segunda-feira, 21 de setembro de 2015

40 Motards deram sangue e Portalegre

 40 Motards deram sangue em Portalegre






Tal como havíamos noticiado: no segundo sábado de Setembro, a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – empreendeu uma recolha em parceria com o Grupo Motard Novo Milénio de Portalegre. No kartódromo: o espaço reservado à colheita contou com a presença de 40 voluntários da região, entre os quais uma dezena do sexo feminino. E desta vez todos puderam concretizar a dádiva.
Estrearam-se a doar o precioso tecido humano sete pessoas (duas eram mulheres), a grande maioria jovens. Já o Registo Nacional de Dadores Voluntários de Células de Medula Óssea passou a ter quatro novas inscrições.
O almoço convívio decorreu nas instalações do kartódromo de Portalegre e foi patrocinado pelo Grupo Motard Novo Milénio.

Obrigado!
As colheitas da ADBSP são promovidas aos sábados. A 26 de Setembro (da parte da manhã) a ADBSP promove uma brigada no quartel dos Bombeiros de Sousel.
De referir que a 05 de Setembro, data do XXV aniversário da ADBSP, celebrou-se Missa na Capela do Hospital de Portalegre. Foi celebrante o Padre João Maria Lourenço que, para assinalar a data, editou uma condigna e interessante pagela onde até constam os poemas A Graça de Ser de Tolentino Mendonça e Recomeça de Miguel Torga. No final: uma senhora fez questão de agradecer, pessoalmente, a todos o facto de contribuírem para a dádiva de sangue, ela que tem um filho, que só se encontra vivo, graças ao gesto, simples e descomprometido, de quem estendeu o braço por ele.
Como é do conhecimento geral o nosso Presidente António Joaquim Eustáquio entrou em sono eterno a 08 de Setembro, tendo sido sepultado no Talhão dos Combatentes em Portalegre. Foram muitas as pessoas e as entidades que transmitiram votos de pesar e de reconforto à ADBSP. Reconhecida, a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre apenas pode deixar estas palavras a todos: Muito e muito obrigado! Igualmente apela para que o exemplo de António Eustáquio seja uma realidade hoje e sempre: Não hesite e dê sangue por si e pelos outros!


Grutas de Mira D’aire

Grutas de Mira D’aire 






























Historial da Gruta

1947 - Os primeiros homens a entrar na gruta lançaram cordas grossas e, a pulso, desceram até uma pequena galeria. Avançando duas dezenas de metros, encontraram-se como que numa janela aberta sobre um precipício. O que existia em frente, a fraca luz do gasómetro não permitia ver com clareza. Algo como uma grande sala envolta na mais completa escuridão, fazia ecoar as suas vozes e o barulho das pedras que atiravam.
Alguns dias depois, voltaram com mais cordas e desceram à primeira sala onde a sua imensidão mal deixava perceber as paredes e estalactites que pendiam do tecto.
A notícia desta descoberta que não tinha paralelo em nada conhecido na região chegou até Lisboa donde acorreram espeleólogos que preparavam a formação de uma Sociedade Científica para o estudo das Grutas. Mira de Aire passou a acolher um grande número de espeleólogos e com eles conviveu. Muitos puderam visitar a nova gruta descoberta e as fotografias das expedições espalharam-se por toda a terra.
Através da exploração do fundo da sala e de algumas reentrâncias nas paredes, descobriu-se o segredo para a continuação da gruta, uma abertura num patamar acessível apenas por uma estreita e escorregadia vereda ao longo da parede, baptizado de "Púlpito".
Para lá deste encontra-se uma rampa muito íngreme que dava lugar a um poço com cerca de 20 metros de profundidade, o 2º Poço.
1949 - A construção de um guincho de madeira que desenrolava uma corda de sisal com 30 metros permitiu aos espeleólogos vencerem este poço, sendo as descidas posteriores efectuadas através de escadas, primeiro com cabos de aço e degraus de madeira, e depois com degraus de latão.
Na base deste tinha inicio um percurso de mais de 500 metros, denominado "Galeria Grande" e com uma topografia e paisagem variada. Neste trajecto pode-se observar a "Fonte das Pérolas", as "Galerias do Polvo", o "Órgão", e o "Rio Negro" que dava acesso ao "Areal" no fundo da Galeria Grande.
Anos 50 e 60 - Campanhas mais prolongadas exigem a criação de acampamentos no interior da Gruta. Destes foi possível chegar até ao "Sifão das Areias", "Concha" e "Labirinto" até que foi descoberto o "Poço Final" podendo assim poder ser elaborado o primeiro levantamento topográfico da Gruta.
O desejo de mostrar esta maravilha da natureza ao público começava a crescer e para que todos pudessem apreciá-la, foram projectados e construídos centenas de metros de estrados e escadas de madeira, desde a entrada, até perto do Sifão das areias.
Anos 70 - Com vista ao novo aproveitamento turístico da gruta, com melhores condições de conforto e segurança constitui-se a Sociedade que faz a sua exploração desde a Sala Grande até às partes principais da Galeria Grande. A abertura ao público faz-se a 11 de Agosto de 1974.
2007 - Uma expedição da Sociedade Portuguesa de Espeleologia entra na Galeria do Rio Negro, aproveitando a baixa do nível das águas, e consegue acrescentar mais de 1Km de novas galerias que se dirigem ao interior do Planalto de S. Mamede ao traçado total da Gruta.
Esta Gruta (Moinhos Velhos) juntamente com a Gruta da Pena e a Gruta da Contenda faz parte de um grande sistema de galerias com mais de 11 Km. Durante os Invernos chuvosos, as águas deste sistema juntam-se às águas da nascente do Olho de Mira e Regatinho, inundando assim a grande depressão fechada (Polje Mira-Minde) existente entre as povoações de Mira de Aire e Minde.


