quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Cadáver de inglês estava enterrado em quinta na Guarda

Um homem, de idade por enquanto desconhecida, de nacionalidade inglesa, foi esta quinta-feira à tarde encontrado na quinta de São Lourenço, no distrito da Guarda.
O cadáver estava enterrado no quintal que rodeia a habitação, ocupada há vários anos por um casal britânico, tendo sido retirado na presença de inspetores da Polícia Judiciária da Guarda e da procuradora do Ministério Público (MP) de Celorico da Beira.
O corpo foi conduzido logo depois ao gabinete de Medicina Legal sediado no hospital Sousa Martins da Guarda. A PJ deteve a viúva indiciada pelo crime de ocultação de cadáver, estando ainda por apurar se foi ou não responsável pela morte do marido. O JN apurou que o cidadão inglês padecia de uma doença terminal, mas que os investigadores ainda tentam perceber se a mulher se limitou a sepultar o homem ou se o matou e escondeu o corpo.
Sabe-se também que a sua morte do não foi reportada às autoridades inglesas ou portuguesas pelo que a viúva continua a receber a pensão do companheiro.
Há vários dias que o homem não era visto no exterior de casa quando uma vizinha, estranhando a sua ausência se dirigiu à viúva perguntando pelo seu paradeiro. A mulher ter-lhe-á dito que o marido falecera e que teria sido enterrado em Tábua.
Desconfiada, a vizinha reportou as suas dúvidas à GNR que nos últimos dias fizeram buscas nas imediações da quinta de São Lourenço, junto à aldeia histórica de Linhares da Beira, com a ajuda de cães pisteiros. Esta manhã farejaram presença humana e o MP autorizou as escavações no terreno e presenciou a descoberta macabra.
Fonte: JN
Foto: MIGUEL PEREIRA DA SILVA/Global Imagens

Eu, Psicóloga: Por que você deveria fazer algo criativo todos os dias


criatividade é um tema muito presente não só em estudos de psicologia e neurociência, mas também em indagações nossas de modo geral. Aquela ideia comum do gênio atormentado faz muita gente pensar se a criatividade não seria algo ruim para a saúde emocional – ou se as pessoas com problemas emocionais é que seriam atraídas de alguma forma para trabalhos artísticos.


Algumas pesquisas trouxeram luz a questões do tipo. É um fato comprovado vez após vez, por exemplo, que emoções positivas favorecem a criatividade, e pesquisas já mostraram uma ligação entre depressão e esquizofrenia e certos tipos de arte. Também já foram encontradas evidências de que trabalhos criativos favorecem estados emocionais positivos, mas boa parte dos trabalhos nestes casos focava em atividades criativas realizadas por voluntários em laboratório, ali ao lado dos pesquisadores.

Um estudo publicado recentemente no Journal of Positive Psychology e assinado por pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, da Universidade de Minnesota e da Universidade da Carolina do Norte em Greensboro, ambas nos Estados Unidos, trouxe algumas novidades.

Os autores recrutaram 658 voluntários entre 17 e 25 anos, todos estudantes universitários da Nova Zelândia, e pediram a eles que mantivessem um diário online durante 13 dias. Ali, eles tinham de responder a perguntas sobre seus sentimentos, pensamentos e atividades criativas que haviam feito em cada dia.

Por atividades criativas, o questionário definia: “ter ideias novas ou originais; expressar-se de uma maneira original e útil; ou passar tempo fazendo atividades artísticas (arte, música, pintura, escrita etc.)”. Os participantes davam uma nota em uma escala de 0 (nada) a 4 (muito) para o quanto haviam se engajado em coisas desse tipo.

A medição de seu estado emocional era feita por um questionário diário com 18 itens que mediam emoções positivas como energia, entusiasmo, excitação, felicidade, prazer, calma, contentamento etc. e negativas, como raiva, hostilidade, irritabilidade, ansiedade, tensão, tristeza etc. Havia a chamada “flourishing scale”, ou escala de florescimento, que media sentimentos ligados a ter um propósito ou significado para a vida, além de engajamento e conexão social.

Resultados

O estudo concluiu que, quando os voluntários se envolviam mais do que o usual em atividades criativas, isso provocava um aumento significativo na escala de emoções positivas e um aumento ainda maior na escala de “florescimento” no dia seguinte. Ou seja, eles ficavam mais felizes e sentiam que tinham um propósito na vida.

