O Census Bureau divulgou na quinta-feira os dados mais detalhados da contagem decenal do ano passado, pintando um quadro de uma América mais diversa cada vez mais agrupada nas cidades e nas proximidades.
A parcela da população branca do país diminuiu quase 9 por cento desde 2010, enquanto a população nas áreas metropolitanas cresceu 9 por cento, de acordo com os dados, que foram coletados no ano passado durante a pandemia do coronavírus.
Os dados revelados fornecem aos estados as ferramentas para iniciar o processo de redistritamento que ocorre uma vez a cada década, com ambos os partidos ansiosos por lutar por mapas políticos favoráveis sobre os quais a batalha pelo controle da Câmara dos Deputados e das legislaturas estaduais em todo o país no próximo ano eleições intermediárias e além.
Os 750 quilos de alfarroba estavam a ser transportados por um veículo ligeiro e foram apreendidos na sequência de uma fiscalização rodoviária em Almancil.
Em comunicado enviado às redações, a GNR informou que "no decorrer de uma fiscalização rodoviária, os militares da Guarda detetaram um veículo ligeiro com diversos sacos de alfarroba no seu interior".
Questionados sobre a origem do produto agrícola, "os ocupantes não conseguiram justificar a proveniência dos 750 quilos de alfarroba que transportavam", acrescenta.
Tanto a alfarroba como o veículo utilizado para o transporte foram apreendidos.
Os suspeitos foram constituídos arguidos, e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Loulé.
A construção da nova Unidade de Cuidados de Saúde Primários (UCSP) de Lamego, que representa um investimento de 3,9 milhões de euros, vai arrancar no próximo ano, anunciou hoje a autarquia.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte aprovou a candidatura apresentada pela Câmara de Lamego, o que permitirá juntar, num mesmo edifício, serviços e valências que estão espalhados pela cidade.
Segundo a autarquia, esta obra "vem dar resposta às necessidades e anseios dos cerca de 25 mil habitantes do município", possibilitando "melhor acesso, humanização e qualidade nos serviços de saúde".
"Ao mesmo tempo, prevê a redução dos constrangimentos relacionados com mobilidade condicionada, idosos, grávidas e crianças", acrescenta.
A nova UCSP de Lamego terá uma área bruta de construção de 4.305 metros quadrados. Consistirá num edifício de quatro pisos, nos quais ficarão instaladas as unidades que se encontram em diferentes imóveis, "desajustados à realidade e distantes uns dos outros".
A construção desta unidade insere-se no Plano Operacional Regional do Norte e resulta de um contrato programa com a Administração Regional de Saúde do Norte.
A ilha britânica de Rathlin, na costa da Irlanda do Norte, quer atingir a neutralidade carbónica até ao final da década. Na pequena parcela de terra, com cerca de 13 quilómetros quadrados, vivem 150 pessoas. Só está ligada à rede elétrica desde 2007, mas quer rapidamente reconverter-se.
Para Michael Cecil, presidente da Associação Comunitária para o Desenvolvimento de Rathlin, "existem excelentes alternativas, como ferries movidos a hidrogénio." Este responsável considera que é até possível "produzir hidrogénio em Rathlin" e adianta que isso "reduz a pegada de carbono, esperemos, a zero, e também nos dá alguma segurança porque estamos a gerar e vender a nossa própria energia".
Quem vive do mar aplaude a decisão, até porque está na primeira linha do impacto das alterações climáticas. Kate Burns, agricultora subaquática, não tem dúvidas de que este é "o maior desafio da nossa vida", e alerta que "não é algo distante, acontece aqui e agora e é muito assustador".
O IPST apresentou as maiores felicitações à Unidade de Transplantação Hepática do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra pelos 1 500 transplantes realizados. Não deixando de salientar, nesta data tão especial, a competência, o empenho, a dedicação de todos os profissionais bem como de uma grande estrutura hospitalar que muito tem contribuído para a doação e transplantação em Portugal.
Destacou, também, a disponibilidade e capacidade de programar e realizar o que por vezes é imprevisível, e agradeceu aos profissionais que todos os dias contribuem para a vida e segurança dos doentes.
Certos que os profissionais de excelência que integram o Programa de Transplantação Hepática do CHUC continuarão a superar o nível de exigência e qualidade a que nos habituaram ao longo destes últimos 29 anos!
O Hospital Distrital de Santarém (HDS) está a atribuir uma “identidade digital” às unidades de sangue que recebe. Isto é possível através de um equipamento que utiliza tecnologia por radiofrequência.