Formação das grutas
A actuação da água das chuvas sobre o calcário
A água no seu interminável ciclo, absorve grandes quantidades de dióxido de carbono quando atravessa a atmosfera e se condensa, para depois se precipitar novamente sobre a terra em forma de chuva.
Nas zonas calcárias quando chove estas águas, espalham-se nos terrenos em todas as direcções, ao sabor dos declives que vão encontrando, e escoam pelas fendas encontradas no calcário aumentando-as quer pela erosão mecânica natural, quer pela reacção química causada pela presença de dióxido de carbono.
O calcário que é formado sobretudo graças ao carbonato de cálcio, ao entrar em contacto com as águas saturadas em dióxido de carbono origina bicarbonato de cálcio, passando assim de uma substância insolúvel a uma substância solúvel.
No seu processo de permeabilização estas águas ao atingirem as amplas cavidades anteriormente formadas (grutas) geram pequenas gotas que se desprendem dos tectos, das mais variadas alturas criando nesse processo todo o tipo de formações.
Uma parte destas águas vai naturalmente sofrendo o fenómeno da vaporação, diminuindo assim, substancialmente a quantidade de dióxido de carbono que nela existia inicialmente. Esta operação origina uma reacção química inversa à anterior, ou seja a formação de novo do carbonato de cálcio que, sendo insolúvel, fica suspenso dos tectos sob formas sólidas coniformes de vértice para baixo, pela qual vão "crescendo" lentamente através dos séculos sob o nome de estalactites. No entanto, se as gotas, mercê de uma permeabilização mais intensa se desprendem ritmicamente de uma cadência regular, dos tectos, o fenómeno químico concretiza-se, fazendo com que as formações cresçam a partir do chão sendo conhecidas por estalagmites. Pode ainda dar-se a união das formações criando lindíssimas colunas de caprichosos efeitos.
Nos tectos, mercê de fissuras muito estreitas e compridas, por onde as águas terão de escorrer na sua permeabilização, sucede formarem-se frequentemente deslumbrantes formações de finíssimos filamentos cristalinos através do processo já descrito.


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NB: No sentido de facilitar a postagem da fotorreportagem efectuada à excursão que a Associação Parceiros da Amizade realizou no dia 20 de Setembro, na qual tive o grato prazer de participar a seu convite, e considerando o elevado interesse público da documentação histórica disponível, achei por bem fazer uso da mesma respeitando integralmente a sua redacção vs terminologia.

Portugal reúne uma riqueza patrimonial impressionante, que na minha opinião não tem sido devidamente aproveitada para efeitos de turismo. Por vezes somos confrontados com falta de informação, o que não deixa de ser reparável. No caso de Conímbriga, como se explica a não existência ou até mesmo distribuição de flyers que explicassem abreviadamente a sua história em diversos idiomas? O argumento da falta de recursos financeiros veio para ficar de vez? Aqui fica o alvitre.

