segunda-feira, 9 de junho de 2025

Portalegre | Colheita de sangue em Santo António das Areias


O calor fez-se sentir, e de que maneira, logo bem cedo. Alguém afiançava que parecia que estávamos em agosto, pois o sol brilhava sem obstáculos nem aragens. Especámos âncora, desta feita, no concelho de Marvão, mais precisamente na sempre acolhedora povoação de Santo António das Areias. Uma colheita da responsabilidade da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre – ADBSP – e da Unidade Funcional de Imunohemoterapia da ULSAALE.
O local para onde os voluntários se deslocaram foi a Casa do Povo local. Compareceram 17 pessoas, das quais 14 do sexo feminino (82,4%). Confirma-se que as mulheres aparecem sempre em maioria reconfortante nesta terra. Em termos dos números referidos, diga-se que nesta data algumas atividades estavam agendadas em Marvão, como festas de família, o que pode ter contribuído para uma adesão que ultimamente tem sido mais expressiva.
Quatro dos presentes não puderam completar todas as fases do processo, pois assim ditaram os exames de saúde. E reparámos que ficaram tristes com o facto. Assim, de Marvão partiram 13 unidades de sangue total.
Uma jovem deu sangue pela primeira vez na vida e tinha o olhar de quem celebra um momento muito especial.
A Câmara Municipal de Marvão apoiou a realização do almoço convívio.
Monforte
A 28 de junho podem-nos encontrar no quartel dos bombeiro de Monforte e contamos com o salutar dinamismo do Grupo de Dadores de Sangue de Monforte. Posteriormente, estaremos em Avis, nas instalações do centro de saúde, a 05 de julho.

Sábados, na parte da manhã, são quando se realizam as colheitas da ADBSP.


*José Rui Marmelo Rabaça

Viajar por toda a região Viseu Dão Lafões vai custar apenas 20 euros por mês e o bilhete 1,50€


Nova rede de transportes Mobi Viseu Dão Lafões arranca a 1 de julho, com passes e bilhetes a preços muito atrativos.

É já no próximo dia 1 de julho que vai entrar em funcionamento o Mobi Viseu Dão Lafões, a nova rede intermunicipal de transportes públicos da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, operada pela Transdev, que vai servir os 14 concelhos da região. O novo sistema traz grandes novidades para a população.
O preço da utilização é um dos destaques do sistema. Com efeito, o novo passe mensal representa uma melhoria muito significativa face ao modelo anterior: além de ter um custo bastante reduzido – apenas 20 euros – permite ao utilizador circular livremente em todas as linhas da rede. Também o bilhete ocasional, com um preço fixo de 1,50 € para circular em toda a rede, foi pensado para facilitar a mobilidade, possibilitando, ainda, o transbordo entre autocarros durante um período de 90 minutos após a validação, sem custos adicionais. Trata-se, por isso, de um sistema mais justo, mais funcional e que representa uma poupança real para quem utiliza o transporte público no dia a dia.

A CIM Viseu Dão Lafões apela a todos os passageiros que procedam à substituição dos seus títulos de transporte, processo que está a decorrer de forma faseada em todos os concelhos. O novo passe será válido a partir de 1 de julho, data em que entra em vigor a nova rede de transportes públicos. Mais informações sobre os locais e datas de substituição dos passes estão disponíveis nos canais habituais da CIM e dos municípios.

“A mobilidade regional é um fator-chave para a coesão do território. Com o Mobi Viseu Dão Lafões, estamos a dar um passo muito importante nesse sentido e garantimos que quem vive, estuda ou trabalha em Viseu Dão Lafões tem acesso a transportes públicos mais acessíveis, mais simples e com maior cobertura territorial”, sublinha Nuno Martinho, Secretário Executivo da CIM Viseu Dão Lafões.

“Queremos que seja cada vez mais fácil circular na região e que a mobilidade esteja ao alcance de todos”, acrescenta o Secretário Executivo.