Por outro lado, um aumento nessas duas escalas não significou aumento de atividades criativas no dia seguinte, o que mostra que esse é um efeito de uma mão só. Também não houve diferença na medição de emoções negativas (o que mostra que, se ser mais criativo não diminui emoções negativas, também não as aumenta, como alguns talvez pudessem pensar).

Implicações do estudo

De acordo com os autores, esses resultados abrem uma nova possibilidade para as pessoas ao permitir colocar as atividades criativas ao lado de práticas como a meditação, o estímulo à gratidão e os exercícios físicos como fontes de bem-estar.

E um ponto importante que os autores fizeram questão de frisar: essas atividades criativas não se restringem a trabalhos profissionais de arte e podem incluir coisas tão simples quanto cozinhar um prato novo, tricotar ou fazer uns rabiscos legais.

“Como os traços de personalidade dos voluntários não alterou os efeitos da criatividade sobre o bem-estar, é provável que essa estratégia possa funcionar com todos os tipos de pessoas,” diz o estudo, que pode ser lido na íntegra aqui. Ou seja, você não precisa ter uma personalidade mais propensa às artes ou ser especialmente criativo para se beneficiar disso.


Podemos ter um bom trabalho ou não, podemos ter uma vida confortável ou não, mas estamos todos sujeitos àquele sentimento de não ver muito propósito no que temos feito. Por outro lado, alguns dias nos sentimos realizados mesmo tendo feito coisas simples. Talvez a criatividade seja um fator importante por trás disso.

Debora Oliveira

ZECA AFONSO: 30 anos de histórias e saudade num livro de memória plural

Foi há 30 anos, a 23 de Fevereiro de 1987, que nos despedimos de José Afonso – o eterno Zeca Afonso –, poeta-cantor símbolo da Liberdade. Porque é urgente preservar a memória de um dos maiores criadores e intérpretes da música popular portuguesa, José Jorge Letria, um dos companheiros do cantor antes do 25 de Abril, fala-nos da vida e obra de Zeca Afonso num livro homenagem que reúne depoimentos de mais de duas dezenas de amigos e figuras que também acompanharam esta figura incontornável da música popular portuguesa.

Zeca Afonso: O Que Faz Falta é ainda uma compilação de memórias e saudade de nomes como António Victorino d’Almeida, João Paulo Guerra, Isabel do Carmo e Vitorino, entre muitos outros. Escrito por José Jorge Letria, este livro é uma viagem de descoberta do homem por trás da música e da intervenção política. E é também um registo importante de momentos históricos, incluindo os bastidores da escolha do tema «Grândola, vila morena» como senha para dar início à revolução de 25 de Abril de 1974.
Envolto em recordações, Zeca Afonso: O Que Faz Falta chega às livrarias em jeito de homenagem a 15 de Fevereiro.

Zeca Afonso: O Que Faz Falta
José Jorge Letria
15x23
176 páginas + 8 a cores
15,50 €
Não Ficção/Testemunho
Nas livrarias a 15 de Fevereiro
Guerra e Paz Editores

R. Conde Redondo, 8, 5.º Esq.
1150-105 Lisboa | Portugal


Macroscópio – Verdade, mentira, “fake news” e “fact checks”

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!
 
Notícias falsas (ou “fake news”, de acordo com a moda do momento). Redes sociais. Mentiras (ou “inverdades”, em linguagem de políticos). Pós-verdade. Narrativas. Bloggers. E depois ainda há os velhos “mitos urbanos”, a eternas teorias da conspiração e, claro, um dos mais velhos hábitos da Humanidade: espalhar boatos, amplificar rumores. O que é que aqui é novo e o que é que aqui é velho? Como nos devemos orientar neste nevoeiro? É talvez tempo de trocarmos umas ideias sobre estes assuntos.
 
Comecemos pelo jornalismo – e pelos seus limites. Carl Bernstein, um dos dois jornalistas que investigaram o «caso Watergate», costuma dizer que no jornalismo o que se persegue é «the best obtainable version of the truth» (a melhor versão obtenível da verdade), e que isso é feito dentro dos limites temporais da próxima edição ou do próximo noticiário. No tempo da internet, estes limites temporais ainda se comprimem mais. Por isso a necessidade de uma ainda maior exigência – e, ao mesmo tempo, de uma ainda maior ambição. Essa ambição tem-se traduzido na multiplicação de um novo género jornalístico, o “Fact Check” – literalmente, a “verificação dos factos”.
 
