “as aves juntam-se em grande número” em aterros “para se alimentarem”.

“E existe uma elevada probabilidade de ocorrer cleptoparasitismo” nos aterros sanitários, ou seja, “parasitismo por roubo”, o que se aplica quando um animal leva o alimento capturado por outro indivíduo, eventualmente de outra espécie.

As populações de cegonha-branca da Europa Ocidental sofreram um declínio no século XX, mas, no caso da Península Ibérica, esta tendência foi revertida nos últimos 30 anos.

“Em parte devido ao aumento da disponibilidade de alimento em aterros sanitários” e, como a cegonha-branca “é uma espécie oportunista, que se alimenta de invertebrados, peixes, anfíbios e pequenos mamíferos, beneficia dos recursos alimentares facultados pelos aterros”, indicou.

O investigador alertou, contudo, que “a alimentação nestes locais envolve riscos relacionados com agentes patogénicos, produtos químicos e lesões decorrentes do consumo acidental de materiais não digeríveis, como vidro, plástico e metal, bem como da exposição ao cleptoparasitismo”, ameaça a ter em consideração.

O estudo integrou a análise de 182 regurgitações de cegonhas, recolhidas em 2005 e 2010 em colónias afastadas do aterro sanitário intermunicipal do distrito de Évora, assim como no aterro apenas em 2010.

“Adicionalmente, durante a investigação foram realizadas 47 horas de observações focais de cegonhas em alimentação no aterro”, acrescentou a UÉ.

Os conteúdos das regurgitações “foram sobretudo insetos e materiais inorgânicos não identificados”, tendo sido constatado, entre outras questões, uma “redução em diversos grupos de insetos e no seu número total em 2010, comparativamente com 2005”, ano em que o aterro sanitário de Évora ainda não funcionava.

“Já entre 2005 e 2010, assistiu-se a um aumento do material inorgânico presente nas regurgitações”, disse João Rabaça.

Através das observações no aterro, os investigadores apuraram que as cegonhas alimentam-se de material orgânico, sobretudo carne fresca e peixe, mas os milhafres-pretos “cleptoparasitam as cegonhas, principalmente no início e no final da manhã, limitando a ingestão de alimentos e provocando um aumento do tempo” que estas “passam no aterro”, assinalou João Rabaça.

No cenário atual de “grande produção de resíduos”, torna-se “fundamental tomar decisões informadas e formular melhores políticas de gestão de resíduos que integrem a conservação da biodiversidade” alertou ainda o investigador.

Madremedia/Lusa

Crianças vítimas de pornografia infantil abordadas nos jogos online

Pedófilos utilizam jogos online para chamar a atenção das suas vítimas. Abordagem inicial servia de ponte para que o contacto posterior fosse mantido noutras plataformas.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve na quinta-feira 15 homens com idades entre os 23 e os 60 anos numa megaoperação de combate à pornografia infantil. 

De acordo com o Jornal de Notícias, existe a suspeita que os detidos terão partilhado as imagens na darknet e em plataformas encriptadas utilizadas por pedófilos.

A investigação da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ revelou que foram descobertos milhares de ficheiros que estes suspeitos terão distribuído e partilhado entre si. 

A identificação das vítimas ainda não foi feita, mas segundo o diretor da UNC3T há conteúdo de bebés a adolescentes de 14 anos e nem todas as crianças serão de nacionalidade portuguesa.

Os detidos — oriundos de Braga, Aveiro, Guarda, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Algarve e Madeira — terão de se apresentar no tribunal da sua área de residência para conhecer as medidas de coação.

Madremdeia/Lusa

Atividade Semanal da GNR

Entre 24 e 30 de Setembro, a GNR reteve os seguintes dados:

  1. Detenções354 detidos em flagrante delito, destacando-se:
  • 122 por condução sob o efeito do álcool;
  • 86 por condução sem habilitação legal;
  • 13 por tráfico de estupefacientes;
  • Dois por furto;
  • Sete por violência doméstica;
  • 14 por posse ilegal de armas e arma proibida;
  • Dois por incêndio florestal.

  1. Apreensões:
  • 477 doses de haxixe;
  • 377 doses de canábis;
  • 274 doses de cocaína;
  • 35 doses de heroína;
  • 40 armas de fogo;
  •  27 armas brancas ou proibidas;
  • 18 veículos;

  1. Trânsito:

Fiscalização7 430 infrações detetadas, destacando-se:

  •  2 138 excessos de velocidade;
  • 419 por falta de inspeção periódica obrigatória;
  • 315 relacionadas com anomalias nos sistemas de iluminação e sinalização;
  • 272 por uso indevido do telemóvel no exercício da condução;
  • 264 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou sistema de retenção para crianças;
  • 162 relacionadas com tacógrafos;
  • 155 por falta de seguro de responsabilidade civil;
  • 102 por condução com taxa de álcool no sangue superior ao permitido por lei.