*Miguel Fernandes
Gabinete de Comunicação CIM Viseu Dão Lafões

**Filipe Santos
Assessoria de Imprensa


AIP lança projeto para apoiar internacionalização de 100 PME da fileira do desporto


São cerca de 100 as pequenas e médias empresas (PME) que integram o projeto da Associação Industrial Portuguesa (AIP) que visa apoiar a internacionalização da fileira do desporto. Com início no dia 1 de junho, as PME envolvidas participarão em várias ações ao longo dos próximos 12 meses. Entre outros, foram privilegiados os setores de material desportivo, têxteis e calçado, equipamentos e acessórios desportivos, suplementação e turismo desportivo.

O apoio às PME inclui a criação da marca e identidade, a participação nas feiras internacionais WorldSports 2025, em Istambul, na Turquia, e Tempo Libero 2025, em Bolzano, Itália. Outra vertente é a integração em plataforma virtual dedicada, para promoção conjunta das empresas nos mercados de França, Suíça, Áustria, Eslovénia, Grécia e Bulgária. Estes mercados foram selecionados por serem limítrofes da Turquia e de Itália.

Esta iniciativa de apoio à internacionalização da fileira do desporto visa implementar uma estratégia de dinamização internacional, apostando na integração tecnológica, na transição digital, em formação e capacitação e no reforço da competitividade. Inclui ações promocionais com atuação disruptiva para mercados emergentes, e promoção das empresas nacionais da indústria do desporto junto dos principais mercados em expansão.

O projeto surge na sequência da criação pela AIP do Cluster Indústrias e Tecnologias do Desporto, que foi recentemente reconhecido pela Secretaria de Estado da Economia.

*Departamento de Comunicação
www.aip.pt

Coimbra | Coimbra a Brincar: alteração do horário das atividades no dia 10 de junho


Reenviamos abaixo o comunicado anteriormente remetido, já com a correção do horário.

 
Nos dias 10 e 11 de junho, o Coimbra a Brincar está de volta, com cerca de uma centena de atividades gratuitas e para todas as idades.
 
Do programa fazem parte algumas brincadeiras clássicas, desde os jogos ampliados e gigantes, os jogos para bebés, o insuflável ou os jogos de tabuleiro, às leituras, exibição de meios policiais e de emergência, pinturas faciais e música. Mas também atrações mais recentes deste evento estarão disponíveis para os participantes, como a construção de brinquedos tradicionais, os robôs, as artes marciais, o basquetebol, o tiro ao alvo, a ciência ou as artes circenses.
 
Entre as novidades desta 13.ª edição – organizada pela Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) e a Câmara Municipal de Coimbra, com cerca de 30 parceiros da região – estarão os passeios de trishaw e as demonstrações de claque, bem como um passatempo para percorrer várias brincadeiras e ganhar prémios.
 
A grande maioria das atividades irão decorrer na margem direita do Parque Verde, entre as 10H00 e as 13H00 do dia 10 e as 10H00 e as 16H00 do dia 11. Haverá também Coimbra a Brincar no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, no Portugal dos Pequenitos, na Casa-Museu Miguel Torga, no UC Exploratório e no Edifício Chiado.
 
programa completo, com horários detalhados e todas as localizações, pode ser consultado na página de Facebook do Coimbra a Brincar (www.facebook.com/CoimbraaBrincar) e no site da APCC (www.apc-coimbra.org.pt).
 
O Coimbra a Brincar 2025 é organizado pela APCC e a Câmara Municipal de Coimbra, com os seguintes parceiros: ADAV – Associação de Defesa e Apoio da Vida, AECO – Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste, ANIP – Associação Nacional de Intervenção Precoce, Apojovi / Aposenior, Associação Desportiva e Recreativa do Loureiro / Museu-Escola do Brinquedo Tradicional Popular, Associação Inclusão ConTacto, Auchan Retail Portugal, Coimbra Business School ISCAC, CoimbraMaisFuturo, Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra, Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Coimbra, Desporto UC, Escola Secundária com 3.º Ciclo D. Dinis, Escola Tecnológica e Profissional de Sicó – Pólo de Penela, GNR – Guarda Nacional Republicana, IAC – Instituto de Apoio à Criança, INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica – Delegação Regional do Centro, ITAP – Instituto Técnico Artístico e Profissional de Coimbra, Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, Level Up, Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Centro, Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Oficina de Teatro de Condeixa, Olivais Futebol Clube, Portugal dos Pequenitos, Profitecla – Escola Profissional, PSP – Polícia de Segurança Pública, Sharkcoders, SMTUC – Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra e UC Exploratório – Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra
 
O Coimbra a Brincar foi criado pela APCC em 2013, com o objetivo de celebrar o Dia Internacional do Brincar (recentemente fixado pela ONU no dia 11 de junho) e o brincar intergeracional, contribuindo dessa forma para espalhar a mensagem de que o brincar é uma fonte de prazer, alegria e aprendizagem essencial ao desenvolvimento, assim como à saúde física e mental.
 
