domingo, 21 de agosto de 2022
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No dia16 maio 2022 pelas 11:00 foi publicado no facebook o seguinte texto:
“Porque será que os jornalistas não pegaram neste assunto? Até porque existem mais ajustes directos com autarquias que na altura eram governadas por gente do PSD. Só em Espinho e Ílhavo terá chegado aos 400 mil euros. Mas tudo legal. E ético é?”. https://www.facebook.com/258649144844557/
Quem não nasceu ontem sabe que o nosso País, desde o 25 de Abril de 1974 tem sido governado à vez: Ora pelo PS com maioria relativa e absoluta como actualmente, como ainda em coligação, ora pelo PSD/CDS, ou somente pelo PSD/PPD. Quem se lembra da famosa coligação AD?
Durante todas as alternâncias políticas tudo foi possível acontecer, ou será que temos todos a memória curta e sofremos de amnésia em estado degenerativo avançado? Dos poucos casos que foram levados aos tribunais, ninguém assumiu frontalmente os actos que praticou, alegaram mesmo esquecimento. Estamos perante um comportamento corajoso ou cobarde? Nos tribunais todos juram dizer a verdade e somente a verdade, além de alegarem que vão colaborar com a justiça, e uma boa dose de inocência à mistura.
Para quem está atento à imprensa no seu geral, o nosso País está recheado de casos mais ou menos incómodos durante quase 50 nos. Muitos deixaram de ser casos, embora tenham sido debatidos e apreciados nos tribunais. Resultados? Zero = igual a impunidade, porque nada ou quase nada foi comprovado.
O sentimento de impunidade que se vive transversalmente na sociedade é uma das causas que motiva (permite) tudo, podendo a outra ser o compadrio ou o alegado trafico de influências.
Temos boas leis, humanistas no sentido de dar oportunidades a quem prevarica. As leis servem para serem violadas (onde é que já li ou ouvi isto!) numa primeira oportunidade, não fossem elas elaboradas à medida, conforme as conveniências. Só assim se explica que tenham sido aprovadas umas leis com mais buracos que qualquer queijo suíço, com as quais é fácil conviver e escapar.
Quantos políticos foram ou estão actualmente presos pelos actos danosos que praticaram contra o País durante o seu exercício de funções? Claro que os casos mais notórios incomoda a todos, até a imprensa por muito que lhe custe, tendo em conta que estão sujeitos a perder os milhões de euros de publicidade. Dizia-me o meu avô que Deus tem: “é com papas e bolos que se enganam os tolos”. No meio deste amontoado de casos quem são os tolos? Os que conferem o seu voto de confiança em época de eleições? É provável.
É pá, quanto queres receber para não voltares a escrever mais sobre o assunto, ou, isso deixou de ser assunto, está em segredo de justiça. Esta expressão/desculpa dá um jeitão.
Quantos sujeitos que levaram os bancos à falência estão presos? O POVO adora estes casos, é como no futebol, deixa andar, ou então aproximam-se como fundamentalistas (?) dos partidos mais à direita como à esquerda, porque naqueles espaços políticos ouvem o que lhes agrada, e são incapazes de o dizerem individualmente...
Os Jornalistas Honestos, Corajosos e Determinados, os tais que não se vergam às ameaças, nem a chantagens são silenciados pelas empresas onde trabalham, para não perderem a publicidade, como disse acima. Vejamos o que se passa com distribuição da publicidade nas Câmaras Municipais: Caso de Aveiro e Ílhavo, senão em todas as outras. Em Aveiro a publicidade vai apenas para um só jornal, aliás, são públicas as acusações de que a Câmara de Aveiro é a principal sustentabilidade/accionista dum jornal diário do burgo. Só “influências” e "comprar" silêncios. No que toca a impostos... todos devem pagar com língua de palmo. O Outro dizia: "é o Estado de direito a funcionar". Se o Estado somos todos nós, retirem-me desse estado de coisas…
Paul Valéry escreveu: “A política é a arte de impedir as pessoas de se meterem naquilo que lhes diz respeito”, esta frase dispensa comentários.
Certo comerciante calunia o seu seu colega dizendo: “Quando a gente não se incomoda por roubar e enganar… enriquece-se depressa».
Valerá a pena mentir? Porque, cedo ou tarde, a mentira é descoberta, e, então adeus honra. A mentira quer seja na política ou noutra área da sociedade é um monstro gerado pela língua; e os monstros de nascença nunca têm longa vida.
O mentiroso não foi, então descoberto. Mas, quando está só em casa, a voz flagrante do remorso fala-lhe do fundo da consciência: «Não tens carácter. Ninguém se pode fiar em ti»! E esta voz que o acusa faz-lhe passar momentos amargos.
Desgraçados daqueles que se deixam ir para a mentira! A mentira vem das profundezas obscuras onde o diabo tem a sua morada, e é por isso que ela ensombra a alma, é por isso que ensombra até o rosto do mentiroso. Este tem grande medo de ser traído pelo olhar. Lê somente a queixa d´Efigénio:
Maldita a mentira! Ela não alivia,
Como o fazem as palavras de verdade:
Sua asa negra o coração asfixia! (Goethe).
Necessitamos de: Um só Homem – uma só palavra, não só na política, mas, em todas as outras áreas da vida e na governação do nosso País, que nos dá tudo para sermos um Povo feliz.
J. Carlos