Região Centro recebe campanha nacional de sensibilização para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama

 A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) promove o “Outubro Rosa” com o objetivo de consciencializar para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama, nomeadamente através do Rastreio, e divulgar informação e formas de apoio à mulher e família. Recorde-se que o cancro da mama é o mais prevalente (com maior número de casos) em Portugal e em todo mundo, mas se diagnosticado precocemente, é um dos que tem maior taxa de cura.

Centenas de iniciativas, de norte a sul do país e ilhas, assinalarão este mês de prevenção do cancro da mama. A LPCC pretende uma grande mobilização dos cidadãos em torno desta causa, bem como fortalecer a sua presença e a dos seus voluntários nas comunidades locais. Além da vertente de sensibilização pública, a campanha pode integrar ações de angariação de fundos a favor do doente oncológico e familiares, existindo para o efeito um conjunto vasto de materiais alusivos à iniciativa, disponibilizados mediante solicitação.

O “Outubro Rosa” visa, assim, desafiar a comunidade a juntar-se a este movimento. O Núcleo Regional do Centro da LPCC junta-se à iniciativa nacional, pondo em prática em toda a Região Centro um vasto plano de atividades. O objetivo é promover sinergias para aumentar o impacto da iniciativa, nomeadamente com parceiros institucionais, empresas, grupos profissionais, marcas, e outras entidades, no sentido de uma maior intervenção ao nível da disseminação da mensagem da prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama, nas comunidades locais.

A agenda de atividades a decorrer durante o mês de outubro na Região Centro, contará com ações de natureza diversa, tais como: sessões para a promoção da saúde e bem-estar em diversos ambientes; disponibilização de folhetos informativos e materiais alusivos ao “Outubro Rosa”; realização de caminhadas solidárias, cuja participação pode ocorrer em termos individuais ou em pequenos grupos, em horário e percurso livre; momentos lúdicos com ações de promoção da saúde e prevenção da doença…

Entre as iniciativas solidárias calendarizadas, destacamos, pela sua abrangência territorial, a realização a 16 de outubro da 11ª edição das caminhadas “Pequenos Passos Grandes Gestos®”, a decorrerem como habitualmente nas cidades de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Guarda, Leiria e Viseu, locais onde se procederá igualmente à informação, sensibilização e disponibilização dos materiais da campanha “Outubro Rosa”. A iniciativa, este ano, decorrerá sob o mesmo princípio das caminhadas que a LPCC e os Grupos de Voluntariado Comunitário têm organizado: o princípio das caminhadas livres, efetuadas de forma individual ou em pequenos grupos, sem horário marcado ou percurso definido. A participação implica ainda o cumprimento de todas as orientações das Autoridades de Saúde, recomendando-se a utilização de máscara, desinfeção das mãos e o distanciamento físico.

Muitas mais iniciativas estão a ser projetadas no âmbito da iniciativa “Outubro Rosa” em toda a Região Centro, cuja informação oportunamente enviaremos para conhecimento deste órgão de comunicação.

Participar no movimento “Outubro Rosa” é fácil e está ao alcance de todos, os que - de forma institucional, individual ou em pequenos grupos- podem organizar vários tipos de atividade. Para mais informações ou para participar neste movimento deve ser preenchido o formulário disponível emhttps://www.ligacontracancro.pt/outubrorosaform/

Qualquer contacto necessário pode ser feito para o Núcleo Regional do Centro da LPCC, através do telefone 239 487 490 ou e-mail outubrorosa.nrc@ligacontracancro.pt.

Segundo os dados estatísticos mais recentes (Globocan, 2021), em 2020, no nosso país, estima-se que mais de 7000 mulheres tenham sido diagnosticadas com cancro da mama, lamentando-se a morte de 1800 mulheres por esta doença. Cerca de 1 em cada 100 cancros da mama desenvolvem-se no homem.

Saiba mais sobre os fatores de risco que importa conhecer, em: www.ligacontracancro.pt/outubrorosa

Militares começam a distribuir combustível na segunda-feira no Reino Unido

Os militares do Exército britânico começam esta segunda-feira a distribuição de combustível nas gasolineiras para amenizar a falta de transportadoras, que motivou o encerramento de muitos postos de gasolina, anunciou hoje o Governo britânico.

Quase 200 membros das Forças Armadas, dos quais 100 são condutores, que receberam formação de emergência, serão destacados para aliviar a situação que tem provocado longas filas de horas de espera para reabastecer.

Apesar do Governo e das grandes petrolíferas terem insistido, nos últimos dias, que a situação se “estabilizou”, mais de um quarto das gasolineiras independentes do Reino Unido continuavam esta sexta-feira com as bombas vazias, segundo a Associação Nacional de Retalhistas.

Num comunicado de imprensa difundido hoje, o Ministério do Gabinete (semelhante ao Conselho de Ministros), indicou que os 200 militares, que fazem parte do corpo de Tanques do Exército, darão “apoio temporário” dentro das medidas que o Governo tem adotado para combater a falta de motoristas.