Como escreveu Miguel Pinheiro no Observador, “Trata-se de uma tendência em crescimento no mundo inteiro. Segundo o estudo “The rise of fact-checking sites in Europe“, do Reuters Institute, há neste momento 113 organizações dedicadas ao fact-checking: “Mais de 90 por cento foram fundadas desde 2010; e cerca de 50 foram lançadas nos últimos dois anos”. Nos Estados Unidos, jornais como o Washington Post e o The New York Times têm apostado neste formato; na Europa, os franceses Le Monde e Libération ou o italiano Pagella Politica têm feito o mesmo.”
 
No estudo da Reuters que cita, The rise of fact-checking sites in Europe, Lucas Graves e Federica Cherubini sublinham mesmo que “The new millennium has seen the rise and rapid global spread of what can fairly be called a new democratic institution, the independent political fact-checker. The organisations dedicated to publicly evaluating the truth of political claims appeared in the United States in the early 2000s, anchoring what would become a staple of political reporting practised by nearly every major US news outlet. Over the past decade, meanwhile, independent fact-checkers have emerged in more than 50 countries spanning every continent.”
 
Miguel Pinheiro justificava assim o aparecimento de uma nova secção, tratanto de responder à questão de Como são os novos Fact Checks do Observador? Nesse texto também se explica que os Fact Checks do Observador obedecem um Código de Conduta – “Há alguns meses, o Observador começou a colaborar com a Rede Internacional de Fact-Checking (IFCN), do Poynter Institute for Media Studies. Na sequência desses contactos, o Observador adoptou o Código de Conduta do IFCN”. São cinco os pontos mais importantes deste nosso Código de princípios para Fact Checks:
  1. Compromisso com o não-partidarismo e com a justiça
  2. Compromisso com a transparência das fontes
  3. Compromisso com a transparência do financiamento
  4. Compromisso com a transparência da metodologia
  5. Compromisso com correções abertas e honestas
 
Já neste quadro, elaborámos dois Fact Check em torno do debate quinzenal de quarta-feira, Centeno não mentiu sobre acordo com Domingues? e Costa nunca usou a dívida para atacar o Governo?, sendo que este teve também uma versão vídeo. Sendo que muitos outros trabalhos de verificação dos factos foram aqui reunidos.
 

Nos Estados Unidos, para além do investimento dos principais órgãos de informação em Fact Check, há ainda algumas organizações que vale a pena referir:
  • PolitiFact, que como o nome indica se centra sobretudo na fiscalização do que afirmam os políticos. Pode aceder aqui a mais informação: The Principles of PolitiFact, PunditFact and the Truth-O-Meter
  • Snopes, um site que adopta o nome de uma família de personagens de três romances de William Faulkner e que se dedica sobretudo à desconstrução dos “mitos urbanos” que grassam pela internet: “Urban legends are a specific type of folklore, and many of the items discussed on this site do not fall under the folkloric definition of “urban legend.” We employ the more expansive popular (if academically inaccurate) use of “urban legend” as a term that embraces not only urban legends but also common fallacies, misinformation, old wives’ tales, strange news stories, rumors, celebrity gossip, and similar items.”
  • FactCheck.org, que se define como “a nonpartisan, nonprofit “consumer advocate” for voters that aims to reduce the level of deception and confusion in U.S. politics. We monitor the factual accuracy of what is said by major U.S. political players in the form of TV ads, debates, speeches, interviews and news releases. Our goal is to apply the best practices of both journalism and scholarship, and to increase public knowledge and understanding.”
 
