sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Gesto solidário na A1 recompensado com seguro de vida

Casal que distribuiu água aos condutores que aguardaram durante horas pelo restabelecimento da circulação na A1, que estava cortada devido a um incêndio, foram recompensados pelo seu ato altruísta.

Como é que surgiu esta ideia de a corretora de seguros Crown Pier oferecer um seguro de vida ao casal? “Surgiu do nada”.

Foi desta forma que Hugo Ramos, responsável de Marketing e Operações da empresa, começou por explicar ao Notícias ao Minuto o porquê da atribuição deste prémio.

“Foi a nossa forma de homenagear estes senhores. O seguro de vida abrange situações de morte ou invalidez total ou permanente superior a 60%. Se um dos cônjuges morrer o outro, ou os herdeiros, receberá uma indemnização”, explicou Hugo Ramos.

Esta foi a “primeira vez” que a Crown Pier levou a cabo uma iniciativa deste género, mas o responsável pelo Marketing garantiu que não será a última até porque, revelou, a empresa está a “criar um projeto” que a envolva na sociedade.

“Queremos ser mais interventivos”, vincou.

Quanto ao casal, Hugo Ramos contou ao Notícias ao Minuto que foi com Lucinda Borges que conversou e que esta se mostrou “muito agradecida” com o gesto da empresa.


Fonte:noticiasaominuto

Reentrées começam no Pontal e terminam em Oliveira do Bairro

O PSD dá este domingo no Pontal o tiro de partida das rentrées partidárias, que prosseguem com o Fórum Socialismo bloquista, a comunista Festa do Avante! e o CDS em dois momentos iniciados na Escola de Quadros.
As 'rentrées' partidárias prosseguem pelo mês de agosto e início de setembro, depois de o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, voltar a ser o protagonista do comício realizado no calçadão da praia de Quarteira, no Algarve, no domingo, dia 14 de agosto.

O PS ainda não divulgou como assinalará a sua 'rentrée', que no ano passado passou por Torres Vedras, distrito de Lisboa, num acampamento internacional da JS, que é de realização bianual.

O Bloco de Esquerda (BE) assinala o regresso com o Fórum Socialismo, que este ano toma conta da Escola Secundária de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, nos dias 26, 27 e 28 de agosto, onde participarão o ex-ministro do PS João Cravinho, o presidente do Sindicato dos Estivadores, António Mariano, e os ex-coordenadores Francisco Louçã e João Semedo.

A 'estrela' internacional da 'rentrée' bloquista será o deputado brasileiro do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) Jean Wyllys, professor universitário e jornalista, defensor dos direitos LGBT, que começou por ser célebre ao vencer a 5.º edição do Big Brother Brasil, e foi considerado pela revista The Economist uma das 50 personalidades mundiais que mais lutam pela diversidade.

O PCP cumpre a tradição a 2, 3 e 4 de setembro e assinala o seu regresso político na Festa do Avante!, que, na 40.ª edição, decorre este ano num espaço alargado, ao incluir, além da Quinta da Atalaia (concelho do Seixal), a recém-adquirida Quinta do Cabo da Marinha - um terço do terreno habitual.

O comício de domingo com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, é o momento alto político do evento que inclui um cartaz com Ana Moura, Aldina Duarte, Carlão com Sam the Kid e Sara Tavares, Cristina Branco, Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal, Peste & Sida, Sérgio Godinho & Jorge Palma e Xutos & Pontapés.

O CDS-PP vai desdobrar a sua 'rentrée' em dois momentos, começando no primeiro fim de semana de setembro com a Escola de Quadros para os jovens centristas, que regressa este ano a Peniche, na região Oeste, distrito de Leiria, onde começou a realizar-se há dois anos, com passagem por Ofir, distrito de Braga, no ano passado.

Haverá um segundo momento para o regresso dos centristas, no dia 10 de setembro, em Oliveira do Bairro, de acordo com fonte oficial do partido.

Fonte:noticiasaominuto


Famílias cabo-verdianas gastam cerca de 23% do orçamento com a saúde


As famílias cabo-verdianas gastam cerca de 23% do seu orçamento com a saúde, avançou hoje o Ministério da Saúde, indicando que os recursos do Estado para o setor são insuficientes.

"Cerca de 23% das despesas com a saúde são os pagamentos diretos das famílias, que já pagam impostos. Portanto, temos que melhorar também esta questão senão as famílias ficam empobrecidas", indicou Serafina Alves, diretora geral do Planeamento, Orçamento e Gestão (DGPOG) do Ministério da Saúde e Segurança Social de Cabo Verde.

A responsável falava à imprensa no âmbito da reunião alargada do ministério que acontece desde segunda-feira e que termina hoje na Ribeira Grande de Santiago (Cidade Velha).

Apesar de não precisar os números, Serafina Alves avançou que os cabo-verdianos gastam imenso com a sua saúde e o Estado não tem recursos suficientes para o setor.

"A saúde não tem recursos suficientes, é um grande desafio e um grande problema. Não há recursos para a cobertura universal, ou seja, para que todos tenham acesso à saúde", sustentou a diretora geral, dizendo, por isso, que é preciso alocar mais recursos, mas também mais eficiência e mais rigor na utilização dos já existentes.