O país “ainda enfrenta desafios”, apesar de a demanda “ter estabilizado e agora estar a ser mais repartido o combustível do que vendido”, refere a nota de imprensa.

Também será permitida a entrada temporária de imediato de 300 camionistas estrangeiros, que poderão permanecer no Reino Unido para trabalhar até ao final de março próximo, de 2022.

O executivo acrescenta que está a tomar outras medidas provisórias contra as pressões que a cadeia de distribuição alimentar está a sofrer, também causada pela falta de mão de obra, que é atribuída “à pandemia e à recuperação da economia global em todo o mundo”, refere o documento que não menciona o Brexit, ou seja, a saída do país da União Europeia.

Entre essas medidas, está a chegada, em finais de outubro, de outros 4.700 transportadores de alimentos, que ficarão até final de fevereiro, e 5.500 trabalhadores do setor avícola que também terão permissão para entrar no país, com visto até 31 de dezembro.

SATA realiza dois voos semanais entre Madeira e Nova Iorque a partir de 29 de novembro

A companhia SATA vai efetuar dois voos diretos por semana entre a Madeira e Nova Iorque, nos Estados Unidos, a partir de 29 de novembro, indicou o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.

A operação decorre até 23 de março de 2022 e representa uma nova aposta do executivo madeirense para a retoma da atividade turística, uma das mais afetadas pela crise pandémica.

“Foi negociado com a SATA e vamos ter uma operação duas vezes por semana, voos direitos para Nova Iorque”, disse Miguel Albuquerque, à margem de uma visita ao Pavilhão da Flor, no centro do Funchal, no âmbito da Festa da Flor, que teve início hoje.

O chefe do executivo madeirense sublinhou tratar-se de uma “oportunidade única” para cativar o turismo norte-americano.

“É uma operação que todos nós esperamos que corra bem”, disse, reforçando: “Neste momento, é um mercado que nos interessa muito.”

Miguel Albuquerque indicou que a economia regional já “começou a recuperar” da crise pandémica, sobretudo na área do turismo, que foi a mais afetada, sendo que taxa de ocupação hoteleira ronda os 62%.

“Os indicadores são muito bons”, disse.

O presidente do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, admitiu, por outro lado, levantar algumas das medidas de contenção da covid-19 após a Festa da Flor, cuja animação decorre até 24 de outubro, nomeadamente o recolher obrigatório e a limitação do horário de funcionamento das atividades económicas.

Atualmente, os estabelecimentos encerram à 01:00 e o recolher obrigatório vigora entre as 02:00 e as 05:00.

Secretário de Estado da Agricultura visita Anadia

 O Secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Rui Martinho, esteve, no passado dia 30 de setembro, no concelho de Anadia, onde visitou a Quinta dos Abibes, em Aguim, e a Estação Vitivinícola da Bairrada (EVB), em Anadia. O membro do Governo esteve no Município a convite da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB), tendo a presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, acompanhado a visita, na qual estiveram também presentes os Diretores Regionais de Agricultura do Centro e do Norte, bem como o presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Távora-Varosa.

Aproveitando a vinda de Rui Martinho ao concelho, Maria Teresa Cardoso e José Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada, deram a conhecer alguns dos problemas que preocupam os vitivinicultores da região, nomeadamente no que diz respeito aos apoios financeiros para a sustentabilidade do setor.

Na Estação Vitivinícola da Bairrada o governante visitou as várias instalações, designadamente o Laboratório de Química Enológica, a Adega e as antigas casas do Adegueiro e do Diretor, tendo os responsáveis locais alertado para o estado de degradação em que se encontram estes imóveis e para a necessidade urgente da sua recuperação. De referir que é na Casa do Diretor que o Município e a CVB têm a pretensão de instalar o Centro de Investigação Nacional do Espumante, projeto há muito reivindicado pela região.

O Município tentou sensibilizar o Secretário de Estado para a necessidade de recuperar este património único na região, tendo mostrado abertura e disponibilidade para avançar com a sua reabilitação, desde que fique legitimado para o fazer e que a autarquia e o Ministério da Agricultura encontrem uma solução para a comparticipação do investimento a realizar.

Relativamente ao Centro de Investigação Nacional do Espumante, foi referida a importância da sua instalação neste imóvel e a mais valia que pode trazer para o setor, tanto em termos locais como nacionais. De sublinhar que a região da Bairrada produz mais de 50 por cento do espumante nacional e associada à Região da Távora-Varosa, as duas regiões representam mais de 75 por cento da produção de espumante em Portugal.

O membro do Governo reforçou o reconhecimento do Ministério da Agricultura para a criação do Centro de Investigação Nacional do Espumante, em Anadia, realçando que o Ministério da Agricultura quer ser um parceiro ativo na concretização deste projeto, para servir a região e o país, potenciando assim o seu desenvolvimento estratégico.

