Cerimónia da consagração dos campeões e entrega de prémios contou com a presença de várias individualidades, para além dos praticantes da modalidade, familiares e amigos.
Numa época ainda um pouco “atípica” a Secção de Columbofilia da Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, com a “resiliência” que lhe já é conhecida e com a determinação da Associação Columbófila do Distrito de Coimbra e da Federação Portuguesa de Columbofilia ainda em tempos de pandemia Covid – 19, voltaram a encontrar nesta época desportiva, as melhores estratégias, para dentro dos condicionalismos existentes, realizar a Campanha Desportiva da modalidade, cumprindo rigorosamente as regras impostas pela Direcção Geral de Saúde e as determinações do plano de contingência elaborado pela Direcção Geral da Sociedade Columbófila, contando por último, com o apoio da Câmara Municipal de Cantanhede, que disponibilizou as instalações complementares do seu Mercado Municipal, que foi uma grande mais valia para que todos os associados concorrentes, efectuassem os encestamentos, em segurança.
Estão por isso, todas estas entidades e os seus dirigentes de parabéns, bem como todos os associados concorrentes, que com a “mestria” igualmente conhecida, conseguiram continuar a adaptar-se a estes novos tempos, que tantas dificuldades trouxeram para a modalidade.
Também fora do que vem sendo habitual nos últimos anos, os responsáveis pela Secção de Columbofilia, para assinalar o encerramento da Campanha Desportiva e para consagrar todos aqueles que competiram na mesma, realizou o habitual convívio que decorreu nas instalações do Mercado Municipal, gentilmente cedido pela Município, juntando alguns representantes das entidades convidadas e muitos associados que participaram nesta festa convívio.
Contando com a presença de várias personalidades, nomeadamente de Adérito Machado – Vereador do Desporto do Município de Cantanhede, Aidil Machado Presidente da União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça, Casas de Melo, vogal da Direcção Geral, Lusitano Espinhal, Presidente da Associação Columbófila do Distrito de Coimbra, Manuel Milagres, administrador da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cantanhede e Mira, foram ao fim de tarde, do passado dia 16 de outubro e após ter-se realizado um pequeno leilão de borrachos, consagrados todos os associados concorrentes.
Após a entrega de galardões de reconhecimento ao Município de Cantanhede, União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça, Direcção Geral da Assscc, Associação Columbófila do Distrito de Coimbra, Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Cantanhede e Mira, JCC Rações, Vitor Revendo e Vitor Carvalho, pela colaboração prestada, a Secção de Columbofilia, homenageou Manuel Capelo Nunes, um dos associados mais antigos da Colectividade e que muito contribuiu para o crescimento da modalidade.
Após decorrer uma breve merenda, Lusitano Espinhal, conduziu a cerimónia de entrega de prémios aos associados presentes.
Começando por atribuir os prémios pela classificação geral, Fernanda Abrantes, de seguida, entregou a Lusitano Espinhal a “Taça de Honra”, que homenageia e perdura a memória do maior vulto da Colectividade de Cantanhede, o eterno e saudoso Alberto Abrantes.
O destaque vai ainda, para os associados José Rossa Ribeiro, que conquistou o Campeonato de Meio – Fundo e de Fundo, para Lusitano Espinhal que conquistou o 1º lugar da classificação de borrachos, Avelino Soares que alcançou o “Troféu Crédito Agrícola”, para a equipa Nuno & Filho, que conquistou o Campeonato de Velocidade, o Campeonato de Designados, e foi o grande vencedor da Campanha Desportiva, alcançando o 1º lugar da classificação geral, seguido em 2º lugar por José Rossa Ribeiro e em 3º lugar por Emanuel Ventura, que disputaram o titulo até à realização da ultima prova.
Também ficam os elogios para os desempenhos de todos os associados que em condições tão difíceis e atípicas, concluíram esta Campanha Desportiva.
O papa Francisco propôs hoje, na missa inaugural do Sínodo dos Bispos, uma igreja “não assética”, mas sim apegada à realidade e aos seus problemas.
“Deus não habita em lugares asséticos e tranquilos, afastados da realidade, mas caminha a nosso lado e alcança-nos onde quer que estejamos, pelos caminhos às vezes acidentados da vida”, disse o papa ao clero reunido na Basílica de S. Pedro.
Francisco perguntou aos participantes do Sínodo – bispos, padres, religiosos e religiosas e laicos – se creem que a comunidade cristã encarna esse “estilo” que se preocupa com os problemas da sociedade.