Mas dir-se-á: vale a pena o esforço? Não estaremos a assistir a um fechamento da sociedade em guetos, ou “bolhas”, que não se conhecem nem comunicam? De facto alguns indicadores parecem apontar para que, nas redes sociais, por vezes dá-se mais atenção a notícias falsas, inventadas, do que a notícias verdadeiras, verificadas e tratadas por jornalistas. Isso mesmo se mostra aqui – This Analysis Shows How Viral Fake Election News Stories Outperformed Real News On Facebook – onde se nota (ver gráfico) que “During the critical months of the campaign, 20 top-performing false election stories from hoax sites and hyperpartisan blogs generated 8,711,000 shares, reactions, and comments on Facebook. Within the same time period, the 20 best-performing election stories from 19 major news websites generated a total of 7,367,000 shares, reactions, and comments on Facebook.

 
Uma análise da IPSOS realizada mais tarde mostrou que Most Americans Who See Fake News Believe It, como noticiou o BuzzFeed: “Fake news headlines fool American adults about 75% of the time (…). The survey also found that people who cite Facebook as a major source of news are more likely to view fake news headlines as accurate than those who rely less on the platform for news.”
 
Estes dados são, contudo, considerados pontuais por se referirem a um período muito específico – as últimas semanas campanha eleitoral para a Casa Branca –, pelo que Alexios Mantzarlis, director da Poynter International Fact-Checking Network, entrevistado por Miguel Santos do Observador, “Confrontadas com factos as pessoas mudam de opinião”. Algo que explica assim: “Acredito que para qualificarmos esta era como a “era da pós-verdade” temos de encontrar evidências de que os cidadãos não mudam de opinião quando confrontados com factos. E não é isso que dizem as investigações. Estudos recentes mostram que quando confrontadas com factos as pessoas mudam de opinião mesmo que esses factos contrariem as suas preferências políticas. Vivemos num mundo demasiado complexo, onde os factos e as emoções concorrem entre si e influenciam as decisões que tomamos.
 
Mais: como escreveu Melissa Zimdars no Washington Post, My ‘fake news list’ went viral. But made-up stories are only part of the problem. Uma outra parte do problema é que o prestígio dos meios de informação tradicionais já não é o que era, bem pelo contrário: Studies show a significant portion of the population distrusts “the media.” The level of distrust varies widely by news outlet and by reader, but in the aggregate, people no longer believe press reports the way they once did, especially if the news challenges their preexisting beliefs. Too many news organizations focus on short-term stories (...) and not enough deal consistently and seriously with issues that affect people’s lives in a way that explores not only what’s happening but also why and what can be done about it.”
 
Para além desta falta de foco em temas que afectam as pessoas, há também uma grande desconfiança sobre aquilo a que nos Estados Unidos se chama “bias” da grande imprensa. Isto é, falta de equilíbrio da informação. A maioria dessas acusações costuma vir da base eleitoral de Donald Trump, sendo que no outro lado do espectro político o alvo a abater é a Fox News. Mas se conhecemos as acusações à cadeia de Rupert Murdoch, importa referir que agora começam a surgir, na imprensa “liberal” (ou seja, na imprensa de esquerda), críticas a alguns excessos e, também, às “fake news” que agora começam a multiplicar-se entre os que detestam Trump.
 
Em The ‘Fake News’ Problem, o colunista e polemista James Kirchick, escrevendo no The Tablet (um órgão de informação judaico) é muito frontal na denúncia deste problema: Now that Trump is in the White House, much of the media feels uninhibited in their campaign to destroy him, seeing the unprecedented nature of his presidency as license to get away with anything. Take Jonathan Weisman, deputy Washington editor of The New York Times. Since he was targeted by pro-Trump, anti-Semitic Twitter trolls last summer, Weisman—a man who is supposed to at least feign objectivity—has completely dropped any pretense of political independence. His own Twitter feed—like the feeds of a growing number of Times reporters—is a constant stream of anti-Trump invective indistinguishable from committed anti-Trump pundits like myself.”
 
O Guardian também já abordou o tema em Fake news for liberals: misinformation starts to lean left under Trump – “Liberal anxieties about Trump have created an appetite for false news, and social psychology dictates that fearful people may be more gullible, said Claire Wardle, research director with First Draft News. “It’s unsurprising to me that we’re seeing a growth of disinformation on the left … People want information that makes them feel better,” she said. “We’re living in a time where there is so much fear and concern mapped onto social technology.” –, tal como a The Atlantic, em The Rise of Progressive 'Fake News' – “If progressives are looking to be shocked, terrified, or incensed, they have plenty of options. Yet in the past two weeks, many have turned to a different avenue: They have shared “fake news,” online stories that look like real journalism but are full of fables and falsehoods. It’s a funny reversal of the situation from November.” The Federalist também abordou o tema em 16 Fake News Stories Reporters Have Run Since Trump Won.
 
