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domingo, 14 de outubro de 2018
SpeCial Un héroe Latinoamericano
A través de WCS Signature Series, los fanáticos podrán tener un acercamiento directo a cuatro de los competidores: el mexicano Juan Carlos “SpeCial” Tena Lopez, Joona “Serral” Sotala de Finlandia y Cho “Maru” Sung Choo y Lee “Rogue” Byung Ryul de Corea del Sur.
Cabe destacar que es la primera vez que un jugador profesional mexicano es elegido para participar en un proyecto como este y es que SpeCial, tres veces campeón de la Copa América, es uno de los grandes nombres en la escena competitiva a nivel mundial.
Conoce sus historias de crecimiento personal y desarrollo profesional, a través de entrevistas exclusivas y momentos clave en su carrera como profesionales parte de la WCS Signature Series, que permitirán entender a estos profesionales de StarCraft II mejor que nunca.
SpeCial: Un héroe Latinoamericano
Juan Carlos "SpeCial" Tena, también conocido como MajOr, es un jugador mexicano Terran que actualmente juega para Predators Esports.
- Ha ganado al menos una temporada de la Copa América cada año desde su inicio en 2013, con un máximo de 3 temporadas en 2013 y 2018 y 2 temporadas en 2014, 2015 y 2017
- Ha ganado todas las temporadas de 2018
- Ha ganado 6 temporadas consecutivas de la Copa América, incluidas las Grandes Finales de 2013, portando el título durante más de 12 meses, desde mediados de 2013 hasta finales de 2014
- Ha ganado las Grandes Finales de la Copa América 3 veces seguidas, desde 2013 hasta 2015.
- Es el único jugador que ganó los cuatro WCS Regional Challengers de 2018
- Actualmente vive en Corea del Sur en donde entrena entre 8 y 12 horas diarias
Puedes ver el episodio de SpeCial de WCS Signature Series aquí.
WCS Signature Series estará disponible semanalmente comenzando el 4 de octubre en www.wcs.starcraft2.com, así como en www.YouTube.com/WCSStarCraft, y preparará el terreno para las rondas de apertura de las finales globales de WCS. Mantente pendiente de cada nuevo episodio y acompáñanos a apoyar a nuestro héroe latinoamericano, SpeCial en la emocionante conclusión de la temporada 2018 en las Finales Globales a partir del 26 de octubre.
Furacão Leslie provoca um morto em Montemor-o-Velho
A passagem do furacão Leslie na região Centro, no sábado, provocou um morto em Montemor-o-Velho, disse hoje à agência Lusa fonte do município.
"Há a registar uma vítima mortal, três feridos ligeiros, sete famílias desalojadas (já realojadas em casas de familiares) e uma família de três pessoas que se recusou a sair da sua habitação", disse a mesma fonte daquela autarquia do distrito de Coimbra.
A vítima foi atingida por uma árvore, em Amieiro, freguesia de Arazede.
A passagem do Leslie por Portugal, no sábado e hoje, provocou um morto, 28 feridos ligeiros e 61 desalojados.
A ANPC mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.
O distrito mais afetado pelo Leslie foi o de Coimbra, onde a tempestade, com um "percurso muito errático", se fez sentir com maior intensidade, disse o comandante da ANPC, Duarte da Costa.
Lusa
INEM esclarece que não há vítimas mortais relacionadas com a tempestada Leslie
O INEM esclareceu hoje que não se registou nenhuma vítima mortal relacionada com a passagem do Leslie por Portugal, apesar de duas pessoas terem morrido em locais afetados pela tempestade.
Bruno Borges, coordenador da Sala de Situação Nacional ativada pelo INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) para acompanhar a passagem do Leslie, disse à agência Lusa que se registaram duas mortes em zonas afetadas pela tempestade, em Montemor-o-Velho e Pampilhosa da Serra, mas não estão relacionadas com o mau tempo.
O responsável adiantou que as duas pessoas morreram de doença súbita, "aparentemente em paragem cardiorrespiratória", e "sem sinais de trauma".
Bruno Borges sublinhou que os óbitos foram declarados nos locais por duas equipas médicas do INEM.
"Até às 15:55 de hoje o INEM não registou nenhuma vítima mortal", frisou, sustentando que o Instituto de Emergência Médica está em articulação com a Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Inicialmente fonte da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho disse à Lusa que a passagem do furacão Leslie na região Centro, no sábado, provocou um morto neste município.
Na Pampilhosa da Serra, um homem de 81 anos foi hoje encontrado morto à porta de casa, tendo, na altura, a GNR não relacionado a morte com o vento forte provocado pela passagem da tempestade Leslie na região Centro.
