sábado, 17 de junho de 2017

Incêndio Florestal em Pedrogão Grande: Dois Bombeiros Feridos

Dois bombeiros e dois civis ficaram feridos, há momentos, no combate ao incêndio que lavra no concelho de Pedrógão Grande, mais concretamente na localidade de Escala Fundeiros.
O BPS sabe que se tratam de feridos ligeiros, não se sabendo ainda mais detalhes.

Há que salientar que o incêndio tem colocado em risco algumas zonas povoadas, sendo combatido neste momento por 180 bombeiros, 54 viaturas e dois meios aéreos.
O IC 8 encontra-se cortado entre a zona industrial de Pedrógão Grande e o Outão.

Perto daquele local encontra-se a lavrar neste momento um outro incêndio, já no distrito de Coimbra, que segundo foi possível apurar, está longe de estar dominado.

Fonte: BPS

Brasil | A CORRUPÇÃO E O ESTADO DA DIVERGÊNCIA



Vivemos um momento em que o espetáculo midiático se alimenta a divisão entre "petralhas" e "coxinhas", escondendo, propositalmente, a luta de classes

Raphael Silva Fagundes* | Carta Maior

O espetáculo, socialmente encarado, “não é um complemento ao mundo real, um adereço decorativo. É o coração da irrealidade da sociedade real”.[1] Trata-se de um fenômeno essencial no processo de manipulação que visa, por sua vez, monopolizar a nossa interpretação da realidade. Vivemos em um momento em que o espetáculo midiático se apodera desse axioma e alimenta a divisão entre “petralhas” e “coxinhas”, escondendo, propositalmente, o verdadeiro conflito: a luta de classes.

Contudo, o objetivo não é a divergência, embora pareça em primeira análise, mas o consenso, porque tanto o espetáculo quanto a retórica são instrumentos de unificação. O que se quer é fazer com que todos se convençam de que o verdadeiro conflito está entre esses dois grupos.

A rádio CBN, a folha de São Paulo, o Globo não deixam de observar tudo como um mero fla-flu. O famoso jornalista Ancelmo Gois, deu um grande destaque para o novo DVD do capixaba Gustavo Macacko que tem uma música que se trata de um romance entre uma coxinha e um petralha.[2] O mesmo jornalista anunciou um debate no Rio entre “coxinhas” e “mortadelas”.[3] As capas de jornais não cansam de colocar o ex-presidente Lula e o juiz Sérgio Moro em um ringue, dando a entender que há um conflito acirrado.

Mas isso é um embuste retórico. Noam Chomsky definiu de fato a verdadeira questão que foi destrinchada por Marx desde o Manifesto Comunista de 1848: "Há muitas divisões na sociedade atual - religiosa, de todo tipo. Mas a divisão fundamental é a divisão de classes, e uma das razões para a raiva que vemos hoje no mundo se dá porque nenhuma instituição e nenhum partido político está realmente representando os interesses da classe que representa grande parte da força de trabalho”.[4]

A grande mídia, a serviço das grandes corporações, alimenta a desunião com suas piadas e imagens descontraídas criando um grande espetáculo e, consequentemente, vendendo uma imensa quantidade de notícias. Em seguida, fomenta uma retórica da unidade. É a velha tática do dividir para conquistar. O discurso aparentemente neutro tentará reunir novamente os brasileiros. E como ele será criado?
Para o brasileiro comum, política é resumida em uma única palavra, “corrupção”. As classes dominantes sempre utilizaram do argumento da corrupção para conduzir a política do país. O célebre historiador José Murilo de Carvalho começa o seu artigo sobre a história da corrupção brasileira destacando:

Os republicanos da propaganda acusavam o sistema imperial de corrupto e despótico. Os revolucionários de 1930 acusavam a Primeira República e seus políticos de carcomidos. Getúlio Vargas foi derrubado em 1954 sob a acusação de ter criado um mar de lama no Catete. O golpe de 1964 foi dado em nome da luta contra a subversão e a corrupção. A ditadura militar chegou ao fim sob acusações de corrupção, despotismo, desrespeito pela coisa pública. Após a redemocratização, Fernando Collor foi eleito em 1989 com a promessa de caça aos marajás e foi expulso do poder por fazer o que condenou.[5]

Não há motivos para se abandonar uma fórmula que sempre deu certo. Aliás, a comunicação “só tem êxito ao suscitar e ressuscitar experiências singulares, isto é, socialmente marcadas; isso é evidente no caso limite em que se trata de transmitir emoções”.[6] E nada suscita mais ódio no povo, quando se trata de política, que a corrupção.