Saara Ocidental: “Espanha deve aprender com o exemplo de Portugal”

O Tribunal Europeu de Justiça anulou acordos de pesca entre os 27 e Marrocos, por contemplarem o Saara Ocidental. A TSF entrevista um diplomata sarauí, que já liderou o governo da nação em busca da autodeterminação.

Nascido em Dakhla, no Saara Ocidental, licenciado em Direito pela Universidade de Salamanca, foi um dos fundadores da Frente Polisário, o movimento de libertação nacional do Saara Ocidental e da República, em 1975. Presidiu ao governo entre 2002 e 2019, além de outros vários cargos elevados na estrutura política de um território que Marrocos ocupa parcialmente e que levou a uma missão das Nações Unidas, a MINURSO, que tem o objetivo de fazer as partes entenderem-se e levar a um referendo pela autodeterminação. O paralelo com a situação da ocupação indonésia é incontornável e a responsabilidade histórica de Espanha também. Abdelkader Taleb Omar, atual embaixador na Argélia, não poupa o governo espanhol e elogia o exemplo corajoso de Portugal. Entrevista na TSF, ao programa O Estado do Sítio, depois de ter sido orador no congresso The Future of Politics, organizado pela Advanced Leadership Foundation, em Cascais.

Qual é o significado político da decisão desta semana do Tribunal Europeu de Justiça que anula os acordos de pescas da União Europeia (UE) com Marrocos?

Isto tem um grande significado político. O Supremo Tribunal Europeu de Justiça anula esses acordos, que foram negociados com o Conselho Europeu e Marrocos, relativamente à pesca e produtos agrícolas. Tem uma dimensão enorme porque Marrocos e, inclusivamente os que assinaram esses acordos, queriam transmitir a mensagem de que Marrocos tem a administração e, portanto, têm o direito de assinar acordos com outros países. Os marroquinos interpretaram isso como uma aceitação da sua presença no Saara Ocidental. Outros também o interpretam assim.

Contudo, hoje, com esta sentença de anular esses acordos que foram assinados no Conselho Europeu com Marrocos, explicaram que Marrocos não tem soberania sobre o Saara. O Saara e Marrocos são dois territórios distintos e separados e, portanto, Marrocos não tem nenhum direito. Além do mais, o acordo não contou com a concordância do povo sarauí, que é uma regra alegada pelo Conselho Europeu de que isto ia ao encontro do benefício da população Sarauí, mas a regra é que tem de contar com o consentimento do povo Sarauí".

Hoje, o tribunal reconheceu a Frente Polisário como o único representante do povo Sarauí e que pode defender os seus interesses nos tribunais. Como tal, Marrocos e o Conselho tentaram colocar em dúvida a representatividade da Polisário perante o povo Sarauí. Isso é algo muito importante porque também os marroquinos dizem que não, que a Polisário não é o único representante, então, é um elemento de grande valor.

Em segundo lugar, anulam-se os acordos porque incluem o território de Sarauí e Marrocos não tem nenhum direito, nenhuma soberania, para assinar acordos. E, portanto, isto vem depois da posição do Presidente Trump, em reconhecer a soberania de Marrocos sobre o Saara. Isto também é uma resposta indireta a Trump, no sentido de que o que ele pensou e fez é ilegal, vai ao arrepio das decisões dos tribunais e contra as resoluções das Nações Unidas. Marrocos contou muito com essa posição e tentou obrigar EspanhaAlemanha e a União Europeia a seguir os passos de Trump. Marrocos utilizou também a imigração como pressão, a imigração para entrar em Ceuta e Melilla para pressionar Espanha e toda a Europa: ´aqui estou e têm de reconhecer a soberania, caso contrário vou continuar a pressionar pela imigração'. Marrocos contava que isto fosse mudar as coisas. Agora, essa sentença, não só anulou os acordos, como também deixou cair toda essa esperança de que os demais países podem seguir a posição que tomou Donald Trump. Tem essa dimensão estratégica. Hoje é uma referência a nível internacional. Inclusivamente, antes da reunião agora em outubro sobre o Saara - há uma reunião anual, sobretudo quando o Secretário-Geral das Nações Unidas, senhor Gutterres, propôs Steffan de Mistura como enviado pessoal dele".

O lugar estava vago há quase dois anos...

Mais de dois anos... e acaba de propô-lo, mas os marroquinos não queriam. Contudo, ultimamente, como baixou a pressão dos Estados Unidos, acabaram por aceitar. Todos são elementos importantes, que podem dar uma nova dinâmica e obrigar a Marrocos a terminar com a sua propaganda expansiva, de que isto lhes pertence e é Marrocos e nada mais que Marrocos. Com essa sentença do Tribunal Europeu e, ainda mais com a posição da União Africana, que reconhece a república Sarauí, eu creio que Marrocos está a conectar-se com uma nova realidade, depois de se ter inchado com o reconhecimento da soberania deles sobre o Saara ocidental.

Falou várias vezes de Donald Trump. Esse posicionamento do ex-presidente americano piorou bastante as expetativas de uma solução para a questão da autodeterminação do Saara Ocidental?

