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sexta-feira, 28 de setembro de 2018
Raul Almeida: “Sou a favor do projeto da Lusiaves!”
A Assembleia Municipal de quinta-feira, realizada no Seixo teve onze pontos, mas o que mais aguardado era o número dois da agenda: o que se tratava da Lusiaves...
Apesar das análises e estudos que ainda acontecerão, Raul Almeida assumiu peremptoriamente ser "a favor da implantação" da Lusiaves no Concelho de Mira, logo no início da sua intervenção.
Num debate - que, em geral - correu de forma respeitosa e ordeira, apesar dos extremos das opiniões neste processo que - aparentemente - não tem meio-termo, o edil mirense respondeu a todas as questões da oposição e teve - aparentemente - o apoio incondicional da sua bancada.
Muito se falou sobre o abaixo-assinado, sobre quem o terá idealizado e "a forma pouco democrática como foi feito", segundo as palavras do autarca, acusando os seus autores de "baterem de porta em porta" para que se angariassem as assinaturas desejadas.
Já a bancada do PS uniu forças ao apresentar argumentos e uma moção de rejeição ao parecer, como prova a imagem abaixo:
Na opinião geral da bancada do PS, a Lusiaves não é um bom investimento para o Concelho de Mira, com Francisco Reigota a garantir a todos os presentes que "esta é uma discussão política e não partidária" numa clara resposta às diversas intervenções vindas da bancada do PSD que davam sinais de considerarem que o assunto estava a ser partidarizado.
Uma das vozes mais críticas da oposição foi a do Deputado Paulo Grego que assumiu que a sua "preocupação não é o preço do metro quadrado ou outro equivalente: é puramente ambiental!" Para este Deputado, é importante conhecer-se todos os aspectos envolventes na área ambiental, a fim de que não se cometa o erro de aprovar um projeto que traga alguns benefícios e um problema ambiental sem retorno.
A questão da Pescanova, aquando da sua implantação no Concelho de Mira, também foi um argumento utilizado tanto por um lado da barricada como por outro. Foi recordado que aconteceram providências cautelares contra a localização daquela empresa em Mira, mas ela acabou por acontecer e a empresa continua a laborar até a presente data. Também foi afirmado que "os argumentos de agora são exatamente os mesmos que foram utilizados, na altura, contra a atual Acuinova".
Raul Almeida reiterou o que dissera anteriormente, quando aconteceu a apresentação do projeto no mesmo local, no dia 30 de Agosto: "Fizemos o trabalho de casa. Eu mesmo fui a localidades onde a Lusiaves está a contactar as pessoas. Contactei, também, os Presidentes de Câmaras dos Concelhos onde ela está instalada. Para além disso, estamos a fazer uma análise mais concreta do Estudo de Impacte Ambiental. E, sejamos claros: daqui só podem sair 3 opções... uma positiva, outra negativa ou ainda, em alternativa, uma posição positiva com determinadas condições".
Para o autarca estas são mais algumas garantias de que "não estamos a deixar nada ao acaso", o que - claramente - não convenceu a oposição que continua a temer pelo desfecho deste processo.
Por fim, e não menos importante dentre todas as intervenções que ocorreram, Artur Fresco, Presidente da Junta de Freguesia de Mira, mostrou uma certa indignação ao afirmar que não percebe "como tantas pessoas dão os seus pareceres e depois, se desvaloriza o trabalho técnico apresentado. Podemos discordar livremente, mas não desvalorizar estes técnicos que emitem seus pareceres!"
A decisão final ainda não está tomada. O próprio Presidente da Câmara Municipal de Mira garantiu, em 30 de Agosto, que "será a Assembleia Municipal quem decidirá" afirmando, também, que os Deputados da bancada do PSD "são e estarão livres para pensar e decidir, na altura certa" quando foi questionado sobre isso. Resta aguardar-se os instrumentos que ainda serão apresentados para que o processo se conclua.
Aguardemos um pouco mais, então...
AVIPGComunicado à Imprensa Face à Acusação do Ministério Público
Face à Acusação do Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal de
Leiria, deduzida contra doze arguidos no âmbito do in | quérito aos incêndios que, no dia 17 de
junho de 2017, lavraram nos concelhos de Pedrogão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos
Vinhos, Alvaiázere e Ansião, e do conteúdo da mesma, temos a MANIFESTAR, neste que é um
momento particularmente difícil e doloroso para os familiares das vítimas mortais e feridos:
- Ao longo das suas 200 páginas, a Acusação anuncia de forma totalmente frontal ao que vem.
Numa construção jurídica firme e sempre em crescendo elenca e assaca responsabilidades
concretas contra doze arguidos, as causas que conduziram à morte de 64 pessoas e lesões em
outras 44, não poupando detalhes nas circunstâncias das mortes e dos feridos - de maneira
esmagadora na sua clareza e descrição -, naquilo que entendemos ser a resposta cabal ao
interesse público que a tragédia que lhe está subjacente exige e do interesse público na sua
divulgação para memória futura;
- É para nós patente a assunção de uma nova consciência do peso e importância de um
Ministério Público verdadeiramente independente, autónomo e da necessidade premente de
serem reforçados os recursos humanos e materiais ao seu serviço, capazes de lograr sucesso na
prossecução da Justiça;
- Quanto às suas conclusões, trata-se de algo inédito, um assombro de resistência dos princípios
basilares de um Estado de Direito numa sociedade cada vez mais descrente na Justiça;
- É mais do que uma Acusação. É memória futura numa sociedade conhecida por ter pouca
memória;
- É mais do que uma Acusação. É um documento pedagógico para responsáveis políticos,
dirigentes e funcionários públicos, gestores da coisa pública e sociedade em geral;
A Acusação é inédita na história da judicatura portuguesa, sendo por isso corajosa, mas não
destemida pois, assumindo com humildade a grande complexidade do processo, está calcada,
contudo numa robusta e diversificada produção de prova que a ampara;
Ousou ver onde, antes, outros negaram. A total incompetência dos agentes de proteção civil, a
incompetência dos responsáveis na gestão e fiscalização da manutenção das servidões
administrativas das redes viárias nacionais e municipais e linhas elétricas.