Serafina Alves disse também que a estratégia para a saúde para os próximos cinco anos prevê a possibilidade de criação de uma lei para angariação de mais meios através de fontes alternativas, como a taxa do turismo, o fundo do ambiente e aumento da verba que o Instituto de Previdência Social (INPS) comparticipa para o setor.

"Toda a gente tem a consciência que os recursos para a saúde não chegam. O Governo tem esta intenção de procurar mais recursos para o setor, mas o que necessitamos fazer neste momento é retomar essa discussão e ver se o Governo está de acordo com essas fontes de financiamento ou se há outras alternativas", prosseguiu.

A diretora geral indicou ainda que outro fator que tem contribuído para aumentar os custos com o setor da saúde no país é a falta de segurança, principalmente nos grandes centros urbanos.

"Este é um problema grave que nós temos com a saúde. O Hospital Agostinho Neto tinha apresentado alguns números de gastos com a saúde que são demasiado elevados. A falta de segurança no país, especialmente na cidade da Praia, tem trazido muitos problemas para o setor da saúde, porque há muitas agressões, cirurgias, acidentes rodoviários", enumerou.

Também disse que o consumo abusivo do álcool também tem trazido muitos problemas para a saúde em Cabo Verde, país que pretende baixar o nível da taxa de álcool no sangue dos condutores de 0,8% para 0,5% e que em julho lançou uma campanha de prevenção do consumo abusivo de álcool.

Serafina Alves, que apresentou o tema sobre os desafios e perspetivas de financiamento da saúde, indicou ainda que outra forma de reduzir os cursos com o setor seria diminuir os exames complementares, que constituem uma área de desperdício.

"Quando fazemos um exame e o utente não o vai lá buscar, estamos a desperdiçar um recurso que poderia ser necessário para outra pessoa que, se calhar, tem mais necessidade", exemplificou, dizendo que os médicos passam muitos exames complementares que os utentes deixam nas estruturas de saúde.

Fonte:noticiasaominuto


Governo propala ter criado mais de 300 mil empregos mas só menos de um terço entrou para a segurança social em Moçambique

Todos os anos cerca de 300 mil jovens moçambicanos atingem a idade economicamente activa e procuram o seu primeiro emprego. Durante 39 anos de independência o sector público e privado criou somente 1.366.738 postos de trabalho mas o Presidente Filipe Jacinto Nyusi propôs-se, através do seu plano quinquenal, a criar em apenas cinco anos 1.483.562 novos empregos. “Criámos 302 188 empregos em 2015” disse em Fevereiro passado a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo. Todavia, em igual período, o Instituto Nacional de Segurança Social apenas registou 86.452 novos beneficiários. A explicação para a disparidade é que 215.736 empregos não foram criados e uma das evidências é o grande número de jovens envolvidos na criminalidade nos centros urbanos.

O @Verdade questionou à ministra Vitória Diogo porque razão o número do novos empregos criados em 2015 não é igual ao número de novos beneficiários registados pelo Instituto Nacional de Segurança Social? Passado cerca de um mês a resposta não veio.
Em entrevista ao @Verdade o director-geral do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP), Anastácio Chembeze, explicou que existem “pessoas que são empregadas no sector agrícola, sem protecção social e são empregos sazonais. Ele entra sai, entra sai, só tem aquele salário”.
Chembeze clarificou que na verdade registou-se uma duplicação dos postos de emprego criados, entre 2014 e 2015, pois a recolha de dados sobre postos de trabalho foi alargada até aos distritos. “O que nós fizemos em 2015 foi colocar pontos focais nos distritos, nós (o INEFP) não temos delegação distritais mas fomos ter com as secretarias distritais para nos alocar um técnico para fazer parte da recolha de dados. A questão de emprego em Moçambique ainda vai levar algum tempo para a gente perceber as nuances, parecem muitos empregos que estão a ser criados mas se olharmos para a população não é necessariamente isso que se vê”, afirmou o director-geral do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional acrescentando que os trabalhadores das pescas e da construção civil também enfrentam situação precária idêntica a que se verifica na agricultura.
Portanto embora o Governo de Nyusi tenha-se comprometido, no seu Plano Quinquenal 2014 a 2019 , em “Reforçar o controlo da legalidade laboral e promover o trabalho digno” contabilizou como novos empregos postos onde os moçambicanos trabalham sem contratos e nem mesmo segurança social.
Empregos na agricultura e florestas não são seguros nem dignos
Efectivamente analisando os sectores que mais aumentos de empregos registaram em 2015 destaca-se o sector de “outras actividades e serviços”, os chamados auto empregados, com mais de 90 mil novos empregos, a “agricultura, produção animal, floresta e pesca” com mais de 51 mil novos empregos, e também a “construção” com mais de 42 mil novos postos de trabalho.
A agricultura é o sector que de longe emprega a maioria dos moçambicanos, 67,9% dos mais de 10 milhões de cidadãos em idade economicamente activa, de acordo o Instituto Nacional de Estatística, todavia a “sazonalidade, a baixa remuneração e a precariedade do emprego são aspectos comuns e dominantes nas agro-indústrias” apurou um estudo académico dos economistas Rosimina Ali e Carlos Muianga, do Instituto de Estudos Sociais e Económicos(IESE).
Foto de Arquivo
“Nas plantações de cana-de-açúcar e florestais, a estrutura do emprego é polarizada, com poucos trabalhadores qualificados e relativamente bem pagos e um grande número de trabalhadores sazonais não qualificados com baixos salários. Igualmente, nas plantações chazeiras, o padrão de emprego é similar. Contudo, a baixa remuneração abrange, também, os trabalhadores qualificados das fábricas de processamento. Nos três casos em análise, o recrutamento de mão-de-obra ao longo da época agrícola é instável”, acrescenta o estudo do IESE que estamos a citar.