Em uma pesquisa realizada em 2014, 67% dos brasileiros acreditam que a crise é oriunda da corrupção.[7] Não acredito que essa porcentagem tenha diminuído, muito pelo contrário. Para o cidadão comum, o fim da corrupção resolverá todos os problemas sociais que o aflige. Desta forma, é necessário criar um alvo, um mal, um progenitor da corrupção, incitando a opinião pública a extirpar essa perversão. É o “sonho de pureza” no qual se torna indispensável a demonização de alguém.[8]

As peças que as elites outrora usaram para se fortalecer são agora ascos, de modo que outros indivíduos são necessários para ocupar o trono da política. A burguesia sacrifica até mesmo os seus próprios lacaios difamados, como vimos na repercussão do áudio bombástico de Aécio Neves e das conversas de Michel Temer. A Rede Globo, grande emissora que publicou em primeira mão as conversas suspeitas de Temer, conseguiu, de certa forma, unir novamente a população. Nesse clima, artistas de “direita” e “esquerda” se juntam na casa da mulher de Caetano Veloso e formam o grupo “Temer Jamais”: “numa noite ‘superdemocrática’ [onde] as divergências foram poucas”.[9]

Após a “limpeza”, as elites usarão “novos” políticos, supostamente não envolvidos na corrupção, para poder adotar as medidas que desejam. Sem corruptos, tudo passa a ser justo. Deste modo, será possível conduzir a política de privatização da educação e dos hospitais, alterar as leis trabalhistas para favorecer o capital, pôr fim a diversos projetos sociais ou entregá-los a empresas que ficarão isentas de impostos etc. As reformas impopulares atreladas à imagem de políticos corruptos, com imensas dificuldades de serem aprovadas e aceitadas, serão dissociadas dos líderes impopulares ampliando, assim, sua anuência. O jornalista da Globonews, Alberto Sardenberg, deixa isso bem claro: “Agora é encontrar logo um novo presidente, para fazer exatamente a mesma coisa que Temer fazia — sem os encontros com Joesley”.[10]

É lógico que ser a favor da corrupção seria ridículo, dizer que não houve corrupção no governo PT também, todavia, a questão é que as investigações que estão sendo realizadas no Brasil não objetivam combater a corrupção, mas deturpar o conflito de classes, criando uma divisão viciada entre os que defendem a Lava-Jato (supostamente contrários à corrupção) e os que defendem o PT (supostamente os que não conseguem enxergar a corrupção promovida pelo partido que levou o país à crise) que, para uma ala da direita, é um partido tão podre quanto o PSDB.

Essa divisão é uma invenção dos próprios gestores do poder (o grande capital) e que, por sua vez, atende aos seus interesses. Enquanto o argumento pragmático se esfacela, aquele que apreciava a saída do PT consoante suas consequências favoráveis, é investido intensamente em outros temas capazes de incitar as massas, conduzir sua ira, tornando-as cegas mais uma vez às lutas de classe, à causa real que a embrutece, ao único conflito que de fato pode transformar a História.

Está mais do que evidente que Lula sofre uma perseguição inaudita em toda a História desse país, pois as elites querem pôr fim ao modelo político que ele representa, isto é, a conciliação de classes, modelo que já não serve mais para elas. Contudo, as esquerdas não devem resumir a sua luta ao ingênuo desejo do retorno do ex-presidente. Isso dá ainda mais fôlego ao espetáculo midiático. Como disse o secretário geral do Partido Comunista Brasileiro, Edmilson Costa, “a aposta deve ser feita na luta de massas, na mudança da correlação de forças, na derrubada do governo, com a colocação dos corruptos na cadeia, confisco de seus bens e a conquista de um governo que baseado nos interesses populares”.[11]

* Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História Política da UERJ. Professor da rede municipal do Rio de Janeiro e de Itaguaí.

[1] DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Ebooks, 2003. p. 15. Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/socespetaculo.pdf
[2] http://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/compositor-lanca-musica-sobre-um-romance-entre-uma-coxinha-e-um-petralha.html
[3] GOIS, Ancelmo. Rio terá debate entre artistas “coxinhas” e “mortadelas”. Disponível em: http://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/rio-tera-debate-entre-artistas-coxinhas-e-mortadelas.html. Acesso: 27 de maio de 2017.
[4] http://www.bbc.com/portuguese/internacional-39901537
[5] CARVALHO, José Murilo. Passado, presente e futuro da corrupção brasileira. AVRITZER, Leonardo et. al. Corrupção: ensaios e críticas. 2 ed. Belo Horizonte: EdUFMG, 2012. p. 200.
[6] BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Linguísticas: o que falar quer dizer. 2 ed. São Paulo: Edusp, 2008. p. 25.
[7] http://www.sbt.com.br/jornalismo/jornaldosbt/noticias/70863/Maioria-dos-brasileiros-considera-a-corrupcao-a-principal-causa-da-crise.html
[8] BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. p. 13.
[9] Artistas de “direita” e “esquerda” se juntam na casa da mulher de Caetano Veloso e formam o grupo “Temer Jamais”. Disponível em: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/artistas-de-direita-e-esquerda-se-juntam-na-casa-da-mulher-de-caetano-veloso-e-formam-o-grupo-temer-jamais/
[10] Sardenberg reconhece que Temer já não serve mais para nada. Disponível em: https://www.brasil247.com/pt/247/economia/297616/Sardenberg-reconhece-que-Temer-j%C3%A1-n%C3%A3o-serve-mais-para-nada.htm

[11] https://pcb.org.br/portal2/14391


Brasil | SOBERANIA AMEAÇADA


Os nebulosos exercícios militares ao lado dos EUA e a adesão apressada à OCDE, o clube dos países ricos, apequenam o Brasil no cenário global.

Não é só no terreno das medidas internas (como Previdência Social, relações trabalhistas e investimentos sociais) que a desmontagem do que resta de um projeto de desenvolvimento autônomo e inclusivo do Brasil está sendo levada a cabo por um governo que carece da legitimidade que só o voto do povo pode conferir.

