O português Rui Bragança assegurou hoje uma vaga no torneio olímpico de taekwondo, na categoria de -58 kg, ao chegar à final do torneio de qualificação, em Sófia, na Bulgária.
O atleta do Benfica, de 29 anos, chegou à final ao bater o búlgaro Daniel Ladzhev, por 26-14, nas meias-finais, depois de ter vencido o arménio Sargis Muradyan, por 17-7, no primeiro combate, e o sueco Frederik Emi Olsen, por 10-6, nos quartos de final.
Esta vai ser a segunda presença de Bragança em Jogos Olímpicos, depois de ter sido nono no Rio2016.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 vão ser disputados entre 23 de julho a 8 de agosto de 2021, depois de terem sido adiados devido à pandemia de covid-19.
Portugal vai estar na "lista verde" de países considerados seguros para viajar e isentos de quarentena na chegada a Inglaterra a partir de 17 de maio, anunciou hoje o ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps.
Portugal é uma das exceções dentro da Europa, juntamente com Israel e Gibraltar, enquanto a maioria vai ficar na lista "amarela", sujeita a restrições mais apertadas, como Espanha, França e Grécia.
A proibição de viagens para o estrangeiro vai ser levantada a 17 de maio, confirmou Shapps, a próxima etapa do plano de desconfinamento em curso.
"Fizemos um progresso enorme a combater a pandemia covid-19 no Reino Unido. Não chegámos ao fim, mas os sinais são muito positivos", disse Shapps,
Porém, disse que é necessário não colocar este sucesso em risco e que "a única via de saída da pandemia é cuidado e prudência".
"Temos de ter a certeza que países com os quais restabelecemos ligação são seguros, que as taxas de infeção são baixas e taxas de vacinação baixas, e não estão a incubar variantes perigosas e têm vigilância em prática", indicou.
Desde janeiro que estavam proibidas as viagens para o estrangeiro exceto em casos de força maior e com justificação válida, sendo as infrações penalizadas com multas de 5.000 libras (5.800 euros).
A Praia da Vieira de Leiria vai acolher o evento de arte pública “Xalavar”, de 10 a 15 de maio, com organização e curadoria da associação @riscasvadias, em parceria com a Junta de Freguesia da Vieira de Leiria e o apoio da Câmara Municipal da Marinha Grande, no âmbito do projeto “Paredes com Memória”.
Neste âmbito, serão pintadas obras da autoria dos artistas Draw & Contra, Pantonio, Ricardo Romero e Robot.
Esta iniciativa decorre das características, especificidades e singularidades, de Vieira de Leiria, no seu peso e abrangência, não apenas enquanto território físico, mas essencialmente, como terra de gentes sonhadoras, criativas, empreendedoras e trabalhadoras.
O evento encontra ainda a sua justificativa no inegável papel preponderante que a arte pública urbana assume, no caráter inventivo e inclusivo que a arte e a cultura podem e devem assumir na criação do futuro/esperança de uma qualquer sociedade.
A vertente artística do evento tem como objetivos principais a afirmação da Vieira de Leiria como “circuito de arte urbana”, num novo cenário de turismo artístico/cultural de âmbito nacional e internacional e reconhecimento desta como ponto de visita obrigatório no tour de arte pública urbana.
Outros objetivos do Xalavar são potenciar a criação e divulgação da arte pública urbana; e a afirmação e reconhecimento da identidade da Vieira de Leiria através da representação e homenagem ao património histórico e cultural ligado à atividade da pesca artesanal, designadamente da Arte Xávega, ponto de partida para a riquíssima cultura Avieira.
O Projeto Xalavar é cofinanciado pelo Programa Operacional Mar 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falou hoje numa carta de uma jovem enfermeira portuguesa chamada Vitória para lembrar que "a Europa é mais forte junta", apelando para que isso fique demonstrado na Cimeira Social.
Enquanto me preparava para esta cimeira, recebi uma carta de uma jovem enfermeira portuguesa. O seu nome é Vitória e ela escreveu-me porque pôde encontrar um emprego graças a um dos programas sociais da nossa União", declarou Ursula von der Leyen, falando na cerimónia de abertura da Cimeira Social, na Alfândega do Porto.
Citando a jovem enfermeira, a líder do executivo comunitário disse: "Estou grata por ter nascido num país que pertence à União Europeia".
E acrescentou em português, ainda continuando a citar a jovem: "Juntos somos mais fortes".
"A Vitória tem toda a razão. Juntos somos mais fortes, juntos podemos cumprir as nossas regras sociais e fazê-las funcionar para todos os europeus. Juntos podemos cumprir a promessa da Europa", adiantou Ursula von der Leyen.
A Cimeira Social decorre hoje no Porto com a presença de 24 dos 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos para definir a agenda social da Europa para a próxima década.
Também presentes no evento, que decorre em formato 'online' e presencial na Alfândega do Porto, estão, além de Von der Leyen, os presidentes do Parlamento Europeu, David Sassoli, e do Conselho Europeu, Charles Michel, assim como os vice-presidentes executivos da Comissão Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis, o Alto Representante Josep Borrell e os comissários Elisa Ferreira, Mariya Gabriel e Nicolas Schmit, além de outros líderes políticos e institucionais, parceiros sociais e sociedade civil.
Definida pela presidência portuguesa como ponto alto do semestre, a Cimeira Social tem no centro da agenda o plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, apresentado pela Comissão Europeia em março, que prevê três grandes metas para 2030: ter pelo menos 78% da população empregada, 60% dos trabalhadores a receberem formação anualmente e retirar 15 milhões de pessoas, cinco milhões das quais crianças, em risco de pobreza e exclusão social.
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje a detenção de um homem de 38 anos por suspeitas de abuso sexual de uma criança de 6 anos, em abril, no distrito de Lisboa.
Em comunicado, a PJ adianta que o abusador era companheiro da avó da criança e que residiam todos na mesma casa, "tendo aproveitado a relação de confiança que a menor mantinha consigo para a forçar a atos sexuais de relevo", cometidos em abril.