Os académicos concluíram que “As práticas laborais nas plantações agro-industriais são inconsistentes com legalidade e segurança social. Relativamente à legalidade laboral (Lei n.º 23/2007, de 1 de Agosto), há uma desconformidade com as práticas laborais nas plantações explicada por pelo menos três condições. Primeiro, as condições de contratação são instáveis e, em alguns casos, não estão sujeitas à forma escrita”.
Ademais “os salários mensais pagos aos trabalhadores das plantações não chegam ao salário mínimo em vigor na agricultura. Isto resulta da variabilidade na estimativa dos salários mensais dado o sistema de empreitada onde a experiência de vários trabalhadores revela um incumprimento das metas com implicações no valor do salário efectivamente auferido”.
Por outro lado os académicos do IESE apuraram que “há falta de cobertura da segurança social mesmo com contribuição dos trabalhadores inscritos (contribuição sem direito/benefício). Existe um mínimo de 20 dias de trabalho por mês que os trabalhadores precisam atingir para poder beneficiar do sistema de segurança social. Entretanto, os trabalhadores casuais têm geralmente contratos de curta duração não contínuos e não registados regularmente durante a vigência do contrato de trabalho”.
O economistas concluíram ainda que “no quadro das estruturas produtivas extractivas prevalecentes, criar mais emprego não significa, necessariamente, melhorar as condições sociais da força de trabalho. O tipo de estrutura produtiva dominante gera um padrão de emprego e condições sociais de trabalho irregulares, instáveis e precárias e não consistentes com a legalidade laboral e segurança social. Isto tem implicações para o tipo de força de trabalho e de economia que estão a ser criadas e se criam para o futuro. Assim, gera-se um emprego menos produtivo, não especializado, e uma força de trabalho diferenciada com limitadas oportunidades de emprego e opções sociais, reflectindo uma economia pouco produtiva. Este cenário pode colocar em causa a reprodução da força de trabalho e a sustentabilidade das actuais estruturas produtivas”.
“Nota-se um maior envolvimento na actividade criminosa de jovens”
Este estudo revela que taxa de desemprego, oficialmente situada nos 20,7%, não é real pois os mais de 7 milhões de trabalhadores do sector agrícola na verdade não têm um emprego fixo.
É ainda evidente, embora o Governo repita muitas vezes que está a criar postos de emprego, que esses postos ou não existam ou não são de trabalho digno e que resultem em rendimentos suficientes para os moçambicanos sobreviverem. Uma das evidências é a criminalidade que está claramente a aumentar nas cidades e municípios.
“Nota-se um maior envolvimento na actividade criminosa de jovens com idades compreendidas entre 22 e 35 anos, residentes, sobretudo, nas zonas urbanas, porquanto, do total de 10.815 arguidos nos processos tramitados durante o ano de 2015, 7.572, correspondentes a 70 %, são jovens, cujas idades estão compreendidas naquela faixa etária”, afirmou a Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchili, no seu informe apresentado este ano à Assembleia da República.
De acordo com a PGR, dos “15.203 internos, dos diversos estabelecimentos penitenciários distribuídos pelo país, 12.135, correspondentes a cerca de 80%, são jovens com idade inferior a 35 anos. Esta realidade remete-nos para uma reflexão profunda, com o envolvimento de todos os sectores da sociedade, sobre o futuro dos nossos jovens e, em última análise, o futuro do nosso país”.
"Os jovens não são apenas o nosso futuro – eles são o nosso presente"
Foto de Arquivo
O repto da Procuradora-Geral da República está patente num outro estudo do IESE, elaborado pelos investigadores Carlos Arnaldo e Rogers Hansine, que analisando o ritmo de crescimento acelerado da população moçambicana no último meio século avaliam as oportunidades e desafios que o aumento do peso da população em idade de trabalhar (15-64 anos) pode constituir para o nosso País.