Este projeto pioneiro “permite localizar, em tempo real, os componentes sanguíneos, assim como monitorizar ativamente os processos de transfusão”, destaca o diretor do Serviço de Imunohemoterapia do HDS, João Moura.
O médico, que apresentou o projeto no início deste mês no congresso anual da International Society of Blood Transfusion (ISBT), explica que esta tecnologia permite que as unidades de sangue do banco de sangue do hospital fiquem codificadas com as informações que são relevantes do ponto de vista imunohematológico. “Fazemos o estudo da unidade de sangue, a quantificação de anticorpos e a identificação de compatibilidades ou incompatibilidades”, menciona, comparando a informação que é gerada a uma espécie de “bilhete eletrónico digital” da unidade de sangue.
A informação gerada através desta tecnologia fica centralizada e disponível num software, o que permite um acompanhamento das disponibilidades, das condições e das características de cada unidade de sangue.
João Moura aponta como grande vantagem a minimização da intervenção humana, tornando os processos mais informatizados e automatizados. Além disso, é restringida a possibilidade de erro na escolha das unidades de sangue e, consequentemente, aumentada a segurança.
Por fim, já após a libertação da unidade de sangue para transfusão e em conjunto com sistema de vigilância utilizado para monitorizar a cadeia transfusional, é possível acompanhar o seu trajeto e fazer a monitorização de todo o processo de transfusão – início, término, velocidade, condições da unidade, temperatura, eventuais reações adversas, etc…
O 300º transplante pulmonar em Portugal foi realizado, em junho deste ano, pela Área de Coração, Vasos e Tórax do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC), sedeada no Hospital de Santa Marta, e considerado “uma enorme marca de sucesso” pelo cirurgião cardiotorácico José Fragata, responsável pelo Centro de Referência de Transplante Pulmonar, único no país.
O feito histórico para a medicina portuguesa acontece 20 anos passados sobre a primeira intervenção deste tipo, por uma equipa liderada pelo médico Henrique Vaz Velho.
Os números colocam Portugal e o CHULC entre os melhores centros mundiais.
Foi efetuada, no dia 12 de julho, pela primeira vez, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), a colheita de dois rins provenientes de um dador de órgãos em paragem circulatória.
Esta foi a primeira colheita efetuada no CHUC nesta tipologia de dadores de órgãos. As colheitas de órgãos em dadores em morte cerebral são uma prática corrente no CHUC sendo esta instituição, há vários anos consecutivos, líder nacional.
Recorde-se que a doação de órgãos em paragem circulatória foi iniciada em Portugal no final do ano de 2016, no Centro Hospitalar Universitário de São João, com extensão do programa ao Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e Lisboa Central em 2017. O CHUC integrou esta rede no início do ano de 2020 mas a sua implementação sofreu atrasos em consequência da pandemia de COVID-19.
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) relembra que é importante dar sangue antes de ir de férias, e salienta a importância deste gesto ser realizado ao longo do ano porque são necessárias, diariamente, 1000 unidades de sangue.
Os componentes sanguíneos têm um prazo limitado de armazenamento, nomeadamente os concentrados de eritrócitos perdem a validade ao fim de 35 a 42 dias, e as plaquetas ao fim de cinco a sete dias.
A dádiva de sangue é um gesto simples. Se é saudável, tem mais de 18 anos, mais de 50 Kg e tem comportamentos e hábitos de vida saudáveis, dê sangue antes de ir de férias.
Os Centros de Sangue e da Transplantação de Lisboa, Coimbra e Porto, estão abertos de segunda a sábado, das 8h00 às 19h30 (sem interrupção para almoço), mas são muitos os outros locais onde pode efetuar uma dádiva de sangue.
Dar sangue pode fazer toda a diferença para alguém.
Em nome de todos os doentes que necessitam de sangue e componentes sanguíneos, o nosso OBRIGADO!
Quem vive em Aveiro ou arredores pode dirigir ao Posto Fixo da ADASCA www.adasca.pt em contactos.
O Festival da Tigelada arranca no próximo sábado, dia 14 de agosto, prolongando-se até ao dia 29 de agosto, nos 18 restaurantes aderentes que vão apresentar esta sobremesa na sua ementa. A autarquia oferece os principais ingredientes para confecionar este doce, enquanto que a Rica Granja disponibiliza os 9000 ovos necessários para a quantidade total prevista de tigeladas. Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Manso, “fazemos questão, nesta época de muitos visitantes no nosso concelho, de divulgar aquele que é o nosso doce mais característico e ao mesmo tempo prover os nossos restaurantes, onde poderemos encontrar como sobremesa a nossa deliciosa tigelada”.