A verdadeira amizade envolveu-nos a todos, facto realmente comprovado. Integraram nesta excursão elementos de diversas nacionalidades: Brasil, Índia, México, Irão, Ucranianos, Russos, Angolanos, e claro, também portugueses.


Postado por Joaquim Carlos, Coordenador do Projecto Comunicação e Imagem. As imagens aqui disponíveis podem ser usadas na condição que seja feita referência da sua fonte.

Porto de Mós e seu Castelo (I Parte)

Porto de Mós e seu Castelo (I Parte)




































































O Concelho de Porto de Mós com cerca de 264km2 e 24500 habitantes é de média dimensão e situa-se no seio da região centro do país, sendo um dos dezasseis concelhos do distrito de Leiria. Encontra-se a cerca de 100 km de Lisboa, 20 km de Fátima, 25 km da Nazaré e a 20 km da sede do distrito. É limitado a Norte pelo concelho da Batalha, a Sul pelos concelhos de Alcanena, Santarém e Rio Maior, a Nascente pelo concelho de Ourém e a Poente pelo concelho de Alcobaça. As suas fronteiras situam-se a curtíssima distância dos dois principais eixos rodoviários nacionais: a A1, a Nascente, e a A8, a Poente. A comunicação privilegiada entre estas duas importantes vias faz-se, igualmente, através do IC9 que rasga o concelho de Poente a Nascente, tocando os limites da vila e também pela A19. Porto de Mós encontra-se, assim, ligado à principal rede viária nacional possibilitando, de forma fluida e atractiva, a circulação de pessoas e bens. É a própria localização privilegiada do concelho, inserido numa das regiões mais dinâmicas do país, próximo das grandes vias de acesso terrestre, que se constitui como um factor potenciador não só do seu desenvolvimento como, também, do seu relacionamento com o mundo exterior, num contexto de modernidade.

Há cerca de 100 mil anos, os antigos leitos do rio Lena acolheram os primeiros povos pré-históricos. Foi no seio das terras férteis deste vale que os diferentes povoados se foram implantando, intensificando a circulação de pessoas e bens, justificando a toponímia deste local, enquanto ponto fundamental na rede viária da região. Porto de Mós, o “porto das mós”, como tradicionalmente se define, denuncia claramente a relação com o cais de embarque, ao mesmo tempo que reforça a capacidade inovadora relacionada com o desenvolvimento de tecnologias rurais da moagem em azenhas e, mais tarde, em moinhos de vento, com as suas costumadas mós, elementos simbólicos que virão, aliás, a ser aproveitados para a representação da própria vila, na definição da sua heráldica.
A “...vila forte...”, como Camões a designa na estância 16 do canto VIII d’ “Os Lusíadas”, está intrinsecamente associada à figura lendária de D. Fuas Roupinho, alcaide-mor do castelo desta terra, brilhante figura, tido, por alguns, como meio irmão de D. Afonso Henriques ou filho bastardo, ao serviço de quem, em 1180, havia de conseguir, estoicamente, reconquistar a fortaleza aos mouros.
Pertença dos coutos do Mosteiro de Alcobaça, Porto de Mós, ao longo de toda a época medieval, observa um crescendo de importância. Dotada de uma significativa organização a nível administrativo e institucional, na centúria de duzentos, a vila de Dom Fuas afirma-se, ao longo dos séculos XIII e XIV, com a atribuição da carta de foral, em 1305, por El-Rei Dom Dinis, confirmada por D. Manuel, em 1515, reafirmando a solidez de usos e costumes enraizados desde há muito, agora consubstanciados na definição de obrigações e privilégios.
Propriedade da rainha Santa Isabel, garantia de núpcias, estas terras foram, igualmente, cedidas à rainha D. Beatriz e, posteriormente, ao seu neto, D. João, filho de D. Pedro e D. Inês de Castro; indissociável da memória colectiva por ser o local de encontro entre D. João I e D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável, a quem, aliás, em 1385 é doado este condado, Porto de Mós foi o palco na preparação das hostes para a Batalha Real, dita de Aljubarrota; pertença da Casa de Bragança, a vila surge-nos como uma fonte imensa de curiosidades históricas que vale a pena procurar conhecer.
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O Concelho de Porto de Mós alberga, em si, um património bastante diversificado, capaz de dar resposta e de satisfazer as novas motivações do turista de hoje que assentam, essencialmente, na conjugação de diferentes áreas de interesse, como a cultura, o património histórico, o turismo de natureza e de lazer e a gastronomia.
O turista de hoje viaja para melhorar a sua qualidade de vida, procurando destinos cujo cartão-de-visita lhe ofereça um potencial turístico com história e vivências que reflictam a magia das raízes de um povo e de uma região, assumindo grande relevo as propostas de partilha do conhecimento dessas gentes, desses lugares e dos seus recursos endógenos. O Concelho de Porto de Mós, dotado de um potencial turístico enorme, alberga belezas naturais diversificadas, com expoente máximo na eleita maravilha Grutas de Mira de Aire, espelho de um conjunto belíssimo e vasto, no qual se incluem as Grutas de Alvados e as Grutas de Santo António. De destacar, ainda, a Fórnea, um anfiteatro natural, enriquecido pelas cascatas da Cova da Velha e a flora e fauna, tão características do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. No coração desta reserva natural, Porto de Mós surge como um palco privilegiado para o usufruto do turismo de natureza e para a prática de desportos ao ar livre. Provas de BTT, downhill, escalada ou trilhos de percursos pedestres, animam as serras. A antiga linha de caminho-de-ferro, convertida em Ecopista,é disso exemplo recebendo, diariamente, centenas de visitantes, num simbiose perfeita entre a história e a natureza.
Do património histórico, realce para o seu castelo de traça palaciana, também para o Campo Militar de S. Jorge, prolongado pelo Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, para a Estrada Romana do Alqueidão da Serra, entre outros pontos de interesse que, aliados à boa gastronomia local e à oferta de alojamento diversificada, concebem Porto de Mós como um destino justificado para uma visita.
Cientes de que oturismo se apresenta como uma actividade económica de grande impacto na qualidade de vida das sociedades contemporâneas, pretendemos, sobretudo, dar a conhecer melhor o Concelho de Porto de Mós, contribuindo para o bem-estar das nossas populações e de quem nos visita, não esquecendo nunca que são as acções dos homens que imprimem vida aos lugares. Seja Bem-vindo a esta Terra de Encantos!