A passagem do Leslie por Portugal, no sábado e hoje, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados.
A Proteção Civil mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.
O distrito mais afetado pelo Leslie foi o de Coimbra, onde a tempestade, com um "percurso muito errático", se fez sentir com maior intensidade, segundo o comandante nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Lusa
Equipa CCVEstremoz Viagens no Cosmos Manjares no Claustro do Convento das Maltezas - O Centro Ciência Viva de Estremoz
Recriação Histórica de um Jantar Monástico de Sséculo XVI/XVII com Ciência
[Ementa e programa em www.ccvestremoz.uevora.pt/jantar-monastico/curiosidades.php]
Ouvir estilhaçar as esferas de cristal onde Aristóteles “pendurou” os planetas enquanto degusta uma Sopa de “queijo” de Caldo de Vaca…
Aprender a marcar os solstícios e equinócios com um pau, espetado no chão, a saborear Almôndegas de Borrego…
Perceber os movimentos do Sol enquanto come uma Perdiz das Maltezas…
Falar sobre gravidade a saborear uma sobremesa única, o Pudim de Água do Convento das Maltezas…
Durante uma noite única a prioresa do Convento das Maltezas recebe no interior das seculares paredes do Convento uma embaixada de freiras, monges e sábios cientistas, bem com a Vós curiosos peregrinos. Porque as demandas da Fé e do Saber desgastam Vossas vestes e enfraquecem Vossos físicos, temos para Vós vestes quentes e alimentos para o corpo e para a Alma.
O Convento das Maltezas é o lugar privilegiado para numa noite de Outono, em torno de uma ceia monástica, contactar com algumas das personagens que moldaram a forma como os Homens foram encarando o Universo que os rodeia. Da perfeição das esferas de cristal de Aristóteles, onde se encontram pendurados os planetas do nosso sistema Solar até à maravilhosa visão que a Ciência actual nos proporciona, um longo caminho foi percorrido…
A Ciência, a Gastronomia, a História, a Olaria e a Música auxiliam esta fantástica viagem no tempo, permitindo experienciar como seria, em todo o seu esplendor, um banquete monástico do século XVII; Qual a ementa? Quais os talheres utilizados? … e as regras de etiqueta? … e a iluminação? … haveriam guardanapos?
“Na verdade, a imaginação não passa de um modo da memória, emancipado da ordem do tempo e do espaço”.
Samuel Coleridge
Mais informações e inscrições em
As inscrições são limitadas e decorrem até dia 18 de Outubro.
O Jantar Monástico é organizado numa parceria entre a Ad Ruina o Centro de Ciência Viva de Estremoz e a Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre - Turismo de Portugal. Este evento conta ainda com o apoio da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre, do Centro Educativo Alice Nabeiro, do Município de Montemor-o-Novo, do Município de Évora, da Irmandade da Cerveja, do Município de Estremoz, da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, do Instituto de Ciências da Terra e da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.
Centro Ciência Viva de Estremoz
Convento das Maltezas, 7100 - 513 Estremoz
www.ccvestremoz.uevora.pt | | tlf.: 268 334 285 | tlm.:912 165 111 / 968 312 768
Alunos da Figueira da Foz sem aulas na segunda-feira
O vereador da Educação da Figueira da Foz, Nuno Gonçalves, disse hoje à agência Lusa que na segunda-feira não haverá aulas em nenhum nível de ensino no concelho, por questões de segurança.
Esta decisão, que surge na sequência da passagem do furacão Leslie por Portugal, foi articulada com a Direção Geral de Estabelecimentos Escolares do Centro.
"Tomou-se esta decisão por questões de segurança", explicou.
A passagem do Leslie por Portugal, no sábado e hoje, provocou pelo menos 28 feridos ligeiros e 61 desalojados.
A Proteção Civil mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.
Também no concelho vizinho de Montemor-o-Velho não haverá aulas na segunda-feira, pelo menos.
Lusa / TSF
Tempestade “Leslie” – Atividade operacional da GNR
Considerando as condições meteorológicas adversas causadas pela passagem da tempestade “Leslie”, a Guarda Nacional Republicana, entre as 20h00 de sábado e as 08h00 de hoje, domingo, em todo o território nacional, levou a efeito um conjunto de medidas preventivas e de intervenção operacional, através da intensificação do patrulhamento rodoviário, vigilância da orla costeira e de infraestruturas críticas, que visaram garantir a tranquilidade pública e a segurança e proteção das pessoas e dos seus bens.