“Encarnamos o estilo de Deus que caminha na história e partilha as vicissitudes da humanidade? Estamos dispostos à aventura do caminho ou, temerosos perante a incerteza, preferimos refugiar-nos das desculpas do ‘não faz falta’ e do ‘sempre se fez assim?”, questionou.
Francisco frisou que todo o encontro “implica abertura, valentia e disponibilidade” e criticou que, frequentemente, o clero prefira “refugiar-se em relações formais ou usar máscara de circunstância”.
“Na igreja como estamos com a escuta? Como vai o ouvido no nosso coração? Permitimos às pessoas que se expressem, que caminhem na fé mesmo quando têm percursos de vida difíceis, que contribuam para a vida da comunidade sem que se lhes ponham obstáculos, sem que sejam rejeitadas ou julgadas?”, questionou ainda, defendendo uma igreja que escuta os desafios do mundo moderno.
O XVI Sínodo dos Bispos tem por tema “Por uma igreja sinodal: comunhão, participação e missão” e, segundo a reorganização aprovada pelo papa em maio passado, insere-se num processo de cerca de três anos para dar voz às dioceses e aos fiéis.
Após a abertura de hoje, iniciar-se-á uma fase de consulta dos fiéis até abril de 2022, com o envio de um questionário a cada diocese. De setembro de 2022 até março de 2023 serão colocadas as mesmas questões a nível dos continentes.
Em outubro de 2023, reunir-se-á a Assembleia Geral do Sínodo, no Vaticano, para estudar e debater toda a informação recolhida e integrada no documento de trabalho designado “Instrumentum Laboris”.
O papa pediu que o Sínodo não seja “uma convenção eclesial, uma conferência de estudos ou um congresso político, mas sim um evento de graça, um processo de cura guiado pelo Espírito Santo”.
O documento preparatório do Sínodo, apresentado em setembro, afirma que a igreja católica deve encarar problemas como a sua falta de fé interna, a corrupção e, sobretudo, “o sofrimento que experimentam os menores e as pessoas vulneráveis devido a abusos sexuais” cometidos pelo clero.
Gasolina e gasóleo subiram mais de 35 vezes num ano. A carga fiscal coloca Portugal entre os países europeus com os maiores custos.
Portugal é dos países europeus com combustíveis mais caros, que já superam valores praticados há 10 anos. Esta segunda-feira há uma nova subida.
A gasolina e o gasóleo subiram mais de 35 vezes num ano, escreve o Jornal de Notícias.
No espaço de um ano, o preço da gasolina já aumentou 38 vezes e o do gasóleo 35. Amanhã, o gasóleo deverá subir mais 3,5 cêntimos e a gasolina 2,4.
Atualmente, Portugal tem a sexta gasolina mais cara da União Europeia e ocupa a sétima posição no diesel. São valores recordes que só se comparam com os praticados em 2008 e 2011, quando protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis ameaçaram parar o país.
Os preços nos combustíveis têm não só impacto na bolsa de cada português como estão a afetar as exportações. Mais de 60% do que o país importa vem por estrada.
A Associação Empresarial de Portugal, citada pelo Jornal de Notícias, pede investimentos urgentes na ferrovia, porque as empresas não podem esperar mais. Também o sector agrícola se queixa que tem dificuldade em fazer chegar os seus produtos às prateleiras dos supermercados, apesar do gasóleo verde, que reembolsa parte dos consumos.
Os impostos são o fator que mais pesa no preço dos combustíveis: 59% no caso da gasolina e 53% no do gasóleo. Apenas 30% do preço final diz respeito ao custo à saída da refinaria, depois há que contar ainda com a incorporação de biocombustíveis que pesam 6,7% no gasóleo e 2,4 na gasolina.
O tráfego aéreo foi interrompido sábado à noite no aeroporto de Weeze, no oeste da Alemanha, depois de um veículo ter passado a vala de proteção e parado junto à pista, aparentemente devido a um problema de saúde do condutor.
Fontes policiais disseram hoje que o condutor, um homem de 59 anos, perdeu o controlo do veículo, que passou a vala de proteção do aeroporto e se dirigiu à pista de aterragem.
O veículo foi rapidamente rodeado por viaturas policiais e do serviço de segurança do aeroporto, tendo sido abortada a aterragem de um avião da Ryanair proveniente de Roma.
O avião foi desviado para Munster, na mesma região da Renânia do Norte–Westfalia, tendo descolado pouco depois de novo para Weeze.