A edição deste ano faz parte das comemorações dos 50 Anos da APCC, que se realizam até ao final de 2025.

*Pedro Santos
Comunicação
Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra
Anexo: Imagem do Coimbra a Brincar 2024


Opinião - Afinal, visitar os Almendres nunca foi possível...


A poucos quilómetros de Évora, num dos mais belos recantos do Alentejo, ergue-se o Cromeleque dos Almendres — um dos mais antigos e impressionantes monumentos megalíticos da Europa. Mais antigo do que Stonehenge, mais misterioso do que qualquer manual de arqueologia consiga explicar. E, no entanto, inacessível.

Sim, inacessível. Porque a estrada que leva até ele é de terra batida, esburacada, lamacenta no inverno e traiçoeira no verão. Porque a Câmara Municipal de Évora, apesar de ter anunciado com pompa e circunstância a sua “reabertura” em setembro de 2024, nunca cuidou de garantir o mais básico: que se possa lá chegar.
O acesso ao monumento faz-se por terrenos privados, mas está formalmente assegurado através de um protocolo entre os proprietários e a autarquia. Ou seja, a responsabilidade da sua manutenção recai sobre o município. Mas o que se encontra no terreno é um caminho sem condições: buracos profundos, ravinas abertas pela erosão e lamaçais contínuos sempre que chove.

Em setembro do ano passado, num gesto de celebração pública, a autarquia anunciou a reabertura do Cromeleque dos Almendres com entusiasmo. Foi apresentada a redescoberta de um novo menir, organizaram-se visitas com técnicos e meios de comunicação social, e criou-se a ideia de que o monumento estaria novamente plenamente acessível. No entanto, as primeiras chuvas de outono bastaram para revelar que nada tinha sido feito quanto ao acesso. As empresas de turismo megalítico suspenderam as visitas ao local, por razões de segurança, e muitos turistas acabaram com os veículos atolados no meio do campo.

Investigadores, alunos e visitantes ficaram impedidos de chegar ao monumento. As visitas escolares, previamente planeadas, foram canceladas. E, ao contrário do que se fazia crer, a estrada continuava exatamente como antes — ou pior.

E tudo isto é tanto mais grave quanto mais se conhece a importância do Cromeleque dos Almendres. Trata-se de um recinto com cerca de cem monólitos dispostos em alinhamentos que sugerem uma função astronómica, ritual e simbólica. Um espaço sagrado de observação do solstício e do equinócio, com inscrições de arte rupestre, usado durante milénios por comunidades humanas que aqui deixaram um dos mais antigos testemunhos da arquitetura sagrada da humanidade.

Não se trata, pois, de um capricho turístico. Trata-se de um monumento fundamental para a compreensão da pré-história europeia, e de um bem cultural classificado, que merece respeito, dignidade e acesso. O mínimo exigível seria uma estrada praticável durante todo o ano, com sinalização adequada e eventualmente um serviço de transporte alternativo em dias de maior pluviosidade.

O que está em causa não é apenas uma omissão técnica. É uma escolha: a de anunciar antes de cumprir, a de celebrar antes de preparar, a de inaugurar antes de garantir condições. E o resultado é este: um monumento “reaberto” apenas nos comunicados, mas inacessível na realidade.

A defesa do património não se faz apenas com eventos, painéis informativos ou fotografias de inauguração. Faz-se com caminhos transitáveis, com respeito pelos visitantes, com responsabilidade para com os investigadores e com a noção de que o passado é um dever — e não apenas um pretexto para discursos.

O Cromeleque dos Almendres merece ser visitado, compreendido e cuidado. E nós, enquanto comunidade, temos o dever de garantir que não fica esquecido atrás de um lamaçal.