Dois fatos recentemente noticiados, sem muita análise, têm o potencial de afetar de maneira significativa a visão que até hoje prevaleceu sobre a inserção do Brasil no contexto global e regional. Comecemos pelo mais simples. Segundo relatos, sempre esparsos e desprovidos de detalhes, estariam programados (ou já em curso) exercícios militares envolvendo alguns de nossos vizinhos, além de Panamá e Estados Unidos.

O objetivo dessas manobras estaria definido por seu caráter humanitário, mas, segundo comentários não desmentidos, elas poderiam também servir a questões ligadas à segurança, como o combate ao narcotráfico. O parceiro norte-americano do Brasil, nessas operações, seria o Comando Sul do Pentágono, uma espécie de quartel-general avançado para questões latino-americanas e caribenhas, por meio do qual Washington procura garantir sua hegemonia na região.

Cabem, a propósito, duas ou três observações, que faço com certa cautela, até porque as informações a respeito desses exercícios não são facilmente disponíveis. Um primeiro comentário refere-se justamente à relativa falta de transparência que cerca o tema, diferentemente, por exemplo, da ampla divulgação dada à chamada Operação Ágata, realizada em nossas fronteiras durante o governo Dilma Rousseff.
Na época, o esforço de transparência visava também, mas não exclusivamente, tranquilizar os países fronteiriços sobre os objetivos da operação e dar-lhes garantia de que sua soberania não seria violada. Outro ponto refere-se ao objetivo dos exercícios e o que eles implicarão na prática. A presença de forças extrarregionais, entendidas como não sul-americanas, em exercícios militares sempre foi vista com bem fundamentada cautela, se não mesmo desconfiança, por nossas Forças Armadas. A presença de observadores, mesmo em uma operação definida como humanitária, dá acesso a dados e informações fundamentais à nossa segurança (e à dos nossos vizinhos).

O Brasil, em diversos governos, sempre foi muito prudente nesse particular. Recordo-me, a propósito, de um episódio ocorrido no governo Itamar Franco, quando um cônsul dos Estados Unidos pretendeu acompanhar a vistoria do terreno em que se deu a matança de índios ianomâmis. Na ocasião, o diplomata foi retirado do helicóptero em que embarcou juntamente com autoridades brasileiras, por orientação expressa do Itamaraty.

Talvez ainda mais grave, o fato de essas manobras ocorrerem em um momento especialmente delicado que vivem vários países da América do Sul alimenta suspeitas e desconfianças que procuramos, ao longo dos anos, superar. A criação do Conselho de Defesa Sul-Americano, no âmbito da Unasul, contribuiu decisivamente para melhorar a atmosfera das relações entre países da região de diferentes matizes ideológicos, afastando a ameaça de conflitos que pareciam iminentes.

Uma fissura entre países descritos como “bolivarianos” e os que se perfilam (em tese) a um suposto padrão democrático liberal não interessa ao Brasil, que deve justamente zelar pela concórdia e a unidade na América do Sul, respeitando o princípio essencial do pluralismo. Ao que tudo indica, o esforço em acentuar essa personalidade sul-americana (consubstanciado, entre outras iniciativas, na criação da Escola Sul-americana de Defesa – Esude) está cedendo lugar a cediças concepções de “Segurança Hemisférica”, gestadas durante a Guerra Fria.

O outro tema que gera preocupação é o da apressada adesão à OCDE, o clube de países ricos. O Brasil, como outros emergentes, há anos tem acordos de parceria com aquela organização, mas sempre evitou tornar-se membro pleno. Há razões econômicas e de natureza geopolítica nessa postura. No mesmo dia em que escrevo este artigo, um jornal especializado salienta que o Brasil terá de assumir novas obrigações em matéria de liberalização econômica, mesmo antes de ser admitido como integrante pleno.

Entre os que defendem, por boa-fé ou dever de ofício, esse curso de ação, argumenta-se que o Brasil pratica muitas das normas preconizadas pela OCDE. A diferença é que, hoje, elas podem ser revistas e modificadas por um governo que venha a ser legitimamente eleito. No caso de adesão à organização, tais normas se transformam em obrigação internacional, cujo descumprimento implicaria censura ou, no limite, algum tipo de sanção.

Mas o prejuízo maior será de natureza geopolítica. Nos últimos anos, de forma explicita e, há mais tempo, de modo intuitivo, o Brasil tem se pautado pela visão de que um mundo multipolar, sem hegemonias ou consensos fabricados nas capitais dos países desenvolvidos, era o que mais nos convinha.

A tendência à multipolaridade, no campo econômico, foi consideravelmente fortalecida pelo surgimento dos BRICS. Foi a ação concertada dessas grandes economias emergentes, no fórum do G-20, na esteira da crise financeira do fim da primeira década deste século, que se possibilitou uma reforma, ainda que modesta, do sistema de cotas do FMI e do Banco Mundial, reforma que só foi implementada quando as cinco economias emergentes decidiram criar suas próprias instituições financeiras.

A soberania é o que define uma nação como tal, do ponto de vista jurídico e político. Se abrirmos mão de parcelas importantes desse atributo essencial dos povos independentes, estaremos nos condenando a um papel de ator secundário e subordinado na cena internacional, com repercussões no bem-estar da nossa população e na segurança do Brasil como Nação.

Celso Amarim é diplomata, foi chanceler nos governos Lula e ministro da Defesa no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Fonte: Carta Capital | Em Vermelho | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados


LONDRES | “Cobarde”, “vergonha”: porque é que os londrinos estão indignados com Theresa May?