O condutor sofreu, aparentemente, um problema de saúde enquanto conduzia numa estrada junto ao aeroporto, tendo saído da via e atravessado a vala de proteção.
Segundo a agência espanhola Efe, além da medicação que toma devido a um problema de saúde, as autoridades verificaram que tinha consumido álcool, tendo sido hospitalizado para ser observado por médicos.
A negociação sobre a situação de Gibraltar pós Brexit entre a Comissão Europeia e o Reino Unido começa na segunda-feira em Bruxelas, quase um ano depois de Madrid e Londres celebrarem um acordo provisório sobre o território.
Gibraltar não está incluído no pacto sobre a relação pós Brexit que Londres e Bruxelas assinaram no final de 2021, sendo necessário chegar a consenso num convénio separado.
Espanha e Reino Unido estabeleceram, no final de 2020, um princípio de acordo, que está pendente do tratado que a CE e o Governo britânico possam alcançar em questões como o tráfego transfronteiriço.
Em julho último, a Comissão apresentou a sua proposta de mandato para a negociação, que os Estados membros adotaram de forma definitiva na passada terça-feira, depois de introduzidas algumas alterações, iniciando-se na segunda-feira as conversações com o Reino Unido.
A GNR vai realizar, entre 11 e 17 de outubro, uma operação de fiscalização dirigida a veículos pesados de passageiros e de mercadorias, foi hoje anunciado.
Na mira destas ações de controlo irá estar a deteção de irregularidades ao nível dos tempos de condução e repouso e da manipulação de tacógrafos, sobretudo nas matérias e manipulação e de Sistema de Redução Catalítica Seletiva (SCR), designadamente na deteção de situações de manipulação de sistemas que inibem a utilização de ‘AdBlue’.
Em comunicado, a GNR lembra que o ECR é um grupo Europeu de Inspeção de Transportes, que visa melhorar a segurança rodoviária e a sustentabilidade, a concorrência leal e as condições de trabalho no transporte rodoviário, sendo que a concorrência verificada entre operadores de transportes rodoviários, origina, por vezes, a redução de preços por parte dos transportadores, a qual é em alguns casos “compensada com a prática de irregularidades para aumentar a receita em detrimento da segurança rodoviária”.
A operação, que decorre entre a próxima segunda-feira e domingo, irá centrar-se nas vias mais críticas sob a responsabilidade da GNR e naquelas onde se verifique maior volume e tráfego de veículos pesados de mercadorias e de passageiros.
Segundo avança o comunicado da GNR, a realização das ações coordenadas no âmbito esta operação vai envolver as subunidades de trânsito dos Comandos Territoriais do Continente e da Unidade Nacional de Trânsito (UNT).
O objetivo das autoridades é promover a segurança rodoviária e a diminuição e ocorrência de acidentes de viação, sendo esta a quarta operação do género já realizada este ano.
As anteriores tiveram lugar de 08 a 14 de março, de 19 a 25 de abril e de 10 a 16 de maio, tendo sido fiscalizados mais de 11.300 condutores de veículos pesados e registadas mais de 7.500 contraordenações.
Em 2019 e 2020 a GNR registou 11.159 acidentes envolvendo veículos pesados, dos quais resultaram 14 vítimas mortais e 36 feridos graves, entre condutores e passageiros.
Um rapaz de 23 anos foi espancado hoje de madrugada por outros jovens, numa rua central do Porto, tendo sido conduzido em estado grave a uma unidade hospitalar, disse fonte da PSP.
O caso ocorreu na zona de Passos Manuel, centro do Porto, cerca das 03:00, e embora a agressão não envolvesse armas de fogo, será a Polícia Judiciária, “à partida”, a apurar os contornos do sucedido, com contornos de tentativa de homicídio.
Diligências, entretanto, desenvolvidas pela PSP permitiram intercetar dois alegados autores da agressão, ambos de nacionalidade estrangeira.
Vários incidentes têm marcado a noite do Porto, mormente aos fins de semana, mas as autoridades não estabelecem, para já, qualquer associação com esses casos.
A Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR) defende o fim das restrições às visitas aos reclusos impostas pela covid-19 exigindo o regresso imediato das duas visitas semanais com duração de uma hora cada.
Em comunicado, a APAR salienta que os reclusos das cadeias portuguesas estão desde março de 2020 apenas com uma visita semanal de meia hora, indicado que, a par da curta duração, estas estão ainda limitadas pelas barreiras de acrílico, que impedem os familiares de os tocar e dificultam as conversas.