O detido ficou em prisão preventiva, por decisão do juiz.
No fim-de-semana, dias 15 e 16 de maio, a Câmara Municipal de Aveiro irá dinamizar um conjunto de ações no âmbito do “Bom Dia Cerâmica”.
Do “Bom Dia Cerâmica” em Aveiro, destaca-se um conceito diferente, a “Ceramic Street Fest!”, uma mostra de cerâmica, do artesanato à indústria, incluindo a investigação e tecnologia. Conta com a participação de artistas e artesãos locais, bem como de várias entidades ligadas ao universo da cerâmica. Terão lugar demonstrações ao vivo e oportunidades para experimentar. A mostra vai decorrer na Praça Joaquim Melo Freitas no dia 15 de maio das 10h00 às 18h00.
Nos dias 15 e 16 de maio, sempre às 16h00, haverá o Roteiro da Memória das Fábricas de Cerâmica de Aveiro com ponto de partida no Museu da Cidade. A atividade é limitada até 10 participantes e é sujeito a inscrição prévia através do museucidade@cm-aveiro.pt
Trata-se de um roteiro que destaca os locais de Aveiro onde se implantaram fábricas de cerâmica, que hoje já não existem, mas cuja produção marca as fachadas, ao nível do azulejo, e as vivências quotidianas, através da produção de objetos decorativos e utilitários.
A iniciativa “Bom dia Cerâmica” foi originalmente criada em Itália e alargada na edição em 2017 a inúmeros países europeus, incluindo Portugal, sendo hoje no nosso país uma iniciativa da Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica (AptCC), da qual Aveiro faz parte.
A proposta deste ano passa por voltar a incentivar as pessoas a visitar e conhecer locais, oficinas/indústrias ou lojas que se dedicam à cerâmica, motivo pelo qual se escolheu a Praça Melo Freitas, em proximidade com a sede da associação de artesãos A Barrica. Simultaneamente serão difundidos no website da Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica fotografias e vídeos sobre a temática. https://ceramicadeportugal.pt/
O Dia Nacional do Azulejo é um evento anual que tem como objetivo reconhecer esta tradição e património nacional, projetando a sua importância, constituindo-se, igualmente, como uma ocasião de evocação da sua proteção e preservação.
A Câmara Municipal de Aveiro (CMA), ao longo dos últimos anos, tem organizado diversas atividades dedicadas ao Património Azulejar Português.
Integrado nas atividades do Dia Nacional do Azulejo a CMA preparou um pequeno roteiro pelos azulejos existentes no Parque Infante D. Pedro. O objetivo desta atividade é o da descoberta dos recantos em que o revestimento azulejar integra a paisagem envolvente tornando-se num elemento unificador do espaço.
Pretende-se que o visitante fique com um maior conhecimento sobre os autores e as técnicas utilizadas, reforçando a importância deste material enquanto construtor de lugares, sensibilizando-se para a importância da sua proteção e sua valorização perante a comunidade.
Esta atividade vai decorrer no dia 9 de maio, pelas 11h00, tendo o seu início no Coreto do Parque, sendo dirigida até 10 participantes e sujeito a inscrição prévia através do endereço museucidade@cm-aveiro.pt.
Este sábado, dia 8 de maio, pelas 15h00, o Grande Auditório do Centro de Congressos de Aveiro, recebe a Cerimónia de Entrega dos Prémios da 19.ª edição do Concurso Aveiro Jovem Criador, seguida da inauguração da exposição dos trabalhos selecionados pelo Júri do concurso. A mostra estará patente no Museu de Aveiro / Santa Joana até dia 27de junho.
O Concurso é dirigido a jovens com idades dos 12 aos 17 e dos 18 aos 35, nas áreas de Audiovisual, Arte Digital, Escrita, Fotografia, Ilustração, Música e Pintura, e tem como principal objetivo promover a participação de todos os jovens artistas, desenvolvendo espaços de incentivo e de divulgação das ideias produzidas nas áreas artísticas a concurso, estimulando novos talentos.
Neste concurso de âmbito nacional, regista-se a elevada participação com 242 candidaturas no total, sendo que serão atribuídos 12 prémios, sete Menções Honrosas de Autor e 18 Menções Honrosas.
Esta iniciativa continua a crescer promovendo Aveiro enquanto espaço privilegiado de Cultura e Arte, aproximando-se também cada vez mais da sociedade civil, sendo uma ação contributiva para a Candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura 2027.
Mês de maio com concerto de Carlão, terceira edição dos Reencontros de Música Contemporânea, sessões de cinema e novo ciclo online.
O Teatro Aveirense regressa este mês à programação regular. Depois de um interregno motivado pela pandemia, as atividades regressam com concertos, um novo ciclo online e as habituais sessões de cinema. Tendo em conta a atual obra de reabilitação do edifício, os eventos serão distribuídos por outros locais, como o Centro de Congressos de Aveiro, o GrETUA e outros.
Entre os pontos altos deste regresso à programação do Teatro Aveirense está o concerto de Carlão, inserido no festival Montepio às vezes o amor. Inicialmente prevista para fevereiro, a vinda do músico acontece agora a 14 de maio no Centro de Congressos de Aveiro, numa atuação que se anuncia especial.
Ainda na música, destaque para os Reencontros de Música Contemporânea, realizados em parceria com a Arte no Tempo, cuja terceira edição vai decorrer entre 20 e 30 de maio em vários locais de Aveiro. São dez concertos com a mais recente criação musical de tradição erudita, dando relevo aos compositores portugueses e estrangeiros que mais se destacam nas áreas da música de câmara, orquestral, solística, acústica e mista. A iniciativa conta com várias estreias, entre as quais encomendas por parte da Câmara Municipal de Aveiro e da Arte no Tempo.