Presidente da Câmara Municipal - João Salgueiro
Contactos:
Praça da República
2484-001 PORTO DE MOS

Telefone: 244499600
Fax: 244499601

E-mail: geral@municipio-portodemos.pt
Mais informações em www.municipio-portodemos.pt


Em pleno Maciço Calcário Estremenho, Porto de Mós situa-se junto de um dos principais eixos viários do país, o IC2, e entre as duas principais metrópoles do país, Lisboa e Porto, através do IC9 (saída de Alcobaça), da A1 (saída de Leiria ou saída de Torres Novas), e da A8 (saída de Leiria ou saída de Pataias), o que torna estratégica a sua situação no que se refere, por exemplo, à localização industrial, mas também turística.

Para além da posição intermédia que apresenta em relação às áreas urbanas (Lisboa - 1h30m, Porto - 2h20m), é também de destacar a sua proximidade à capital de distrito - Leiria (00h30m), a cidades como Coimbra (1h15m), Tomar (1h00m), Fátima (00h35m) ou Santarém (1h00m) e ainda à costa ocidental.

O concelho encontra-se inserido na sub-região Pinhal Litoral - NUT III, da Região Centro e do PNSAC.
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NB: No sentido de facilitar a postagem da fotorreportagem efectuada à excursão que a Associação Parceiros da Amizade realizou no dia 20 de Setembro, na qual tive o grato prazer de participar a seu convite, e considerando o elevado interesse público da documentação histórica disponível, achei por bem fazer uso da mesma respeitando integralmente a sua redacção vs terminologia.

Portugal reúne uma riqueza patrimonial impressionante, que na minha opinião não tem sido devidamente aproveitada para efeitos de turismo. Por vezes somos confrontados com falta de informação, o que não deixa de ser reparável. No caso de Porto de Mós, e durante visita que foi efectuada ao Castelo, fomos recebidos com o acolhimento que se impõe neste tipo de visitas. Obrigado.

A verdadeira amizade envolveu-nos a todos, facto realmente comprovado. Integraram nesta excursão elementos de diversas nacionalidades: Brasil, Índia, México, Irão, Ucranianos, Russos, Angolanos, e claro, também portugueses.


Postado por Joaquim Carlos, Coordenador do Projecto Comunicação e Imagem. As imagens aqui disponíveis podem ser usadas na condição que seja feita referência da sua fonte.