“Isto quando, no exterior (e os reclusos sabem disso), se permitem enchentes nos estádios de futebol e discotecas e os transportes públicos ‘rebentam pelas costuras’ com passageiros”, acentua o comunicado.
Neste contexto, a APAR exige o regresso imediato às duas visitas semanais, de uma hora cada, sendo uma delas realizada ao fim de semana, como previsto na lei, e também a retirada imediata dos acrílicos em todas as cadeias.
O comunicado refere que a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) mandou retirar os acrílicos em 15 de setembro nas cadeias com menos de 100 presos tendo decidido “agora, que o mesmo acontecesse nas prisões com o máximo de 375 reclusos deixando, para novembro, as grandes cadeias”.
Em paralelo, “as visitas continuarão com a duração de meia hora”, o que, acentua a associação, viola a lei.
As exigências têm por base um parecer do Conselho Consultivo da APAR, pedido pela Direção da associação na sequência da “intransigência da DGRSP em fazer com que a vida nos Estabelecimentos Prisionais retome a normalidade com o cumprimento integral da lei”.
Neste parecer, o Conselho Consultivo nota que muitas das restrições impostas pela pandemia foram já retiradas à generalidade dos portugueses, alerta para o efeito da “manutenção de procedimentos ilegais, e até persecutórios” na saúde física e equilíbrio mental dos reclusos, em nada abonando em favor da sua reinserção social, e considera que o prolongamento das medidas restritivas nas cadeias não tem fundamentação técnica ou científica.
100 anos do PPCh e os frutos amargos do acordo entre o Vaticano e a China
Gustavo A. Solimeo
OPartido Comunista Chinês (PCCh) está celebrando neste ano, não sem estardalhaço, o centenário de sua fundação.
Como preparação para o evento, Xi Jinping, Secretário Geral do Partido Comunista e Presidente da China, pronunciou em 18 de outubro de 2017 um importante discurso aos 2.280 delegados reunidos no XIX Congresso do PCCh. Nessa ocasião, ele fez um balanço das realizações do partido nesse século de existência. Seu discurso incluiu prestação de contas, diretrizes, planos e metas para o grande objetivo de construir o socialismo com características chinesas para uma Nova Era.[1]
Xi Jinping — apelidado de o “Grande Timoneiro.versão.2”, em referência a Mao Tsé-Tung, o “Grande Timoneiro” por antonomásia[2] —, reafirma o rumo do fortalecimento da China e da autoridade do PCCh sobre o povo e o Estado. Na tradução oficial em inglês, o verbo strengthen (fortalecer) e derivados aparecem 117 vezes…
Na realidade, o PC chinês constitui uma mistura de ditadura política, dirigismo econômico, além de forte nota nacionalista. Ele criou um estado e está moldando uma sociedade apresentada como modelo, especialmente para os países subdesenvolvidos (ou em desenvolvimento, como o Brasil).
O modelo proposto: ditadura de partido único
Em matéria política, o modelo proposto é a ditadura do partido único: “A China é um país socialista da ditadura democrática do povo sob a liderança da classe trabalhadora baseada em uma aliança de trabalhadores e agricultores; é um país onde todo o poder do Estado pertence ao povo” (p. 32).[3]
“Devemos defender os quatro princípios cardeais: manter o caminho do socialismo, defender a ditadura democrática do povo, defender a liderança do Partido Comunista da China, e defender o marxismo-leninismo e o Pensamento de Mao Tsé-Tung” (p. 10).
Ditadura do partido: total, onímoda, onipresente
Esta ditadura do Partido é total, onímoda, onipresente. Nenhuma área ou setor de atividade escapa à vigilância e controle do Partido. Basta lembrar que é o Governo (no fundo, o Partido) quem determina quantos filhos alguém pode ter.[4]
“Cada um de nós no Partido deve fazer mais para defender a liderança do Partido e o sistema socialista chinês, e opor-se resolutamente a todas as declarações e ações que as minam, distorcem ou negam” (p. 14).
“Deixa claro que o traço que define o socialismo com características chinesas é a liderança do Partido Comunista da China; a maior força do sistema de socialismo com características chinesas é a liderança do Partido Comunista da China; o Partido é a maior força para a liderança política” (p. 18).
“O partido exerce a liderança geral sobre todas as áreas de atuação em todas as partes do país. Devemos fortalecer nossa consciência da necessidade de manter a integridade política, pensar em termos de grande imagem, seguir o núcleo de liderança e manter o alinhamento. Devemos nos esforçar mais para manter a autoridade e a liderança centralizada e unificada do Comitê Central, e seguir de perto o Comitê Central em termos de nosso pensamento, orientação política e ações” (p. 18).