A terminar regresso a um debate que passou pelas páginas de vários jornais no início do ano e no qual eu próprio participei, contestando a ideia de que a ascensão do populismo era quase uma consequência directa de vivermos no tempo do Facebook. Em A culpa é toda das redes sociais. E já agora da máquina a vapor – um titulo irónico – defendi que “As redes sociais e a tecnologia não criaram estas realidades. As redes sociais não passaram de bestiais (no tempo em que ajudaram a eleger Obama ou atraiam multidões para os comícios de Bernie Sanders) a bestas (só porque Trump é um incontinente do Twitter). (...) A “pós-verdade” também não nasceu ontem. Antes dela houve o boato, e sabemos como este provocou motins e até massacres (recordam-se da chacina dos judeus de Lisboa naquela que ficou conhecido como a “matança da Páscoa de 1506”). Mais: (...) que sentido faz reclamar que o debate público só se faça de verdades certificadas quando os mesmos factos (os números da dívida, ou do crescimento, ou do desemprego) podem servir copos meio-cheios e copos meio vazios?
 
Mesmo assim é bom que em França as redações se tenham juntado ao Facebook para evitar “fake news” nas eleições francesas. Como será bom que mais órgãos de informação, para além do Observador, tornem os Fact Check uma rotina também em Portugal. Afinal de contas «the best obtainable version of the truth» será sempre uma contribuição para nos guiarmos nos novoeiro que referi logo de entrada.
 
Tenham bom descanso, boas leituras e, já agora, muitas notícias, reportagens e análises bem feitas.
 
 
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CDS avisa: Centeno arrisca "consequências penais"

JOAO RELVAS/LUSA
Centristas pedem de novo presença de António Domingues na comissão parlamentar de inquérito ao banco público

O ministro das Finanças pode estar a incorrer em "consequências penais" por garantias que deu ao Parlamento sobre o "caso Domingues/CGD" e que afinal não se confirmam.

A acusação foi avançada pelo CDS, numa conferência de imprensa esta tarde no Parlamento.

O novo caso prende-se com o facto de Mário Centeno ter dito por escrito à comissão, respondendo a um requerimento do CDS, que "inexistem trocas de comunicações" entre o ministério das Finanças e António Domingues sobre as condições que este colocou para aceitar presidir à Caixa Geral de Depósitos.

Ora a documentação ontem revelada pelo jornal digital Eco mostra que houve mesmo troca de comunicações sobre esse assunto. Para João Almeida, o que importa é perguntar agora a Mário Centeno se "quer voltar atrás" nas declarações que fez à comissão parlamentar de inquérito (CPI) à CGD. Não querendo, "há consequências penais da mentira", acrescentou o deputado, referindo o crime de perjúrio.

O deputado centrista afirmou ainda que o CDS vai voltar a convocar Domingues à CPI. O PSD já tinha anunciado o mesmo para Mário Centeno. No caso do pedido do PSD, a suposta mentira de Centeno é outra: ter desmentido que o Governo garantira ao agora ex-presidente da CGD que este seria isentado de apresentar declarações de rendimentos e património no Tribunal Constitucional.

Fonte: DN

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Os interessados em doar sangue ou inscrever-se como dadores de medula óssea, podem consultar o site www. adasca.pt  onde estão indicados os locais e datas das colheitas de sangue a realizar pela ADASCA