Os académicos considerem que pode ser “uma janela de oportunidade para o crescimento económico, se grande parte da população, particularmente a economicamente activa, gozar de boa saúde, tiver acesso a formação e a um emprego decente, seguro e produtivo”.
Contudo, a “ausência de um quadro político-institucional que assegure o acesso da população a cuidados de saúde e educação adequada e a sua absorção no mercado de trabalho (…) pode ter um impacto significativamente fraco, ou mesmo negativo, nos crescimento económico e no desenvolvimento humano e social”.
Numa mensagem por ocasião do Dia Internacional de Juventude que se comemora nesta sexta-feira 12 a directora-geral da UNESCO, Irina Bokova, afirmou que “Os jovens não são apenas o nosso futuro – eles são o nosso presente”.
“Hoje, muitos jovens vivem em países menos desenvolvidos, e carregam os pesados fardos dos conflitos e da pobreza. Não pode haver desenvolvimento sustentável se os jovens permaneceram à margem, e eu chamo todos os Estados-membros e parceiros da UNESCO a apoiar suas iniciativas, a dar-lhes voz e a deixá-los crescer para, juntos, darmos forma à dignidade futura que estamos construindo hoje”, acrescenta a directora da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Dos 25,7 milhões de moçambicanos 45,9% são jovens.

Dívidas à segurança social moçambicana ultrapassaram os 10 MEuro no primeiro semestre

A ministra do Trabalho de Moçambique, Vitória Diogo, disse quarta-feira que as dívidas de empresas que operam no país ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) atingiram no primeiro semestre 862 milhões de meticais 10,6 milhões de euros).

"É preciso que se adotem mecanismos diversificados de cobrança da dívida, privilegiando a componente pedagógica e didática", afirmou Diogo, falando em Maputo na reunião nacional do INSS.

De janeiro a junho do ano em curso, prosseguiu a governante, o INSS recuperou 148 milhões de meticais de dívida (1,9 milhões de euros), dos quais 144 milhões de meticais (1,8 milhões de euros) por via judicial.

Rio Ave 1 – 3 FC Porto

FC Porto e Rio Ave defrontaram-se no estádio dos Arcos, em Vila do Conde. Equipa da casa marcou primeiro, mas vantagem durou apenas 4 minutos. Jogo acabou com 20 jogadores em campo.

Marcelo aos 36 minutos marcou o primeiro golo do primeiro jogo do campeonato para o Rio Ave, mas o FC Porto não se deixou ficar por muito tempo em desvantagem. Jesús Corona marcou pelos dragões aos 40 minutos.

No início da segunda parte, Herrera, aos 52 minutos rematou e pôs o FC Porto à frente no marcador.

Sete minutos depois, um momento decisivo na partida - Marcelo é expulso com cartão vermelho direto ao marcar falta na grande área, derrubando Otávio. André Silva foi chamado a marcar e não falhou.

O onze do FC Porto foi constituído por: Casillas, Maxi, Marcano, Felipe, Alex Telles, Danilo, Herrera, André André, Otávio, Corona e André Silva. Destaque, ainda, para as ausências de Brahimi e Aboubakar, que não constaram da ficha do jogo.

Do lado do Rio Ave, o onze foi este: Cássio; Eliseu Cassamá, Marcelo, Roderick e Pedrinho; Wakaso; Pedro Moreira, Rúben Ribeiro e Tarantini; Héldon e Gil Dias.

A primeira jornada da I Liga prossegue no sábado com a entrada em campo do tricampeão Benfica no terreno do Tondela e do vice-campeão Sporting na receção ao Marítimo, antes de os rivais minhotos, Vitória de Guimarães e Sporting de Braga, se defrontarem no domingo.


TSF

Mais de 300 políticos têm direito a subvenção vitalícia

O valor mais alto é superior a 13 mil euros. São 330 os políticos que têm direito à subvenção, mas há mais de 100 que atualmente não recebem o valor determinado pela Caixa Geral de Aposentações.
Foi esta sexta-feira divulgada pela primeira vez a lista de subvenções vitalícias de antigos políticos.
lista, avançada pela revista Visão, tem mais de 330 nomes, mas, de acordo com a Caixa Geral de Aposentações, atualmente são cerca de 200 os políticos que de facto recebem a subvenção.
Da lista não fazem parte os antigos chefes de Estado, uma vez que essas subvenções são pagas pela Presidência da República. Mas estão lá os nomes de ex-primeiros-ministros como José Sócrates, com uma subvenção de 2372euro, e o de Santana Lopes que receberia cerca de 2200euro, e que está, no entanto, com redução total, de acordo com esta lista da Caixa Geral de Aposentações.
A redução total - ou seja, a suspensão do pagamento - coloca-se nos casos em que a pessoa esteja a exercer funções políticas ou públicas remuneradas. Ora, Santana Lopes é provedor da Santa Casa da Misericórdia.

Está na lista também o nome de António Guterres com mais de 4 mileuro, mas com redução parcial, que se aplica nos casos em que exista exercício de atividade privada, incluindo atividades liberais.