A gestão que a primeira-ministra britânica tem feito da tragédia de Grenfell, com perto de 60 mortos confirmados, é cada vez mais criticada. Há protestos na rua e pedidos de demissão. “A liderança requer coragem, imaginação e empatia. Ela não conseguiu mostrar nenhuma destas qualidades”

Centenas de pessoas concentraram-se durante a tarde deste sábado junto à residência oficial da primeira-ministra britânica, pedindo mais explicações sobre o trágico incêndio que, na passada quarta-feira, destruiu por inteiro a Torre Grenfell e causou, num balanço que todos admitem provisório, 58 mortos. A incompreensão – como foi possível o fogo alastrar em poucas horas aos 24 andares? – e a revolta pela forma como está a ser gerido o acidente viram-se contra Theresa May e são muitos os que pedem a sua saída do cargo.

Na sexta-feira, Theresa May teve de sair à pressa de uma igreja que visitava e onde voluntários organizavam os muitos donativos que têm sido recolhidos para apoiar quem ficou sem nada, “exigimos justiça” eram algumas das palavras de ordem gritadas por dezenas de pessoas furiosas com Theresa May.

Os problemas não acabaram aí. Horas mais tarde, numa entrevista a um programa da BBC2, a forma como (não) respondeu às perguntas da entrevistadora voltaram a causar celeuma. Questionada sobre a angústia e o desespero das pessoas e tudo o que correu mal e que poderia ter sido feito de forma diferente, limitou-se a repetir a ideia de que se tratava de algo “absolutamente horrível”, sem dar respostas concretas.

FALTAM RESPOSTAS E COORDENAÇÃO

Para aumentar a tensão, um jornalista da BBC conta como no local, em North Kensigton, as pessoas têm imensa dificuldade em obter qualquer informação. “Não parece haver aqui um centro onde as pessoas podem encontrar respostas e apoio. Nenhum posto com a indicação 'centro de informações', nem agentes que guiem as pessoas que estão as confusas e desesperadas a quem as pode ajudar”, descreve o correspondente da BBC.

As críticas de falta de coordenação estendem-se ao Governo e às autoridades municipais de Kensington e Chelsea. “As pessoas dizem que é o caos absoluto. E que a incapacidade das autoridades locais para responder às suas necessidades e preocupações ajuda a explicar por que razão este desastre aconteceu.”

Além dos muitos anónimos que desesperam com a falta de explicações para a tragédia que vitimou familiares e amigos, comunicação social e artistas também apontam o dedo à gestão de Theresa May. “A liderança requer coragem, imaginação e empatia. Nos dois longos dias que se seguiram desde que as primeiras chamas começaram a consumir o revestimento recentemente renovado da Torre Grenfell na zona oeste de Londres, a primeira-ministra não conseguiu mostrar nenhuma destas qualidades”, escreveu o The Guardian num dos seus editoriais, comparando a tragédia de Londres com o furacão Katrina que destruiu grande parte de Nova Orleães, demonstrando as mesmas falhas de liderança do então presidente Bush e um “terrível desprezo pelas vidas dos pobres”.

A cantora inglesa Lily Allen também criticou a resposta do Governo, dizendo que o número de mortos foi minimizado ao início, numa tentativa de “gerir” o sofrimento das pessoas. Na torre de apartamentos viviam entre 400 a 600 pessoas e o primeiro balanço dava conta de uma dezena de pessoas. Este sábado, as autoridades admitiram perto de 60 mortos, mas o número pode aumentar.

Isabel Leiria | Expresso | Foto: Cal, in Twitter

BATRÁQUIO-TERAPIA | O dia em que Schäuble e Dombrovskis engoliram um grande sapo


Nicolau Santos | Expresso | opinião

Portugal sai hoje formalmente do Procedimento por Défice Excessivo, para onde tinha entrado em 2009. Por parte de alguns dos principais parceiros no Ecofin do ministro das Finanças, Mário Centeno, choveram os elogios. Wolfgang Schäuble, o homólogo alemão, diz que este facto (e o pedido de pagamento antecipado de 10 mil milhões ao FMI) prova que “o programa de assistência a Portugal é uma história de sucesso”. E o vice-presidente da Comissão Europeia, “Valdis Dombrovskis, disse ver “com satisfação que os ministros das Finanças tenham aprovado a nossa recomendação para a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo. Hoje é o dia para celebrar. Amanhã é o dia para continuar o trabalho árduo”

Se a hipocrisia matasse, Schäuble e Dombrovskis deveriam ter caído fulminados logo que fizeram estas afirmações. É que ninguém esquece – eu, pelo menos, não me esqueço; e para os esquecidos há sempre o recurso ao Facebook – as sucessivas declarações de Schäuble sobre Portugal, dizendo que o país ia no bom caminho com o anterior Governo mas que com o Governo PS e a mudança de orientação política, estava preocupado com a eventualidade de Lisboa ter de pedir um segundo resgate (em 30/6/2016 e 15/3/2017). Disse­o não uma mas duas vezes, sempre que lhe perguntavam qual era a situação do Deutsche Bank (que era péssima na altura). Dombrovskis também foi sempre muito duro com o Governo do PS e os dois puseram sucessivamente em causa a capacidade de Portugal cumprir os seus compromissos europeus, em particular as metas orçamentais, com uma política económica diferente da seguida pelo executivo de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas.