E não foi por caminhos apertados e também isso merece profunda reflexão. Da Acusação
também se pode retirar conclusões sobre aquilo que lá não está, isto é:
- Recusou assacar responsabilidades políticas pela profunda mudança nos comandos distritais
da ANPC em vésperas de época de incêndios e pela análise cuidada das suas competências
profissionais. Na ótica do MP, é o que se conclui, caberá à sociedade portuguesa avaliar as
responsabilidades políticas por tais condutas de futuro
- Recusou assacar responsabilidades junto dos agentes operacionais no terreno (bombeiros e
GNR). Ao ver do MP, é o que se conclui, os agentes cumpriam ordens superiores e por isso as
suas ações e omissões foram ilibadas
Essas são as conclusões genéricas que a AVIPG, como associação de familiares das vítimas
mortais e feridos alcançou perceber da Acusação, sem prejuízo da análise técnica dos
mandatários constituídos.
Ao MP, e a todos os agentes envolvidos, cumpriu defender as vítimas mortais e feridos e por
isso dirigir-lhes:
- A nossa gratidão à Procuradoria Geral da República, e muito em particular aos representantes
do Ministério Público do DIAP de Leiria, que se dedicaram, ao longo de um intenso ano, à
condução da investigação e dedução da respetiva acusação daquele que é um muito complexo
processo e um marco na história judiciária em Portugal;
- A nossa gratidão a todos os investigadores da Polícia Judiciária, da Diretoria de Coimbra e de
diversas entidades públicas, pela enorme dedicação na investigação dos incêndios de junho de
2017;
- A todos os cidadãos e entidades associativas que contribuíram para a investigação na medida
das suas capacidades, conhecimento e competências;
- Pela forma elevada e respeitosa como os trabalhos decorreram ao longo deste ano, de forma
não intrusiva, mas incisiva e assertiva no que diz respeito ao especial momento que todos
vivíamos. Por vezes, temos essa noção, não foi fácil para muitos de nós compreender o vosso
papel. Testemunhar era reviver situações traumáticas e de grande revolta.
Não é o fim de um caminho, mas o princípio em busca de uma Justiça possível.
Não é uma vitória. Não há guerra nem vitórias possíveis nesse cenário. Já perdemos todos.
Percebam. Já perdemos todos. Vítimas, sobreviventes, acusados e sociedade.
AVIPG - Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande
III CICLO DE ÓRGÃO DE TORRES VEDRAS | MÚSICA REGRESSA À IGREJA DA MISERICÓRDIA
O agrupamento Altus Continuus protagoniza o primeiro recital de longa duração da 3.ª edição do Ciclo de Órgão de Torres Vedras, no dia 7 de outubro, domingo, às 16h00, na Igreja da Misericórdia.
Com um programa de música religiosa, o recital "A Música Religiosa na Europa nos séculos XVII e XVIII" privilegia a música de Charpentier, Monteverdi e Bach.
Abordando a música quer protestante, quer católica, este recital tem como objetivo recriar os ambientes sacros de algumas das principais catedrais europeias. O agrupamento é composto por duas vozes femininas e baixo contínuo que, no caso desta formação, é realizado pelo órgão e violoncelo.
Será realizada uma autêntica praxis histórica sobre a música conventual e das capelas reais de 1700 e 1800.
Órgão e direção: João Andrade Nunes
Organização: Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras e Câmara Municipal de Torres Vedras
Parceiros institucionais: Cultur'canto - Associação Cultural; Jornal "Voz da Verdade" e Jornal "Badaladas"
Cinquentenário do falecimento do Padre Pio de Pietrelcina
Uma vítima expiatória cuja vida foi marcada por fenômenos sobrenaturais. Sempre celebrava as missas em latim e pregava contra o comunismo e a Reforma Agrária, que tinha, segundo suas palavras, “empobrecido os ricos sem, entretanto, enriquecer os pobres”.
♦ Plinio Maria Solimeo
No dia 23 de setembro comemorou-se o cinquentenário da morte do Padre Pio de Pietrelcina, um dos mais famosos e populares santos do século XX. Vivendo praticamente envolto no sobrenatural mais do que qualquer outro santo na história da Igreja moderna, ele estava sempre em contato com Nosso Senhor, com Nossa Senhora, sobretudo com seu Anjo da Guarda, e lutando contra demônios.
Um dos sete filhos de Grazio Forgione e Maria Giuseppa de Nunzio, humildes agricultores profundamente religiosos, Padre Pio nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina, próximo de Benevento, na região da Campânia, no sul da Itália. No dia seguinte ao seu nascimento foi batizado na capela de Santana com o nome de Francisco. Ele tinha um irmão mais velho, Miguel, e três irmãs mais novas, Felicidade, Peregrina e Graça. Esta última se tornaria freira de Santa Brígida. Seus pais tiveram outros dois filhos, que morreram na infância.