Uma estreia a ter em conta é a do projeto ECOS_ Encontros de Criação para Online Streaming. A iniciativa consiste num ciclo de vídeos pensados para as plataformas digitais, com criações originais encomendadas a artistas de várias áreas. O primeiro tem como protagonistas o músico João Pais Filipe e duas intérpretes da área da dança, Maria R. Soares e Carminda Soares, com realização a cargo de Nuno Barbosa. O vídeo poderá ser visto gratuitamente no dia 10 de maio às 21h30 nas redes sociais do Teatro Aveirense, ficando depois disponível no site da Ticketline (www.ticketline.sapo.pt) com o visionamento ao preço de 2,00€. Este projeto resulta de uma parceria entre o Teatro Aveirense, o GrETUA e a Universidade de Aveiro.
Um regresso com certeza desejado é o das sessões de cinema às terças-feiras. O programa “Os Filmes das Nossas Terças” volta a trazer filmes regularmente, com a exibição a acontecer no Centro de Congressos de Aveiro às 21h00. Em maio, vai-se poder contar com “A Felicidade das Pequenas Coisas”, de Daniele Luchetti (dia 4), “Undine”, de Christian Petzold (dia 11), “Mais Uma Rodada”, de Thomas Vinterberg, vencedor do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro (dia 18) e “A Floresta”, de Roman Zhigalov (dia 25).
Para aquisição de ingressos, a bilheteira do Teatro Aveirense está instalada no segundo piso do edifício Atlas Aveiro, entre segunda e sexta-feira das 14h00 às 18h00. Nos dias de espetáculo, haverá uma bilheteira no próprio local que abrirá 1h30 antes do seu início, com a exceção do cinema, que abrirá uma hora antes das sessões.
A locomotiva a vapor volta a circular na Linha do Vouga, numa edição especial onde poderão ser apreciadas carruagens históricas em madeira datadas de 1908.
O Comboio Histórico do Vouga vai voltar a exibir toda a sua beleza e características únicas, numa autêntica viagem no tempo, em quatro viagens programadas para este mês, em dois fins de semana, em concreto nos dias 8, 9, 15 e 16 de maio, fazendo a ligação entre Aveiro e Macinhata do Vouga.
Já este sábado (dia 8) e domingo (dia 9), para além da antiga locomotiva a vapor construída pela casa alemã Henschel & Sohn, a E214, o comboio circulará com as carruagens “Napolitanas” fabricadas em Nápoles, na década de 30 do século passado, e recentemente recuperadas pela CP depois de muitos anos ao abandono na estação do Tua.
Nos dias 15 e 16 de maio, a locomotiva será acompanhada por três carruagens históricas de madeira construídas na Bélgica (1908), Alemanha (1925) e em Portugal (1913), nas oficinas do Porto, pelos então Caminhos de Ferro do Estado. O comboio contará ainda com outra carruagem portuguesa, construída no Barreiro (1908) e com uma carruagem “Napolitana”.
“Estas viagens são uma oportunidade única para ver circular na nossa Linha do Vouga estas verdadeiras relíquias do património histórico ferroviário”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, que tem sido, desde há muitos anos, um acérrimo defensor da manutenção e valorização deste comboio e da Linha do Vouga, a única em bitola estreita em funcionamento em Portugal.
Ainda recentemente, numa visita a Macinhata do Vouga, o Edil lembrou que esta aposta está a revelar-se vencedora, que é evidente pela adesão das pessoas a estas viagens, “como o que aconteceu no fim de semana de 24 e 25 de abril, com os bilhetes disponíveis a esgotarem em poucas horas, sinal de que esta é uma iniciativa que cativa turistas e entusiastas”.
“Esta relíquia que aqui temos, e da qual estamos a cuidar tão bem, está a impor a sua força e afinal de contas o que era um sonho de alguns está a tornar-se um orgulho de muitos”, declarou Jorge Almeida, lembrando que agora “Macinhata está nas bocas do mundo e no coração de muita gente”.
Programa
O programa previsto para cada um dos dias inicia com a partida da estação de Aveiro, às 13h35 e chegada a Macinhata do Vouga, às 15h22. Cerca de uma hora depois, às 16h33, será feita a viagem de regresso e após uma paragem de 40 minutos em Águeda, a partida está marcada para as 17h45 e a previsão de chegada a Aveiro às 18h49.
Nestes dois dias, para além de apreciarem a beleza da paisagem, os viajantes têm a oportunidade de viajar a bordo de um dos mais carismáticos comboios do mundo, referido como um “comboio de sonho” no livro “Dream Trains”, editado pela União Internacional de Caminhos de Ferro (UIC).
As quatro viagens, que respeitam todas as regras determinadas pela Direção-Geral de Saúde, nomeadamente a obrigatoriedade de uso de máscara, contam com animação na estação de Macinhata do Vouga com o Grupo Folclórico de Macinhata do Vouga, bem como uma mostra de produtos regionais, estando ainda prevista uma visita ao Museu Ferroviário.
UCCLA apresenta livro que reúne reflexões de escritores
lusófonos sobre o papel da cultura no combate à Covid-19
A UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa apresentou ontem, dia 6 de Maio, no Festival Lisboa 5L - Festival Literário de Lisboa, o livro Literatura e Cultura em Tempos de Pandemia, que conta com o contributo de 75 escritores e agentes culturais, de todos os países de Língua Oficial Portuguesa, entre os quais Manuel Alegre, Mia Couto, José Luís Mendonça e Germano Almeida. Uma reflexão em torno dos impactos da pandemia na cultura lusófona e do papel do sector no combate à Covid-19. Inclui ainda uma apresentação do Secretário-geral da UCCLA, Dr. Vítor Ramalho e um texto de investigação e contexto histórico sobre as pandemias no Mundo, de Rui Lourido. O livro chega às livrarias no próximo dia 18 de Maio e conta com a distribuição da Guerra e Paz Editores.
A pandemia causada pelo vírus SARS-Covid-2 atingiu, de forma inesperada e dramática, toda a Humanidade, obrigando à adoção de planos de contingência, com consequências sociais e económicas de enorme gravidade, e que está a afectar de modo especialmente profundo o sector da cultura.