*Paulo Freitas do Amaral
Historiador, autor e professor.

Investigadora da UC colabora em livro que destaca a urgência da conservação da flora única de São Tomé e Príncipe

 
Maria do Céu Madureira, investigadora do Centro de Ecologia Funcional (CFE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), colaborou no “Livro Vermelho das Espécies Endémicas de São Tomé e Príncipe”, resultado do projeto “Characterization of the threatened flora of São Tomé & Príncipe - Projecto Flora Ameaçada”, financiado pelo Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF).
Esta obra pioneira fornece a primeira visão geral do estado de conservação de 106 espécies de plantas (sub)endémicas, avaliadas de acordo com os critérios da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

«O livro mostra que duas espécies estão já extintas, enquanto doze se encontram criticamente em perigo, 53 em perigo, e 25 consideradas vulneráveis. A publicação evidencia a urgência da ação conservacionista, numa altura em que a biodiversidade das ilhas enfrenta ameaças crescentes, como a expansão agrícola, desflorestação e espécies invasoras», revela Maria do Céu Madureira.
De acordo com a especialista da FCTUC, a redescoberta de espécies raras como Balthasaria mannii e Psychotria exellii, não vistas há mais de meio século, bem como a identificação de pelo menos 17 espécies novas para a ciência – incluindo uma nova espécie dominante de Cleistanthus nas florestas secas do norte de São Tomé –, estão entre as descobertas mais marcantes.
O livro, ilustrado com gráficos e mapas de distribuição, destaca também os ecossistemas do arquipélago, apresenta as metodologias utilizadas e propõe diretrizes para a conservação. Identifica 21 áreas de elevada importância para a preservação da flora, muitas das quais fora da atual rede de Áreas Chave da Biodiversidade (KBA’s). Além disso, foram realizadas ações de conservação ex situ, com a plantação de espécimes ameaçados em viveiros locais, no Jardim Botânico de Bom Sucesso e em áreas florestais degradadas.

«Esta publicação sublinha a importância de reforçar o conhecimento científico local e a formação de técnicos e botânicos são-tomenses, reconhecendo a flora endémica como um património natural de valor incalculável para a resiliência dos ecossistemas face às alterações climáticas», conclui Maria do Céu Madureira.

O “Livro Vermelho das Espécies Endémicas de São Tomé e Príncipe” representa uma ferramenta científica vital para orientar decisões políticas, educativas e de conservação, sendo dirigido a autoridades governamentais, comunidades locais, setor privado e profissionais da conservação.

A obra pode ser descarregada de forma gratuita aqui.

*Sara Machado
Assessora de Imprensa
Universidade de Coimbra• Faculdade de Ciências e Tecnologia

Nininho Vaz Maia, Quim Barreiros, Bispo e Tiago Bettencourt nas Festas de Santo António em Reguengos de Monsaraz