Nestas ações de prevenção e de intervenção de primeira linha, a GNR registou dezenas de ocorrências, das quais se destacam:
- 11 cortes e/ou condicionamentos de trânsito de vido à queda de árvores, cabos elétricos, placas de sinalização, entre outros, em autoestradas, itinerários principais e estradas nacionais;
- A queda da torre de observação do Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC), na praia da Leirosa – Figueira da Foz, da qual resultaram danos em habitações circundantes e a evacuação de quatro moradores (sem quaisquer ferimentos), estando o seu realojamento a ser processado junto da Cruz Vermelha Portuguesa;
- Segurança ao perímetro da Base Aérea de Monte Real, devido à queda da vedação de proteção.
No âmbito das atividades relacionadas com a passagem da tempestade “Leslie”, e no período referido, a GNR empenhou um total de 442 viaturas e 962 militares, dois dos quais sofrerem ferimentos ligeiros, tendo recebido tratamento hospitalar.
Hora de Fecho: Remodelação no Governo: Costa muda 4 ministros
Remodelação no Governo, a um dia da entrega do Orçamento do Estado. António Costa nomeou o novo ministro da Defesa e substitui mais três: os ministros da Economia, Cultura e Saúde.
O primeiro-ministro propôs a nomeação do antigo secretário de Estado da Cooperação João Gomes Cravinho para novo ministro da Defesa Nacional, em substituição de José Azeredo Lopes.
O primeiro-ministro propôs ao Presidente da República que o atual ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, fique também responsável pela pasta da Economia, em substituição de Manuel Caldeira Cabral.
Mudança da energia para o Ambiente acontece no meio de conflitos, mas também de negociações com a EDP sobre a CESE. Deputado do Bloco liga remodelação de secretário de Estado da Energia à elétrica.
A tempestade fez um desvio inesperado e não entrou por Lisboa, como estava previsto. O "landfall" (toque em terra) foi registado na Figueira da Foz, onde os ventos atingiram máximos históricos.
Horas depois da passagem do Furacão Leslie na Praia da Vieira, no concelho da Marinha Grande, no distrito de Leiria, era visível a destruição em restaurantes, casas e apoios de praia.
O Leslie entrou pelo centro do país, dirigiu-se para noroeste e chegou a Espanha. Provocou quase 2 mil ocorrências, sobretudo queda de árvores, desalojados e mais de 300 mil pessoas ficaram sem luz.
O furacão, o pior desde a tempestade de 1842, entrou em Portugal. Mudou de direção e seguiu para norte. Há 15 distritos em alerta amarelo. Há 27 feridos ligeiros e 61 desalojados.
Os incêndios do ano passado confrontaram o país com uma tragédia inédita: 115 mortos, centenas de casas e empresas destruídas. "Ainda aqui estou" reconstitui a história com relatos de quem sobreviveu.
O pintor espanhol Eduardo Arroyo morreu na sua casa em Madrid, rodeado pela família. Tinha 81 anos. Era um dos pintores mais importantes e radicais da arte espanhola do século XX.
Na última parte de um especial dividido em quatro capítulos, José Carlos Fernandes chega à actualidade, analisando a linha comercial nem sempre recta que vai dos EUA ao Japão, passando por Portugal.
Opinião
Rui Ramos
Se em relação aos crimes sexuais, criarmos um regime em que a emoção da vítima dispensa o apuramento judicial dos factos, estaremos apenas a destruir o consenso sobre a condenação desses crimes.
Helena Garrido
Vivemos num país profundamente machista mascarado de defensor da igualdade de género. Gastam-se energias a procurar o feminino das palavras enquanto se encontram desculpas para uma violação.
João Pires da Cruz
É verdade que não devemos dar a democracia como adquirida. Mas é bom não esquecermos que nunca houve nenhuma ditadura que não tivesse um enorme suporte popular, a começar pela nossa.
Rita Fontoura
Queremos um ensino tendencialmente gratuito, mas não queremos que o Estado decida qual a ideologia, religião ou modelo educativo que melhor se adequa aos nossos filhos. Isso é tarefa das famílias.
José Manuel Fernandes
O caso da ERSE, depois do caso de Tancos, depois do caso do Infarmed, indica que quem governa acha que pode fazer o que entender sem seguir regras ou sofrer consequências. Um dia a paciência esgota-se
MAGG
Marta Gonçalves Miranda
As agências de viagens entraram no espírito natalício e há propostas imperdíveis. Só convém ser rápido, os preços não tardam a subir.
