sexta-feira, 20 de novembro de 2015

ÉTICA JORNALÍSTICA


Opinião

“A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Entrevistar o papa não nos faz santos. Ter um corrupto como informante não nos corrompe.”
VEJA nunca permitiu que suas páginas fossem usadas para outro fim que não a busca do interesse público. Sempre que uma denúncia é publicada, alguém ganha e alguém perde. Um ministro cai e outro ministro sobe. Um grupo político é prejudicado e outro grupo político é beneficiado. São consequências normais da divulgação de fatos verdadeiros. Em nosso trabalho cotidiano, essas circunstâncias são tão naturais para nós que nos dispensamos de discuti-las. Mas temos de concordar que as pessoas não directamente envolvidas em nosso trabalho possam, de boa-fé, não entender completamente a natureza do bom jornalismo que praticamos em VEJA. Reflecti sobre nossos critérios, nossas relações com as fontes de informação, enfim, nossa missão jornalística. O resultado é o texto abaixo.

“O jornalismo é feito com fontes de informação. O jornalista não é pago para saber. É pago para descobrir. Por essa razão, as relações do jornalista com suas fontes merecem uma reflexão permanente.”
O jornalismo é feito com fontes de informação. O jornalista não é pago para saber. É pago para descobrir. Por essa razão, as relações do jornalista com suas fontes merecem uma reflexão permanente. Os profissionais de VEJA seguem as regras escritas da Editora Abril, cujo Código de Conduta estabelece: “O jornalista da Abril não tem relação de trabalho com, nem presta serviço, ainda que eventual, para qualquer pessoa, empresa ou entidade que seja, ou possa a vir a ser, fonte de informação. A Abril jamais paga entrevistados por informação de nenhuma espécie, de forma direita ou indirecta. Sempre que possível, o jornalista deve pagar por almoços e jantares com fontes ou seus representantes. Cabe ao profissional e a sua chefia imediata definir as situações em que a aplicação desta regra pode afectar o relacionamento com a fonte.” Posturas Éticas – Guia para Jornalistas e Produtores de Conteúdo do Grupo Abril – Complemento do Código de Conduta.”

Em complemento ao Código de Conduta da Abril, a redacção de VEJA em seu Plano Editorial anual reafirma que a “independência” é o maior valor de um jornalista da revista. Por independência, diz o Plano Editorial, entende-se que o repórter não aceita nenhuma barganha editorial com as fontes em troca de informações. Em nosso cotidiano, embora seja uma regra não escrita, sempre avaliamos as informações que recebemos das fontes tendo como único metro o interesse público que se confunde com o interesse jornalístico. Isso significa que as inúmeras informações pitorescas ou de carácter pessoal, comportamental ou sexual de autoridades e governantes que nos chegam na forma de fotos, vídeos e gravações nunca são usadas por serem ofensivas e nada ajudarem na compreensão dos fatos públicos.

“O ensinamento para o bom jornalismo é claro: maus cidadãos podem, em muitos casos, ser portadores de boas informações.”
Os jornalistas de VEJA estabelecem com suas fontes uma relação em que fica claro desde o primeiro momento que não se trata de uma relação de troca. A fonte não terá nenhum outro privilégio por fornecer informações, a não ser a manutenção do sigilo, caso isso seja do interesse dela. As fontes nunca são desinteressadas das reportagens com as quais colaboram fornecendo informações. Um corrupto que passa informações quer se vingar de outro corrupto ou espera atrapalhar o negócio do concorrente com o governo. Nos dois casos, o jornalista precisa ter noção exacta do interesse da fonte e usar a informação quando e somente se a vinda dela à luz servir mais ao interesse público do que ao do próprio informante. Um assassino que revela na cadeia um plano para assassinar o presidente da República é possuidor de uma informação de interesse público – e pelo mecanismo da delação premiada ele pode ter sua pena atenuada ao dar uma informação que impeça um crime ainda pior do que o cometido por ele. Portanto, temos aqui uma situação em que a informação é de qualidade e o informante não, por ser um assassino. O ensinamento para o bom jornalismo é claro: maus cidadãos podem, em muitos casos, ser portadores de boas informações.