Efetivamente, ele criou falsas ilusões para Marrocos e também, com a sua posição, arruinou todo o processo pacífico que as Nações Unidas levavam a cabo no Saara. Sabes que a missão das Nações Unidas para o referendo do Saara está lá, a MINURSO, e, por isso, o Conselho de Segurança e o Secretário-Geral disseram que não podiam aceitar essa posição e que, a questão do Saara, está escrita como uma questão de descolonização. A questão está nas mãos das Nações Unidas e têm de encontrar uma solução dentro do marco das Nações Unidas.

Acredita que agora vai ser possível marcar uma data para o referendo?

O problema é que as portas estejam a ficar fechadas para Marrocos, em termos do que pretendem que é impor a legalização da sua ocupação no Saara. Com isto da sentença do tribunal europeu, com a mediação das Nações Unidas e com a proposta que vai chegar dentro de pouco dias, do enviado especial do secretário-geral da ONU, obriga Marrocos a rever a sua posição e a terminar com o comportamento de que o Saara é marroquino. Isto é uma resposta a nível europeu e junta-se à posição das Nações Unidas: ninguém reconhece a soberania de Marrocos sobre o Saara. O Saara continua a ser um território não autónomo. A questão do Saara assemelha-se à outra de Portugal. Muitos conhecem a questão de Timor-Leste. A questão do Saara é idêntica, surgiram no mesmo ano. Um grande país como a Indonésia anexou Timor-Leste pela força, Marrocos faz o mesmo.

Mas em Timor houve uma ocupação violenta durante 24 anos. Aconteceu o mesmo no Saara Ocidental?

Sim, sim. Houve uma guerra de 6 anos e foi assinado um acordo de paz, um plano de paz supervisionado pela ONU, mas foi abandonado. Porquê? A Espanha não fez o que fez Portugal. Portugal defendeu as suas colónias e obrigou a Indonésia a retirar-se e contou com o apoio da União Europeia e das Nações Unidas. A Espanha não. Ficou com uma posição neutral e deixou as coisas assim. E a França, como uma ex-potência colonial de quase todo o norte de África, apoio Marrocos perante as pressões internacionais e bloqueou o processo.

Ou seja, o Saara Ocidental e a Frente Polisário não têm grandes amigos na Europa do sul...

Francamente... os povos ... há aqui muitos amigos, muitas associações de amigos do Saara Ocidental... em Portugal, em Espanha, em Itália, até em França. Muitos partidos, muitos deputados, mas os governos ficaram sob a influência de França por um lado, e a chantagem de Marrocos sobre Espanha com Ceuta e Melilla por outro; também a questão da pesca e, com isso, os governos ficaram parados. E esses países, neste caso, são referência para o resto da Europa.

A Espanha quer que o Conselho Europeu recorra da sentença judicial e apresente uma providência cautelar sobre a decisão do Tribunal Europeu de Justiça. Precisamente pelo impacto que vai ter no setor das pescas...

Nós o que dizemos a Espanha é que deve abster-se de bloquear o processo de autodeterminação do povo sarauí. Foram muitos anos e Espanha foi a causa, porque Espanha tem a responsabilidade de concluir a descolonização. E continua a ser, porque era a potência colonial. Saiu sem concluir esse processo e entregou o Saara a Marrocos e à Mauritânia como administração, não como soberania. Como diz o Secretário-Geral da ONU, Espanha continua a ser a potência administradora porque Marrocos não tem um mandato internacional, é uma força de ocupação. Espanha tem a responsabilidade histórica, por isso lhe dizemos: "basta" de causar o exílio e a separação das famílias sarauís, durante 45 anos e não deve defender mais os interesses marroquinos. Isto vai marcar a história de Espanha de como se pode maltratar e sacrificar um povo, perpetuando a condenação e exílio do povo sarauí. Espanha deve seguir o exemplo valioso e democrático de Portugal, a coragem de Portugal ao defender a sua antiga colónia de Timor-Leste, apesar da influência de uma potência como a Indonésia.

Deve seguir esse exemplo?

Sim, deve seguir o exemplo de Portugal. E aproveito a ocasião para saudar Portugal, o seu governo e o seu povo por ter defendido o direito à autodeterminação do povo de Timor Leste. É um grande exemplo para os povos: defender o mais fraco perante o mais forte. Se calhar Portugal até ganhava mais com a Indonésia do que com Timor-Leste, mas alinharam-se com o direito internacional e com um povo que tinha colonizado durante muito tempo. Merece a nossa saudação e é uma ocasião, hoje, para saudar o exemplo que deu e esperamos que Espanha siga esse bom exemplo.

Ainda que a anulação do acordo, tenha um impacto no setor das pescas. O senhor não receia que isso produza um impacto negativo na imagem da Frente Polisário e do Saara Ocidental junto da opinião pública espanhola?