Fiel à sua fé, a família Forgione era de missa diária, rezava o rosário todas as noites e se abstinha de carne três dias por semana em honra de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Embora os pais e avós de Francisco fossem analfabetos, costumavam narrar aos filhos e netos histórias da Bíblia que passavam de pais para filhos ao longo das gerações. Sua mãe dizia que o menino costumava falar com Jesus, com a Virgem Maria e com seu Anjo da Guarda e supunha que todas as pessoas pudessem fazê-lo. Mais tarde o santo afirmou que, na época em que tinha cinco anos de idade, já havia tomado a decisão de dedicar toda a sua vida a Deus.1
Francisco tornou-se coroinha e até a idade de dez anos cuidou do pequeno rebanho de ovelhas da família. Recebeu o sacramento da Confirmação em 27 de setembro de 1899.
De acordo com o diário do Pe. Agostinho da San Marco, que foi seu diretor espiritual em San Marco in Lamis, o jovem Francisco Forgione foi acometido de várias doenças durante a infância. Aos seis anos sofria de gastroenterite grave, e aos dez contraiu febre tifoide.
Religioso capuchinho e ordenação sacerdotal
Em 1897, após ter completado três anos na escola pública, o menino foi atraído para a vida franciscana ao ouvir um jovem frade capuchinho que visitava o campo em busca de doações.
Assim, em 6 de janeiro de 1903, aos 15 anos, ingressou no noviciado de Morcone, tomando o hábito franciscano capuchinho no dia 22 desse mês. Escolheu então o nome de Pio, em homenagem ao Papa São Pio I, cuja relíquia está preservada na capela de Santana, em sua cidade natal, fazendo os votos simples de pobreza, castidade e obediência.
Aos 17 anos, o Irmão Pio ficou repentinamente doente, queixando-se de perda de apetite, insônia, exaustão, desmaios e terríveis enxaquecas. Com frequência expelia o que comia, e só conseguia digerir leite e queijo. Seus hagiógrafos apontam essa época como a do início de seus fenômenos sobrenaturais. Durante as orações, o religioso parecia em estado de estupor, como se estivesse ausente. Um de seus companheiros afirmou mais tarde tê-lo visto em êxtase, levitando acima do solo.2
Em 27 de janeiro de 1907 o Irmão Pio fez sua profissão solene, sendo ordenado sacerdote três anos depois. Devido à sua saúde precária, foi autorizado a permanecer com a família até 1916, mantendo o hábito capuchinho.
Em 4 de setembro de 1916 o Pe. Pio mudou-se para o Mosteiro Nossa Senhora da Graças, uma comunidade agrícola nas montanhas Gargano, em San Giovanni Rotondo, na província de Foggia. Exceto no período em que fez o serviço militar, ele ficou nesse convento até sua morte em 1968.
Estigmas
Em 20 de setembro de 1918, enquanto ouvia confissões, o Padre Pio teve sua primeira ocorrência dos estigmas: marcas corporais, dor e sangramento em locais correspondentes às feridas da crucificação de Jesus Cristo. Este fenômeno continuou por cinquenta anos, até o final de sua vida. Uma das características de seus estigmas era a de que nunca se infectavam. Eles foram estudados por vários médicos a pedido da Igreja, como o Dr. Luigi Romanelli, médico-chefe do Hospital Municipal de Barletta, por cerca de um ano. O Dr. Giorgio Festa, seu médico particular, também os examinou em 1920 e 1925. O professor Giuseppe Bastianelli, médico do Papa Bento XV, concordou que as feridas existiam, mas não fez outro comentário. O patologista Dr. Amico Bignami, da Universidade de Roma, também observou as feridas, mas não pôde fazer nenhum diagnóstico. Ambos, Bignami e Dr. Giuseppe Sala, comentaram sobre as bordas anormalmente lisas das feridas e falta de edema. O Dr. Alberto Caserta fez radiografias das mãos do Padre Pio em 1954 e não encontrou anormalidade na estrutura óssea.3
Houve críticos religiosos e não religiosos que acusaram o Padre Pio de forjar seus estigmas, dizendo que ele usava ácido carbólico para fazer as feridas. Em documento mantido no arquivo do Vaticano, Maria De Vito, prima de um farmacêutico de Foggia, testemunhou que o jovem Padre Pio comprou quatro gramas de ácido carbólico em 1919. Entretanto, ela esclareceu: “Ele explicou que o ácido era para desinfetar seringas para injeções”.4 Por isso a Igreja rejeitou as acusações, explicando: “Os garotos precisaram de injeções para combater a gripe espanhola que grassava naquela época. Devido à escassez de médicos, os Padres Paulino e Pio administraram os doentes, usando ácido carbólico como agente esterilizante.”
Outros fenómenos sobrenaturais
O Padre Agostino, amigo íntimo do santo, escreveu-lhe em 1915, fazendo-lhe perguntas específicas sobre como e quando ele teve pela primeira vez visões, quando lhe tinham sido concedido os estigmas, e se ele sentiu as dores da Paixão de Cristo, ou seja, a coroação de espinhos e a flagelação. O Padre Pio respondeu que tinha sido favorecido com visões desde seu período de noviciado (1903 a 1904). E que, apesar de ter recebido os estigmas, ficou tão aterrorizado com o fenômeno, que implorou ao Senhor para retirá-los, mas não queria que a dor fosse removida, apenas as feridas visíveis, já que na época ele supostamente as considerava uma humilhação indescritível e quase insuportável.5
As feridas visíveis desapareceram então, mas reapareceram em setembro de 1918. O Padre Pio também relatou que, no entanto, a dor permanecia e era mais aguda em dias específicos e em certas circunstâncias. Afirmou que estava sofrendo a dor da coroa de espinhos e da flagelação. Ele não definiu a frequência dessas ocorrências, mas disse que sofria com elas pelo menos uma vez por semana durante alguns anos.