J. Carlos

“Acusações são infundadas”: Miguel Macedo pede absolvição de todos os crimes

Andreia Martins Costa
18:24
justica

O ex-ministro arguido no processo ‘Vistos Gold’/Operação Labirinto afirma que as acusações do MP são "desgarradas e infundadas".
Miguel Macedo, ex-ministro da Administração interna do anterior governo, entregou no passado 31 de janeiro a contestação do processo de acusação do Ministério Público, pedindo a absolvição dos crimes de prevaricação de titular de cargo político e de tráfico de influência
O ex-ministro é acusado de ordenar ao então diretor do SEF, Manuel Palos, a apresentação formal de uma proposta de nomeação de um Oficial de Ligação de Imigração (OLI) para Pequim para seu interesse privado, no entanto Castanheira Neves, o advogado de Macedo, refuta essa intenção salientando que não estavam em causa interesses privados ou “parcerias informais lucrativas”, revela a agência Lusa citada pela comunicação.
Em causa estão ainda as parcerias “privadas negociais com escopo lucrativo” entre o arguido Miguel Macedo e o antigo presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo, e o representante legal da Jag-Consultoria e Gestão Jaime Gomes.
Refuta-se também que existissem parcerias “privadas negociais com escopo lucrativo” entre Miguel Macedo e os arguidos António Figueiredo, ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN) e Jaime Gomes, representante legal da Jag-Consultoria e Gestão, Lda.
O Ministério Público defende a existência de uma parceria informal lucrativa entre o arguido em causa e Jaime Gomes, a quem foram atribuídas vantagens concorrenciais, especificamente no concurso público internacional para aquisição de serviços de operação e manutenção de helicópteros Kamov.
A acusação afirma que, na condição de ministro, Miguel Macedo, atuou de forma a beneficiar comercialmente a empresa de saúde da qual Paulo Lalanda e Castro é gerente, a Intelligent Life Solutions (ILS), facilitando a emissão de Vistos de Estada Temporária para Tratamento Médico de cidadãos líbios e “diligenciando no sentido de obter da Autoridade Tributária uma decisão favorável ilegal num processo de natureza tributária relativo a IVA, no qual a empresa era visada”, segundo a mesma agência, divulgada pelos meios de comunicação.
O processo ‘Vistos Gold’/Operação Labirinto, com inicio em 2014, tem 21 arguidos, sendo que quatro são empresas e apresenta Paula Teixeira da Cruz, ex-ministra da Justiça, Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Rui Machete, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, José Pedro Aguiar Branco, ex-titular da pasta da defesa e Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros, como testemunhas.

Fonte: JE

Hora de Fecho: Salgado: acusações de Bataglia são uma vingança

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
Ricardo Salgado classificou como uma vingança as declarações de Hélder Bataglia na Operação Marquês. E usou Mário Soares para demonstrar o seu afastamento face a José Sócrates.
Eurodeputado é a primeira voz do PSD a pedir a demissão do ministro, que diz ter mentido "descarada e despudoradamente" ao Parlamento e ao país. Diz que só assim Portugal recupera "credibilidade".
O Presidente acredita que o ministro das Finanças tinha a mesma opinião que Costa sobre a entrega de declaração de rendimentos pelos gestores da CGD, "até encontrar alguma coisa assinada".
Num ano marcado pela incerteza, com eleições pelo menos em França, Alemanha e Holanda, a Grécia parece caminhar para mais um confronto tripartido: Governo de Tsipras, FMI e credores europeus.
Conselho de Ministros aprovou a criação do programa de regularização extraordinária dos vínculos precários no Estado, que deve arrancar até 31 de outubro e entrar em vigor até 31 de dezembro de 2018.
Escaparam a chuvas de balas, vivem com segurança 24h por dia, são "formiguinhas" que cumprem uma frase feita: trabalhar para que o mundo seja um sítio melhor. São os portugueses nas Nações Unidas.
Luís Montenegro pede aos partidos para não acelerarem uma decisão sobre a eutanásia e garante que o PSD não exclui nenhuma possibilidade: contra, a favor ou a ideia de um referendo.
Novos dados divulgados mostram que a forma mais recorrente de cozer arroz pode fazer mal à saúde. A presença de arsénico no arroz pode revelar-se um perigo se não o cozinharmos de forma correta.
Mais do que começar um namoro, por vezes o difícil é manter uma relação saudável e feliz. A tempo do dia de São Valentim, reunimos alguns conselhos com a ajuda de duas psicólogas e um sexólogo.
Em 2017, o evento que põe o antigo comboio presidencial nos carris da Linha do Douro cresce em duração, distância percorrida e chefes convidados. Eis as novidades do The Presidential em primeira mão.
Uma parede de vidro à prova de bala, com 2,5 metros de altura, começará a ser instalada à volta da Torre Eiffel a partir do outono. O dispositivo custará 20 milhões de euros. 
Opinião

Helena Garrido
A CGD é agora o único banco controlado por portugueses. Depois da energia e das telecomunicações foi a vez da banca ser vendida. Também assim evitamos mais austeridade.