Para participar pode deslocar-se a qualquer um dos restaurantes aderentes: A Rotunda, Casa Ti’ Augusta, Täscá, Täscá Fróia, Täscá Aldeia Ruiva, Devesa Pizzaria, Gostinho Aurora, Despensa a Nova, Milita, O Ti-Zé - Pizzaria, Os Amigos, A Rosa, Churrasqueira Sobreirense, Suites do Pinhal, Noite e Dia, Cafetaria SpítiMou, A Mina da Catraia e Gruta.
À semelhança do que se verificou no Festival do Peixe do Rio, no mês de julho, também esta iniciativa permite aos participantes terem descontos. Caso consuma tigelada receberá um cupão, no qual terá quatro possibilidades: prémio no valor de 15€, uma sobremesa ou um café, ou pode não ter prémio.
Recorde-se que, ao contrário de outras edições, a Feira da Tigelada e do Mel não se realiza nos moldes tradicionais devido à pandemia da Covid-19, optando por um modelo que envolve a restauração do concelho.
A apresentação pública da Carta Arqueológica do concelho de Reguengos de Monsaraz vai decorrer no dia 15 de agosto, pelas 10h, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Nesta sessão vai estar Paula Amendoeira, Diretora Regional de Cultura do Alentejo, António Valera, responsável pelo Núcleo de Investigação em Arqueologia da ERA Arqueologia, e os arqueólogos que elaboraram a carta arqueológica, nomeadamente Rui Mataloto, André Pereira e Manuel Calado.
A arqueologia do concelho de Reguengos de Monsaraz foi uma das mais intensamente estudadas na segunda metade do século XX, criando um enorme repositório de informação, muitas vezes sem o grau de precisão e detalhe possíveis de obter hoje. Para a elaboração deste documento a equipa de especialistas efetuou mais de 4.500 entradas arqueológicas em inventários nacionais e percorreu mais de 1.500 quilómetros a pé pelo concelho.
A salvaguarda do património arqueológico passa hoje, em boa medida, pelas entidades municipais de ordenamento do território e pela ação direta de uma comunidade ativa e participativa, mas também desperta para o seu passado e identidade coletiva. Neste contexto, a realização de uma Carta Arqueológica municipal torna-se muito mais que a criação de mais um documento de ordenamento do território, constituindo igualmente um repositório da história local e da identidade coletiva. No fundo parte da alma de um território.
A informação reunida e escrutinada será posteriormente vertida para os instrumentos locais de gestão do património, nomeadamente o Plano Diretor Municipal, mas também para uma edição que permita a todos uma visão global sobre o património. O território do concelho, pela sua extensão, riqueza e diversidade, desde muito cedo atraiu e fixou as vivências humanas, deixando marcas mais ou menos visíveis na paisagem, dando-lhe a espessura única dos milénios.
Do Paleolítico à Medievalidade são já conhecidos centenas de sítios arqueológicos, vivendo este território máximo dinamismo há 5.000 anos, quando foram erguidos mais de uma centena de megálitos e foi aberto o grande recinto de fossos dos Perdigões. Todavia, numa paisagem em grande transformação, sinal do dinamismo humano e económico, importa identificar, caracterizar e proteger este património arqueológico para que as gerações futuras retenham o seu sentido identitário.
Fósseis de uma nova espécie de réptil marinho da era dos dinossauros, descoberto em Portugal, vão ser mostrados ao público pela primeira vez, a partir sábado, no Dino Parque da Lourinhã, onde estão expostos até final do verão.
O 'Plesiopharos moelensis', uma nova espécie de réptil marinho da era dos dinossauros, que habitou a terra há cerca de 195 milhões de anos, é a estrela da nova exposição temporária do Dino Parque da Lourinhã, no distrito de Lisboa.
Os fósseis, que estarão patentes ao público pela primeira vez, são parte do “mais antigo e completo exemplar da Península Ibérica do réptil com “uma forma que o associa facilmente à silhueta do célebre monstro do Lago Ness”, divulgou hoje o Dino Parque.