A partir da I Guerra Mundial, ele começou a manifestar vários dons sobrenaturais, incluindo os de cura, bilocação, levitação, profecia, milagres, abstinência extraordinária de sono e nutrição. Além disso, o Padre Agostino registrou um exemplo em que Padre Pio foi capaz de subsistir por pelo menos 20 dias, em Verafeno, somente da Eucaristia, sem qualquer outro alimento. O santo tinha também capacidade de ler os corações, o dom de línguas e de operar conversões, bem como possuía feridas de odor agradável.6
Em 27 de julho de 1918, o Padre Pio se ofereceu como vítima expiatória para que a guerra terminasse. Dias depois, entre 5 e 7 de agosto, ele teve uma visão em que Cristo lhe apareceu e perfurou seu lado. Como resultado, ele teve uma lesão física. Esta ocorrência é considerada como uma “transverberação” ou perfuração do coração, como teve Santa Teresa de Ávila, indicando a união do amor com Deus.7
Além de suas doenças infantis, durante toda a sua vida o Padre Pio sofreu de bronquite asmática. Também teve uma grande pedra nos rins, com frequentes dores abdominais. Sofria de gastrite crônica, que mais tarde se transformou em úlcera. Sofreu ainda inflamações nos olhos, no nariz, nos ouvidos e na garganta, e eventualmente formou rinite e otite crônica.
As sanções da Santa Sé
A Santa Igreja foi sempre muito cauta e vigilante em relação a tudo aquilo que excede a explicação humana, particularmente no tocante aos fenômenos sobrenaturais. Por isso, tão logo os fatos incomuns ocorridos com o Padre Pio começaram a ser divulgados, instituiu a Santa Sé investigações sobre o que ocorria. O bispo local, Dom Pasquale Gagliardi, não acreditou nos supostos milagres do Padre Pio, sugerindo que seus irmãos capuchinhos estavam fazendo uma exibição do monge para obter vantagem financeira.8
Com a ascensão do Papa Pio XI ao sólio pontifício, em 1922, o Vaticano tornou-se extremamente duvidoso a respeito do assunto. O Padre Pio foi sujeito a inúmeras investigações. A Santa Sé impôs-lhe severas sanções para reduzir a publicidade sobre ele: proibiu-o de celebrar missa em público, de abençoar pessoas, de responder às cartas, de mostrar seus estigmas publicamente, bem como de se comunicar com Padre Benedetto, seu diretor espiritual. Ele seria transferido para outro convento ao norte da Itália, mas a população local ameaçou revoltar-se, caso o Vaticano não deixasse o Padre Pio onde ele estava. Em 1924 e 1931, a Santa Sé fez declarações negando que os eventos na vida do Padre Pio eram devidos a qualquer causa divina.9
Entretanto, em 1933 a maré começou a mudar, com o Papa Pio XI ordenando à Santa Sé que revogasse a proibição da celebração pública da Missa pelo Padre Pio. O Papa disse: “Eu não fui mal disposto em relação ao Padre Pio, mas fui mal informado”.10 Em 1934 o frade foi novamente autorizado a ouvir confissões e dedicou-se com muito empenho ao ministério da confissão. Também recebeu permissão para pregar, embora nunca tenha feito exame para a licença de pregação. O Papa Pio XII, que assumiu o papado em 1939, encorajou os devotos a visitarem o Padre Pio.
Ele sempre celebrava a Missa em latim, pois nunca aceitou as reformas na Liturgia. Nos seus sermões, abordava também temas como o combate à Reforma Agrária e ao comunismo. De tal reforma socialista e confiscatória afirmou ela tinha: “empobrecido os ricos sem, entretanto, enriquecer os pobres”.
Em 1940 o Padre Pio começou a planejar a abertura de um hospital em San Giovanni Rotondo, batizado antes de nascer com o nome de Casa Sollievo della Sofferenza ou “Lar para aliviar o sofrimento” [foto ao lado], o qual foi inaugurado em 1956. Barbara Ward, uma humanitária britânica e jornalista em missão na Itália, desempenhou papel importante na obtenção para este projeto, de uma concessão de US$ 325.000 da administração das Nações Unidas de Assistência e Reabilitação (UNRRA). Para que o Padre Pio pudesse supervisionar diretamente esse projeto, o Papa Pio XII concedeu-lhe em 1957 dispensa de seu voto de pobreza. Os detratores do Padre Pio usaram esse projeto como outra arma para atacá-lo, acusando-o de apropriação indébita de fundos. O Papa Paulo VI, em meados da década de 1960, rejeitou todas as acusações contra o Padre Pio.11
A respeito do sofrimento
O Padre Pio foi considerado santo ainda em vida. Sobre seus sofrimentos, ele confessou uma vez: “Eu não sei o que vai acontecer comigo. Eu só sei uma coisa certa: que o Senhor nunca ficará aquém das Suas promessas. ‘Não temas, eu te farei sofrer, mas também te darei forças para sofrer’, Jesus me diz continuamente. ‘Quero que sua alma seja purificada e julgada por um martírio diário escondido’ […]. ‘Quantas vezes’, disse-me Jesus há pouco tempo, ‘você teria me abandonado, meu filho, se eu não tivesse crucificado você’”.