Maria João Avillez
Dentro da Fundação Vuitton, uma harmonia luminosa, cá fora uma sombria cavalgada politica a caminho de um previsível desastre. A poucos metros dali, uma França contaminada e corroída pelo mal dos dias

Paulo Tunhas
Stephen Jay Gould, crítico de Darwin, está condenado a ter razão contra Edward O. Wilson, Dawkins ou Dennett. A sociedade é criação humana com múltiplas formas e em que o horror e o sublime convivem.

Filipe Santos
A força da Economia deve-se aos empresários e trabalhadores que realizaram um difícil ajustamento estrutural durante os últimos 15 anos e desde 2011 começaram a ganhar competitividade internacional.

José Manuel Fernandes
É o paradoxo dos dias que correm: cá dentro há foguetório com a execução orçamental, lá fora alerta-se para a falta de crescimento e de reformas. Nós fazemos orelhas moucas, pois nunca aprendemos nada
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GNR Aveiro | Santa Maria da Feira – Dois detidos por tráfico de estupefaciente

Resultado de imagem para GNR Aveiro | Santa Maria da Feira – Dois detidos por tráfico de estupefaciente
O Comando Territorial de Aveiro, através do Posto Territorial de Santa Maria da Feira deteve ontem, dia 8 de fevereiro, dois indivíduos, de 18 e 27 anos por posse de estupefacientes, em Arrifana - Santa Maria da Feira.
No decorrer de uma patrulha foi abordado um veículo com cinco indivíduos no seu interior, tendo sido detetado que dois deles possuíam substâncias estupefacientes, tendo sido apreendido:
  • 154 doses de haxixe;
  • 170 euros em numerário;
  • Três telemóveis;
  • Dois moinhos;
  • Um cachimbo;
  • Um canivete usado no corte do produto estupefaciente;
  • Uma balança.
Os restantes três ocupantes da viatura foram identificados, tendo-se apurado que um deles terá procedido à venda do produto estupefaciente aos suspeitos detidos, sendo por isso constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência.
Os detidos estão neste momento a ser presentes ao Tribunal Judicial de Santa Maria da Feira.

Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede - 11 de fevereiro

Uma família, com três filhos, que se vê diretamente participante na Guerra do Ultramar. O filho primogénito é chamado a ingressar nas fileiras das tropas portuguesas e durante os conflitos é dado como desaparecido! A Promessa vem do seu irmão mais novo, que assume perante a sua mãe agonizante trazer o irmão mais velho, seja em que circunstância for.

 Alberto, o pai Manuel Bucete | Laurinda, a mãe Olga Reis | António, irmão mais velho Cláudio Silva | Maria, mulher de António Mariana Figueiredo | Isabel, filha de António Lara Póvoa | Bernardo, filho do meio José Valdemiro | Manuel, filho mais novo Leandro Cosme | Ulilê Guilherme Machado | Preto Rebelde 1 Nelson Marques | Preto Rebelde 2 Ruben Figueiredo | Preto 3 Vital Dinis | Comandante José Carlos | Soldado Luís Costa | Carteiro Nelson | Colega de António Manuel Bucete

Balburdia na Aldeia, de Manuel Tomé, relata a história de um povo, suas tradições, os namoricos e suas desavenças! A máxima de vida que advoga é a certeza de que ninguém é dono do futuro e por muito que um povo tenha as suas desavenças, quando se trata de defender a sua Terra e suas gentes, tudo é relegado em prol da manifestação do coletivo, da União!

 Xico Fininho Cláudio Silva | Zé das Cebolas Leandro Cosme | Toino da Bernarda Bruno Machado | João Lambão José Carlos | Almado Vital Dinis | Ti Manel carpinteiro Manuel Bucete | Madalena Ana Silva | Viúva Alzira Lena Rodrigues | Menina Francoise Paula Silva | Menina Rosa Ana Póvoa | Velha Xica Olga Reis | Repórteres SIC Eduardo e Ana Santos | Bernarda Mariana Figueiredo | Justina Florbela | Tonito Lara Póvoa | Joãozito Nicole | Burro Eduardo/Guilherme | Presidente da Junta Idílio Póvoa | Mãe de Fransoise Ana Santos | Pai da Francoise Nélson Marques | Coco José Valdemiro | Ranheta Guilherme | Facada Facada

Encenador     Manuel Tomé Contra‐Regra     
Joaquim Póvoa Aderecista e cenografia ParƟcipação de todo o grupo EsƟlista      Leonor Caracterização    Dina Santos e Mila Pinto SonoplasƟa     Manuel Tomé e Luís Costa Lumninotecnica    Licínio Pascoal Guarda‐roupa    Leonor Santos

Boas novas!