Mas não foram só eles. Outros responsáveis alemães, como Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade ou o comissário europeu Günther Oettinger falaram sobre a hipótese de Portugal precisar de um novo resgate (“Não sei qual é a probabilidade, mas é maior do que 0%”, disse Oettinger em 3/10/2016).

E é por isso que os aplausos e os sorrisos de hoje só podem esconder uma enorme estupefação sobre como foi possível, com uma orientação económica bem diferente daquela porque sempre pugnaram (falta ao ramalhete o inefável presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloen) e com um governo de centro/esquerda, apoiado por bloquistas e comunistas, atingir resultados orçamentais únicos na história do país, os melhores em 42 anos de democracia. É que afinal todos eles foram desmentidos pelos factos: não havia só um caminho, a famosa TINA (There Is No Alternative, que sempre defenderam. A lavagem ao cérebro que nos tentaram fazer, a intimidação constante, a chantagem sucessiva, a pressão diária que fizeram afinal esboroou­se perante a realidade: era possível chegar a melhores resultados por outra via e com muito menor dor social do que aquela que nos impuseram durante cinco anos.

Ninguém se esquece os tratos de polé a que Mário Centeno foi sujeito quando chegou ao Eurogrupo. Ninguém esquece a forma sobranceira com que as suas propostas e a orientação que imprimiu à política económica foram tratadas durante longos meses. Ninguém esquece os avisos, os remoques, os alertas que lhe foram lançados, bem como as subtis ameaças, as cinzentas intimidações, o desprezo glacial.

Hoje é um grande dia para Portugal e para os portugueses. É também um grande dia para o Governo e para Mário Centeno. São eles que vão ficar para a História como o Governo e o ministro que conseguiram alcançar o défice mais baixo em 42 anos de democracia, 2%, um valor que se preparam para reduzir ainda este ano e no próximo; e são eles que ficam para a História como o Governo e o ministro que retiraram Portugal do Procedimento por Défice Excessivo, depois de nele termos caído em 2009.

Podem-­se arranjar mil explicações, invocar milhentas atenuantes, mas factos são factos. E contra factos objetivos, palpáveis, não há argumentos.

O que falta agora é que outros representantes internacionais da hipocrisia, as agências de rating, venham reconhecer que a notação que atribuem atualmente à dívida emitida pela República (“lixo”) é totalmente inadequada à atual situação e que a subam rapidamente. Esta mesma semana, Portugal emitiu dívida a 10 anos abaixo dos 3% (2,8%), o que prova que mesmo os mercados reconhecem a melhoria consistente da situação económica portuguesa. O que falta para que, mesmo rangendo os dentes e cruzando os dedos, melhorem a notação da dívida portuguesa?

O que falta agora é que as agências de rating venham reconhecer que a notação que atribuem à dívida emitida pela República (“lixo”) é totalmente inadequada face à atual situação e que a subam rapidamente. Esta mesma semana Portugal emitiu dívida a 10 anos abaixo dos 3% (2,8%), o que prova que mesmo os mercados reconhecem a melhoria consistente da situação económica portuguesa. O que falta para que, mesmo rangendo os dentes e cruzando os dedos, melhorem a notação da dívida portuguesa?

Racista expulso do PS | Costa diz que Manuel dos Santos se tornou uma vergonha para o PS


O secretário-geral do PS, António Costa, criticou, esta sexta-feira, o eurodeputado socialista Manuel dos Santos, afirmando que se tornou "uma vergonha para o PS", e defendeu a sua expulsão do partido por "preconceitos racistas".

"Há muito que Manuel dos Santos desonra o seu passado. Hoje tornou-se uma vergonha para o PS. Espero que a Comissão Nacional de Jurisdição rapidamente nos liberte da companhia de quem partilha preconceitos racistas", afirmou, numa declaração à agência Lusa.

Na rede social Twitter, o eurodeputado socialista Manuel dos Santos chamou hoje "cigana" à deputada do PS Luísa Salgueiro, "não só pelo aspeto", mas porque "paga os favores que recebe com votos alinhados com os centralistas".

Jornal de Notícias | Imagem: Eurodeputado Manuel dos Santos | Foto: Twitter

Portugal (não é o único) e a questão do, politicamente correcto, quotas "por sexo"



Portugal - e não só - e a mania da existência do, politicamente correcto, quotas "por sexo", entre outros itens, hoje tanto em voga; ou o excesso do "politicamente correcto"!

Ponto um! Sou totalmente contra! (que explico) Mas totalmente a favor de uma reeducação cívica das mentalidades retrógradas.

Suponhamos - com esta questão das quotas em que, levando à letra as vontades, deverão haver tantos de um como de outro sexo - que há um concurso público para uma empresa (para Estado ou Privada - é para todos, de acordo com alguns sectores políticos) para eleger uma Administração composta por 5 elementos. De acordo com as quotas - e esquecendo que o 5º seria o Presidente - teria de ser 2 mulheres e 2 homens (ou vice-versa); e @ Presidente (não existe a palavra - e não vale a pena inventá-la porque só demonstraria a ignorância de como se formam certas palavras em português - Presidenta) seria de que sexo?