O Padre Pio acreditava que o amor de Deus é inseparável do sofrimento, e que sofrer todas as coisas por causa de Deus é o caminho para se chegar a Deus. Algumas vezes o sofrimento espiritual que ele sentia era tão grande, que sua alma parecia perdida em um labirinto caótico, mergulhada na total desolação, como se estivesse no abismo mais profundo do inferno.
Sobre a meditação frequente
Grande contemplativo, o Padre Pio recomendava a todos os seus discípulos a meditação diária. Dizia: “A pessoa que medita e se volta para Deus, que é o espelho de sua alma, procura conhecer seus defeitos, tenta corrigi-los, modera seus impulsos e coloca sua consciência em ordem.”
Ele comparava a confissão semanal à retirada do pó de um quarto, e recomendava a meditação e o exame de consciência duas vezes por dia: uma pela manhã, como preparação para fazer face ao dia, e outra vez à noite, como retrospecto do dia. Seu conselho na aplicação prática da teologia era resumido na seguinte máxima, que se tornou famosa: “Reze, espere e não se preocupe”. Ele recomendava aos católicos o reconhecimento de Deus em todas as coisas, e a desejar fazer a vontade de Deus sobre todas as coisas. 12
Padre Pio e sua luta contra os demónios
“Os verdadeiros inimigos do Padre Pio eram os demônios que o cercavam”, afirmou o Pe. Gabriele Amorth, importante exorcista romano. “A grande e constante luta da vida de Padre Pio foi com os inimigos de Deus e das almas humanas, os demônios, que tentaram capturar sua alma. Mesmo em sua juventude, o Padre Pio desfrutara de incríveis visões celestes, mas também sofreria ataques demoníacos.”13
O demônio lhe apareceria como um gato preto feio, ou na forma de um animal verdadeiramente repugnante. A intenção óbvia era enchê-lo de terror. Outras vezes, os demônios surgiam como jovens nuas e provocantes, realizando danças obscenas, para testar a castidade do jovem padre.
Mas o Padre Pio enfrentou seu maior perigo quando o diabo tentou enganá-lo assumindo a forma de um de seus superiores (seu superior provincial ou seu diretor espiritual), ou em uma forma sagrada (Nosso Senhor, a Santíssima Virgem ou São Francisco). Essa última tática foi um problema particularmente difícil.
Aos poucos, o experimentado religioso começou a perceber a diferença entre as aparições divinas e as diabólicas. Ele notou que sentiu certa timidez quando a Virgem Maria ou Nosso Senhor lhe apareceram pela primeira vez, seguida de uma sensação de paz quando a visão se esvaiu. Por outro lado, um demônio em forma sagrada provocava um sentimento imediato de alegria e atração, substituído depois por remorso e tristeza.
Satanás atacava o Padre Pio até mesmo fisicamente. Ele o descreve em carta a um sacerdote seu confidente: “Esses diabos não param de me bater, até fazendo-me cair da cama. Eles inclusive arrancam minha camisa para me bater! Mas agora não me assustam mais. Jesus me ama, e muitas vezes me levanta e me coloca de volta na cama.”
Diz-se que o diabo é o macaco de Deus. Por isso ele lançava mão de todos os expedientes para fazer o Padre Pio perder a paz de alma. Algumas vezes o pai da mentira manchava com borrões as cartas que chegavam de seu confessor para que não as lesse. Seu Anjo da Guarda então lhe recomendou que, quando chegasse uma carta, antes de abri-la a aspergisse com água benta, e assim podia lê-la.
“O companheiro de minha infância”
O santo afirmava: “O companheiro de minha infância [o Anjo da Guarda], procura suavizar as dores que me causam aqueles impuros apóstatas, alentando-me o espírito com o signo da confiança”. Ele narrou candidamente em carta: “À noite, ao fechar os olhos, vejo abaixar o véu e abrir-se diante o paraíso. Confortado com esta visão, durmo com um sorriso de doce felicidade nos lábios, e com grande tranqüilidade na fronte, à espera de que o meu pequeno companheiro de minha infância venha despertar-me e, desta forma, elevarmos juntos as laudes matutinas ao amado de nossos corações”. “Se me necessitas, repetia o Santo a seus filhos espirituais, manda-me o teu Anjo Custódio”.
Certo dia o Pe. Alessio Parente, também religioso capuchinho, procurou o Padre Pio com algumas cartas para lhe fazer algumas consultas. Mas o santo não pôde atendê-lo. Pouco depois, chamou-o e disse-lhe: “Não vistes todos aqueles Anjos que estavam ao meu redor? Eram os Anjos da Guarda de meus filhos espirituais, que vieram trazer-me suas mensagens. Por isso tive que respondê-las rapidamente.”14
Se o santo recebesse alguma carta em francês, o Anjo da Guarda a traduzia. Por isso ele escreveu: “Se a missão de nosso Anjo Custódio é importante, a do meu é certamente mais ampla, porque deve ser também mestre na tradução de outras línguas” (Carta I, 304).