Bom, na verdade são raros os setores que beneficiam desse acordo da União Europeia com Marrocos. E não são todos espanhóis, inclusive a Espanha pode ganhar com a Frente Polisário não somente no setor das pescas, há muitos outros setores que podem ganhar como ganhar quando estiveram presentes no Saara. Com Marrocos ganham muito pouco. Marrocos o que espera é anexar o Saara de forma total e se lhe deixarem fazer isso, vai mostrar os músculos, a Europa vai ver um Marrocos muito diferente. No dia seguinte, o Marrocos amigo, sensível, modesto, vai converter-se num Marrocos com poder. Os problemas que Espanha não resolver agora vão ter custos para as gerações futuras. Espanha não deve continuar a perder tempo, procurando amigos onde não os tem.

Como é a situação atualmente no Saara Ocidental? Sei que houve um recrudescimento do conflito no último ano, praticamente...

Sim, desde 13 de novembro que Marrocos, depois da posição de Trump, quis pressionar toda a gente, violou o cessar-fogo, e agora há bombardeamentos diários ás posições do exército marroquino, é agora uma guerra de desgaste, Mas pode vir a ter caraterísticas mais agudas.

Mas quem é que ajuda a Frente Polisário? A Argélia? É uma ´proxy war, uma guerra por procuração entre a Argélia e Marrocos?

Não, a Argélia não tem nada que ver. Nós somos membros fundadores da União Africana (UA) e um dos estatutos principais da UA é o respeito pelas fronteiras herdadas do colonialismo, porque se isso não se respeita toda a África vai mudar, não há mais estabilidade. Os estatutos da UA reconhecem também o direito à autodeterminação. A Argélia reconhece esse direito. Marrocos alega algo que é falso mas que se interpreta como se as suas fronteiras se estendessem até ao Rio Senegal. Noutro momento histórico, também reivindicaram a Mauritânia, também a parte ocidental da Argélia. O expansionismo marroquino não tem limites, não tem fronteiras físicas. A atual constituição de Marrocos não limita as fronteiras do país. Dizem: "as reais fronteiras" e interpretam isso como querem. E se os países partem desse conceito de fronteiras históricas, o império otomano poderia reivindicar muito, o império romano também, vocês aqui em Portugal idem. Hoje, as fronteiras estão reguladas pelo direito internacional que reconhece o direito das colónias à autodeterminação e independência. As organizações continentais reconhecem isto. Hoje em dia, anexar territórios pela força não é admissível.

Os movimentos de libertação são sempre considerados como tal por quem aspira à autodeterminação e independência, mas são também sempre considerados movimentos terroristas na ótica do estado. Marrocos entende que a Frente Polisário é um movimento terrorista...

Não, repare: há uma grande diferença entre os movimentos de libertação e as organizações terroristas. Os movimentos de libertação estão reconhecidos pelas Nações Unidas. O artigo 15/14 que defende a descolonização pede aos estados que apoiem os movimentos de libertação a recuperar os seus direitos e estão assim classificados pelas Nações Unidas. Hoje, o Saara Ocidental é um dos dezassete países que continuam sem ser descolonizados. A ONU considera isso um crime e cada povo tem o direito de lutar como autodefesa para recuperar os seus direitos, enquanto que as organizações terroristas não têm conceitos claros de construção do estado senão criar o terror, causar sofrimento aos civis e lutar sem causas a não ser provocar danos e causar desestabilização. Às vezes os estados podem financiar outros para provocar danos a outros e não se movem dentro do quadro legal do direito internacional. É a grande diferença entre terroristas e movimentos de libertação.

Como é a situação económica e social hoje no Saara ocidental?

Há uma parte ocupada e quem beneficia dos recursos naturais é o exército marroquino e os dispositivos policiais que beneficiam da pesca e do fosfato, enfim, de toda a riqueza que ali existe. E há uma outra parte depende muito da ajuda internacional, e de organismos como o ACNUR, o Programa Alimentar Mundial, a UNICEF, e de algumas ONGs amigas, sobretudo na Europa. Resimindo, as condições não são nada fáceis, mas o povo resiste e organiza-se com os poucos recursos com que conta sobre o terreno. E assim resistem e continuam a luta.

Ricardo Alexandre com Maria Trindade (estagiária) / TSF

Imagem: R7

Oito distritos sob aviso amarelo no domingo devido à chuva e vento fortes

Viseu, Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar sob aviso amarelo devido à possibilidade de ocorrência de vento forte, com rajadas, e de períodos de chuva por vezes forte, que poderá ser acompanhada de trovoada.

Oito distritos de Portugal continental vão estar sob aviso amarelo no domingo devido à previsão de aguaceiros e vento forte, anunciou este sábado o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Os distritos de ViseuPortoGuardaVila RealViana do CasteloAveiroCoimbra e Braga vão estar sob aviso amarelo devido à possibilidade de ocorrência de vento forte, com rajadas, e de períodos de chuva por vezes forte, que poderá ser acompanhada de trovoada.

Relativamente ao vento, os avisos do IPMA começam às 21h00 deste sábado e vigoram até às 03h00 de domingo, para os distritos de Viseu, Porto, Vila Real, Viana do Castelo e Braga.