Os fósseis foram descobertos por dois colecionadores, Victor Teixeira e António Domingos, em São Pedro de Moel, no concelho da Marinha Grande, após o que foram doados ao Museu da Lourinhã e preparados, no laboratório do Dino Parque, por uma equipa internacional de paleontólogos e geólogos ligados a várias instituições.
O trabalho, publicado na revista Acta Palaeontologica Polonica, foi liderado por Simão Mateus, Diretor Científico do Dino Parque, e teve como primeiro autor Eduardo Puértolas-Pascual, investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Citado numa nota de imprensa do Parque, Simão Mateus adianta que o Plesiopharos “vai ser um fóssil de destaque na compreensão da evolução dos répteis marinhos nesta zona do Atlântico que, à altura, se estava a formar”.
A exposição temporária dará a conhecer não apenas os fósseis do 'Plesiopharos moelensis', mas também a evolução dos plesiossauros e outros répteis marinhos da era dos dinossauros, as primeiras descobertas e a importância geológica da área de São Pedro de Moel.
Os achados poderão ser vistos até ao fim do verão no Dino Parque da Lourinhã, inaugurado em fevereiro de 2018 e considerado o maior museu ao ar livre da Europa, tanto em área expositiva, como em dimensão.
Com 180 modelos de animais à escala real, o Dino Parque proporciona uma viagem de milhões de anos através de cinco percursos distintos: Paleozoico, Triásico, Jurássico, Cretácico e Monstros Marinhos.
Um sismo com magnitude 3,2 na escala de Richter foi registado hoje, às 11:06, pelo IPMA, sem registo de ocorrências, segundo a proteção civil de Viana do Castelo.
Fonte do Comando Distrital de Proteção Civil (CDOS) de Viana do Castelo referiu não ter sido registada nenhuma ocorrência resultante do sismo.
De acordo com a informação consultada pela Lusa no sítio da Internet do IPMA, o epicentro do sismo ocorreu a 19 quilómetros a Este - Nordeste de Melgaço.
O ator brasileiro Tarcísio Meira, protagonista de várias telenovelas transmitidas em Portugal, morreu hoje aos 85 anos, após ter sido internado com covid-19 numa Unidade de Terapia Intensiva.
Tarcísio Meira e a mulher, a também atriz Glória Menezes, foram internados no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no dia 06 de agosto, ambos diagnosticados com covid-19.
Meira, uma das maiores estrelas da televisão brasileira, com uma longa carreira, trabalhou também no teatro e no cinema, e participou em novelas como "O Rei do Gado", "Torre de Babel", "O Beijo do Vampiro", "Senhora do Destino" ou "Páginas da Vida".
O ministro do Ambiente assumiu hoje que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz com recurso a um sistema fixo ('bypass') é a mais indicada, e será realizada.
"Avaliada esta solução [da transferência de areias] não há qualquer dúvida de que o 'bypass' é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la", disse à agência Lusa João Pedro Matos Fernandes.
O "Estudo de Viabilidade de Transposição Aluvionar das Barras de Aveiro e da Figueira da Foz", hoje apresentado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avalia quatro soluções distintas de transposição de areias e conclui, para a Figueira da Foz, que embora todas as soluções sejam "técnica e economicamente viáveis", o sistema fixo é aquele "que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos".
O estudo situa o investimento inicial com a construção do 'bypass' em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros.
"Obviamente que o que temos, para já, é um estudo de viabilidade, económica e ambiental. Temos de o transformar num projeto, para que, depressa, a tempo do que vai ser o próximo Quadro Comunitário de Apoio, [a operação] possa ser financiada", frisou o ministro, em declarações à margem da sessão.
O sistema fixo de transposição mecânica de sedimentos, conhecido por 'bypass', cuja instalação o movimento cívico SOS Cabedelo defende, há uma década, que seja instalado junto ao molhe norte da praia da Figueira da Foz, será o primeiro em Portugal e idêntico a um outro instalado na Costa de Ouro (Gold Coast) australiana.
É constituído por um pontão, com vários pontos de bombagem fixa que sugam areia e água a norte e as fazem passar para a margem sul por uma tubagem instalada por debaixo do leito do rio Mondego. A tubagem estende-se, depois, para sul, com vários pontos de saída dos sedimentos recolhidos, que serão depositados diretamente nas praias afetadas pela erosão.
É com profunda tristeza e consternação que o Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC) comunica o falecimento do nosso colega e amigo, Pastor António José Dimas Almeida ocorrido a onze do presente mês.