As Festas de Santo António vão decorrer de 12 a 15 de junho em Reguengos de Monsaraz. As festividades em honra do padroeiro da cidade vão ter na banda sonora os concertos de Nininho Vaz Maia, Quim Barreiros, Bispo e a Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense com Tiago Bettencourt. O programa integra também o desfile e atuação das tradicionais marchas populares.
A abertura oficial das Festas de Santo António vai acontecer no dia 12 de junho, às 17h30, nos Paços do Concelho. Pelas 18h, será inaugurada a exposição de pintura “Retrospetiva”, de Victor Cameirão, que vai estar patente até ao dia 6 de julho, no Auditório António Marcelino da Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz, com 31 obras do artista sobre temas religiosos como a “Sagrada Família”, a “Ceia de Emaús” e o “Sermão da Montanha”, mas também pinturas da vila medieval de Monsaraz e a retratarem os trabalhos no campo, como a sementeira do trigo, a ceifa, a apanha da azeitona, a debulha do trigo, a tosquia das ovelhas, os pastores e os guardadores de porcos.
Nos jardins da biblioteca será o Espaço Santo Antoninho, que vai estar aberto todos os dias das festividades entre as 17h30 e as 19h30, com um insuflável, cama elástica e pinturas faciais para as crianças e espetáculos integrados na programação da Bienal Internacional de Marionetas de Évora. Neste espaço, no dia 12 de junho, às 18h30, o coletivo VUMTEATRO, da ilha Terceira, nos Açores, vai apresentar as peças do reportório tradicional português “A Tourada” e “O Barbeiro”.
Ao início da noite, pelas 21h, as marchas populares de Santo António vão desfilar pelo centro da cidade e depois realizam uma atuação na Praça de Santo António. As marchas vão ser tocadas pela Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense e este ano haverá as marchas infantis “Ser Criança”, da Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz, e “Salada de Fruta”, da Associação Palco de Sonhos, mas também as marchas de adultos “A Olaria”, da Universidade Popular Túlio Espanca, “Jogo de Cartas”, da Associação Palco de Sonhos, e “Marcha da Freguesia”, da Junta de Freguesia de Reguengos de Monsaraz.
O palco principal recebe às 23h o espetáculo com Nininho Vaz Maia. O cantor destacou-se com o seu estilo musical, que mistura flamenco, pop e música urbana, e vai interpretar em Reguengos de Monsaraz os seus principais sucessos, como “E Agora”, “Gosto de Ti”, “Tranquilo”, “Não vou”, “Despertar”, “Soy Gitano”, “Teus Beijos”, “Verdade” e “Quiero Bailar”.
À meia-noite haverá um espetáculo pirotécnico de fogo de artifício, seguindo-se um quarto de hora depois o baile popular de Santo António, com a grupo Sons e Tons, no Largo Almeida Garrett. A partir da meia-noite e meia hora, no palco principal vão ouvir-se as misturas do DJ Overule, que cruza variados estilos musicais, como a eletrónica, hip hop, rhythm and blues, reggae/dancehall, trap/twerk, dubstep e drum and bass.
No dia 13 de junho, dia de Santo António, pelas 10h decorre a cerimónia do içar das bandeiras, nos Paços do Concelho, com a interpretação dos hinos do Município, de Portugal e da União Europeia pela Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense. Às 10h15, na Praça da Liberdade, vai ser apresentado o livro “A Cor do Fascínio”, de Manuel Sérgio.
O programa prossegue pelas 10h30 no mesmo local, com a chegada das imagens dos padroeiros das paróquias da Unidade Pastoral de Reguengos de Monsaraz e meia hora depois com a celebração da Eucaristia, que vai ser presidida pelo Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho. No Espaço Santo Antoninho, às 18h, a companhia de teatro El Chonchón, formada no Chile na década de 1970, vai apresentar o espetáculo “Los Cómicos del Novecientos”, numa homenagem aos comediantes do cinema mudo, com Charlie Chaplin e Harold Lloyd personificados por marionetas de luva nas diferentes pantominas.
As marchas populares voltam a desfilar pelas ruas da cidade a partir das 21h, com a atuação a decorrer na Praça de Santo António. O palco principal recebe às 22h30 o grupo Baila Maria, seguindo-se uma hora depois o espetáculo com Quim Barreiros. Com uma carreira iniciada na década de 1970, Quim Barreiros é um dos artistas mais icónicos da música popular portuguesa e interpreta canções satíricas e brejeiras que conquistaram gerações e a presença habitual nas festas tradicionais e académicas. A dupla de DJ’s Kiss Kiss Bang Bang sobe ao palco a partir da meia-noite e meia hora para apresentar um set com música eletrónica, rock, funk e pop, com muita energia e interação com o público durante toda a atuação.