Sei que é hora de levantarmos e desafiarmos nossos gigantes, nossas lepras, nossas depressões e nossos medos.


João Antonio Pagliosa
 
João Antonio PagliosaJoão António Pagliosa
Se andarmos e vivermos par e passo com Deus, indubitavelmente seremos portadores de extraordinárias notícias e de tão belas boas novas, que as pessoas ao derredor exclamarão: “Puxa, que incrível. Eu não acredito que Deus fez isso em sua vida. Que transformação, heim!”
As pessoas correrão atrás de você para ouvir com detalhes a sua história. Elas quererão saber o que Deus tem feito em nossas vidas. Ver Habacuque, capítulo 1 versículo 5.
No livro de II Reis 7:3 a 15, conhecemos a história de quatro leprosos famintos e miseráveis. Eles não desistiram de seus sonhos e por isso foram usados por Deus para mudar a vida de um povo. Eles anunciaram a fuga em desabalada carreira dos soldados sírios que estavam acampados em arraial próximo e prontos para atacar a cidade do povo judeu.
Nesse ponto cabe a pergunta: Qual é a sua lepra? O que o impede de ser feliz e realizado como pessoa no seio de sua família e na sociedade que o abriga? Por que você chora e sofre e se lamenta? Por que é infeliz?
É chegada a hora da decisão. Decida-se, ergam-se todos para as suas lepras, suas dificuldades e enfrente-as do mesmo jeito que aqueles quatro leprosos decidiram-se a avançar em direção ao arraial dos soldados sírios. Quando você se levantar e ousar enfrentar seus medos, um exército do Deus Vivo e Verdadeiro se levantará em seu socorro e o inimigo baterá em retirada, deixando suas armas, seus pertences e suas riquezas. Uh, glória!

Quando você se levanta para a batalha, Deus levanta um exército para lutar por você. Deus superará suas expectativas. Deus surpreende!"

— João Antonio Pagliosa

Sei que é hora de levantarmos e desafiarmos nossos gigantes, nossas lepras, nossas depressões e nossos medos.
O medo nos paralisa. Ou o enfrentamos ou seremos perdedores e nada mudará em nossa pobre vida.
A dor da fome é uma das dores mais atrozes do ser humano. Aqueles quatro leprosos decidiram-se a marchar em direção ao exército sírio porque sabiam que enfrentando-os, haveria uma chance de vitória. Ora, mude a sua atitude, saia do marasmo angustiante que o sufoca, acredite no poder de Deus, clame seu socorro e verá o milagre alcançá-lo.
Quando você se levanta para a batalha, Deus levanta um exército para lutar por você. Deus superará suas expectativas. Deus surpreende!
E vencida a guerra você sairá próspero, maduro e preparado para administrar grandes projetos. Aleluia!
Pessoas desanimadas, problemáticas, drogadas, e doentes na alma, incito-os a se levantarem. Ainda há força em você, portanto, determine-se a vencer suas lepras. Determine-se a ser um vencedor!
Eu e você viveremos o resultado de nossas guerras. Absolutamente ninguém lutará as suas batalhas porque a luta é apenas sua. Nunca desista de lutar porque aquele que desiste nunca vê o desfecho, nunca vê o final.
Anseio para que você seja um portador de boas novas, mas, a decisão é apenas sua. Renove suas forças com fé e oração.
Renove a esperança das pessoas que o rodeiam. Anuncie as boas novas da Salvação. Ide e pregai e torne-se mais um profeta do século XXI. Seja mais um quinto evangelista. Jesus o ama e conta com você!
Escritor , palestrante e Engenheiro Agrônomo.
CURITIBA, 09 DE FEVEREIRO DE 2017