O Pastor Dimas Almeida, natural do Montijo, onde ainda jovem se ligou à Igreja Presbiteriana na missão daquela cidade, cursou teologia no Seminário Evangélico de Teologia e continuou estudos na Universidade de Montpellier, onde foi pós-graduado na área do Novo Testamento. Ainda como estudante desenvolveu atividade pastoral nas comunidades do Alentejo. Concluiu a licenciatura e foi ordenado antes de partir para os Açores em 1966. Na ilha de São Miguel, onde permaneceu três anos, desenvolveu um pastorado de grande relevância. As suas qualidades intelectuais conduziram-no de forma natural, a uma intensa atividade ecuménica no contexto de uma sociedade onde alguns sectores mais progressistas, que o acolheram, começavam já a questionar um regime que dava claros sinais de rutura.
Regressa a Lisboa em finais da década de 60 e assume o pastorado da Igreja Evangélica Presbiteriana de Lisboa iniciando em simultâneo o cargo de Reitor e professor no Seminário Evangélico de Teologia. Foi ainda Pastor na Igreja de Algés e de Ajuda.
Posteriormente desempenhou o cargo de professor convidado na Universidade Lusófona, tendo a partir daí, dedicado o seu ministério à docência e ao Grupo Ecuménico de Carcavelos inspirado numa intenção de diálogo e de inclusão das mais diversas sensibilidades cristãs e não cristãs.
Deixou uma marca indelével em todos aqueles e aquelas que, pela sua excelência científica e pedagógica, tiveram o privilégio de conviver e aprender com ele ao longo de várias décadas e nos mais diferentes contextos.
O Pastor Dimas Almeida viveu intrínseca e intensamente o Ecumenismo demonstrando uma visão marcadamente transbordante face a qualquer circunscrição denominacional. Pela vida e obra que nos legou, tornou-se uma personalidade de referência, inspiradora e respeitada pelos que o conheceram, bem como pelas mais diversas sensibilidades cristãs e religiosas em Portugal.
Acima de tudo compreendeu a vastidão dos espaços onde indeclinavelmente todos nos encontramos e procurou nas palavras e nos silêncios, numa busca incessante, perscrutar o mais profundo do Ser.
À Susete, sua companheira de sempre, e aos seus filhos Célia e Paulo Almeida, as nossas mais sentidas condolências e a certeza de que, no final desta viagem, Deus o receberá na imensidão do seu Coração.
As exéquias fúnebres terão lugar na Igreja Evangélica Presbiteriana de Lisboa à Rua Tomás da Anunciação e o sepultamento seguirá para o Cemitério do Montijo.
Portugal, eliminado nos oitavos de final do Euro2020 de futebol, caiu para o oitavo lugar no 'ranking' da FIFA, divulgado hoje, com uma descida de três posições, numa tabela que continua a ser liderada pela Bélgica.
Os belgas, que eliminaram Portugal no Europeu (1-0), mas perderam nos quartos de final, diante da Itália, continuam no topo da classificação, mas agora 'perseguidos' pelo Brasil, que 'destronou' a França da vice-liderança.
A seleção sul-americana subiu de terceiro para segundo lugar depois de ser finalista derrotada na Copa América, diante da Argentina (1-0), que na classificação da FIFA 'aproveitou' a conquista para subir da oitava para a sexta posição.
Entre as seleções europeias, a Itália venceu o Euro2020 -- batendo na final, no desempate por grandes penalidades, a Inglaterra, que mantém o quarto lugar no 'ranking -, pelo que subiu duas posições e é agora quinta classificada.
Em contrapartida, Portugal, bem como França (eliminada nos oitavos de final) e Espanha (eliminada nos quartos de final), caíram posições, com a equipa das 'quinas' em oitavo, a campeã mundial França em terceiro e os espanhóis em sétimo.
Os campeonatos continentais trouxeram mexidas significativas na classificação do futebol mundial, como a Gold Cup, competição da América Central, Norte e Caraíbas, em que o título dos Estados Unidos 'catapultou' a equipa para o top-10.
Os norte-americanos subiram 10 posições, até ao 10.º lugar, enquanto os mexicanos, finalistas vencidos da prova, passaram da 11.ª para a nona posição.
No 'ranking', destaque também pela negativa para a Polónia, de Paulo Sousa, eliminada ainda na fase de grupos do Europeu e que caiu para o 27.º lugar, bem como para a Venezuela, de José Peseiro, última no seu grupo na Copa América, que passou de 30.ª para 40.ª.