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em observador.ptCOIMBRA · REGIÃO | Leslie deixou um rasto de destruição nunca antes vista na Mata do Bussaco
A tempestade Leslie deixou um rasto de destruição nunca antes vista na Mata Nacional do Bussaco, com dezenas de árvores caídas, caminhos cortados, sinalética destruída, a esplanada da Fundação Mata do Bussaco inutilizada e alguns edifícios com alguns danos.
Os prejuízos são de tal ordem que obrigaram a Proteção Civil Municipal da Mealhada a encerrar a floresta (Monumento Nacional candidato à UNESCO) ao trânsito automóvel e a barrar a entrada de pessoas, por questões de segurança.
O Vale dos Fetos, um dos locais mais emblemáticos da Mata Nacional do Bussaco (espaço com exemplares únicos de fetos de porte arbóreo, um arruamento construído em 1887) registou prejuízos incalculáveis.
De resto, entre a Fonte Fria (ao lado do Vale dos Fetos) e o Palácio do Bussaco/Convento de Santa Cruz é muito visível a passagem da tempestade Leslie.
O caminho entre os Jardins do Palácio do Bussaco e as Portas de Coimbra ficou intransitável, com árvores e ramos caídos em vários pontos. Há vários trilhos turísticos onde nem a pé se consegue circular.
Fonte: noticiasdecoimbra
Quem é a nova ministra da Saúde?
Marta Temido, de 44 anos, esteve à frente da Administração Central do Sistema de Saúde entre janeiro de 2016 e dezembro de 2017, altura em que abandonou o cargo a seu pedido no final do mandato
Nos últimos anos ganhou visibilidade no setor da saúde e tem uma alargada experiência na área, quer na gestão hospitalar quer em cargos de responsabilidade. Embora não fosse dos nomes mais falados para ocupar o cargo numa eventual remodelação da pasta da Saúde, não será surpresa.
Marta Temido, de 44 anos, esteve à frente da Administração Central do Sistema de Saúde entre janeiro de 2016 e dezembro de 2017, altura em que abandonou o cargo a seu pedido no final do mandato. A centralização de decisões e perda de autonomia das instituições intensificada durante o período da troika, e que conheceu poucas alterações nos últimos anos, era uma das suas preocupações.
Depois de deixar a ACSS, assumiu funções como sub-diretora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa. A especialista em administração hospitalar doutorou-se em 2014 nesta instituição com uma tese sobre a "exequibilidade de uma revisão da combinação de papéis profissionais entre médicos e enfermeiros em Portugal”. A valorização dos diferentes profissionais – numa legislatura que tem sido pontuada por diferentes momentos de luta sindical, em particular dos enfermeiros – é por isso uma área a que poderá estar particularmente sensível.
Natural de Coimbra, Marta Temido é doutorada em Saúde Internacional, especialidade de Políticas de Saúde e Desenvolvimento pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, mestre em Gestão e Economia da Saúde pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, pós-graduada em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e membro de vários grupos de trabalho, designadamente Health in Portugal: A Challenge for the Future. The Gulbenkian Platform for a Sustainable Health System.
Fonte: ionline
APLAUSOS PARA O DESASSOMBRO E A CORAGEM!!!
Ruy de Carvalho é, nos dias que correm, um homem que, finalmente, aprendeu com quem estava a lidar. Bateu-lhe à porta. E à porta de outros irá ainda bater. Para que também aprendam.
Num texto publicado ontem no Facebook, o veterano ator revela-se
indignado com o ministro das Finanças, que acusa de “institucionalizar o roubo”, perante “o silêncio do Primeiro–Ministro e os olhos baixos do Presidente da República”.
Ruy de Carvalho esclarece que decidiu manifestar a sua indignação
depois de ter recebido uma carta das Finanças que indica que já não é “artista” e passou a ser apenas “prestador de serviços”, deixando de ter direitos conexos e de propriedade intelectual.
Eis a carta:
Senhores Ministros:
Tenho 86 anos, e modéstia à parte, sempre honrei o meu país pela forma como o representei em todos os palcos, portugueses e estrangeiros, sem pedir nada em troca senão respeito, consideração, abertura – sobretudo aos novos talentos – e seriedade na forma como o Estado encara o meu papel como cidadão e como artista.
Vivi a guerra de 38/45 com o mesmo cinto com que todos os portugueses apertaram as ilhargas. Sofri a mordaça de um regime que durante 48 anos reprimiu tudo o que era cultura e liberdade de um povo para o qual sempre tive o maior orgulho em trabalhar. Sofri como todos, os condicionamentos da descolonização. Vivi o 25 de Abril com uma esperança renovada, e alegrei-me pela conquista do voto, como se isso fosse um epítome libertador.