No dia 14 de junho, as Festas de Santo António vão ter às 11h45 o desfile pelas ruas da cidade das fanfarras dos bombeiros voluntários de Reguengos de Monsaraz, de Arraiolos, de Viana do Alentejo e de Mora. O ganadeiro Luís Rocha (1931-2024) vai ser homenageado pelas 16h45 num cortejo taurino desde a Praça da Liberdade até à Praça de Toiros José Mestre Batista e a partir das 18h30 numa Corrida de Toiros, que terá as atuações dos cavaleiros Luís Rouxinol, Marcos Bastinhas e António Telles Filho. Neste espetáculo tauromáquico, os grupos de forcados amadores de Monsaraz, de São Manços e de Arronches vão pegar toiros da Ganadaria Eng.º Luís Rocha.
O Auditório António Marcelino da biblioteca municipal recebe às 17h30 a apresentação do livro "Da Voz Lírica do Alentejo: Contributo para o Estudo da Literatura Oral e Tradicional do Concelho de Reguengos de Monsaraz", por Lina Santos Mendonça, investigadora do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa. No Espaço Santo Antoninho, o grupo brasileiro Anima Sonho realiza às 18h o espetáculo “Bonecrônicas”, com marionetas de luva e de manipulação direta.
O RegWine Festival vai estar aberto ao público no fim de semana, das 19h às 22h30, no Parque da Cidade. Esta feira de vinhos do Alentejo vai ter provas de vinhos gratuitas para quem adquirir o copo do certame e no sábado conta com as atuações do Grupo Coral da Casa do Povo de Reguengos de Monsaraz, Grupo Académico Seistetos e Tuna Académica da Universidade de Évora, enquanto no domingo haverá uma harmonização de vinhos com queijos e enchidos da região.
O Grupo de Danças Urbanas da Academia de Dança e Artes Performativas da Sociedade Artística Reguenguense vai atuar às 20h na Praça da Liberdade e o duo Sikus Ensamble vai interpretar músicas populares do Peru, a partir das 21h, no palco do Largo Almeida Garrett. Pelas 23h, a Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense vai tocar com Tiago Bettencourt no palco principal.
Após a pausa dos Toranja, Tiago Bettencourt iniciou uma carreira a solo marcada por uma musicalidade mais madura e introspetiva, tendo lançado êxitos como “Aquilo que eu não fiz”, “Se me deixasses ser”, “Maria” e “Morena”, músicas que em Reguengos de Monsaraz vão ser interpretadas com a banda filarmónica. A partir da meia-noite, Pedro Cazanova anima a pista de dança, com um set que vai incluir diversas sonoridades da música house, desde o puro house ao tech house e batidas afro house.
O programa do último dia das Festas de Santo António inicia-se às 9h com o 2.º Grande Prémio de Santo António, organizado pela Casa do Benfica em Reguengos de Monsaraz, que inclui uma caminhada solidária de cinco quilómetros, com o valor das inscrições a reverter para os Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz, e meia hora depois realiza-se uma corrida, num percurso com 9,5 quilómetros de extensão. O Espaço Santo Antoninho recebe às 18h o espetáculo de marionetas “Aventuras do Coelhinho”, pela Maurioneta – Companhia de Teatro de Formas Animadas.
O grupo de sevilhanas Chicas del Rio atua às 19h30 na Praça da Liberdade e a partir das 21h sobe ao palco do Largo Almeida Garrett, o grupo de sevilhanas Corazón Flamenco. Os En’Canta Modas vão cantar no palco principal pelas 22h, seguindo-se uma hora depois o rapper da linha de Sintra, Bispo, um dos artistas mais relevantes do hip hop nacional, que em 2023 foi distinguido com o prémio de Melhor Artista Português nos MTV Europe Music Awards.
Neste concerto, Bispo vai interpretar os seus sucessos musicais, como “Lembrei-me”, “Bênção”, “Brutos Diamantes”, “Planeta”, “Essa Saia” e “Monarquia”. A fechar as Festas de Santo António, a partir da meia-noite, o DJ Fifty, que se destaca na arte do turntablism, vai apresentar um set enérgico com músicas de hip hop, trap, reggaeton e afrobeat.
As Festas de Santo António têm entrada gratuita e durante os dias das festividades haverá bares e tasquinhas