Outros nomes conhecidos que estão também nesta lista agora divulgada são os de Adriano Moreira, António Arnaut, Duarte Lima, Bagão Félix, Basílio Horta, Carlos Carvalhas, António Vitorino, Jerónimo de Sousa, Pacheco Pereira, Ângelo Correia, Manuel Alegre, Maria de Belém, Assunção Esteves, Rui Rio.
São nomes a quem a CGA reconheceu o direito à subvenção, mas, sublinhe-se, nem todos estão neste momento a receber o valor determinado e a lista divulgada detalha essas circunstâncias.
Os políticos que exercem atividade pública ou privada (com valor médio mensal igual ou superior a três vezes o indexante dos apoios sociais) estão com redução total ou parcial.
Os ex-governadores de Macau, Rocha Vieira e Carlos Melancia, são os que têm as subvenção mais elevadas. A Rocha Vieira foi atribuído o valor de 13607euro, mas está com redução parcial. Carlos Melancia recebe 9727euro.
TSF

ARQUEÓLOGOS RECONSTROEM O ROSTO DE AVA, MULHER QUE VIVEU HÁ 3.700 ANOS


 
Um grupo de arqueólogos e artistas forenses da Escócia reconstruiram o rosto de uma mulher que morreu há 3.700 anos, na Idade do Bronze.
Batizada de Ava, uma abreviação de Achavanich, o nome do local onde os ossos foram encontrados, a mulher deverá ser da Cultura do Vaso Campaniforme, uma cultura do terceiro milénio a.C. que se difundiu pelo continente europeu.
Segundo a IFLScience, os ossos de Ava foram descobertos em 1987, quando os cientistas encontraram o seu crânio e vários outros fragmentos de ossos num buraco de uma rocha, acompanhados por outros artefactos e por um pequeno vaso de bronze.
Maya Hoole, líder do projeto, afirma que o cenário não é muito comum, já que o povo daquela cultura costumava enterrar os mortos no solo, e não em rochas.
“Teria consumido muito tempo e esforço para cavar o buraco. Se Ava morreu repentinamente, pergunto-me se teria havido tempo para fazer a cova. No entanto, se eles sabiam que ela ia morrer, a cova já poderia estar preparada”, destacou.
reconstrução do rosto de Ava foi feita por Hew Morrison, que calculou as possíveis dimensões da sua mandíbula – que não foi encontrada junto com os outros ossos – e recriou o tamanho dos lábios e de outros tecidos faciais com base no tamanho dos dentes.
Quanto à cor da pele e do cabelo, os investigadores não têm qualquer certeza, mas estima-se que a Ava medisse 1,67m, uma altura não muito diferente da de uma mulher moderna.
O desgaste natural dos dentes mostra que Ava tinha entre 18 e 22 anos quando morreu, apesar da causa da morte ainda não ser conhecida.
A líder da investigação explicou ainda que é possível que os ossos de Ava tenham sido manipuladospor quem a enterrou.
“Se comparar o formato do seu crânio com outros do mesmo período, o topo e a parte de trás são achatados, sendo que a parte de trás tem formato quadrado”, disse Hoole.
Os investigadores não entendem o interesse em alterar o formato do crânio de Ava, mas Hoole explica que, na época, as populações tinham muitos hábitos diferentes tanto durante a vida como em relação à morte.
Os progressos da investigação de Ava têm sido publicados num blog criado pelos arqueólogos.
BZR, ZAP / Hypescience

MORREU UMA DAS ADOLESCENTES BRITÂNICAS QUE FUGIRAM PARA A SÍRIA


 
Metropolitan Police
As três jovens britânicas desaparecidas: Shamima Begum, de 15 anos, Kadiza Sultana, de 17 anos, e Amira Abase, de 15 anos
As três jovens britânicas desaparecidas: Shamima Begum, de 15 anos, Kadiza Sultana, de 17 anos, e Amira Abase, de 15 anos
Uma das três adolescentes de nacionalidade britânica que fugiram do Reino Unido em fevereiro do ano passado para se juntarem ao Estado Islâmico morreu num bombardeamento da Força Aérea russa à cidade de Raqqa.
A jovem britânica de origem muçulmana Kadiza Sultana terá sido morta em janeiro por um bombardeamento das forças russas na Síria, revela esta quinta-feira a televisão britânica ITV News.
Segundo a irmã da jovem, Halima Khanom, Kadiza pretendia voltar ao Reino Unido e estava a planear fugir da Síria por temer pela sua vida.
Em excertos de conversas entre as duas irmãs, divulgados pela estação de TV britânica, é possível ouvir Kadiza a confessar à irmã o terror em que vivia.
“Tenho um mau pressentimento, tipo, estou assustada”, diz Kadiza num dos telefonemas.
Se alguma coisa corre mal, é o fim“, acrescenta a jovem.
Metropolitan Police
Kadiza Sultana (em cima, à esquerda), Shamima Begum e Amira Abase
Kadiza Sultana (em cima, à esquerda), Shamima Begum e Amira Abase
Kadiza Sultana, então com 17 anos, foi uma das três jovens britânicas que fugiram do Reino Unidopara se juntar ao Daesh em fevereiro do ano passado.
A polícia britânica divulgou na altrura imagens de Kadiza Sultana, com Shamima Begum e Amira Abase, ambas de 15 anos, que deixaram as suas casas em Londres e embarcaram num voo com destino à cidade turca de Istambul.
Em março do mesmo ano, foram divulgadas imagens de câmaras de videovigilância que mostram as três raparigas britânicas numa estação de autocarros em Istambul.
As imagens mostravam as três jovens a entrar num terminal de autocarros na zona de Bayrampasa de Istambul, o lado europeu da cidade, depois de terem apanhado o metro do aeroporto.
Os dados recolhidos através das câmaras de videovigilância mostram que as três raparigas britânicas esperaram cerca de 18 horas no terminal, antes de apanharem o autocarro para a cidade turca de Sanliurfa, perto da fronteira com a Síria.
A polícia acredita que as três amigas, que frequentam uma instituição de ensino na zona leste de Londres, terão fugido para ingressar no grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico.
“Existe claramente uma vaga de encorajamento por parte de vários grupos na Síria para atrair a atenção e seduzir jovens, tanto rapazes como raparigas”, afirmou Walton, em declarações à AFP.
“Por definição, são os mais vulneráveis que estão a ser atraídos, mas estas raparigas não eram, obviamente, vulneráveis. Alguma coisa, em algum lugar, aconteceu para terem pensado que era uma boa ideia irem para a Síria“, reforçou.
No início de 2016, as três jovens foram localizadas em Raqqa.
Não se conhece o paradeiro de Shamima Begum e Amira Abase, sendo presumível que estejam casadas com militantes do Estado Islâmico – destino habitual das jovens ocidentais que se juntam à organização.
A fuga das três adolescentes, estudantes de um colégio de elite no sul de Londres, chocou as suas famílias e a opinião pública do Reino Unido – não apenas pelas falhas de segurança que permitiram a sua fuga, mas pela aparente falta de motivo para a sua radicalização.
ZAP