Ponto dois! Agora, usemos como exemplo só os 4 elementos (e deixando a estes o direito de cooptar o 5º para Presidente).:

Vão a concursos dezenas de candidatos e só podem ser cooptados/apurados 4: são dois de um e são dois de outro...

Caso 1: As 6 primeiras pessoas apuradas (as mais capacitadas técnica e profissionalmente e (por opcional ou desempate), académica são todas mulheres e que os dois homens estão nos lugares 7º e 10º;

Caso 2: Igual, mas substitui-se as mulheres por homens e estes por mulheres.

Resultado: vamos seguir as quotas e colocamos, não os mais capazes - sejam mulheres ou homens - mas o politicamente correcto 2 Mulheres e 2 Homens - bolas, isto pode ser sexismo - 2 Homens e 2 Mulheres - Irra! agora será visto como sexista.

Ou seja, vamos optar por cumprir uma lei, claramente existente por desígnios políticos e não por razões de qualificações, e que não sei se será Constitucionalmente legal e legítima em termos de Direitos Humanos, em vez de os mais capazes serem colocados nos referidos lugares. entram os 2 primeiros de um dos "sexos" e esquece-se os restantes, para cooptar os que estão em 7º e 10ºs lugares! Brilhante!!

Por favor, deixemos o politicamente correcto e optemos pelo mérito e pelo profissionalismo, seja eles do sexo feminino  ou masculino (isto de continuar a  colocar o feminino antes do masculino deixou de ser educação para ser sexismo? se sim, desculpem; é a minha ancestral educação e respeito que os mais Velhos - os meus Pais e os nossos Kotas - nos ensinaram).

Deixemos de quotas e reinvestamos (ou reinventamos, se ela ainda não existir) na educação cívica do mérito e do profissionalismo.

Que sejam estes, os principais e únicos factores de colocação das pessoas!

Deixemos de usar e abusar do "politicamente correcto". E que fique bem assente, Portugal mais não faz que copiar outros exemplos e, com, ou por causa de, Portugal, há outros que seguem a mesma linha...

Eugénio Costa Almeida, Ph.D (DSSc | Investigador/Researcher/Pós-Doutorando

**Eugénio Costa Almeida – Pululu - Página de um lusofónico angolano-português, licenciado e mestre em Relações Internacionais e Doutorado em Ciências Sociais - ramo Relações Internacionais - nele poderão aceder a ensaios académicos e artigos de opinião, relacionados com a actividade académica, social e associativa.

CALOR EM PORTUGAL | Prepare-se para dias escaldantes. Temperaturas chegam aos 44 graus


VÁ PARA A PRAIA MAS NÃO SUJE O MAR... NEM A AREIA (pg)

Temperaturas mínimas que parecem máximas e máximas a superar os 40 graus é com o que pode contar para este fim de semana.

Se acordou sem saber o que fazer neste fim de semana, o melhor é meter-se dentro de água. É que as temperaturas não vão dar para muito mais. Senão, vejamos.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê para o dia de hoje, sábado, para Lisboa, uma temperatura máxima de 41 graus (com a mínima de 22 já não se estava mal) e céu pouco nublado. Para domingo, a perspetiva não melhora, isto é, não refresca. Muito antes pelo contrário. Conte com uma mínima que parece máxima (27 graus) e uma máxima de 38 graus celsius.

Descendo para Sul, que é onde muitos portugueses se encontram já de férias, a previsão é igualmente de tempo muito quente. Sol e temperaturas altas é que o Algarve tem para si. Os termómetros em Faro subirão até aos 36 graus, hoje, e até aos 31 no domingo. As mínimas previstas são de 23 e 24, respetivamente.

O Alentejo, conhecido pelas temperaturas muito altas, vai fazer jus à fama. Para Beja, o IPMA prevê temperaturas máximas de 42 graus, tanto para este sábado como para domingo. Contudo, no domingo há previsão de ocorrência de aguaceiros. O mesmo acontecerá em Évora, onde apesar dos 42 graus de máxima, poderá chuviscar tanto no sábado como no domingo. 

É, no entanto, em Setúbal e Santarém onde se vão registar as temperaturas mais elevadas: 44 graus de máxima para sábado em Santarém, onde há previsão de aguaceiros tanto sábado como domingo. Setúbal contará com 43 graus de máxima, no sábado, e 41 no domingo. As previsões apontam para céu nublado com nuvens altas.

A Norte, ligeiramente mais fresco mas ainda assim quente este fim de semana: o Porto registará máximas de 28 e de 23 graus, sábado e domingo. As nuvens, essas, só altas. Para fechar, em Bragança os termómetros deverão chegar aos 39 graus nos dois dias, sem previsão de chuva.

A onda de calor que o país está atravessar colocam hoje quatro distritos de Portugal continental sob aviso vermelho, o alerta máximo, que representa uma situação meteorológica de risco extremo, devido à previsão de tempo quente, informa o IPMA. 

O resto do país está sob aviso laranja, o segundo mais grave numa escala de quatro, o que indica a existência de um risco moderado a elevado, devido à persistência de valores altos da temperatura máxima.

De acordo com o IPMA, os distritos de Lisboa, Santarém, Setúbal e Bragança vão estar sob aviso vermelho a partir das 10:00 de hoje e até ao início da noite de domingo, devido às temperaturas elevadas que se vão fazer sentir.

