Porto de Mós
e seu Castelo (I Parte)
O Concelho de Porto de Mós com cerca de 264km2 e 24500
habitantes é de média dimensão e situa-se no seio da região centro do país,
sendo um dos dezasseis concelhos do distrito de Leiria. Encontra-se a cerca de
100 km de Lisboa, 20 km de Fátima, 25 km da Nazaré e a 20 km da sede do
distrito. É limitado a Norte pelo concelho da Batalha, a Sul pelos concelhos de
Alcanena, Santarém e Rio Maior, a Nascente pelo concelho de Ourém e a Poente
pelo concelho de Alcobaça. As suas fronteiras situam-se a curtíssima distância
dos dois principais eixos rodoviários nacionais: a A1, a Nascente, e a A8, a
Poente. A comunicação privilegiada entre estas duas importantes vias faz-se,
igualmente, através do IC9 que rasga o concelho de Poente a Nascente, tocando
os limites da vila e também pela A19. Porto de Mós encontra-se, assim, ligado à
principal rede viária nacional possibilitando, de forma fluida e atractiva, a
circulação de pessoas e bens. É a própria localização privilegiada do concelho,
inserido numa das regiões mais dinâmicas do país, próximo das grandes vias de
acesso terrestre, que se constitui como um factor potenciador não só do seu desenvolvimento
como, também, do seu relacionamento com o mundo exterior, num contexto de
modernidade.
Há cerca de 100 mil anos, os antigos leitos do rio
Lena acolheram os primeiros povos pré-históricos. Foi no seio das terras
férteis deste vale que os diferentes povoados se foram implantando,
intensificando a circulação de pessoas e bens, justificando a toponímia deste
local, enquanto ponto fundamental na rede viária da região. Porto de Mós, o
“porto das mós”, como tradicionalmente se define, denuncia claramente a relação
com o cais de embarque, ao mesmo tempo que reforça a capacidade inovadora
relacionada com o desenvolvimento de tecnologias rurais da moagem em azenhas e,
mais tarde, em moinhos de vento, com as suas costumadas mós, elementos
simbólicos que virão, aliás, a ser aproveitados para a representação da própria
vila, na definição da sua heráldica.
A “...vila forte...”, como Camões a designa na
estância 16 do canto VIII d’ “Os Lusíadas”, está intrinsecamente associada à
figura lendária de D. Fuas Roupinho, alcaide-mor do castelo desta terra,
brilhante figura, tido, por alguns, como meio irmão de D. Afonso Henriques ou
filho bastardo, ao serviço de quem, em 1180, havia de conseguir, estoicamente,
reconquistar a fortaleza aos mouros.
Pertença dos coutos do Mosteiro de Alcobaça, Porto de
Mós, ao longo de toda a época medieval, observa um crescendo de importância.
Dotada de uma significativa organização a nível administrativo e institucional,
na centúria de duzentos, a vila de Dom Fuas afirma-se, ao longo dos séculos
XIII e XIV, com a atribuição da carta de foral, em 1305, por El-Rei Dom Dinis,
confirmada por D. Manuel, em 1515, reafirmando a solidez de usos e costumes
enraizados desde há muito, agora consubstanciados na definição de obrigações e
privilégios.
Propriedade da rainha Santa Isabel, garantia de
núpcias, estas terras foram, igualmente, cedidas à rainha D. Beatriz e,
posteriormente, ao seu neto, D. João, filho de D. Pedro e D. Inês de Castro;
indissociável da memória colectiva por ser o local de encontro entre D. João I
e D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável, a quem, aliás, em 1385 é doado
este condado, Porto de Mós foi o palco na preparação das hostes para a Batalha
Real, dita de Aljubarrota; pertença da Casa de Bragança, a vila surge-nos como
uma fonte imensa de curiosidades históricas que vale a pena procurar conhecer.
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O Concelho de Porto de Mós alberga, em si, um
património bastante diversificado, capaz de dar resposta e de satisfazer as
novas motivações do turista de hoje que assentam, essencialmente, na conjugação
de diferentes áreas de interesse, como a cultura, o património histórico, o
turismo de natureza e de lazer e a gastronomia.