No livro Literatura e Cultura em Tempos de Pandemia esses impactos são abordados, de uma forma muito próxima, por cerca de 40 escritores e 35 escritoras, naturais dos nove países da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, aos quais se juntaram escritores de latitudes ligadas à lusofonia, como Galiza e Olivença (Espanha); Goa (índia), e Macau (China).
Os autores que aceitaram o desafio feito pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa expressaram-se de formas tão variadas como o conto, o poema e o ensaio. Entre o colectivo* estão nomes consagrados como Manuel Alegre, Mia Couto e Germano de Almeida, mas também escritores que estão «a afirmar-se no domínio das letras», segundo afirma a UCCLA.
Num comunicado oficial, a organização destacou o poema Lisboa Ainda de Manuel Alegre, decano da poesia portuguesa e lusófona, que transmite aos leitores «esperança na capacidade de resistência à pandemia».
«Lisboa não tem beijos nem abraços | não tem risos nem esplanadas | não tem passos | nem raparigas e rapazes de mãos dadas | tem praças cheias de ninguém | ainda tem sol mas não tem | nem gaivota de Amália nem canoa | sem restaurantes sem bares nem cinemas | ainda é fado ainda é poemas | fechada dentro de si mesma ainda é Lisboa | cidade aberta | ainda é Lisboa de Pessoa alegre e triste | e em cada rua deserta | ainda resiste.»
A apresentação da obra aconteceu ontem, dia 6 de Maio, no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa, na ocasião do primeiro Festival Literário de Lisboa. Na sessão participaram, o secretário-geral da UCCLA, Vítor Ramalho, Rui Lourido, o responsável pela coordenação do livro, de Manuel S. Fonseca, o editor da Guerra e Paz, que assume a distribuição da obra, e de Goreti Pina, poetisa de São Tomé e Príncipe, em representação dos 75 autores.
Uma reflexão multicultural sobre cultura e pandemia, Literatura e Cultura em Tempos de Pandemia chega à rede livreira nacional no próximo dia 18 de Maio, com a chancela da UCCLA em parceria com a Guerra e Paz Editores, parceiro para a distribuição. A obra poderá ainda ser adquirida através do site oficial da editora.
*A lista completa de autores pode ser consultada em anexo.
O Município de Proença-a-Nova e a Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal (ETPZP), com sede em Pedrógão Grande, assinaram um protocolo de cooperação com vista à instalação, na Casa das Associações, de uma extensão do Centro Qualifica em Proença-a-Nova. O objetivo é passar a disponibilizar formação profissional a adultos com idade igual ou superior a 18 anos, que pretendam dar continuidade ao seu percurso de qualificação, ou que procurem melhorar a sua situação face ao mercado de emprego; e a jovens que não se encontrem a frequentar modalidades de educação ou de formação e que não estejam inseridos no mercado de trabalho.
Na assinatura do protocolo, a 5 de maio, o presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova recordou que o Município aceitou receber competências na área da educação, num trabalho que já tem vindo a ser realizado há muito mais tempo em parceria com o Agrupamento de Escolas de Proença-a-Nova com o objetivo de proporcionar conhecimento aos seus alunos, seja na escolaridade obrigatória, seja na oferta profissional. “Há uma complementaridade que deve existir na formação, muito centrada numa visão, que hoje todos queremos e que é transversal, de conseguirmos com a parte empresarial termos respostas que possam ser atrativas para outros virem até nós, mas também dar resposta àquilo que é a capacidade daqueles que estudam aqui terem condições para aqui se fixarem”. João Lobo salientou o facto de o presente protocolo abrir caminho para a criação de um posto de trabalho no concelho, esperando agora que os munícipes adiram à oferta formativa que será disponibilizada, até porque “o conhecimento deve acompanhar-nos durante toda a nossa vida. Todos aqueles que pugnam de forma consciente pelos seus territórios têm no conhecimento um dos pilares fundamentais”.
Os gerentes da Petroensino, entidade responsável pelo Centro Qualifica da ETPZP, destacaram a importância do presente protocolo: Eduardo Moreira referiu o desejo de acrescentar valor ao que já existe atualmente, disponibilizando as instalações da Escola Profissional e Tecnológica para se realizarem intercâmbios. Américo Rocha destacou, por sua vez, a importância de as empresas encontrarem no mercado local os colaboradores com a formação que necessitam para a sua atividade.
A Praia Fluvial do Malhadal foi distinguida com o Prémio Cinco Estrelas Regiões, na categoria Praias, sendo um dos cinco ícones identificados para o distrito de Castelo Branco, de acordo com a votação realizada a nível nacional em que foi pedido aos portugueses que identificassem o que melhor existe em cada uma das 20 regiões do país. Para João Manso, vice-presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, esta é “uma importante distinção. Mostra como a Praia Fluvial do Malhadal é uma bem referenciada âncora de chamada de visitantes ao nosso concelho, contribuindo para isso não só a evolvente natural, mas também o conjunto de infraestruturas que, este ano, contam com o regresso do Fluvifun e com um bar e zona de esplanada totalmente novos, mais funcionais e atrativos”.
De acordo com a organização, a cargo da empresa Cinco Estrelas, a votação, gerida pela Multidados, contou com a participação de 346 mil consumidores, tendo sido avaliadas 740 marcas. A avaliação realizada incide em diversas áreas, como os recursos naturais, gastronomia, arte e cultura, património e outros ícones regionais de referência nacional e premeia igualmente empresas portuguesas que se diferenciam a nível regional. “Damos voz às populações de forma a identificar o que de melhor existe em Portugal”, refere a Cinco Estrelas.
Recorde-se que a Praia Fluvial do Malhadal, localizada na Ribeira da Isna, é a que tem o maior espelho de água no concelho, tendo sido distinguida como Praia Qualidade de Ouro em 2020, tal como as praias da Fróia e da Aldeia Ruiva. A época balnear no concelho de Proença-a-Nova tem início no dia 26 de junho.