Não obstante, certa vez em que o Padre Pio estava sendo golpeado pelo diabo, ele chamou seu Anjo da Guarda várias vezes em voz em alta, mas em foi vão. Mais tarde, quando o Anjo lhe apareceu para consolá-lo, o religioso, enfadado, perguntou-lhe por que não havia acorrido em sua ajuda. O Anjo respondeu: “Jesus permite esses assaltos do diabo porque tua compaixão te faz agradável a Ele, e Ele quereria que te assemelhasses a Ele no deserto e no Jardim das Oliveiras e na Cruz”.15
Quando alguém sentia-se provado por alguma infestação diabólica, o santo recomendava “Ide rezar a São Miguel, ele é muito poderoso contra o demônio”.
Glorificação
O Padre Pio morreu em 1968, aos 81 anos. Sua saúde se deteriorou nos anos 60, mas ele continuou seus trabalhos espirituais. Em 21 de setembro de 1968, um dia após o 50º aniversário da recepção dos estigmas, o Padre Pio sentiu um imenso cansaço.16 No dia seguinte, 22, ele deveria oferecer uma missa solene, mas sentindo-se fraco, perguntou ao seu superior se em vez disso poderia rezar uma missa simples, como tinha feito diariamente durante anos. Devido ao grande número de peregrinos presentes, o superior decidiu que ele deveria celebrar a Missa Solene. O Padre Pio desempenhou suas funções, mas parecia extremamente fraco e frágil. Sua voz era fraca e, uma vez terminada a missa, enquanto caminhava pelos degraus do altar, quase desmaiou, precisando ser ajudado pelos seus irmãos capuchinhos. Esta foi sua última celebração da missa. No dia seguinte, 23 de setembro, ele entregou sua alma a Deus.No dia 26 seu corpo foi enterrado numa cripta na Igreja de Nossa Senhora da Graça. Sua Missa de Réquiem foi assistida por mais de 100 mil pessoas. Ele costumava dizer: “Depois da minha morte, eu farei mais. Minha verdadeira missão começará depois da minha morte.” Ele foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 e canonizado em 16 de junho de 2002.
Fonte: ABIM
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Notas:
1. Ruffin, Bernard C. (1991). Padre Pio: The True Story. Our Sunday Visitor. p. 444. ISBN 978-0-87973-673-6. Todas as citações que se seguem, em inglês, foram tiradas do site da Wikipedia em inglês, disponível em https://en.wikipedia.org/wiki/Padre_Pio#cite_note-telegraph-23).
2. Renzo Allegri, I miracoli di Padre Pio p. 21, Wikipedia.
3. Ruffin, Bernard. Padre Pio: The True Story; 1991 OSV Press ISBN 0-87973-673-9pages 160–163.
4. Moore, Malcolm (2007-10-24). “Italy’s Padre Pio ‘faked his stigmata with acid'”. The Daily Telegraph. Rome. Retrieved 2012-04-25.
5. McGregor, O.C.S.O, Augustine; Fr. Alessio Parente, O.F.M. Cap. (1974). The Spirituality of Padre Pio. San Giovanni Rotondo, FG, Italy: Our Lady of Grace Monastery. Retrieved 2015-01-16.
6. Pelletier, Joseph A. “Padre Pio, Mary, and the Rosary”. Garabandal. Retrieved 2008-01-19.).
7. “Padre Pio the Man Part 2”. Retrieved 2008-01-19.
8. “Catholics: A Padre’s Patience”. Time. April 24, 1964. Retrieved 7 April 2011.
9. “Catholics: A Padre’s Patience”. Time. April 24, 1964. Retrieved 7 April 2011.
10. Padre Pio the Man Part 2″. Retrieved 2008-01-19.
11. “Catholics: A Padre’s Patience”. Time. April 24, 1964. Retrieved 7 April 2011.
12. “Catholics: A Padre’s Patience”. Time. April 24, 1964. Retrieved 7 April 2011.
13. The Demon-Fighter: The Supernatural Life of St. Padre Pio, https://churchpop.com/2016/02/08/demon-fighter-supernatural-life-st-padre-pio/
14. 5 cosas que tal vez no sabías de San Pío de Pietrelcina y su ángel de la guarda, in https://www.aciprensa.com/noticias/5-cosas-que-tal-vez-no-sabias-de-san-pio-de-pietrelcina-y-su-angel-de-la-guarda-68612/.
15. Id. ib.
16. Schug, Rev. John (1987). A Padre Pio Profile. Huntington. ISBN 978-0-87973-856-3.
1. Ruffin, Bernard C. (1991). Padre Pio: The True Story. Our Sunday Visitor. p. 444. ISBN 978-0-87973-673-6. Todas as citações que se seguem, em inglês, foram tiradas do site da Wikipedia em inglês, disponível em https://en.wikipedia.org/wiki/Padre_Pio#cite_note-telegraph-23).
2. Renzo Allegri, I miracoli di Padre Pio p. 21, Wikipedia.
3. Ruffin, Bernard. Padre Pio: The True Story; 1991 OSV Press ISBN 0-87973-673-9pages 160–163.
4. Moore, Malcolm (2007-10-24). “Italy’s Padre Pio ‘faked his stigmata with acid'”. The Daily Telegraph. Rome. Retrieved 2012-04-25.
5. McGregor, O.C.S.O, Augustine; Fr. Alessio Parente, O.F.M. Cap. (1974). The Spirituality of Padre Pio. San Giovanni Rotondo, FG, Italy: Our Lady of Grace Monastery. Retrieved 2015-01-16.
6. Pelletier, Joseph A. “Padre Pio, Mary, and the Rosary”. Garabandal. Retrieved 2008-01-19.).
7. “Padre Pio the Man Part 2”. Retrieved 2008-01-19.