“Uma informação de qualidade é verificável, relevante, tem interesse público e coíbe a acção de corruptos.”
O repórter que se preza não despreza uma fonte de informação sobre casos de corrupção com base apenas no fato de que o informante é corrupto. Mas como se cativa e se mantém um informante desse tipo sem acenar com alguma vantagem para ele? O jornalista, consciente dos interesses subalternos do informante, deve tentar obter dele o que for relevante para o interesse público – e publicar. O mais provável é que o informante se sentirá gratificado por ter conseguido o objectivo de ver a informação tornada pública e o jornalista também terá cumprido sua missão de trazer à luz fatos que, de outra forma, nunca sofreriam o efeito detergente dos raios solares. Ao jornalista cabe distinguir:
A) se a informação é verificável;
B) se a informação é relevante e de interesse público;
C) se a vinda da informação a público ajudará a diminuir o escopo de acções dos corruptos, entre eles o próprio informante.
Cumpridas as três condições acima, a informação merece ser levada a sério, a despeito, repita-se, da estatura moral do informante.


O bom jornalista não se deixa paralisar estabelecendo como critério só ter como fontes pessoas que passem pelo crivo ético mais elevado. Isso não deve ser confundido de jeito nenhum com a ideia de que vale tudo. 
O critério de VEJA é claro. As informações precisam ser qualificadas, independentemente da estatura moral do informante.Pessoas de estatura moral questionável podem deter informações de altíssimo padrão de qualidade jornalística.Digamos que a informação trate de uma negociação de pagamento de propina. Quem tem mais condições de contar o que aconteceu? Quem estava lá ou quem não estava lá? A resposta é clara: quem estava lá, ou seja, um dos envolvidos.

Evidentemente, o critério acima não vale para fontes que queiram dar opiniões. Não abrimos espaço para pessoas de baixo padrão moral dar opiniões. No processo de colecta de opiniões, procuramos as mais qualificadas autoridades mundiais para entrevistar, onde quer que estejam. Se uma fonte moralmente discutível testemunhou um fato importante, quer contar o que presenciou e se o que ela narra é verificável por outros meios, consideramos que ela pode ter uma informação que vale a pena ser levada em conta. Se essa mesma fonte quiser dar uma opinião a respeito daqueles mesmos fatos, não aceitamos. A qualidade da informação pode independer da qualidade da fonte. Já a opinião é indissociável de quem a emite. A qualidade de quem opina afecta a qualidade da opinião.

“A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Entrevistar o papa não nos faz santos. Ter um corrupto como informante não nos corrompe.”
Esse ponto merece uma análise mais detida. Como o jornalista deve diferenciar sua relação quando uma fonte é, digamos, um economista respeitado e outra fonte é um criminoso? O jornalista deve ter em mente que ambos podem ser detentores de informações da melhor qualidade. O criminoso pode ter sido testemunha de um crime e seu depoimento pode ajudar a desbaratar uma quadrilha perigosa. Não se pode desprezar o que ele tem a dizer. É preciso ouvir, analisar, pesar, checar, contextualizar. Um economista respeitado, caricaturando, pode estar teoricamente equivocado sobre algum fenómeno ou pode estar a serviço de algum especial interesse económico ou comercial. Enfim, ambos valem pelo teor, qualidade e grau de interesse da informação verdadeira de que são detentores. É preciso atentar para o fato de que, mesmo que a fonte seja um assassino esperando a execução de uma sentença de morte (exemplo verídico transformando no livro O Jornalista e o Assassino pela americana Janet Malcolm), ela merece ser tratada com respeito. Se a fonte não tem ética, isso é problema dela. A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Entrevistar o papa não nos faz santos. Ter um corrupto como informante não nos corrompe.
Quando o jornalista lida com uma fonte que tem uma informação verdadeira, verificável e relevante, ele precisa ter consciência dos interesses particulares do informante. Deve avaliar se o interesse público maior supera mesmo o subproduto indesejável de satisfazer o interesse menor e subalterno da fonte. Se o resultado for positivo, a informação se candidata a ser publicada. Por isso, o jornalista não pode ser amigo de fontes. Não pode aceitar presentes, convites para viagens ou quaisquer outros agrados.