PAIS DA BEBÉ QUE MORREU NO DUBAI TIVERAM UMA MENINA


 


Eugénia e Gonçalo Queiroz, pais de Margarida - e agora de Giovana
Eugénia e Gonçalo Queiroz, pais de Margarida – e agora de Giovana
Chama-se Giovana, nasceu de cesariana com prognóstico reservado, mas já foi apelidada de “grande milagre” pelos progenitores.
Giovana é filha de Eugénia e Gonçalo Queiroz, o casal de portugueses que em 2014 teve uma recém-nascida prematura no Dubai que acabou por morrer.
A notícia do nascimento da menina, que também nasceu prematura, foi avançada esta quarta-feira pela mãe na página de Facebook.
O nosso pequeno grande milagre nasceu ontem, dia 9 de Agosto com 1660gr. Bem-vinda filha, só consegui vê-la agora“, escreveu Eugénia.
“Nasceu de cesariana com anestesia geral, estamos as 2 com prognóstico reservado, mas as duas muito bem. Ela é linda linda, já chora e hoje vai começar a beber do meu leitinho”, acrescentou a mãe da menina.
Cada dia um novo milagre. Bem-vinda Giovana Queiroz”, diz Eugénia.
A gravidez foi acompanhada quase a par e passo pelos seguidores da página de Facebook.
32 semaninhas de tanto amor. Aguenta filha que a mãe também está a lutar. Ontem foi dia de consulta, desta vez não tivemos ordem de soltura“, relatou Eugénia Queiroz, pouco antes de entrar em trabalho de parto, partilhando uma fotografia da barriga.
Eugénia Queiroz com o filho mais velho, Gabriel, no Dubai
Eugénia Queiroz com o filho mais velho, Gabriel, no Dubai
Em novembro de 2014, Eugénia e Gonçalo Queiroz, emigrantes no Dubai, motivaram uma onda desolidariedade entre os portugueses. O casal não tinha seguro nem forma de pagar as despesas hospitalares da filha, Margarida.
A história do casal gerou uma onda de solidariedade que levou à criação de uma campanha no Facebook, através da qual foram angariados fundos para ajudar os pais da menina a cobrir as despesas hospitalares.
Os cerca de 100 mil euros de donativos que o casal recebeu foram entregues a várias instituições.
Eugénia e Gonçalo já têm um filho, Gabriel, de três anos e meio. Giovana vem agora dar mais alegriaà família.