O turista de hoje viaja para melhorar a sua qualidade
de vida, procurando destinos cujo cartão-de-visita lhe ofereça um potencial
turístico com história e vivências que reflictam a magia das raízes de um povo
e de uma região, assumindo grande relevo as propostas de partilha do
conhecimento dessas gentes, desses lugares e dos seus recursos endógenos. O
Concelho de Porto de Mós, dotado de um potencial turístico enorme, alberga
belezas naturais diversificadas, com expoente máximo na eleita maravilha Grutas
de Mira de Aire, espelho de um conjunto belíssimo e vasto, no qual se incluem
as Grutas de Alvados e as Grutas de Santo António. De destacar, ainda, a
Fórnea, um anfiteatro natural, enriquecido pelas cascatas da Cova da Velha e a
flora e fauna, tão características do Parque Natural das Serras de Aire e
Candeeiros. No coração desta reserva natural, Porto de Mós surge como um palco
privilegiado para o usufruto do turismo de natureza e para a prática de desportos
ao ar livre. Provas de BTT, downhill, escalada ou trilhos de percursos
pedestres, animam as serras. A antiga linha de caminho-de-ferro, convertida em
Ecopista,é disso exemplo recebendo, diariamente, centenas de visitantes, num
simbiose perfeita entre a história e a natureza.
Do património histórico, realce para o seu castelo de
traça palaciana, também para o Campo Militar de S. Jorge, prolongado pelo
Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, para a Estrada Romana do
Alqueidão da Serra, entre outros pontos de interesse que, aliados à boa
gastronomia local e à oferta de alojamento diversificada, concebem Porto de Mós
como um destino justificado para uma visita.
Cientes de que oturismo se apresenta como uma
actividade económica de grande impacto na qualidade de vida das sociedades
contemporâneas, pretendemos, sobretudo, dar a conhecer melhor o Concelho de
Porto de Mós, contribuindo para o bem-estar das nossas populações e de quem nos
visita, não esquecendo nunca que são as acções dos homens que imprimem vida aos
lugares. Seja Bem-vindo a esta Terra de Encantos!
Presidente da Câmara Municipal - João Salgueiro
Contactos:
Praça da República
2484-001 PORTO DE MOS
Telefone: 244499600
Fax: 244499601
E-mail: geral@municipio-portodemos.pt
Em pleno Maciço Calcário Estremenho, Porto de Mós
situa-se junto de um dos principais eixos viários do país, o IC2, e entre as
duas principais metrópoles do país, Lisboa e Porto, através do IC9 (saída de
Alcobaça), da A1 (saída de Leiria ou saída de Torres Novas), e da A8 (saída de
Leiria ou saída de Pataias), o que torna estratégica a sua situação no que se
refere, por exemplo, à localização industrial, mas também turística.
Para além da posição intermédia que apresenta em
relação às áreas urbanas (Lisboa - 1h30m, Porto - 2h20m), é também de destacar
a sua proximidade à capital de distrito - Leiria (00h30m), a cidades como
Coimbra (1h15m), Tomar (1h00m), Fátima (00h35m) ou Santarém (1h00m) e ainda à
costa ocidental.
O concelho encontra-se inserido na sub-região Pinhal
Litoral - NUT III, da Região Centro e do PNSAC.
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NB: No sentido de facilitar a postagem da fotorreportagem
efectuada à excursão que a Associação Parceiros da Amizade realizou no dia 20
de Setembro, na qual tive o grato prazer de participar a seu convite, e
considerando o elevado interesse público da documentação histórica disponível,
achei por bem fazer uso da mesma respeitando integralmente a sua redacção vs
terminologia.
Portugal reúne uma riqueza patrimonial impressionante,
que na minha opinião não tem sido devidamente aproveitada para efeitos de
turismo. Por vezes somos confrontados com falta de informação, o que não deixa
de ser reparável. No caso de Porto de Mós, e durante visita que foi efectuada ao Castelo, fomos recebidos com o acolhimento que se impõe neste tipo de visitas. Obrigado.
A verdadeira amizade envolveu-nos a todos, facto
realmente comprovado. Integraram nesta excursão elementos de diversas
nacionalidades: Brasil, Índia, México, Irão, Ucranianos, Russos, Angolanos, e
claro, também portugueses.
Postado por Joaquim Carlos, Coordenador do Projecto
Comunicação e Imagem. As imagens aqui disponíveis podem ser usadas na condição
que seja feita referência da sua fonte.