Melissa Lopes | Notícias ao Minuto

Hora de Fecho: Cristiano, falta um ano e meio. E começa agora

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As principais notícias do dia
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Por muito que marque, quer marcar mais. Por muito que ganhe, quer ganhar mais. Ronaldo teve uma semana de altos e baixos fora dos relvados; agora, o campo é dele. E assim arranca a operação CR2018.
O início da Taça das Confederações na Rússia é a desculpa para uma conversa longa sobre Iuran, Kulkov, Mostovoi, Alenitchev, Sherbakov, Izmailov, Vukcevic, Caneira, Futre, Carlos Alberto etc. e tal.
Um mistério que demorou 32 anos a desvendar e que há décadas fascina os franceses, pelos piores motivos. Terão sido, afinal, os tios-avós a matar o pequeno Gregory, de 4 anos, por inveja dos pais.
Tudo o que tem cores vivas e garridas pode ser "unicónio". Também há "empresas unicórnio" e pessoas que reivindicam uma "sexualidade unicórnio". A criatura mitológica tornou-se adjetivo.
Há 58 pessoas de quem nada se sabe, após o incêndio na torre Grenfell, em Londres, mas que a polícia está a presumir que estarão mortas.
Como evitar a ansiedade em véspera de exames nacionais? E como superar uma branca na hora H? Estudar é imprescindível, mas respirar fundo, comer bem e dormir ainda melhor é fundamental.
A suspensão dos informáticos, de quem a administração apresentou queixa-crime, e a contratação de um fotógrafo por 30 mil euros anuais estão na base da contestação de trabalhadores da Gebalis.
Com o tempo, vamos perdendo algumas das paisagens mais marcantes do planeta, seja por obra da natureza ou pela mão humana. Recorde 10 paisagens que nunca voltaremos a ver em 30 fotos.
Comissão Nacional do PS reúne-se esta tarde e vota uma proposta estatutária rejeitada pela direção, que estabelece primárias para a escolha do secretário-geral e dos candidatos a deputados e autarcas.
Carrie Fisher, a eterna princesa Leia de Star Wars, terá morrido de apneia do sono e de "outros fatores não determinados", incluindo o abuso de drogas. Relatório de medicina legal já foi revelado.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) anunciou hoje a realização de um estudo de segurança. 
Opinião

Alberto Gonçalves
Por azar, o cepticismo de alguns acha a dádiva uma exibição de “cunhas” e descaramento, e coloca os parentes de Carlos literalmente na lama.

Rui Ramos
Em Portugal, há demasiados indivíduos e grupos de interesse cujas posições, estatutos e rendimentos dependem da sua relação com o poder político e representam um custo excessivo para a sociedade.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Santo António de Lisboa, de Pádua e do mundo inteiro, foi um grande santo e um grande sábio, que de ‘santinho’ não tinha nada, pois foi um dos homens mais cultos do seu tempo. 

Miguel Tamen
A ideia de que os utilizadores têm um ponto de vista especial está ligada à ideia de que quanto mais próximo estivermos de uma coisa melhor a conhecemos. Não é bem assim. 

Francisco Alvim
Isso sim pode ser um rombo na imagem e na marca CR7. E não há milhões que lhe valham, a ele ou aos filhos. Uma mãe não tem preço. 

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Número de vítimas mortais do incêndio em Londres sobe para 58

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A polícia londrina confirmou este sábado que o número de vítimas mortais na Torre Grenfell, que foi consumida por um incêndio na quarta-feira, aumentou para 58 pessoas. As autoridades atualizaram o número de vítimas mortais e garantem que o mesmo pode aumentar nos próximos dias.

A informação é avançada pelo comandante da Polícia, Stuart Cundy, que disse este sábado que são 58 as pessoas que ainda se encontram desaparecidas e que se presumem estar mortas. Cundy revelou que este é um número que ainda pode aumentar nos próximos dias.

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"Infelizmente, fomos informados que estavam 58 pessoas na Torre Grenfell na noite do incêndio, que estão desaparecidas. 

Infelizmente tenho de assumir que morreram", declarou Stuart Cundy.

O comandante da Polícia britânica afiançou também que vão demorar várias semanas até as autoridades conseguirem identificar todos aqueles que perderam a vida no incêndio de quarta-feira que afetou a Torre Grenfell, na capital inglesa.

O chefe da polícia explicou que podem existir ainda mais pessoas das quais as autoridades não têm conhecimento e que irão dar origem a um número de mortes ainda mais elevado.

As buscas por mais pessoas continuam apesar de terem estado paradas devido às condições de segurança na devastada Torre Grenfell, de 24 andares. Stuart Cundy confirmou ainda as investigações à tragédia vão continuar de forma exaustiva.
Polícia mantém medidas de segurança no perímetro
Com as investigações a decorrer no perímetro que circunda a Torre Grenfell, que ficou completamente destruída, continuam a existir receios no que concerne à segurança da estrutura.

A estação de metro mais perto da Torre Grenfell encontra-se encerrada, tal como todos os serviços subterrâneos da zona.

No local da tragédia continuam as muitas homenagens das muitas pessoas que passam pela Torre Grenfell e a Rainha Isabel II promoveu um minuto de silêncio nacional em memória dos que morreram na última quarta-feira.