“Devemos fortalecer a capacidade e determinação do Partido para traçar nosso rumo, elaborar planos gerais, traçar políticas e promover reformas; e devemos assegurar que o Partido sempre forneça liderança geral e coordene os esforços de todos os envolvidos” (p. 18).
“Sustentar a liderança absoluta do Partido sobre as forças armadas do povo. Construir forças populares que obedecem ao comando do Partido” (p. 20).
Religião “com características chinesas”
Este socialismo com características chinesas implica obviamente uma Religião com características chinesas. O que significa uma Igreja Nacional cismática, controlada pelo PCCh e colocada a serviço do comunismo.
Isto é o que determina o relatório Xi Jinping: “Implementaremos totalmente a política básica do Partido sobre assuntos religiosos, defenderemos o princípio de que as religiões na China devem ter orientação chinesa e forneceremos orientação ativa às religiões para que possam se adaptar à sociedade socialista” (p. 35).
O acordo sino-vaticano
Foi precisamente neste contexto que em setembro de 2018 o Papa Francisco estabeleceu o acordo secreto entre o Vaticano e a China, o qual legitimou o controle do Partido Comunista sobre a Igreja chinesa.
De fato, a única Igreja na China reconhecida pelo Vaticano é aquela em que o poder de nomear bispos é “compartilhado” entre a Santa Sé e o Governo de Pequim, ou em outras palavras, o Partido Comunista Chinês.
A chamada “Igreja Subterrânea”, que prefere sofrer perseguição e martírio para conservar a Fé e permanecer fiel a Roma, é completamente ignorada pelo Vaticano, como se não existisse.
Adaptação da religião à sociedade socialista
A “adaptação da religião à sociedade socialista”, mencionada no relatório Xi Jinping, foi implementada com a ordem dada aos fiéis de se unirem ao “povo chinês” na comemoração do centenário do Partido. Ao mesmo tempo, eles foram proibidos de promover peregrinações ao santuário mariano nacional da China.[5]
A “Igreja oficial”, naturalmente, foi rápida em mostrar sua lealdade à linha do Partido: “Todas as comunidades, todas as dioceses promoveram congressos, apresentações, dramatizações e até peregrinações aos lugares históricos do Partido Comunista”.[6]
Já no dia 20 de junho de 2021, o site Persecution.org relatou: “Em 1º de julho, o Partido Comunista Chinês (PCCh) celebrará um século de existência. Em antecipação a esse grande evento, grupos religiosos, entre os quais igrejas afiliadas ao governo, estão usando vários locais para exaltar a grandeza do PCCh”.
“Além de pedir às pessoas religiosas que aprendam a história do partido, façam uma ‘peregrinação’ para visitar locais revolucionários, ou promovam exposições em locais religiosos, alguns grupos religiosos voluntariamente patrocinaram eventos para celebrar o centenário”.[7]
Os atos comemorativos do centenário do Partido que há 100 anos vem perseguindo a Igreja, promovidos pela Associação Católica Patriótica Chinesa, incluíram “Missas em ação de graças e louvor pela bênção que é o PCCh”.[8]
Frutos amargos do acordo sino-vaticano
Neste contexto, um novo bispo — o quinto desde que a Santa Sé assinou o acordo secreto com as autoridades chinesas — foi consagrado na China em 28 de julho.
Nas vésperas dessa consagração, o Padre Joseph Liu, da diocese de Mindong (Fujian), foi detido pela polícia por sua recusa em aderir à Igreja do Partido. De acordo com fontes da agência AsiaNews, ele foi submetido a uma violência terrível em razão de sua resistência: “Após torturá-lo por 10 horas, seis policiais o pegaram pela mão e o forçaram a assinar”. A perseguição aos religiosos católicos não cessa.[9]
Na verdade, nos três anos desde que esse acordo foi assinado, a situação dos católicos clandestinos, que não querem se juntar à Igreja oficial, tem sido muito diferente daquela dos fiéis sob a liderança da Associação Patriótica aprovada pelo governo.
Para a comunidade católica subterrânea, a vida tem sido “muito dura”, explicou o Pe. Bernardo Cervellera, sacerdote missionário e editor-chefe da AsiaNews.