VEJA nunca publicou conteúdos de gravações obtidas ilegalmente, portanto o que segue aqui tem o objectivo apenas de reflectir sobre certos limites. Quem se favorece conscientemente do produto de furtos, roubos ou outros crimes é potencialmente cúmplice do autor. Por essa razão, o jornalista que eventualmente receber uma gravação obtida ilegalmente e usá-la em uma reportagem pode estar se expondo aos rigores da lei. Desse modo, ele só deve dar esse passo arriscado quando o custo para a sociedade de desprezar o conteúdo da gravação for muito grande. Se o preço pessoal de evitar um crime ou uma sequência de crimes dando publicidade a gravações ilegais for incorrer em uma transgressão menor, o jornalista tem o dever de considerar correr esse risco. Em VEJA, casos assim jamais são decididos individualmente por um jornalista, mas pela direcção da revista. O trabalho jornalístico envolve vários riscos. Como qualquer trabalho. Do cirurgião, do advogado. Do engenheiro. Se ele tomar todos os cuidados, os riscos serão minimizados, mas jamais eliminados. A primeira preocupação de VEJA ao ter acesso a uma informação é entender como a informação foi obtida.

Se a publicação do produto do crime tiver relevância para evitar crimes piores, e mesmo que isso ajude a vender revistas, não se incorre em falha ética. Se um jornalista furtar da pasta de uma pessoa, por exemplo, um plano para explodir a represa de Itaipu e se com a publicação do plano ele evitar o ataque terrorista - e ainda vender mais revistas –, a implicação ética lhe será altamente favorável.


“O bom jornalismo é uma actividade de informação mediada. O jornalista não é um mero repassador de declarações. Ele tem o poder discricionário de não publicar uma acusação ou uma ofensa grave.”
As informações obtidas com a garantia de manter o sigilo da fonte trazem desafios adicionais ao jornalista. As informações obtidas de fontes anónimas, que não podem ou não querem se identificar, devem ser usadas preferencialmente como confirmação de dados ou relatos já obtidos de outras fontes. Mas é um erro desprezá-las. Muitas vezes um informante testemunhou fatos relevantes e a única condição que coloca para narrá-los é a manutenção do sigilo sobre sua identidade. A regra básica para errar menos com o uso de fontes anónimas é ter em mente que o leitor pouco ou nada saberá sobre quem deu a informação, portanto o jornalista tem de saber tudo sobre a fonte. VEJA muitas vezes não tem meios de confirmar com outras fontes as informações passadas por uma fonte que pediu OFF.  Digamos que uma discussão entre duas pessoas seja contada em OFF por um dos participantes. VEJA não vai publicá-la se a outra pessoa não confirmar? Talvez sim, talvez não. Depende do conteúdo do diálogo passado. A lição é a de que o bom jornalismo é uma actividade de informação mediada.  O jornalista não é um mero repassador de declarações. Ele tem o poder discricionário de não publicar uma acusação ou uma ofensa grave. Se o custo de não publicar for prejudicial ao interesse público, o jornalista deve pesar os riscos e corrê-los se necessário.

Uma fita contendo revelações importantes (depois de devidamente periciada e contextualizada) tem valor extraordinariamente maior do que uma frase acusatória, seja em OFF ou em ON. VEJA sempre perícia os diálogos gravados que publicou e guarda esses registros. VEJA já publicou diálogos que lhe foram entregues degravados sem ter tido acesso ao conteúdo original – mas o fez com absoluta segurança da origem do material. Existe uma diferença grande entre uma acusação em OFF e uma fita. A fita, muitas vezes, envolve um diálogo de duas pessoas acusando uma terceira – que pode ser inocente. E ela acaba sendo envolvida num escândalo involuntariamente. Isso raramente acontece na acusação, ainda que em OFF. Por isso, todo o cuidado é pouco com esse tipo de informação.

O documento (depois de periciado e contextualizado) tem valor exponencialmente maior do que uma informação oral, desde que o conteúdo de ambos seja equivalente em relevância. Mas às vezes um documento mente e a informação falada tem mais valor. Exemplo: como forma de mostrar seu distanciamento de uma denúncia de corrupção, o ministro envia um memorando cobrando de seu assessor informações sobre a irregularidade. Esse documento pode ser apresentado pela autoridade como prova de sua inocência. Uma apuração mais aprofundada pode provar que aquele documento não passava de uma armação. Ou seja, cada caso é um caso.

“A regra para lidar com gravações ilegais que registraram actividades de cidadãos ou empresas privadas em seus negócios particulares é: descartar sem ouvir ou assistir – ou, alternativamente, entregá-las às autoridades.”
A fita (periciada, contextualizada) tem muito valor. A perícia ajuda a mostrar se a fita chegou à redacção em condições de ser usada como prova. Às vezes, as gravações são inaudíveis ou indecifráveis – ou a fita pode ter sido adulterada com o propósito de mudar o sentido das falas. Nesses casos, ela vai para o lixo.