- Estudantes de engenharia poderão escolher um de dois desafios: Innovation Experience ou Summer Internship
- Iniciativas desafiam a construir protótipos usando tecnologia de ponta e a experienciar a dinâmica de trabalho da multinacional.
Agora que os dias já estão mais longos e que se aproxima a chegada da estação mais quente do ano, a Critical Software regressa com mais uma edição do programa de verão, que este ano se divide em dois desafios - a Innovation Experience, a oportunidade para experimentarem novas tecnologias e desenvolverem protótipos no seu laboratório emCoimbra, durante uma semana, e o Summer Internship, um estágio de quatro semanas para aprender mais sobre as metodologias de trabalho desta área. As inscrições já estão abertas e decorrem até ao dia 31 de maio.
A Innovation Experience terá lugar nas instalações da Critical Software em Coimbra, entre os dias 12 e 16 de julho, com alunos das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM) e mentores especialistas nas áreas da robótica, Internet of Things, inteligência artificial, machine learning, drones, computação, eletrónica, câmaras térmicas, entre outras.
Durante cinco dias, os alunos terão a oportunidade de desenvolver um protótipo usando tecnologia de ponta disponível no Fikalab, laboratório de inovação da Critical Software.
A segunda iniciativa do programa é oSummer Internship, que irá decorrer entre os dias 19 de julho e 16 de agosto, e irá permitir aos participantes perceber como é trabalhar na Critical Software, envolver-se em workshops, desafios reais e desenvolver competências essenciais para iniciar uma carreira no mundo tecnológico. O estágio decorrerá em formato remoto, dando a oportunidade para que alunos de várias zonas do país e alunos internacionais participem, sem terem de se deslocar.
“A Critical Software quer ajudar as universidades a formar os profissionais do futuro. Isto só é possível abrindo as portas da empresa para que absorvam o máximo de conhecimento em várias áreas, sempre com o apoio dos nossos colaboradores e grupos de trabalho. Não só ficamos felizes por proporcionar estas experiências e contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional destes jovens talentos, como também por termos a oportunidade de aprender com eles” explica Filipa Carmo, responsável pelo programa de verão da Critical Software.
O programa de verão arrancará no dia 12 de julho, conta com vagas limitadas e é destinado a estudantes das várias áreas de CTEM. Os interessados numa das duas iniciativas podem submeter a sua candidatura, que deverá ser acompanhada pelo seu currículo, aqui.
A Bosch em Braga vai entrar em 'lay-off' a partir de segunda-feira devido à escassez de semicondutores, e vai garantir a retribuição "de 85% do rendimento ilíquido mensal" dos trabalhadores afetados, anunciou hoje o grupo.
Esta medida abrange os colaboradores da área de produção e de áreas de apoio, no período de 10 de maio a 09 de junho deste ano, "com uma possível prorrogação", disse a Bosch Car Multimedia Portugal, em comunicado.
"Procurando minorar o impacto desta medida na vida dos colaboradores e suas famílias, a Bosch irá garantir a retribuição de 85% do rendimento ilíquido mensal aos colaboradores afetados, indo além dos dois terços previstos na lei", refere a empresa.
A Bosch Car Multimedia Portugal, em Braga, sublinha que "tem sido fortemente afetada pela escassez mundial de fornecimento de componentes eletrónicos, nomeadamente semicondutores, que se tem agravado no segundo trimestre de 2021".
Esta crise mundial, sublinha, "tem provocado várias paragens de produção na empresa".
O agravamento da situação, explica a Bosch, "terá como consequência paragens prolongadas de produção na Bosch em Braga, face a estas a empresa decidiu recorrer ao 'lay-off' do Código de Trabalho, procurando com esta medida preservar os postos de trabalho".
Apesar do impacto negativo da escassez que a componentes está a ter no negócio, a administração da Bosch Car Multimedia Portugal "afirma já ter novos produtos e tecnologias planeadas para serem lançadas e reforça as expetativas de crescimento e sustentabilidade para os próximos anos".
O grupo salienta que "os colaboradores foram informados atempadamente".
A iniciativa europeia liderada pela empresa portuguesa será apresentada esta sexta-feira na Cimeira Social do Porto e apresenta-se como estrutural para combater o desemprego e as profissões em risco.
Sonae está comprometida com a requalificação de profissionais desempregados em em profissões consideradas em risco, tendo em conta o contexto laboral de rápida transformação. A empresa é uma dos promotoras da nova iniciativa de formação europeia, “Reskilling 4 Employment” (R4E), que tem como meta a requalificação de um milhão de adultos na Europa, até 2025.
O programa é uma iniciativa da European Round Table for Industry (ERT), organização que junta líderes das principais empresas europeias, sendo apresentado esta sexta-feira na Cimeira Social do Porto por Paulo Azevedo, líder do Grupo de Trabalho de Emprego, Competências e Impacto da ERT e chairman da Sonae.
“O objetivo é simples: ajudar os trabalhadores no processo de requalificação para profissões mais necessárias, melhorando assim a vida das pessoas, reforçando a coesão social e promovendo a competitividade da Europa”, explica Paulo Azevedo, citado em comunicado. Através deste novo programa, as empresas irão estabelecer parcerias com instituições nacionais e europeias, além de organismos públicos e privados. “Temos o objetivo de tomar ações concretas para garantir que a Europa possui o capital humano para cumprir a transição ecológica e digital”, acrescenta.
Ainda que a meta seja a requalificação de um milhão de adultos na Europa, até 2025, a Sonae acredita que, em pleno funcionamento, o projeto terá o potencial de requalificar e preprara para novas profissões até cinco milhões de pessoas, até 2030. “Este valor corresponde a cerca de 15% das necessidades de requalificação na Europa, fruto das alterações que surgirão com a automação, a transição digital e a transição ecológica”, lê-se em comunicado.