“Temos visto alguns conventos de irmãs destruídos, igrejas fechadas. Vimos padres escorraçados de suas paróquias e alguns seminaristas proibidos de estudar teologia […] também bispos que são presos ou postos em prisão domiciliar total, 24 horas por dia”.[10]
Pior perseguição desde a Revolução Cultural de Mao
A perseguição não só não cessou após o acordo, como se intensificou:
“Nos últimos dois anos, no entanto, o PCCh tem conduzido a pior perseguição da religião desde a Revolução Cultural. Sob o programa de ‘sinicização’ do presidente Xi Jinping, o PCCh tentou substituir a religião pelo marxismo e valores ‘socialistas’. A China está demolindo igrejas, prendendo milhares de clérigos e fiéis e colocando severas restrições e proibições à liberdade de culto”.[11]
Estes são os frutos amargos (mas previsíveis) do acordo sino-vaticano, estabelecido pelo Papa Francisco em setembro de 2018.
Um ator do lendário Teatro Bolshoi da Rússia faleceu no palco neste sábado, atingido pelo cenário durante a apresentação de uma ópera, informou a companhia de Moscovo.
O teatro explicou que o acidente ocorreu durante uma mudança de cenário da peça Sadkó, uma ópera do século XIX do compositor russo Nikolai Rimsky-Korsakov.
"A apresentação foi interrompida imediatamente e o público foi convidado a retirar-se", declarou a assessoria de imprensa do teatro à agência de notícias Interfax.
O Comité de Investigação de Moscovo informou em um comunicado que está a investigar a morte de um ator de 37 anos, sem revelar a sua identidade. O texto indica que a vítima sofreu diversos ferimentos e morreu antes da chegada de uma ambulância.
Em 2013, um violinista veterano também morreu no prestigiado teatro depois de cair no fosso da orquestra.
O novo rio de lava do vulcão Cumbre Vieja da ilha de La Palma está a arrastar blocos de pedra do tamanho de um edifício de três andares, alertou hoje Instituto Geológico e Mineiro Espanhol.
O IGME divulgou um vídeo gravado no terreno pelos seus cientistas em La Palma muito próximo do novo fluxo, que mostra a força com que desce e o tamanho dos blocos que arrasta, "equivalente a uma casa de três andares", noticiou a agência espanhola EFE.
O novo rio de lava foi provocado pelo desabamento, no sábado, do flanco norte do vulcão daquela ilha do arquipélago das Canárias, situado a oeste da costa de Marrocos.
A associação Volcanes de Canarias, um grupo de geólogos e entusiastas da vulcanologia que colabora com as autoridades em programas de formação para o público, advertiu que o vulcão passou por uma fase com explosões "altamente ruidosas, enérgicas e sustentadas" esta manhã, que provocaram "vibrações do solo" num raio de até seis quilómetros do cone eruptivo.
O Instituto Geográfico Nacional (IGN) espanhol anunciou que ocorreram 21 sismos em La Palma nas últimas horas.
O mais forte registou uma magnitude de 3,8 e ocorreu a uma profundidade de 34 quilómetros no município de Mazo.
Pouco depois de relatar o colapso do cone, os cientistas do Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan) divulgaram um vídeo em que se via uma enorme frente de lava a envolver o parque industrial Camino de la Gata, em Los Llanos de Aridane, o município mais populoso da ilha.
O vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção em 19 de setembro, obrigando à retirada de mais de 6.000 pessoas das zonas afetadas, onde mais de mil edifícios foram destruídos pela lava.
A erupção afetou o cultivo da banana e o turismo, as principais fontes de receitas da ilha, onde vivem cerca de 85.000 pessoas.
Tem início na segunda-feira, dia 11 de outubro, no Centro de Formação da Figueira da Foz da Escola da Guarda, a incorporação do 46.º Curso de Formação de Guardas , composto por 327 Guardas-provisórios.
O CFG terá a duração aproximada de oito meses, período em que serão ministradas, à distância e presencialmente, diversas matérias relativas quer à formação geral militar, quer à formação nas áreas jurídicas e técnico-profissionais.
A formação contemplará ainda uma vertente de caráter prático (formação em exercício), com o objetivo de proporcionar aos Guardas-provisórios as competências na prática de exercício das funções inerentes ao serviço operacional da GNR.
Dos 327 Guardas-provisórios nomeados destaca-se que:
·10% são do género feminino;
·10% têm formação académica superior;
·58% estão na faixa etária entre os 20-24 anos;
·49% cumpriram serviço militar nas Forças Armadas.