É crucial enfatizar um ponto da mais alta importância. O que se discute aqui é a publicação de informações que dizem respeito à actuação de autoridades e suas relações com terceiros quando tratam de questões que envolvem dinheiro ou outros bens públicos. A regra para lidar com gravações ilegais que registraram actividades de cidadãos ou empresas privadas em seus negócios particulares é: descartar sem ouvir ou assistir – ou, alternativamente, entregá-las às autoridades.

“As informações são tratadas em VEJA como portas que se abrem para a obtenção de novas informações. Todas elas são checadas.”
Nenhuma reportagem de VEJA – com a excepção óbvia da entrevista das Páginas Amarelas – é feita com base em apenas uma única fonte de informação. As informações são tratadas em VEJA como portas que se abrem para a obtenção de novas informações. Todas elas são checadas, contextualizadas e comparadas, de modo que os eventuais erros que possam ocorrer sejam aqueles que conseguiram escapar de nossos rigorosos mecanismos de filtragem – e nunca resultado de má-fé.

 Eurípedes Alcântara, Director de Redacção de VEJA
São Paulo, 20 de abril de 2012
Enviado por: Sheila Aragão 29/04/2012 - 03:38


       

Ética jornalística: um debate necessário

Na história contemporânea brasileira a imprensa venceu grandes percalços, como a censura, que mascarava a realidade, contribuindo sobremaneira para o avanço democrático no Brasil. Conquanto nesses 16 anos de imprensa livre, um outro problema surgiu nos meios de comunicação, a questão ética.

A sinergia entre comunicação e política é fruto do avanço dos meios de comunicação a partir do final do século XIX, intensificado sobremaneira desde o começo do século XX e que tende a consolidar-se, em princípio, no século XXI.

Essa imbricação desemboca na construção ou destruição da imagem pública de políticos. O interesse em estar, aparecer e influenciar a mídia, é proporcional ao personalismo de cada político, principalmente dos medalhões da política nacional.

No decorrer da história política brasileira vários políticos souberam criar fatos, que visaram consolidar suas imagens públicas. A cobertura jornalística sobre política no Brasil sempre foi conceituada como exagerada, pois com a efervescência que ergue-se sobre os meios de comunicação, cada declaração ou gesto de políticos notórios é reproduzida pelos jornais, televisões, emissoras de rádio e Internet, sem contudo, representar algo de novo.

Conquanto, um dos organismos responsáveis pela volta da democracia e da liberdade de expressão, foram os meios de comunicação, principalmente a partir de 1984, quando ocorreu a mobilização pelas “directas já”, que reivindicava eleições directas para presidente da República.
 
Actualmente, aparecer é inevitável é para alguns políticos, quanto mais, melhor, suas declarações são proporcionais as fotos, o que vale é sua imagem estampada, de preferência na primeira página. Os meios de comunicação se empanturram e se sustentam com essas fontes.

Então, como é que fica a questão ética nesse contexto? Infelizmente, a ética de alguns jornalistas e de algumas empresas confundem-se com interesses escusos de políticos. Princípio básico: o jornalista escreve para o seu leitor, o exercício de um jornalismo sério e ético é a pedra de toque do contrato com os leitores.

A imprensa hoje, mais do que em qualquer época, esta sendo pautada pelas informações vazadas e pelas declarações em off (termo que faz parte do jargão jornalístico), que pululam “no colo da imprensa”, vindas dos gabinetes do poder. Informações que visam denegrir a imagem de outros políticos, é são publicadas baseadas nas suas declarações, sem que com isso, os jornalistas procurem verificar a veracidade dessas informações.

O jornalismo baseado no denuncismo só tem uma explicação: a guerra pela audiência, quantas primeiras capas as revistas conseguiram ou quantas primeiras páginas os jornais publicaram. Sobram acusações, mas faltam investigações e análises das denúncias.

A mídia precisa deixar de olhar o que um concorrente está fazendo para conseguir os furos de reportagens, pois, muitas vezes, não passam de puro denuncismo. O jornalismo de qualidade não é feito informações vazadas ou de declarações vil, mas sim, na apuração exaustiva do fato.    

Não pode haver entrelaçamento entre jornalista ou veículo de comunicação com partidos políticos ou políticos, pois as visões subjectivas de ambos não podem distorcer os relatos dos fatos.