Um juiz federal determinou que os contadores do ex-presidente Donald Trump devem entregar o valor de dois anos de seus registros fiscais e financeiros a um comitê da Câmara que investigue se Trump e seus negócios lucraram com seus serviços na Casa Branca.
O juiz do Tribunal Distrital dos EUA, Amit Mehta, aprovou uma intimação do Comitê de Supervisão da Câmara e Reforma do Governo para os registros de Trump relativos a 2017 e 2018, mas rejeitou a maioria dos pedidos do painel por informações semelhantes que datavam de 2011.
A decisão provavelmente será apelada pelos advogados de Trump e também pode ser contestada pelo painel da Câmara.
Estátua de Pedro de Valdivia, conquistador do Chile, sendo arrancada de seu pedestal pelos baderneiros na cidade de Concepción
As forças revolucionárias querem reconduzir a nação chilena aos tempos do marxista ex-presidente Allende, para a mesma situação da qual o sofrido povo cubano quer sair?
Primeiro no Chile, a pretexto do aumento nas passagens de Metrô, depois nos Estados Unidos, a pretexto da morte de George Floyd, e a seguir na Colômbia, a pretexto de uma reforma tributária, movimentos de ideologia marxista, impossibilitados de galgar o Poder através de eleições livres, têm provocado violentas arruaças, vandalizando igrejas, monumentos e símbolos pátrios, tudo com vista a implantar uma revolução anárquica nas Américas.
A nação chilena parece ter sido escolhida pelas forças revolucionárias como um “laboratório” no qual, dependendo do resultado do teste, se deseja impor uma nova carta constitucional de teor radicalmente marxista. Tudo em nome de alegadas reivindicações populares, as quais prometem no início coisas aparentemente bonitas, como um novo tipo de economia “solidária e respeitosa da terra”, para na realidade camuflar seu verdadeiro objetivo: o estabelecimento de um estado de coisas comuno-tribalista.
Por nos ser difícil prever no que dará essa revolução anárquica, entrevistamos um dos maiores estudiosos da atual situação chilena, o Sr. Juan Antonio Montes Varas, presidente da Fundação de Estudos Culturais Roma e diretor da Associação Ação Família. Ele é autor de dois livros — Da Teologia da Libertação à teologia eco-feminista e Um combate contra-revolucionário e anticomunista no Chile ao longo de meio século. 1967-2021 —e coautor de outras três obras sobre a atual crise da família e a situação política de seu país. Foi durante muitos anos diretor da Sociedade Chilena de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP) e já tem colaborado com Catolicismo.
Vista a partir do Brasil, a situação chilena parece bastante confusa. O que o senhor pode nos dizer a respeito?
Precisamente que o qualificativo que o senhor usa é o mais adequado. A situação chilena é confusa e os chilenos também estão confusos, procurando uma saída que não conseguem encontrar.
A que caminho está se referindo?
O Chile viveu as últimas três décadas com um sistema de respeito à livre iniciativa e de incentivo ao investimento, tanto nacional quanto internacional, com resultados tão exitosos que conseguiu reduzir a pobreza de forma decisiva.
Não é o caso de reproduzir todas as estatísticas, mas apenas um dado do Banco Mundial: “O Chile tem sido uma das economias que mais cresceram na América Latina nas últimas décadas, o que permitiu ao país reduzir significativamente a pobreza no ano 2000 e 2015. A proporção da população considerada pobre (US $ 4 por dia) foi reduzida de 26% para 7,9% por cento”.
No entanto, junto com essa prosperidade econômica cresceu, principalmente nos setores mais jovens da população, um sentimento de insatisfação por não conseguir tudo, de maneira fácil e imediata.
Junto com a prosperidade econômica, havia na sociedade chilena até o início dos anos 1990, uma percepção clara de que a família naturalmente composta por um pai e uma mãe era a mais importante das instituições, merecedora de cuidados e proteção.
Ambas as convicções, a do esforço individual e a da centralidade da família, diluíram-se, dando origem a um desejo crescente de libertação sexual e bem-estar proporcionado pelo Estado.
Qual foi a causa dos excessos ocorridos a partir de outubro de 2019?