A GNR tem previstos cinco Cursos de Formação de Guardas para o ano de 2021, sendo que atualmente já decorrem três cursos.
As mortes por envenenamento por álcool ocorreram numa região junto ao Cazaquistão e já resultaram na detenção de nove suspeitos por alegada produção de bebidas ilegais.
De acordo com a agência Reuters, 29 pessoas morreram em Orenburg, região da Rússia junto à fronteira com o Cazaquistão, depois de consumirem bebidas alcoólicas fabricadas de forma ilegal e contendo metanol, que é uma substância tóxica para o corpo humano.
Os investigadores responsáveis pelo caso indicaram que nove pessoas foram detidas em relação a estas mortes pelo seu papel na produção destas bebidas espirituosas.
O ministério do Interior russo indicou publicamente que arrestou líquidos e bebidas de armazéns na região e constatou que muitos continham metanol.
Esta não é a primeira vez que há uma onda de mortes causadas por envenenamento por álcool. Em 2016, uma série de casos na Sibéria levou as autoridades a obrigar aos produtores a ter um controlo mais apertado na produção e venda de bebidas, medicamentos, perfumes e outros líquidos que contivessem uma alta percentagem de etanol — que, ao contrário do metanol, é potável.
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje nas ruas das cidades de Roma, em Itália, e de Genebra, na Suíça, contra as restrições associadas à pandemia de covid-19, inclusive a obrigação do passe sanitário para entrar nalguns locais.
No centro da capital de Itália, os manifestantes contestaram a obrigação de apresentar, a partir de 15 de outubro, o passe sanitário, que inclui um certificado de vacinação, prova de recuperação após contrair covid-19 ou um teste negativo, em todos os locais de trabalho, isto depois de ter começado a ser exigido em agosto para museus, eventos desportivos e refeições em restaurantes.
Há mais de três semanas, o chefe do Governo de Itália, Mario Draghi, anunciou a extensão da obrigação do passe sanitário a todos os locais de trabalho, passível de suspensão de salário para funcionários que se recusem a cumprir. A medida já era obrigatória para todo o pessoal médico e docente.
"Fomos ambos suspensos há dois meses", disseram à agência France-Presse (AFP) Cosimo e Morena, enfermeiros na casa dos 40 anos, que contaram que têm problemas imunológicos e alérgicos e foram dispensados da vacinação pelo médico de família, mas continuaram suspensos do trabalho, sem remuneração.
"Contratámos um advogado, porque temos filhos gémeos de 20 anos em casa que ainda estão sob a nossa responsabilidade", acrescentou Cosimo.
A manifestação no centro de Roma, na qual também participaram membros de grupos de extrema-direita, foi pontuada por alguns confrontos com a polícia.
A participar no protesto, Maria Ballarin, que está aposentada, denunciou "uma chantagem criminosa e covarde" da parte do Estado que não quer "assumir as suas responsabilidades e tornar obrigatória a vacinação", mas "obriga, indiretamente, as pessoas a se vacinarem para poderem ir trabalhar".
“Não é um instrumento para combater a pandemia [...] é um instrumento de controlo da população”, apontou o marido de Maria Ballarin, Marco Salvatori, que era funcionário num banco e que diz ter acelerado a sua saída para a reforma para evitar fazer um teste todos os dias: “O meu último dia de trabalho é dia 15 e nesse dia estarei a trabalhar a partir de casa, porque a partir desse dia sou obrigado a apresentar este passe fascista”.
Segundo dados do Ministério da Saúde de Itália, quase 80% da população italiana com mais de 12 anos está totalmente vacinada e, desde o início da pandemia até ao momento, contabilizam-se mais de 130.000 mortes associadas à covid-19.
Na cidade de Genebra, na Suíça, os vários milhares de pessoas protestaram hoje contra as restrições implementadas devido à pandemia, denunciando uma "ditadura da saúde", constatou um jornalista da AFP no local.
Erguendo cartazes nos quais se podia ler "falsa pandemia, verdadeira ditadura", "liberdade sim", ou mesmo "não ao passe, não à chantagem, sim ao bom senso", os manifestantes gritaram, em inúmeras ocasiões, "liberdade" ou "Berset demissão", referindo-se ao conselheiro federal (ministro) da Saúde da Suíça, Alain Berset.
“Há muitas pessoas, mas já esperávamos, porque há muitas pessoas que estão a começar a achar todas essas medidas bizarras, que são totalmente desajustadas com a realidade”, afirmou à AFP Chloé Frammery, que é professora em Genebra e representa o movimento antivacinas covid-19 na Suíça que mencionou a presença de "5.000 pessoas" na manifestação.