Felizmente, parece que os cidadãos e alguns sectores da mídia estão cansados do princípio de que os fins justificam os meios. Recentemente o trabalho sério da mídia, com investigação, apuração precisa e isenção jornalística revelou-se de suma importância na luta contra a impunidade.

Aos poucos a Câmara dos Deputados e o Senado, lugar frequentado pelos mais respeitados homens públicos do país, como Prudente de Moraes, Rui Barbosa, entre outros, caminham, a passos lentos, é bem verdade, mas andam no sentido de moralizar a política nacional.

Há um ano o ex-senador, Luiz Estevão foi o primeiro senador da história da República a ter o mandato parlamentar cassado pelo Senado. Recentemente outros dois ex-senadores, António Carlos Magalhães e José Roberto Arruda optaram pela renúncia para não ter o mesmo destino do colega de senado.

As informações precisas e isentas são a base da sociedade democrática. O jornalismo investigativo deve procurá-las, para existir um controle ético da notícia.

MAURICIO GUIDANI ROMANINI


ELEIÇÕES PARA NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA ADASCA DIA 21 DE NOVEMBRO COM COLHEITA DE SANGUE DAS 9:00 HORAS ÀS 13:00 HORAS NO POSTO FIXO DA ADASCA EM AVEIRO

Os dadores de sangue associados da ADASCA amanhã podem praticar dois actos cívicos vs cidadania da máxima importância: doar sangue e exercer o seu direito de voto no decorrer da colheita de sangue para os novos órgãos sociais, eleitos para o triénio 2016/2018.

Em conformidade com os estatutos da ADASCA, só podem votar os associados que façam prova de que o são mediante a apresentação do respectivo de sócio, que será verificado pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral ainda em exercício.

Lista A
Lista Oficial para Eleições da Nova Direcção da ADASCA

DIRECÇÃO
1 – Joaquim Manuel da Conceição Carlos – Presidente da Direcção, Sócio nº. 1
2 – Paulo Vergílio de Jesus Rodrigues - Vice-presidente, Sócio nº. 11
3 – Diana Monteiro Lemos – Tesoureira, Sócia nº. 2009
4 – Paula Maria Martins Ferreira – 1ª. Secretária, Sócia nº. 264
5 – António Duarte Oliveira Silva – 2º. Secretário, Sócio nº. 16
6 – Fernanda da Conceição Pinto Monteiro – 1ª. Vogal, sócia nº. 233
7 – Bruno Filipe Oliveira Neto - 2º. Vogal, Sócio nº. 2756

CONSELHO FISCAL
8 – Manuel Garcia Ribeiro Janicas – Presidente, Sócio nº. 349
9 – 1º. Vogal – Eugénio Duarte Graça Azevedo Neto – Secretário, Sócio nº. 1536
10 – 2º. Vogal – Victor Manuel Oliveira Lopes, sócio nº. 2214

ASSEMBLEIA GERAL
11 – Dr. Humberto Rocha – Presidente da Assembleia Geral, Sócio nº. 3564
12 – José Carlos Sá Pereira - Vice-Presidente, Sócio nº. 8
13 – Carlos Manuel Silva Marques Costa – 1º. Secretário, Sócio nº. 2087
14 – João Silva Marques Costa – 2º. Secretário, Sócio nº. 756

NB: para que conste, a Lista A, foi encerrada, e entregue ao Sr. Dr. Manuel Janicas, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ADASCA, no dia 14 de Novembro pelas 16:47 horas, em conformidade com o que determinou o Processo de apresentação de Listas para os novos órgãos sociais para o triénio 2016/2018.

Joaquim M. C. Carlos
Aveiro, 13 de Novembro de 2015
 Informações adicionais: 964 470 432 ou pelo 234 095 331