8. “Catholics: A Padre’s Patience”. Time. April 24, 1964. Retrieved 7 April 2011.
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10. Padre Pio the Man Part 2″. Retrieved 2008-01-19.
11. “Catholics: A Padre’s Patience”. Time. April 24, 1964. Retrieved 7 April 2011.
12. “Catholics: A Padre’s Patience”. Time. April 24, 1964. Retrieved 7 April 2011.
13. The Demon-Fighter: The Supernatural Life of St. Padre Pio, https://churchpop.com/2016/02/08/demon-fighter-supernatural-life-st-padre-pio/
14. 5 cosas que tal vez no sabías de San Pío de Pietrelcina y su ángel de la guarda, in https://www.aciprensa.com/noticias/5-cosas-que-tal-vez-no-sabias-de-san-pio-de-pietrelcina-y-su-angel-de-la-guarda-68612/.
15. Id. ib.
16. Schug, Rev. John (1987). A Padre Pio Profile. Huntington. ISBN 978-0-87973-856-3.
Voto eletrónico nas eleições europeias testado no distrito de Évora
Governo vai implementar no distrito de Évora o projeto-piloto de voto eletrónico presencial nas eleições europeias, agendadas para 26 de maio de 2019, anunciou hoje o Ministério da Administração Interna.“A decisão foi hoje comunicada pela secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, aos autarcas do distrito de Évora, numa reunião que se realizou na sede da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central”, refere o ministério em comunicado.
Segundo o documento, este projeto-piloto decorre das “alterações legislativas às leis eleitorais recentemente aprovadas” pela Assembleia da República.
“O Ministério da Administração Interna congratula-se com a recetividade manifestada pelos autarcas, cujo envolvimento é fundamental para a implementação do projeto”, conclui.
Lusa
Ministro da Saúde promete reagir às demissões na Guarda quando regressar a Portugal
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, recusou-se a comentar as demissões na Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, à saída da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, prometendo fazê-lo quando regressar a Portugal.O Hospital Sousa Martins, da ULS da Guarda, teve esta semana três pedidos de demissão de coordenadores de áreas de gestão integrada (blocos operatórios e da área cirúrgica), mas o ministro não se quis pronunciar sobre o caso, dizendo que é preciso “determinação, resistência e resiliência” para ultrapassar os problemas que, em cada instituição, são diferentes.
O ministro regressa hoje a Lisboa, depois de ter discursado na quinta-feira à noite no encerramento da terceira reunião ao mais alto nível sobre prevenção e controlo de doenças não transmissíveis (DNTs) na ONU, em Nova Iorque.
Adalberto Campos Fernandes reiterou, em declarações à Lusa em Nova Iorque, que Portugal está a apresentar melhorias e progressos no Sistema Nacional de Saúde (SNS), e que “outra coisa é o dia a dia, as dificuldades e a necessidade de repor muito [do] que não estava em boas condições, por anos e anos de desinvestimento”.
Para contrariar as queixas e dificuldades sentidas pelos profissionais, o ministro disse que em 2019 vai entrar em vigor o maior orçamento da legislatura no âmbito da saúde.
“Vamos ter, no próximo ano, o maior orçamento para a saúde da legislatura e vamos já ultrapassar aquele que era o ponto de partida antes da intervenção externa” de 2011, disse Adalberto Campos Fernandes, sem adiantar valores.
“Agora estamos em pleno processo orçamental” e a primeira versão vai ser conhecida a 15 de outubro, acrescentou.
O governante defende também que é necessária uma comunicação diária com os portugueses para uma compreensão das dificuldades dos profissionais, numa altura em que existem “razões para acreditar que o SNS é um dos melhores sistemas de saúde do mundo”, como também foi dito pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde no lançamento de uma campanha mundial de promoção de exercício físico, em junho, em Lisboa.
“Estes sucessos não são da política”, afirmou Adalberto Campos Fernandes, mas são dos cerca de 138 mil profissionais “que têm feito o sistema resistir, progredir e crescer”.
O ministro disse ainda que, em Portugal, “há uma enorme capacidade de adaptação das entidades” e que o gabinete do secretário do Estado tem “capacidade para reagir” a novidades ou emergências.
Sobre o número de profissionais que ficaram por contratar, dos dois mil autorizados em finais de junho, para garantir um horário de 35 horas semanais, o ministro disse que esses dois mil “foram adicionais, porque [de janeiro] até julho deste ano, o SNS tinha contratado 4.138 trabalhadores”.
Os portugueses “percebem bem qual é o esforço que estamos a fazer, Governo e cidadãos, para termos em 2019 muito boas notícias no aniversário dos 40 anos do SNS”, concluiu.
Incêndio destruiu armazém de bagaço de azeitona em Coimbra
Um armazém de bagaço de azeitona no concelho de Coimbra foi ontem destruído por um incêndio que não provocou vítimas, disse à agência Lusa uma fonte dos Bombeiros Sapadores da cidade.
O fogo eclodiu no armazém, pouco depois das 18:00, mas não alastrou às demais instalações de uma unidade industrial de produção de óleo de bagaço de azeitona, em Alcarraques, território da União das Freguesias de Trouxemil e Torre de Vilela.
O incêndio deflagrou quando decorriam “trabalhos de manutenção na cobertura”.
Esta ruiu sobre a matéria-prima armazenada, que “também se inflamou", adiantou a fonte.
Os trabalhos de combate às chamas e de rescaldo prolongaram-se por cerca de duas horas.