Não houve nenhuma “causa”, mas sim um mero pretexto. Esse bolsão de descontentamento, que numericamente não é a maioria, mas que foi bem orquestrado pelas forças políticas de esquerda, irrompeu violentamente nas manifestações que começaram naquele dia. O pretexto para a violência e queima de estações do Metrô foi o aumento de 30 pesos (0,21 reais) na passagem. Esse aumento produziu de imediato o assalto às estações do Metrô, a queima de muitas delas, o atentado a propriedades públicas e privadas, que se repetiram sem parar durante vários meses.
O quadro de revolta social também foi aplicado nos Estados Unidos, em “razão” da morte de George Floyd, e depois na Colômbia. Essa semelhança de desproporção entre uma “causa” aparente e suas consequências destrutivas mostra que estamos diante de um novo tipo de revolução anárquica.
Quais foram as consequências dessa violência?
Antes de passar às consequências, gostaria de me referir ao atentado que os desalmados perpetraram contra as igrejas católicas, especialmente no bairro onde eram convocados seus atos violentos. Nesses ataques ocorreram cenas de caráter satânico e de culto ao demônio, que os mesmos autores registraram em vídeos e fotografias.
Essa característica antirreligiosa e aquele ódio a Deus dos manifestantes mostram a profundidade revolucionária dos instigadores desses atos.
Passando às consequências que o senhor me pergunta, devo dizer que foram muitas e de todos os tipos. Obviamente, a mais notória foi a de ordem econômica, já que a destruição de propriedades públicas e privadas em todo o Chile foi de grandes proporções. No entanto, não foi a pior consequência, pois os edifícios públicos podem ser reerguidos.
A pior consequência foi mudar os rumos do país, lançando uma dúvida profunda sobre a necessidade de um progresso ancorado no esforço individual e estimulando a noção de uma sociedade dependente de um Estado supostamente benfeitor, que está, pelo contrário, se tornando dominante e devastador.
E como aconteceu essa “mudança de rumo” a que o senhor se refere?
Fenômenos sociais profundos normalmente ocorrem de forma gradual. Conforme explica o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, elas começam com uma transformação nas tendências sociais e, posteriormente, geram ideias e revoluções. A transformação das tendências é o que mencionei.
Junto com isso, tornou-se evidente aos olhos de todos os setores da vida nacional a péssima gestão que o governo do presidente Piñera teve em relação aos atos de violência, apelando para um “Acordo de paz social e nova constituição”, pondo um ponto final na Constituição de 1980.
E como terminou esse Acordo?
No pior cenário possível. A participação no plebiscito que questionou a aprovação ou rejeição de uma nova Constituição foi muito baixa. Quase 50% dos eleitores não compareceram para votar, o que indicou um desinteresse de metade da população, a qual a esquerda queria mostrar como muito ativa para aprovar essa mudança.
Os votos favoráveis à mudança da Constituição somaram 78% e os contrários 21,72%. O plebiscito também aprovou que se deixasse sua redação para uma Convenção Constitucional, independente do atual Congresso.
Quais foram os resultados das eleições para membros da Convenção?
Ao contrário do esperado, nas eleições ocorridas nos dias 15 e 16 de maio passado, houve um aumento de abstenção em relação ao plebiscito, desta vez chegando a 57% do eleitorado.
Entre os convencionais eleitos surpreendeu o elevado número de candidatos chamados de “independentes”, os quais não são senão aqueles que iniciaram os protestos em outubro de 2019, hoje conhecidos como “lista do povo”.
Por sua vez, o centro-direita obteve uma representação muito baixa, o que não fornece nem mesmo a parte necessária para impedir a aprovação de um texto abertamente marxista. O começo dos trabalhos da Convenção Constituinte tem sido um verdadeiro circo, com cenas de violência física e ameaças aos representantes de centro-direita.
Com base nesses resultados, quais são as previsões para o futuro institucional do Chile?
Ainda é prematuro fazer previsões. No entanto, os motivos de apreensão são muito grandes, já que boa parte dos convencionais eleitos pertence a essa esquerda mais radical, que iniciou e levou ao surgimento dos atos de violência em outubro de 2019.
E o que postulam esses setores da extrema-esquerda?
Seus postulados obedecem à visão de grupos de ideologia radical feminista, ambiental, indígena e de gênero. Essas ideologias preconizam tanto o “decrescimento” nas questões econômicas, quanto a “desconstrução” no campo dos princípios sociais, especialmente da família.
Opõem-se a todas as ações econômicas promovidas pelas empresas mineradoras, pesqueiras e, em geral, extrativistas, apoiando um novo tipo de economia “solidária e respeitosa da terra”. Tudo isso pode soar bonito a ouvidos desavisados, mas nada mais é do que a promoção da pobreza religiosa voluntária, transformada em um ideal civil, forçado e universal.