Caráter e Fidelidade

• Deus deseja modelar nosso carácter;
• Homens que foram usados por Deus tiveram que passar por processos antes de assumir a missão a eles destinada.
• Moisés dos 40 aos 80 anos viveu no deserto sendo moldado e preparado para sua grande missão. Dos 80 aos 120 anos Moisés alcança sua maturidade ministerial, e a Bíblia relata que “Era o varão Moisés mui manso, mais do que todo os homens que havia sobre a terra” Números 12:3.
• Um carácter reformado nos habilita a missões especiais;
• A verdadeira liderança requer um trabalho intenso, profundo no interior de cada pessoa; é um trabalho que requer esforço e paciência para ver o fruto. Se não desanimarmos, conseguiremos resultados extraordinários.
• Jesus trabalhou por 3 anos e meio em 12 pessoas, 12 discípulos escolhidos por Deus. Chamados para se tornarem o legado vivo do Senhor Jesus na Terra.
• Jesus, durante os 30 primeiros anos, cresceu em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.
• José filho de Israel passou por inúmeras provas em seu período de crescimento e maturidade.
• Todo homem chamado por Deus para exercer seu chamado de liderança passou por inúmeras provas que forjaram o carácter para a obediência e a fidelidade.

Homens Especiais?
• Não creio que estes homens tivessem algo de especial que os habilitassem a se tornarem em heróis da fé. Creio que eram homens comuns que aprenderam a se sujeitar a Deus, permitindo-se moldar pelas mãos do Oleiro.
• Existe uma forte tendência em admirarmos os heróis da fé como se fossem seres especiais. A Bíblia cita esses homens não para nos distanciarmos deles, mas para nos inspirar e produzir em nós o desejo de imitá-los a fim de sermos usados por Deus nesta geração.
• Deus dá oportunidades a todos sem distinção. E nisto todos nós podemos nos gloriar em nossas tribulações, provações, lutas… Pois todos temos nisso, oportunidades para sermos aprovados.
• As crises não formam o carácter, mas o revelam. A adversidade obriga a pessoa a escolher um dos dois caminhos: o carácter ou o a concessão.
• O modo como um líder trata as circunstâncias da vida diz muito sobre o seu carácter.
• Quando uma pessoa escolhe o carácter torna-se mais forte, ainda que a escolha traga consequências negativas. Ex.: José do Egito, parteiras, Sadraque, Mesaque, Abedenego…

Por que Deus se importa com nosso carácter?
• O carácter influi numa das responsabilidades mais marcantes do líder: a tomada de decisões.
“Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.”, Mateus 15:14.

1. Carácter é mais do que falar
“Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa.”, Lucas 6:49.
• Você pode dizer que tem integridade, mas a acção é o indicador do carácter. Seu carácter determina quem você é. Quem você é determina o que você vê. O que você vê determina aquilo que você faz. Por isso não se separa o carácter de um líder de suas acções.

2. Talento é um dom, mas carácter, é uma escolha
Deus disse: “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência,”, Deuteronómio 30:19.
• Não temos controle de muitas coisas na vida. Entretanto escolhemos nosso carácter. De fato nós o criamos cada vez que fazemos uma escolha.
• À medida que se vive e faz escolhas hoje, está continuamente criando seu próprio carácter.

3. Carácter traz sucesso duradouro com as pessoas
“47 Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante. 48 É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída.”, Lucas 6:47-48.
• A verdadeira liderança sempre envolve outras pessoas.
• Os seguidores não confiam em líderes cujo carácter apresenta falhas nem os seguirão.

4. Os líderes não podem estar acima das limitações do próprio carácter
“Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.”, Mateus 25:26.
• Há pessoas altamente talentosas que se desestruturam ao alcançar certo nível de sucesso. A explicação desse fenómeno é o carácter.
• Arrogância, sentimentos dolorosos de solidão, busca de aventuras destrutivas ou adultério. Qualquer uma delas é um preço terrível a pagar pela fraqueza de carácter.
G. Alan Bernard, afirmou que “para obter o respeito que a liderança exige é necessária uma ética inquestionável”.
Um líder não só permanece acima do limite entre o certo e errado, mas também fica bem distante das ‘áreas cinzentas’’’.

O que fazer para melhorar o carácter?
- Procure falhas;
- Procure padrões;
- Enfrente as consequências;
- Reconstrua.
“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.”, Provérbios 28:13.
Oração:
- Renovação;
- Remoção das falhas de Carácter;
- Invocação do Espírito Santo que guia os filhos de Deus;
Isaías 11:2 Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.

Ter autoridade para tomar atitudes corretas.

Salmos 32:8 Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho.
Salmos 33:11 O conselho do SENHOR dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações.
Salmos 73:24 Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória.
Provérbios 8:14 Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria, eu sou o Entendimento, minha é a fortaleza.
Provérbios 21:30 Não há sabedoria, nem inteligência, nem mesmo conselho contra o SENHOR.

Fonte: coisas do meu arquivo