No primeiro ano, o programa R4E vai arrancar com projetos-piloto em três Estados-membros: Portugal, Espanha e Suécia. A ideia é, contudo, envolver mais empresas, instituições de requalificação, startups e agências de emprego. Para além da Sonae, o grupo de empresas impulsionadoras do programa inclui, nesta primeira fase, AstraZeneca, Iberdrola, Nestlé, SAP, Telefónica e Volvo.
Na prática, os candidatos serão apoiados no processo de transição para uma nova profissão. Recebem formação e procuram ser colocados, sob a orientação de mentores, nos futuros empregos, um percurso que exige programas de formação específicos e orientação. Capacitação tecnológica, rede selecionada de instituições de requalificação e de empregadores, criação de ecossistemas de emprego urbano e, finalmente, recomendações para programas de financiamento que alinhem incentivos para formadores, empregadores e candidatos são os quatro pilares fundamentais do “Reskilling 4 Employment”.
Aeleição presidencial equatoriana surpreendeu as esquerdas latino-americanas. O candidato conservador Guillermo Lasso, em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos, venceu com folga no segundo turno, quase triplicando seu eleitorado em relação ao primeiro turno com a adesão de jovens e indígenas.1 Só restou a Andrés Arauz reconhecer a humilhante derrota. Ele era o candidato das esquerdas bolivarianas, preferido dos petistas brasileiros e pau mandado do ex-presidente Rafael Correa, hoje foragido e procurado pela Justiça por corrupção.
O cocaleiro Evo Morales havia profetizado com euforia a vitória da esquerda: “Voltaremos ao projeto integracionista da Pátria Grande de Chávez, Néstor Kirchner, Lula e Correa; renascerá a Unasur, integrar-se-á aos povos, surgirá a América Plurinacional” — em referencia a futuras ‘nações indígenas’. Eis aí uma ‘profecia’ (melhor diríamos ‘pretensão’) muito de acordo com o desejo de altos eclesiásticos no Sínodo da Amazônia, ‘companheiros’ que também cultuam a Pachamama.
Morales não errou somente em relação ao Equador, pois também na Bolívia seus candidatos perderam as eleições provinciais. E para piorar ainda mais, não passou para o segundo turno a peruana Verónika Mendoza, candidata do Grupo de Puebla (GP), que reúne os líderes das esquerdas latino-americanas. Segundo o jornal argentino “La Nación”,2 foi difícil às esquerdas do GP assimilar a fragorosa derrota nas urnas, que “as afundou no desconcerto”, só lhes restando aguardar um eventual retorno de Lula no Brasil e um triunfo de Gustavo Petro na Colômbia.3
O temor no ninho esquerdista
O presidente argentino Alberto Fernández e o então vice-presidente espanhol Pablo Iglesias haviam apostado no populista revolucionário do Equador; inquietantes rumores falavam de hackers enviados de Cuba e Venezuela para fraudar os resultados; Rafael Correa nunca perdera uma eleição desde 2007. Tanto Caracas como Havana, empolgadas com os resultados das pesquisas, prenunciavam a vitória como o primeiro grande avanço do ano; e depois viriam Peru, Nicarágua, Haiti, Honduras e Chile.4 O GP preparava a festa de posse no palácio presidencial em Quito, com a presença do ditador venezuelano Nicolás Maduro. O juiz ativista de esquerda espanhol, Baltasar Garzón, instalou-se na capital para acompanhar o processo eleitoral, embora alertando seus camaradas sobre a reviravolta perceptível do eleitorado.
Compreende-se a frustração. Diante da derrota no Equador e da perda de dois terços dos governos provinciais na Bolívia, Evo Morales quebrava a cabeça diante de algumas perguntas: “Por quê? O que aconteceu? O que faremos?”. Em Caracas, bem como nas esquerdas em geral, decretou-se silêncio sobre os fatos, enquanto o presidente opositor, Juan Guaidó, comemorava o abalo das “ditaduras como a de Maduro”. Lasso [foto] mandou convidá-lo para sua posse.6
Decepção e fúria de Rafael Correa
O que teria produzido a reviravolta entre o primeiro e o segundo turno, quando tudo parecia decidido em favor do candidato das esquerdas? Deixemos a resposta para o ex-presidente Rafael Correa. Em 31 de dezembro de 2019 ele passou a trabalhar na televisão russa RT, financiada por Putin. De seu exílio dourado na Bélgica, no programa “Conversando com Correa” e na sua conta no Twitter, ele vituperou durante a campanha os jovens da Sociedade Equatoriana Tradição e Ação Pro Cultura Ocidental, cuja foto exibia com desprezo: “Pobre gente! Estão na Idade Média!”. Na foto, os jovens ostentavam suas tradicionais capas vermelhas e portavam um estandarte da mesma cor, no qual se via no alto uma grande cruz, e no centro um leão rompante. Com a ira de quem se sente atingido, o empregado de Putin acrescentou em seu Twitter: “Grupos de extrema derecha fascista apoyando a Lasso. Que sorpresa dijo nunca nadie”(sic!). [foto acima]
Nenhuma força conservadora equatoriana havia tido a coragem de desafiar a ameaça do candidato bolivariano, tido por antecipação como vencedor. Entretanto, os membros do movimento Tradição e Ação bradavam nas ruas de dezesseis cidades do país: “Equador Sim! Comunismo Não! Manifeste-se contra o comunismo!”. Denunciaram o candidato e o seu partido com o verdadeiro nome de comunista. Enquanto os candidatos faziam promessas ocas ou meramente econômicas, essa valorosa associação de jovens não tomou posição oficial por nenhum deles, mas sim contra o socialismo e o comunismo. Ágil e intuitivo, o povo equatoriano saiu de sua aparente inércia e viu no convite um chamado a repelir Arauz, o candidato do esquerdista Grupo de Puebla.