E em matéria indigenista?
A Convenção também cedeu lugar a um “grupo de povos indígenas” que exige a divisão do território nacional em vários “territórios soberanos e independentes”, tal como existia antes da chegada de Pedro de Valdivia e do feito colonizador espanhol. Ou seja, apagar 500 anos de história e voltar ao obscurantismo tribal e mágico, como previsto pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 1977.1
No entanto, a realidade chilena é muito diferente da brasileira nesse aspecto. Nosso território é geograficamente pequeno e estreito, o que favoreceu o fato de o país sempre ter sido unitário e as raças mistas, desde o início de nossa história. Não existem grupos étnicos puros ou áreas territoriais autônomas intocadas. A imposição dessa agenda poderia significar uma verdadeira guerra fratricida entre as várias etnias, bem como entre elas e os chamados huincas ou brancos, com enorme prejuízo à ordem moral e jurídica.
Qual está sendo a posição dos adeptos convencionais do centro-direita?
No momento tem sido uma atitude de inibição e medo. Poucos convencionais de direita parecem dispostos a travar uma batalha em defesa dos princípios que fizeram do Chile uma boa exceção no continente.
Ouve-se uma frase que pretende sintetizar a atitude deles: “trincheira ou diálogo”, querendo indicar que em vez de “se entrincheirarem” na defesa dos princípios pelos quais foram eleitos, devem dialogar com os seus adversários. O problema é que a esquerda já optou pela trincheira, ou, ainda pior, pelo “campo devastado” de todos os princípios da civilização cristã.
Não é difícil imaginar como será o futuro quando a maioria da esquerda quiser passar o rolo compressor sobre uma importante minoria psicologicamente diminuída e desmobilizada.
Diante desse panorama, quais têm sido as iniciativas daqueles que seguem o pensamento de Plinio Corrêa de Oliveira no Chile?
O pensamento do Dr. Plinio no Chile sempre teve um grande impacto. Acabo de publicar um livro sobre o assunto, intitulado Um combate contra-revolucionário e anticomunista no Chile ao longo de meio século. 1967-2021, onde é feito um relato detalhado dessa realidade.2
Desenvolvemos ações por meio de duas iniciativas concomitantes, “Acción Família” e “Credo Chile”. A primeira delas assume a defesa da família cristã desde 1999 e se tornou uma referência para muitos chilenos.3
Por sua vez, o “Credo Chile” tomou como campo de ação a denúncia de todas as iniciativas de caráter estatista e socialista que a esquerda está promovendo no país. Ele publicou vários livros e estudos onde está constantemente alertando dezenas de milhares de chilenos por meio de seu site.4
Também faz parte de nossas atividades a veiculação semanal, por meio de mais de 50 rádios em todo o país, de um programa de comentários sobre as notícias do ponto de vista da doutrina católica tradicional.
Em todas essas ações seguimos o pensamento de Plinio Corrêa de Oliveira, que sempre utilizou todos os legítimos recursos ao seu dispor para promover a Contra-Revolução.
Algum pensamento final para nossos leitores da revista Catolicismo?
Sim, a última palavra com a qual gostaria de encerrar esta interessante conversa é a de confiança.
Confiamos que a Providência Divina saberá multiplicar os esforços humanos, sempre pequenos e imperfeitos, para transformá-los em instrumentos eficazes nas mãos d’Aquela que o Beato Pio IX invocou para definir o Dogma da Imaculada Conceição: “Mas nos sentimos muito firmes na esperança e confiança absoluta que a própria Santíssima Virgem, que toda bela e imaculada esmagou a cabeça venenosa da mais rude serpente, e trouxe saúde ao mundo […] fará com o seu mais precioso patrocínio que a Santa Madre Igreja Católica remova todas as dificuldades e derrote todos os erros, em todos os povos, em todos os lugares, tenha vida cada vez mais florescente e vigorosa e reine de mar a mar e de rio aos confins da terra, e goze de toda paz, tranquilidade e liberdade”.5
ABIM
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Notas:
Plinio Corrêa de Oliveira, Tribalismo Indígena: ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI.
Juan Antonio Montes Varas, Un combate Contra-Revolucionario y anticomunista en Chile, a lo largo de medio siglo. 1967-2021, ed. Fundación de Estudios Culturales Roma. Primeira edição abril/2021.