Além da companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra, estiveram no local os Voluntários da cidade e os de Brasfemes, num total de 22 operacionais e seis viaturas, bem como a GNR.
Lusa
Fórum e campanha de recolha de têxteis assinalam Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
O Município da Mealhada assinala o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza (17 de outubro) com diversas iniciativas, nomeadamente um fórum dedicado à intervenção social no concelho, workshops e uma campanha de recolha de têxteis pela Roda Viva - Loja Social.
O fórum/ debate "A importância da intervenção social local", marcado para as 09h30, dia 17 de outubro, no Espaço Inovação Mealhada, procura explorar caminhos e partilhar ideias e práticas de intervenção junto das comunidades, numa perspetiva inclusiva e integradora de combate à pobreza. Tendo como subtemas "A eficácia das políticas sociais locais: oportunidades e constrangimentos" e "O trabalho concertado entre entidades e técnicos", é dirigido às entidades da Rede Social da Mealhada, nomeadamente representantes, autarcas, dirigentes de IPSS, técnicos/as, bem como aos grupos sociocaritativos e aos restantes agentes sociais concelhios.
Da parte da tarde, será dinamizado, nas instalações da "Roda Viva" – Loja Social, um workshop, em parceria com a Escola Profissional Vasconcellos Lebre, sobre alimentação saudável e gestão orçamental, dirigido aos agregados familiares beneficiários da Loja Social.
No Centro de Interpretação Ambiental realiza-se uma sessão de sensibilização intitulada "No tempo dos meus avós não se fazia tanto lixo", dirigida a utentes seniores das IPSS concelhias e a pessoas em situação de vulnerabilidade social. O objetivo é recordar o que se utilizava antigamente e comparar com o estilo de vida atual, apresentar medidas de poupança de água, energia e de aquisição de produtos.
A data marca o início de uma campanha de recolha de têxteis para, posteriormente, serem distribuídos pelas famílias beneficiárias da Loja Social. Os pontos de recolha serão a Loja Social e as juntas de freguesia do município, terminando a campanha dia 17 de novembro.
As atividades estão integradas na iniciativa nacional "Pelo Combate à Pobreza e à Exclusão Social".
Programa
9h30>12h30 l Espaço Inovação da Mealhada
Fórum/ debate "A importância da intervenção social local"
14h30>16h l Roda Viva- Loja Social
Workshop: "Alimentação Saudável"
14h30>16h l Centro de interpretação ambiental
Workshop: "No tempo dos meus avós não se fazia tanto lixo"
17 outubro a 17 novembro l Roda Viva – Loja Social e Juntas de Freguesia Campanha de recolha de têxteis
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NACIONAL|TRANSPORTES Atrasos e supressões regressam à Transtejo
As supressões de carreiras na Transtejo, depois de um Verão em que deixaram de ser rotineiras, regressaram nesta semana. Com barcos a menos, há atrasos, sobrelotação e muitos passageiros nos cais.
A carreira fluvial entre Cacilhas (Almada) e o Cais do Sodré (Lisboa) tem sido marcada por supressões e atrasos, com a Transtejo a assegurar a travessia que dura nove minutos com apenas duas embarcações em alguns períodos de hora de ponta. Um número que não consegue assegurar a frequência de dez em dez minutos, de acordo com os horários.
Esta manhã, em Cacilhas, houve passageiros que chegaram a ficar no cais de embarque, com o navio onde deveriam entrar (e que já estava com atraso) completamente lotado. A situação invulgar, verificada pelo AbrilAbril e denunciada por utentes através do Facebook, tem-se repetido ocasionalmente nos últimos dias.
Apesar de as denúncias de avarias constantes e de um cenário próximo da ruptura, fruto de anos de desinvestimento na empresa, já durarem há meses, o Governo só aprovou esta semana a despesa com a remotorização de três catamarãs da Transtejo. Estes juntam-se a outros dois navios, cujas intervenções foram autorizadas em Maio passado.
O valor associado à remotorização do Algés, do Castelo e do Chiado, os três navios em causa, que apesar de serem dos mais recentes já contam com mais de 23 anos de serviço, é de 1,5 milhões de euros, repartidos entre 2018 e 2019.
Fonte: abrilabriL
Viatura da Marinha deixa cair caixa de munições. Caso está a ser investigado com “caráter de urgência”
A caixa com mil munições acabou por ser recolhida por um condutor que a entregou à polícia.
A Marinha está a investigar a queda de uma caixa com mil munições quando estava a ser transportada para a Escola de Fuzileiros, no Vale de Zebro, Barreiro. Foi encontrada por um automobilista que a entregou às autoridades.
O caso ocorreu na quarta-feira durante o transporte das munições retraídas da última missão dos Fuzileiros na Lituânia, que chegaram a Portugal por via marítima e estavam a ser transportadas para a Escola de Fuzileiros, no Barreiro, distrito de Setúbal.
“Um cunhete [caixa] de mil munições de 9 mm caiu da viatura de transporte. A equipa de transporte não se apercebeu da queda da caixa”, refere a Marinha em comunicado publicado na sua página da internet.
“A caixa com as munições foi recolhida por um condutor civil, que seguia atrás das viaturas de transporte, e entregue em segurança à PSP de Setúbal, que fez chegar esta informação à Defesa Nacional”, acrescenta o documento.
A Marinha acrescenta ainda que foi aberto um “processo de averiguações, com caráter de urgência”, para apurar as causas do incidente. Fonte da Marinha assegura à agência Lusa que não existe nenhum material em falta.
Lusa
Imagem: Marinha
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