Um popular twiteiro reconheceu: “Grupo fantasiado de medieval inicia massiva campanha em Quito. Arauz está perdido”. [foto ao lado] Os jovens divulgavam em um folheto conciso os “princípios inegociáveis na hora de votar”, entre os quais: Combater o aborto, a ideologia de gênero, a liberação das drogas, a eutanásia; defender o matrimônio como Deus o instituiu, entre um homem e uma mulher; o direito dos pais a educar seus filhos; proteção às propriedades particulares; diminuição dos impostos excessivos; incentivo à livre iniciativa; apoio aos geradores de empregos; respeito às Forças Armadas e à Polícia; extirpar os vestígios comuno-socialistas. E advertia para o grande perigo: “Sem a adoção desses princípios pelo futuro governo, o Equador se distanciará dos valores cristãos, e portanto de Deus. Nossa Senhora do Bom Sucesso, salvai o Equador católico!”.
O povo equatoriano sentiu-se tonificado por tão nobre proposta, e deu a última palavra, repelindo o comuno-socialismo no Equador!
O documento de orientação para as grandes decisões dos Estados Europeus nas áreas da Cultura e Educação já está disponível-
No contexto da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia e, mais especificamente, da conferência “Da democratização à democracia cultural: repensar instituições e práticas”, realizada em Porto Santo, nos dias 27 e 28 de abril de 2021, foi apresentada a Carta do Porto Santo, um documento estruturante da política cultural europeia que orientará as grandes decisões do Estados Europeus para as áreas da cultura e educação.
A Conferência do Porto Santo propõe esta carta como um mapa orientador dos princípios, das políticas, dos discursos e das práticas culturais e educativas, para aplicar e desenvolver um novo paradigma, o de democracia cultural na Europa. A Carta dirige-se a decisores políticos europeus, organizações culturais e educativas e aos cidadãos europeus.
“É fundamental que a democracia não seja vista como uma dimensão especializada do setor político, tem de ser uma preocupação transversal aos vários setores sociais.” podemos ler no primeiro ponto da Carta. É neste sentido que é necessário promover uma conceção de cidadania cultural baseada no pluralismo, no reconhecimento da multiplicidade de vozes e na valorização das diferenças. Se a democracia cultural implica a participação de cada um em prol da cultura de todos, não pode deixar de ser, também, a valorização do indivíduo, da sua capacidade pessoal de intervenção, da sua liberdade de expressão.
Como consolidar a democracia na esfera cultural? Como pode a participação cultural ajudar a emancipar os cidadãos?
São questões sobre as quais este documento reflete e às quais responde com a apresentação de propostas dirigidas aos diferentes agentes do ecossistema cultural: 16 recomendações dirigidas aos decisores políticos, 14 recomendações dirigidas às organizações culturais e educativas e 8 recomendações dirigidas aos cidadãos.
A Direção Regional de Cultura do Centro convida todos os agentes e estruturas culturais, artísticas e educativas da região a lerem este documento. Para Suzana Menezes, Diretora Regional de Cultura “é estruturante termos, e seguirmos, uma orientação estratégica de futuro que consolida recomendações interligadas para todos os agentes do ecossistema cultural e educativo. Esta será a forma de valorizar a nossa cultura local!”.
Conheça a Carta do Porto Santo “A cultura e a promoção da democracia: para uma cidadania cultural europeia” aqui.
Mais de 2.500 espetáculos realizados e 150.000 km percorridos durante 20 anos de muitas gargalhadas, fazem com que João Paulo Rodrigues e Pedro Alves sejam, sem sombra de dúvidas, os humoristas de maior sucesso em Portugal.
Com um grande sentido de humor, Quim Roscas & Zeca Estacionâncio levam a palco um espetáculo hilariante onde não falta comédia, música, improviso e muita estupidez.
Uma em cada quatro mulheres não faz acompanhamento ginecológico de forma regular, revela hoje um estudo nacional sobre o cancro do ovário, segundo o qual 84,2% da população desconhece os sintomas desta doença.
Lançado na véspera de assinalar o Dia Mundial do Cancro do Ovário, o estudo envolveu uma amostra de 806 mulheres e 206 homens, sendo proporcional à população portuguesa em termos de idade e região, e decorreu entre os dias 02 de novembro e 07 de dezembro de 2020, através de entrevistas telefónicas
Promovido pela Sociedade Portuguesa de Oncologia, Sociedade Portuguesa de Ginecologia Oncológica e pelos Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos, em parceria com a GSK, o estudo "O Cancro do Ovário em Portugal: conhecimento e perceções" revelou "níveis preocupantes de desconhecimento" sobre o sétimo tipo de cancro mais comum nas mulheres e a oitava causa de morte por motivos oncológicos no universo feminino.
Segundo o estudo, 84,2% da população desconhecem os sintomas, mais de 35% não sabem apontar os fatores de risco e cerca de 84% não têm informação sobre a idade média do diagnóstico.
Quase metade das mulheres (44%) que não fazem acompanhamento ginecológico de forma regular dizem que é por não sentir necessidade.
Para Filipa Silva, oncologista da Fundação Champalimaud, os resultados do estudo demonstram "um grande desconhecimento por parte das mulheres e da população em geral relativamente àquilo que é o cancro do ovário".
"Um quarto das mulheres não terem uma avaliação ginecológica frequente é preocupante porque, além do cancro do ovário, a consulta de ginecologia serve essencialmente para rastrear também os tumores, nomeadamente o cancro do colo do útero", salientou.
Também é preocupante para a oncologista existirem "mitos e ideias que as pessoas têm erradas", como ficou demonstrado no estudo.
Segundo a médica, foram apontados alguns fatores de risco para cancro do ovário que não estão corretos, nomeadamente as relações sexuais desprotegidas, múltiplos parceiros, que não são um fator de risco para este tipo de tumor, mas para o cancro do colo do útero.
Outro mito que também está um pouco enraizado prende-se com a citologia (teste do Papanicolau) que é um teste de rastreio para o cancro do colo do útero e não do ovário.
"Infelizmente para o cancro do ovário não temos um teste de rastreio que nos permita fazer um diagnóstico precoce", lamentou Filipa Silva, adiantando que cerca de 70% a 80% das doentes são diagnosticadas em fases avançadas.