NASA MOSTRA COMO SÃO OS INCÊNDIOS EM PORTUGAL VISTOS DO ESPAÇO


 
(dr) Jeff Schmaltz / NASA Goddard Rapid Response Team
Imagens da NASA mostram o fumo dos incêndios em Portugal Continental
Imagens da NASA mostram o fumo dos incêndios em Portugal Continental
Imagens de satélite captadas pela agência espacial norte-americana mostram o fumo dos incêndios que têm devastado várias regiões de Portugal.
É nas zonas devastadas pelas chamas que se percebe o caos e o sofrimento das populações e dos bombeiros, mas a verdade é que nem do Espaço esse cenário negro passa despercebido.
NASA tem divulgado nos últimos dias imagens de satélite que mostram o fumo provocado pelos incêndios e que agora atravessa o oceano Atlântico.
Tal como mostram as imagens disponibilizadas pela agência espacial norte-americana, é no norte e centro de Portugal Continental que se vê o maior desgaste das chamas.
Mas também na Madeira onde, no início da semana, o Funchal viveu um autêntico pesadelo, com mais de mil pessoas a serem deslocadas das suas casas e com três mortes confirmadas.
(dr) Jeff Schmaltz / NASA Goddard Rapid Response Team
Imagens da NASA mostram o fumo dos incêndios na Madeira
Imagens da NASA mostram o fumo dos incêndios na Madeira
Só nos primeiros dias de agosto, já arderam cerca de 25.738 hectares de floresta, segundo os dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Muitos destes incêndios são provocados por mão criminosa e, de acordo com a PJ, mais de metade dos suspeitos de fogo posto acabam por ser libertados.
Para fazer frente a esta situação, um cidadão português decidiu lançar uma petição que pede o aumento para 25 anos da pena máxima associada a estes casos.
O abaixo-assinado online já conta com quase 40 mil assinaturas e até a ministra da Administração Interna admitiu que este é um tema que tem de ser “seriamente” analisado.
“Muitos destes fogos são postos, declarou Constança Urbano de Sousa que, esta quinta-feira, esteve em Arouca, no distrito de Aveiro, uma das zonas mais afetadas.
“Nascem às três e quatro da manhã e garanto-vos que não é por obra do acaso”, realçou.
ZAP

CIENTISTAS MILITARES AMERICANOS EVITARAM UMA GUERRA NUCLEAR COM A URSS


 


Tsar Bomba – “Show of Force”, Mark Karvon
Uma forte tempestade solar, que desligou os radares de vigilância norte-americanos em plena Guerra Fria, quase provocou um novo conflito com a ex-URSS.
Corria o dia de 23 de maio de 1967, em plena Guerra Fria entre norte-americanos e russos, quando os radares de três sistemas de vigilância dos EUA deixaram de funcionar.
Localizados em regiões polares, esses sistemas serviam para detetar mísseis balísticos e, quando ficavam fora de serviço, podiam ser sinal de um ataque do inimigo.
Os militares norte-americanos pensaram então tratar-de um ato de guerra do lado soviético e já estariam prontos a enviar os seus aviões de combate.
Felizmente, vários especialistas em meteorologia espacial perceberam a tempo que não se tratava de um ataque mas antes de uma tempestade solar, como conta a União Geofísica Americana.
(dr) U.S. Government
Um mapa dos sistemas BMEWS (Ballistic Missile Early Warning System)
Um mapa dos sistemas BMEWS (Ballistic Missile Early Warning System)
Os detalhes desse fenómeno espacial, que quase provocou um conflito nuclear entre as duas potências, foram agora publicados na revista Space Weather.
“Se não fosse o facto de termos investido muito cedo em observação e previsão de tempestades solares e geomagnéticas, o impacto poderia ter sido muito maior”, afirmou Delores Knipp, física da Universidade do Colorado e líder da investigação.
O exército americano começou a explorar este tipo de fenómenos ainda nos anos 50 e, na década de 60, já a NORAD, uma organização americana e canadiana que defendia e controlava o espaço aéreo da América do Norte, tinha acesso a relatórios diários.
Foi graças a isso que, a 18 de maio desse ano, os especialistas perceberam que um grupo grande e invulgar de manchas solares, com campos magnéticos intensos, apareceu numa região do Sol.
(dr) National Solar Observatory Historical Archive
Uma imagem do Sol no dia 23 de maio de 1967
Uma imagem do Sol no dia 23 de maio de 1967
O já reformado coronel Arnold L. Snyder, que trabalhava na NORAD, estava a trabalhar no dia do presumível ataque, quando foi questionado se estava a ocorrer alguma atividade solar fora do comum.
“Lembro-me especificamente de lhes ter respondido cheio de entusiasmo: ‘Sim, metade do Sol está a desintegrar-se’ mas depois relatei os detalhes de forma mais calma”, recorda.
A tempestade geomagnética, que começou 40 horas depois das primeiras erupções solares, continuou a afetar as comunicações dos EUA durante quase uma semana.
De acordo com o novo estudo, foi tão potente que uma aurora boreal, que geralmente só é visível no círculo polar ártico, chegou a ser vista no Novo México, um estado bem a sul do país.
“Esta foi uma boa lição de como é importante estar preparado”, conclui Knipp.
ZAP / RT