“A liberdade de escolha é importante especialmente num país que se diz democrático como a Suíça, então vamos deixar a liberdade de escolha para as pessoas que querem ser vacinadas ou não”, disse Chloé Frammery, acrescentando que, da sua parte, não quer “servir como cobaia".
De acordo com dados oficias das autoridades de saúde da Suíça, apenas 59,8% da população elegível está totalmente vacinada, número bastante inferior em relação a outros países europeus. Com cerca de 8,6 milhões de habitantes, a Suíça regista cerca de 10.700 mortes associadas à covid-19 desde o início da pandemia.
A covid-19 provocou pelo menos 4.830.270 mortes em todo o mundo, entre mais de 236,66 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado na sexta-feira.
O chanceler austríaco Sebastian Kurz anunciou hoje a sua renúncia ao cargo, devido à crescente controvérsia sobre o seu envolvimento num escândalo de corrupção. A renúncia foi espoletada pela pressão dos Verdes, partido da sua coligação governamental.
"Quero ceder o lugar para evitar o caos e garantir a estabilidade. Propus ao Presidente [Alexander Van der Bellen] Alexander Schallenberg [ministro dos Negócios Estrangeiros] como o novo chanceler", disse Sebastian Kurz, num comunicado à imprensa.
Com esta decisão, o até agora chefe do executivo pretende manter a coligação de Governo com os Verdes e evitar que se forme uma aliança contra o seu partido ÖVP, com os ambientalistas e os opositores sociais-democratas, liberais e de extrema-direita.
Em relação às acusações do Ministério Público de suspeitas de corrupção, Kurz assegurou, uma vez mais, que se tratam de alegações "falsas".
A decisão de Kurz surge dois dias depois de ter negado a vontade de se demitir depois de procuradores anticorrupção terem anunciado que ele é alvo de uma investigação de suborno.
Contudo, o partido parceiro da coligação governamental de Kurz, os Verdes, disse na altura que a investigação criou uma imagem “desastrosa” e levantou questões sobre “a capacidade de ação” do chanceler.
Procuradores do ministério público austríaco revelaram na quarta-feira estar a investigar Kurz, outras nove pessoas e três organizações não-identificadas por suspeita de quebra de confiança e suborno, tendo realizado buscas na Chancelaria, no Ministério das Finanças e nos escritórios de Kurz no conservador Partido Popular Austríaco.
O caso centra-se em acusações de que dinheiro do Ministério das Finanças foi usado entre 2016 e, pelo menos, 2018 para pagar sondagens manipuladas favoráveis a Kurz e publicadas num jornal sem serem identificadas como publicidade.
Kurz tornou-se líder do seu partido e depois chanceler em 2017, após ter anteriormente ocupado o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros da Áustria.
Noutro caso, as autoridades anticorrupção colocaram Kurz sob investigação em maio, por suspeita de falsas declarações numa comissão parlamentar, uma acusação que ele também rejeitou.
Numa entrevista concedida na quarta-feira à noite à estação pública de televisão ORF, Kurz negou responsabilidade em qualquer irregularidade relacionada com sondagens publicadas.
“Não há absolutamente qualquer indício de que eu tenha dado ordens sobre que anúncios ou sondagens eram encomendados pelo Ministério das Finanças”, afirmou.
Já na sexta-feira, os Verdes foram mais longe: “É claro que alguém nesta situação já não tem capacidade para exercer o cargo”, sustentou a líder do grupo parlamentar do partido, Sigrid Maurer.
“O Partido Popular tem a responsabilidade de nomear uma pessoa irrepreensível que possa continuar a dirigir este Governo”, prosseguiu.
Kurz, de 35 anos, domina o seu partido que, até agora, cerrou fileiras em torno dele, mas “ainda há tempo, até terça-feira”, quando os partidos da oposição planeiam apresentar uma moção de censura contra o chanceler no parlamento, disse Maurer.
Os Verdes discutiram a situação com outros partidos, enquanto o Presidente austríaco, Alexander van der Bellen, realizava reuniões com todos os líderes partidários com assento parlamentar.
A primeira coligação de Kurz, com o Partido da Liberdade, de extrema-direita, desfez-se em 2019. O chanceler pôs-lhe termo após a divulgação de um vídeo em que se via o então vice-chanceler, Heinz-Christian Strache, a oferecer favores a um alegado investidor russo.