Fonte: RTP Notícias
Foto:  Reuters

Dez incêndios em curso em Portugal continental às 16h30

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Dez incêndios estavam em curso em Portugal continental às 16:30, sendo que dois fogos nos distritos de Leiria, um no de Loures e outro no de Coimbra mobilizavam nove meios aéreos e mais de 450 bombeiros.

Segundo a informação disponível no `site` da Autoridade Nacional da Proteção Civil, o fogo na localidade de Fonte Limpa, concelho de Góis (Coimbra), mobilizava três meios aéreos, 141 bombeiros e 32 viaturas.

No concelho de Pedrógão Grande (Leiria), na localidade de Escala Fundeiros, o fogo mobilizava um meio aéreo, 105 homens e 33 viaturas.

Em Loures (Lisboa), um meio aéreo, 207 homens e 63 viaturas combatem o fogo que lavra no Barro.

Já no concelho de Mação (Santarém), um meio aéreo, 55 homens e 14 viaturas combatiam o incêndio ativo na localidade de São José das Matas.

Por seu turno, o incêndio em curso em Moninhos/ Fundeiros, no concelho de Figueiró dos Vinhos (Leiria), mobilizava um meio aéreo, 58 homens e 18 viaturas.

Já no distrito de Faro, em Monte Ruivo, no concelho de Aljezur, um fogo estava a ser combatido por um meio aéreo, 22 homens e cinco viaturas, enquanto outro em Vale de Lobo, no concelho de Loulé, mobilizava um meio aéreo, 19 homens e cinco viaturas.

Às 16:55, a Proteção Civil dava conta da existência de 347 fogos em Portugal continental, 13 dos quais ativos, dois em resolução e 22 em conclusão. No total, estes incêndios mobilizavam 1.118 homens, 319 viaturas e 11 meios aéreos.

Um incêndio em resolução significa, de acordo com a Proteção Civil, que não há perigo de propagação além do perímetro já atingido.

Um fogo em conclusão é um incêndio extinto com pequenos focos de combustão dentro do perímetro atingido.

Fonte: Lusa

17 de Junho de 2017 Diz-me, espelho meu, haverá tâmara mais nobre do que eu?

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Fugas
 
 
  Sandra Silva Costa  
Nós por cá até já perdemos a conta às vezes que já fomos a Marrocos. Pudera: está mesmo aqui ao lado e permite-nos, através de uma viagem curta, uma imersão imediata numa cultura que está a léguas da nossa. Já corremos o país quase de ponta a ponta, mas de cada vez que lá regressamos trazemos histórias novas para contar. Foi o que aconteceu com a Luísa Pinto e o Daniel Rocha, que, desta feita, rumaram ao Sul do país. No bolso trouxeram um ângulo novo – o de um reino imenso que quer apostar no ecoturismo e valorizar o seu património natural e cultural. Entre visitas a kasbahs e khettaras, noites estreladas no deserto, dunas incríveis e desfiladeiros, ainda conheceram Hmad Ben Amar, o homem de vestes brancas que seguiram por ruelas labirínticas e lhes explicou o que é um ksar – e como é viver num. Como vão perceber quando apontarem para aqui, todas estas pontas, que parecem soltas, unem-se à volta de um nome: Rota do Majhoul, que agrupa os mais representativos oásis marroquinos e as atracções turísticas dos vales do Draa, do Dádès e de Ouarzazate para oferecer aos visitantes tudo o que precisam para uma escapada no deserto. Para lhe abrir ainda mais o apetite, falta dizer que Majhoul é o nome dado à mais nobre das tâmaras.
Enquanto isso, diz-me, espelho meu, haverá aldeia mais bela do que eu? É o que parece perguntar-se, a cada minuto, Hallstatt, um postal alpino com menos de 800 habitantes que atrai, todos os anos, meio milhão de habitantes. Situada na margem do lago homónimo, aos pés dos montes Dachstein, na Alta Áustria, Hallstatt já foi considerada pelos utilizadores do Instagram a aldeia mais bonita da Europa. O Sousa Ribeiro guia-nos numa viagem para tirar a prova dos nove.
Por falar em nove, é bem possível que uma noite no Marriott Praia D’El Rey resulte em nove horas de sono. O hotel, plantado a poucos minutos da vila histórica de Óbidos e com Peniche à vista, está a cumprir duas décadas e foi renovado recentemente. A Carla B. Ribeiro esteve lá a conhecer os cantos à casa e confessa que, depois de uma massagem retemperadora, caiu “nos braços de Morfeu”, embalada pelas vistas “para os campos verdes, as falésias e o Atlântico”.
Vamos fechar com uma nota de humor? O Pedro Garcias escreve uma crónica sobre provas cegas de vinhos que tem um título provocatório: Provar um vinho às cegas é o mesmo que dormir com a Claudia Schiffer de luz apagada? Ou com o George Clooney? Em ambos os casos, o que está em causa é não se lhes ver os rostos e os corpos. “Pode ser bom, mas podia ser ainda melhor”, comenta o Pedro, querendo significar que as provas cegas devem ser guardadas para o que realmente importam, não devendo ser banalizadas em momentos em que o mais relevante é apenas a fruição do vinho. Vá espreitar que vale a pena.
Como também vale a pena aproveitar em grande o fim-de-semana. No meu caso, até vai ser um bocadinho mais do que isso: férias! Voltamos a conversar a 1 de Julho. Até lá, boas viagens e apareça sempre por aqui, está mais do que convidado a entrar e a ficar o tempo que quiser.