Segundo o instituto, o aviso amarelo para o risco de chuva forte vai estar em vigor nos oito distritos entre as 00h00 e as 06hh00 de domingo.

O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

O IPMA prevê para este sábado no continente chuva no norte e centro, em especial no litoral e intensificação do vento no final do dia.

Lusa

Imagem: SICNOTÍCIAS

“Caminho Sinodal” decidido a fazer uma revolução na Igreja

Não parece, mas a foto é de uma assembleia de bispos (progressitas) da Alemanha

  • Mathias von Gersdorff

Por ocasião das “bênçãos” a duplas homossexuais no início de maio passado, foram feitos vários apelos aos progressistas radicais alemães para que se moderassem. Advertências claras vieram também de Roma, pois com seu comportamento estrondoso eles ameaçavam prejudicar o processo sinodal no mundo inteiro.

Como resultado, a maioria dos teólogos e dos grupos de base se conteve de fato em suas posições extremadas, levando a supor até que se havia alcançado certa disciplina no progressismo radical alemão. Contudo, dela nada restou na II Assembleia Geral do Caminho Sinodal, quando voltaram formular exigências extremistas, contrárias ao Magistério e a Igreja universal:

 A Comunidade de Mulheres Católicas Alemãs (KFD), a União Alemã de Mulheres Católicas (KDFB) e a associação Maria 2.0 passaram a exigir a introdução do sacerdócio feminino. Tais associações são apoiadas especialmente pelos bispos Overbeck, de Essen e Bode, de Osnabrück.

 Elas exigem uma vez mais a abolição da moralidade sexual católica, em particular as parcerias homossexuais e extraconjugais devem ser aceitas e possivelmente e mesmo abençoadas.

 A Igreja deve ser democratizada e, na melhor das hipóteses, os bispos devem atuar como moderadores entre as diferentes correntes eclesiais. A natureza sacramental da ordenação ainda não foi rejeitada, mas suas consequências sim. Em particular, a constituição hierárquica da Igreja.

Em resumo busca-se erigir uma Igreja completamente nova, com uma Moral própria, e nova estrutura diretiva. Assim, o Caminho Sinodal quer construir de fato uma igreja nacional alemã. Há resistência em marcha, de modo especial de Dom Voderholzer, bispo de Regensburg, e de Dom Oster, bispo de Passau.

Contudo, Dom Rudolf Voderholzer foi imediata e duramente criticado por Dom Georg Bätzing, bispo de Limburg e presidente da Conferência Episcopal: “Suas declarações não foram autorizadas, além de presunçosas”. Não pode haver dúvida de que o Caminho Sinodal nada mais é do que uma revolução eclesiástica para uma nova religião.

A estratégia futura a ser aplicada em vista do Sínodo Mundial está em aberto, havendo três opções:

 Possivelmente os progressistas quererão criar fatos consumados, erigindo uma igreja nacional, independendo das reações por parte de Roma e da Igreja universal. Com quase certeza irão fazer ouvidos moucos aos brados de alerta, correndo o risco de se separarem de Roma.

— Talvez eles não queiram ir tão longe, tomando diante do Sínodo Mundial uma posição, de início, a mais revolucionária possível, mas sem adotar medidas concretas, esperando para ver como as coisas irão se passar em âmbito mundial.

— É possível que eles pensem que uma revolução em escala mundial na Igreja possa ser deflagrada a partir da Alemanha, como já se deu no século XVI com o protestantismo. As resoluções do Caminho Sinodal seriam algo como um manifesto da revolução da Igreja para o mundo inteiro.

Uma coisa é certa. Os bispos, sobretudo Dom Georg Bätzing, já não dirigem os acontecimentos, mas são arrastados pelas correntes radicais na assembleia do Caminho Sinodal. Eles teriam de encerrar o já iniciado processo de destruição com uma palavra de força, mas na aparência temem que os grupos radicais de base partam para as barricadas.

A possibilidade de se apoiarem em católicos leais ao Magistério na Alemanha encontra-se fora de questão para a maioria dos bispos, de tal modo eles se encontram prisioneiros de associações financeiramente fortes.

ABIM

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Texto original: https://mathias-von-gersdorff.blogspot.com/2021/10/vollversammlung-synodaler-weg-ist-zur.html

Tradução: Renato Murta de Vasconcelos

Montemor-o-Velho: Dia Nacional dos Castelos celebrado com visita performativa e ópera


Por ocasião do Dia Nacional dos Castelos, em Montemor-o-Velho, a data é assinalada, no dia 9 de outubro, com uma visita performativa ao centro histórico da Vila de Montemor-o-Velho e com o espetáculo “Ópera Pimpinone”.
Assim, a partir das 16h, a visita performativa inicia-se no Castelo, junto ao Posto de Turismo, e promete levar os participantes por um percurso repleto de momentos de história e arte que vai percorrer também o Centro Histórico de Montemor-o-Velho.