Por esta razão, disse, é importante começar "a alertar e a divulgar alguma informação correta relativamente a este tipo de cancro", que é conhecido por ser "silencioso" porque costuma dar sinais e sintomas numa fase mais tardia.
Os sinais iniciais são geralmente ligeiros e podem ser muito variados, muitas vezes confundidos com outras doenças benignas e, portanto, as mulheres têm de estar de facto muito alerta, não desvalorizar e procurarem ajuda médica, bem como saber se há casos na família.
Entre os sinais, estão a sensação de enfartamento, uma dor abdominal e pélvica difusa, aumento do volume abdominal, alterações e queixas do ponto de vista urinário e intestinal, perda de peso, algum cansaço.
Mais de 90% dos inquiridos disse acreditar que a pandemia de covid-19 está a originar atrasos nos diagnósticos. "Infelizmente já começamos a ver algumas mulheres a serem diagnosticadas numa fase mais tardia e isso deveu-se ao primeiro confinamento" em março de 2020.
O estudo aponta que cerca de dois terços da população recorrem ao médico de família quando suspeitam de uma doença oncológica.
"Os cuidados de saúde primários têm um papel muito importante. A questão é que infelizmente, muitas vezes, o apoio e os recursos (...) são insuficientes", referiu, sendo que a "porta de entrada" destas mulheres quando têm alguma queixa ou sintoma acaba por ser muitas vezes o serviço de urgência ou então procura uma consulta privada.
Cerca de 314 mil mulheres são diagnosticadas todos os anos com cancro do ovário e perto de 207 mil morrem, anualmente, em todo o mundo.
Em média, 600 portuguesas são diagnosticadas por ano, maioritariamente na pós-menopausa, com mais de 50 anos.
Uma em cada 78 mulheres pode vir a desenvolver este cancro durante a vida, estimando-se que, até 2035, a incidência mundial aumente 55% e a mortalidade suba para 67%.
Todos os Jardins de Infância e Escolas Básicas da Região Centro, através dos respetivos Agrupamentos de Escolas, vão receber a oferta do livro infantil “Os Superpoderes da Júlia”. A iniciativa abrange mais de 800 escolas básicas com 1º ciclo/jardins de infância. Cerca de 300 IPSS da Região foram também contempladas com a oferta deste livro.
“O Superpoder da Júlia” foi lançado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) com o apoio da MSD Portugal, a 4 de fevereiro passado, como audiolivro infantil para assinalar o Dia Mundial do Cancro. Recorde-se que este projeto tem como objetivo ajudar os adultos a explicarem às crianças o que é o cancro, qual o seu impacto no dia a dia da família e como podem os mais pequenos ajudar a fazer a diferença.
Agora também disponível em edição impressa, o livro infantil “Os Superpoderes da Júlia” terá distribuição nos Jardins de Infância e Escolas Básicas da Região Centro, pelo Núcleo Regional do Centro da LPCC. A distribuição para os 130 agrupamentos de escolas da região já se iniciou, por parte da Liga. A iniciativa abrange mais de 800 escolas básicas com 1º ciclo/jardins de infância. Cerca de 300 unidades do livro serão também entregues a IPSS da Região Centro.
Os alunos vão poder ter contacto com a história de uma menina alegre, corajosa e cheia de vida e de um pai lutador que enfrentam o cancro com amor. A personagem Júlia vai descobrir que o pai tem uma doença chamada cancro – vai ficar mais cansado, terá de ir ao hospital fazer tratamentos e o seu cabelo vai acabar por cair. Com a ajuda da mãe, a Júlia vai também aprender que a doença não é contagiosa, que pode continuar a brincar e ajudar o pai a sentir-se melhor com os seus superpoderes.
Recorde-se que em Portugal, surgem cerca de 60 000 novos casos de cancro todos os anos, afetando milhares de famílias portuguesas. Não raras vezes, estas famílias têm no seu núcleo familiar crianças pequenas, em idade pré-escolar ou nos primeiros anos de escola… Os recursos e a informação disponível para ajudar os adultos a explicar o cancro e o seu impacto às crianças são escassos, o que justifica a disponibilização de uma ferramenta adaptada a crianças a partir dos 3 anos, acessível, apelativa e facilitadora da comunicação entre o adulto e a criança.
O Teatro-Cine de Pombal recebe, no próximo sábado, 8 de maio, às 21h00, o espetáculo “Por dentro do silêncio” de Teresa Salgueiro, acompanhada por José Peixoto (guitarra), Rui Lobato (guitarra, ukelele e percussão), Fábio Palma (acordeão) e Sofia Queirós (contrabaixo).
“Por dentro do silêncio” começou a ser desenhado em 2020 por Teresa Salgueiro, figura artística ímpar no nosso País e, desde há quase três décadas, uma imagem emblemática de Portugal no mundo. Os temas da sua criação, a par da grande variedade de autores portugueses que vem interpretando ao longo deste tempo e arranjando à luz da sua linguagem musical, refletem um profundo respeito pela diversidade e riqueza da música portuguesa, que traz para o alinhamento deste espetáculo que apela a uma tomada de consciência para os desafios de humanização do mundo atual.
O concerto que tem refletida uma grande influência de compositores e intérpretes que com o seu talento e intervenção, marcaram decisivamente o nascimento da democracia em Portugal, contém também temas compostos por si, que refletem o seu percurso em nome próprio retratando a sua independência enquanto intérprete e autora.
O percurso de Teresa Salgueiro na música iniciou-se em 1986 quando, com apenas 17 anos, é convidada para integrar a fundação do grupo Madredeus, gravando nove discos de música original, criada especificamente para a sua voz. Entre 1987 e 2007, vinte anos de viagem e mais de cinco milhões de álbuns vendidos em todo o mundo tornaram-nos nos primeiros representantes internacionais da música feita em Portugal depois de Amália Rodrigues. E Teresa Salgueiro, com a sua presença discreta e delicada e a sua voz extraordinária, foi a “figura de proa” dessa nau musical...