VÁRIAS EXPLOSÕES NA TAILÂNDIA FAZEM PELO MENOS QUATRO MORTOS


 
Rungroj Yongrit / EPA
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Pelo menos quatro pessoas morreram em várias explosões de bombas nas últimas 24 horas na Tailândia, na estância turística de Hua Hin e províncias do sul. As autoridades negam que seja terrorismo.
Em Hua Hin houve duas explosões na quinta-feira à noite e outras duas esta sexta-feira de manhã, matando duas pessoas e ferindo mais de vinte, segundo um responsável pela administração local citado pela agência de notícias AFP.
Ainda segundo a AFP, houve mais duas explosões hoje em Phuket, também um destino turístico balnear, e, ainda na quinta-feira, outras duas em Surat Thani e Trang.
Foi em Surat Thani e Trang que morreram mais duas pessoas.
Mais de 35 pessoas ficaram feridas em nove explosões desde quinta-feira, segundo um balanço dos meios de comunicação social locais.
Isto não é um ataque terrorista. É só uma sabotagem local”, disse um porta-voz da polícia numa conferência de imprensa em Banguecoque.
O chefe da junta militar que governa a Tailândia disse hoje que “as bombas querem semear o caos”, mas as autoridades negam que se trate de terrorismo.
Prayut Chan-O-Cha apelou à calma e disse não saber quem está por trás destes ataques.
O Reino Unido e a Austrália já pediram aos respetivos cidadãos para evitarem frequentar locais públicos na Tailândia.
Os atentados e ataques na Tailândia são habituais no sul do país, devido a um conflito separatistaque já matou mais de 6.500 pessoas desde 2004.
A Tailândia é neste momento governada por uma junta militar que tomou o poder em 2014, num golpe de Estado.
No fim de semana, foi aprovada em referendo a proposta de Constituição da junta militar.
ZAP / Lusa

DOIS SUPER-AVIÕES RUSSOS CHEGAM ESTA MADRUGADA PARA AJUDAR NO COMBATE ÀS CHAMAS


 
Dois aviões pesados Beriev chegam na madrugada a Portugal vindos da Rússia, ao abrigo do protocolo de proteção civil assinado entre os dois países, disse à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna.
Os dois aviões deverão chegar à base aérea de Monte Real, distrito de Leiria, entre as 04h00 e as 05h00 de sábado, sendo depois deslocados para os locais onde o comando nacional de proteção civil entender serem mais necessários no combate aos incêndios florestais.
Beriev Be-200 Altair é uma aeronave anfíbia utilizada para combate a incêndios, busca e salvamento, patrulha marítima, carga, e transporte de passageiros, tendo uma capacidade de 12 toneladas (12.000 litros) de água, ou até 72 passageiros.
O distrito de Aveiro era às 10h00 de hoje a zona de Portugal continental que mais meios mobilizava no combate às chamas, com mais de mil operacionais no terreno e vários meios aéreos, segundo a Proteção Civil.
Na lista de “ocorrências importantes” destacadas na página da Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (com mais de três horas e mais de 15 meios de socorro), apenas relativas ao continente, o distrito de Aveiro surge com quatro incêndios ativos.
Às 10h00, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), destacava sete incêndios ativos: quatro no distrito de Aveiro, dois em Vila Real e um em Viana do Castelo.

Marcelo diz que não houve má vontade europeia

O presidente da República acredita não ter havido má vontade europeia na resposta ao pedido de ajuda feito por Portugal para o combate aos incêndios florestais que devastam o país.
“Não penso que haja má vontade europeia em relação à solicitação portuguesa”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa depois de uma reunião com o presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares.
O chefe de Estado recordou que “em curto espaço de tempo” houve respostas de Espanha, Itália, Marrocos e Rússia que deslocaram para Portugal vários meios aéreos.
“É uma resposta, que não sendo massiva, vem ajudar significante a intervenção das forças no terreno”, declarou aos jornalistas.
Na quinta-feira, em Arouca, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, mostrou-se insatisfeita com a resposta dos parceiros europeus ao pedido de ajuda de Portugal civil para fazer face aos muitos incêndios que lavram no país.
“Estava à espera de uma maior solidariedade dos parceiros europeus”, afirmou a ministra, sublinhando que Marrocos, apesar de não pertencer à União Europeia, respondeu prontamente ao pedido de auxílio.
O Presidente prometeu ainda “acompanhar muito de perto” decisões políticas que devem ser tomadas relativamente à prevenção dos incêndios e à implementação de medidas de proteção das florestas, após este período de incêndios.

Incêndios são causados por “onda terrorista”

O presidente da Liga dos Bombeiros Jaime Marta Soares considerou que há uma “onda terrorista devidamente organizada” que provoca incêndios florestais, mas julga que devia ter sido ante antecipado o pedido de ajuda de meios aéreos.
Depois de uma audiência com o Presidente da República o presidente da Liga dos Bombeiros não classifica de incompetência política o tempo em que foi feito pelo Governo o pedido de ajuda dos meios aéreos, mas admite ter sido “um erro estratégico”.
Sobre o que diz ser uma “onda terrorista” que provoca os incêndios florestais, o presidente da Liga considera impossível haver ignições de fogo com uma frente tão vasta como as que se têm verificado nestes últimos fogos na zona norte e centro do pais e Madeira.
Marta Soares lembrou que 98% dos fogos florestais têm mão humana e que desses 75% serão de origem criminosa.
O responsável da Liga espera que, depois deste período de incêndios, sejam efetivamente tomadas decisões políticas de verdadeira prevenção dos incêndios, para que se evite repetir todos os anos as mesmas discussões, sem consequências.
Uma das propostas da Liga dos Bombeiros é a criação de um observatório nacional para os incêndios florestais, que analisa as diversas questões no que respeita quer à prevenção quer ao combate aos fogos.
“Há uma negligência criminosa em não se levarem por diante projetos de reflorestação”, disse Marta Soares, como um dos exemplos do que não tem sido feito em Portugal.
ZAP / Lusa