Desenvolvida no âmbito do projeto Re-Existir, a iniciativa é gratuita, porém está sujeita a reserva obrigatória e confirmação, devendo ser enviado para o endereço de correio eletrónico cultura@cm-montemorvelho.pt a indicação do nome, contacto telefónico e endereço de email.

À noite, a partir das 21h, o Castelo de Montemor-o-Velho recebe o espetáculo “Ópera Pimpinone”. De entrada livre, as inscrições são limitadas e sujeitas a reserva através da plataforma digital em https://eventcontrol.pt/cmmontemor.

Recorda-se que estes eventos integram a programação cultural em rede da Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIM RC), realizando-se nos 19 municípios que a compõem.

O evento tem duração de 1 hora e cumpre as normas da DGS e será obrigatório o uso de máscara e a higienização das mãos.

Classificação etária do espetáculo: maiores de seis anos.

SILK ROAD ATUA NA ZONA RIBEIRINHA DE SILVES A 5 DE OUTUBRO


O grupo Silk Road irá atuar no próximo dia 5 de outubro, pelas 18h00, na zona ribeirinha de Silves (junto do mercado municipal provisório). A iniciativa, promovida pela Câmara Municipal de Silves, tem entrada livre.

Neste final de tarde de feriado, a banda transportará o público por várias sonoridades e ambientes musicais, desvendando que, neste concerto, “tal como um viajante da "rota da seda" (silkroad)” o público “irá encontrar elementos inspirados nos quatro cantos do mundo mas sempre com um toque muito sedoso...”.

A entrada é limitada a 80 pessoas, mediante apresentação de voucher (entregue no local 1h00 antes do espetáculo).

Os telefones 282 440 800 e 282 440 850 e o endereço de correio eletrónico cultura@cm-silves.pt são os contactos do sector de Cultura do Município de Silves disponíveis para o fornecimento de informação adicional sobre o evento.

O evento cumpre as recomendações da DGS.

 

MATADOURO OVIGER INTEGRA-SE NO GRUPO FORTUNNA

O matadouro Oviger, com sede em Alcains, Castelo Branco e o Grupo Fortunna, com sede em Braga, associaram-se, assumindo como objetivo acelerar a implementação da nova estratégia da Comissão Europeia “Farm to Fork”, isto é, do campo à mesa. A parceria concretizou-se na passada sexta-feira, dia 24 de Setembro, tendo o Gupo Fortunna passado a ser acionista maioiritário da Oviger. 
O Grupo Fortunna é liderado por André Araújo, com um reconhecido percurso no desenvolvimento do negócio da carne bovina, com particular destaque para os produtos de valor acrescentado, quer em termos de cortes, quer em termos de raças. Com uma longa e vasta experiência no sector, percorreu as diversas etapas do processo de formação e aquisição de conhecimentos na fileira da carne, tendo passado, como profissional, pelos quadros de algumas das maiores empresas do sector em Portugal. 
Tendo criado, há pouco mais que uma década o projecto Fortunna, é hoje um dos principais players do sector em Portugal, com infra estruturas produtivas em Braga e nos Açores e já uma referência assinalável do negócio, no mercado europeu. 
Sobre esta parceria e nas suas próprias palavras, “a Oviger rapidamente se posicionou como um dos mais relevantes fornecedores da Fortunna, em Portugal. Este projecto cumpria o nosso objectivo de estar cada vez mais próximo dos produtoras, apoiá-los e incentivá-los a fazer melhor, em termos sustentáveis, ambientais e simultaneamente aumentando a sua rentabilidade. Por isso, a parceria com a Oviger é passo nesse sentido.” 
O matadouro Oviger foi comandado, nos últimos 4 anos, pelo albicastrense Artur Diogo, um apaixonado pela Beira Baixa. Na Oviger encontrou o desafio de recuperar uma empresa a necessitar de um forte e rápido processo de modernização. Tem vindo a renovar-se com sucessivos investimentos, sendo que, neste ano, o valor investido superou 1 milhão de euros, tendo em vista a obtenção das certificações internacionais de qualidade e em bem-estar animal, referenciais importantíssimos para poder alcançar os mais exigentes mercados internacionais. Como referiu Artur Diogo “e assim foi com o Grupo Fortunna, em abril começámos a trabalhar e a conhecer-nos melhor. Trabalhar com um dos mais exigentes clientes de Portugal levou-nos a crescer mais depressa como organização. Aprendemos, desde logo, com as suas exigentes normas de controlo de qualidade e percebi rapidamente que trazer todo o know-how do Grupo Fortunna para Alcains iria imprimir maior velocidade ao processo de mudança iniciado na empresa. E assim aconteceu!” 
Com esta parceria é legítimo ter a expectativa de que toda a pecuária do Interior ganhará novo fôlego, contribuindo, desta forma, para o combate à desertificação. A Oviger no Grupo Fortunna será um motor de desenvolvimento regional absolutamente estratégico para toda a região.