Subi aos palcos centenas, senão milhares de vezes, da forma que melhor sei, porque para tal muito trabalhei.
Continuei a votar, a despeito das mentiras que os políticos utilizaram para me afastar do Teatro Nacional. Contudo, voltei a esse teatro pelo respeito que o meu público me merece, muito embora já coxo pelo desencanto das políticas culturais de todos os partidos, sem excepção, porque todos vós sois cúmplices da acrescida miséria com que se tem pintado o panorama cultural português.
Hoje, para o Fisco, deixei de ser Actor… e comigo, todos os meus
colegas Actores e restantes Artistas destes país – colegas que muito
prezo e gostava de poder defender.
Tudo isto ao fim de setenta anos de carreira! É fascinante.
Francamente, não sei para que servem as comendas, as medalhas e as Ordens, que de vez em quando me penduram ao peito?
Tenho 86 anos, volto a dizer, para que ninguém esqueça o meu direito a não ser incomodado pela raiva miudinha de um Ministério das Finanças, que insiste em afirmar, perante o silêncio do Primeiro-Ministro e os olhos baixos do Presidente da República, de que eu não sou actor, que não tenho direito aos benefícios fiscais, que estão consagrados na lei, e que o meu trabalho não pode ser considerado como propriedade intelectual.
Tenho pena de ter chegado a esta idade para assistir angustiado à rapina com que o fisco está a executar o músculo da cultura portuguesa. Estamos a reduzir tudo a zero… a zeros, dando cobertura a uma gigantesca transferência dos rendimentos de quem nada tem para os que têm cada vez mais.
É lamentável e vergonhoso que não haja um único político com honestidade suficiente para se demarcar desta estúpida cumplicidade entre a incompetência e a maldade de quem foi eleito com toda a boa vontade, para conscientemente delapidar a esperança e o arbítrio de quem, afinal de contas, já nem nas anedotas é o verdadeiro dono de Portugal: nós todos!
É infame que o Direito e a Jurisprudência Comunitárias sirvam só para sustentar pontualmente as mentiras e os joguinhos de poder dos responsáveis governamentais, cujo curriculum, até hoje, tem manifestamente dado pouca relevância ao contexto da evolução sociocultural do nosso povo. A cegueira dos senhores do poder afasta-me do voto, da confiança política, e mais grave ainda, da vontade de conviver com quem não me respeita e tem de mim a imagem de mais um velho, de alguém que se pode abusiva e irresponsavelmente tirar direitos e aumentar deveres.
É lamentável que o senhor Ministro das Finanças, não saiba o que são Direitos Conexos, e não queiram entender que um actor é sempre autor das suas interpretações – com diretos conexos, e que um intérprete e/ou executante não rege a vida dos outros por normas de Exel ou por ordens “superiores”, nem se esconde atrás de discursos catitas ou tiradas eleitoralistas para justificar o injustificável, institucionalizando o roubo, a falta de respeito como prática dos governos, de todos os governos, que, ao invés de procurarem a cumplicidade dos cidadãos, se servem da frieza tributária para fragilizar as esperanças e a honestidade de quem trabalha, de quem verdadeiramente trabalha.
Acima de tudo, Senhores Ministros, o que mais me agride nem é o facto dos senhores prometerem resolver a coisa, e nada fazer, porque isso já é característica dos governos: o anunciar medidas e depois voltar atrás. Também não é o facto de pôr em dúvida a minha honestidade intelectual, embora isso me magoe de sobremaneira. É sobretudo o nojo pela forma como os seus serviços se dirigem aos contribuintes, tratando-nos como criminosos, ou potenciais delinquentes, sem olharem para trás, com uma arrogância autista que os leva a não verem que há um tempo para tudo, particularmente para serem educados com quem gera riqueza neste país, e naquilo que mais me toca em especial, que já é tempo de serem respeitadores da importância dos artistas, e que devem sê-lo sem medos e invejas desta nossa capacidade de combinar verdade cénica com artifício, que é no fundo esse nosso dom de criar, de ser co-autores, na forma, dos textos que representamos.
Permitam-me do alto dos meus 86 anos deixar-lhes um conselho: aproveitem e aprendam rapidamente, porque não tem muito tempo já.
Aprendam que quando um povo se sacrifica pelo seu país, essa gente, é digna do maior respeito… porque quem não consegue respeitar, jamais será merecedor de respeito!
RUY DE CARVALHO
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