*Carlos Manuel Barão
Técnico Superior de Comunicação Social
Gabinete de Comunicação e Imagem





AgitÁgueda, um festival que tem um impacto económico de 8 milhões de euros

 Evento teve, em 2024, um impacto económico de cerca de 8 milhões de euros, gerados para a economia local, com um retorno de 6,55 euros por cada euro investido

“Este é um festival que ultrapassa fronteiras, coloca Águeda no mapa mundial e afirma-nos como referência nacional e internacional em cultura, inovação e sustentabilidade”, disse Edson Santos, Vice- Presidente da Câmara Municipal de Águeda, na sequência do estudo sobre o AgitÁgueda de 2024 e cujos resultados são agora dados a conhecer.
Ao longo de 23 dias, com mais de 30 espetáculos e cerca de 1 500 participantes (entre grupos e artistas), Águeda foi visitada por mais de 940 mil pessoas, “vindos de todos os cantos de Portugal e de 61 países, num verdadeiro encontro de culturas, cores e emoções”, declarou, apontando o “enorme orgulho” de partilhar os resultados do estudo sobre o AgitÁgueda 2024, “um evento que, mais uma vez, demonstrou a força do nosso concelho e da nossa comunidade”.
O impacto económico direto “foi notável e torna evidente o que todos, de uma forma mais ou menos empírica, sabíamos”. Foram cerca de 8 milhões de euros gerados para a economia local, com um retorno de €6,55 por cada euro investido. As áreas com maior impacto foram a restauração, as comércio, os transportes e o alojamento.
São números que “refletem um trabalho sério, estruturado e profundamente comprometido com o desenvolvimento do nosso território”, frisou Edson Santos, acrescentando que o AgitÁgueda “é, acima de tudo, um festival feito por todos e para todos”.
Este é um festival multicultural e multifacetado, com uma programação de excelência, que envolve centenas de voluntários, associações, comerciantes, instituições, famílias e empresas, promove a inclusão, dinamiza o comércio local e contribui para 9 dos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU.

Impacto além-fronteiras
O estudo evidencia, mais uma vez, “o que todos conseguimos comprovar mesmo num olhar rápido pelas redes sociais”. Este é um festival com “uma projeção internacional também foi extraordinária”, com mais de 72 milhões de impressões nos media e redes sociais, com destaque para publicações em países como Espanha, Estados Unidos, Índia e Brasil. O estudo estima que 15% da população portuguesa foi exposta ao festival.
Considerando toda esta exposição, dentro e fora de Portugal, o valor publicitário equivalente é de 1,9 milhões de euros, o que significa que “este seria o valor que teríamos de investir se tivéssemos de pagar toda a exposição mediática gerada pelo evento”.
A nível internacional, Espanha é o país com maior número de visitantes, seguido pelos Estados Unidos, França e Alemanha.
Outra componente “muito relevante” do estudo são os dados relativos ao consumo, comprovando que houve, em 2024, um crescimento de 25,5% nas transações relativamente a 2019 (data do último estudo efetuado ao evento), um aumento verificado principalmente nos setores da restauração, moda, retalho e farmácia.
“A taxa de satisfação dos participantes atingiu os 9,18 pontos em 10, o que confirma a qualidade da experiência proporcionada”, destacou Edson Santos, frisando que o estudo torna evidente que “o AgitÁgueda consolida-se como um evento estratégico para Águeda, com forte impacto económico, social e cultural, com grande atratividade nacional e internacional”.
O Vice-Presidente da Câmara Municipal de Águeda aproveita a ocasião para “deixar um agradecimento especial a todos os que tornaram este sucesso possível: trabalhadores municipais, parceiros, patrocinadores, artistas, voluntários e, claro, ao nosso público – local e visitante – que dá vida a este festival”.
A menos de um mês do início do AgitÁgueda 2025 e numa altura em que já são conhecidos alguns nomes do cartaz do evento (Daniela Mercury, ProfJam e Diogo Piçarra), Edson Santos avança que haverá, “como já habituámos o público, muitas surpresas”. Defendendo o AgitÁgueda como “um símbolo da nossa identidade coletiva, da nossa criatividade e da nossa ambição”, salienta que o Município de Águeda continuará a “trabalhar, com dedicação e responsabilidade, para que Águeda continue a ser um exemplo de cultura, participação cívica e desenvolvimento sustentável”.


*Ana Sofia Pinheiro
Gabinete de Comunicação e Imagem

O jornalismo regional de novo na mira da política nacional sem dó nem piedade

 
Ainda este governo acaba de tomar posse e já temos o caldo entornado, no que e importa ao setor da comunicação social regional.
O anterior governo, com a pasta da comunicação social entregue a Pedro Duarte, candidato pelo PSD agora à Câmara do Porto, e a Pedro Abreu Amorim, ex.- Secretário de Estado da Comunicação Social, agora Ministro dos Assuntos Parlamentares, desdobrou-se, em 2024, em reuniões com o setor da comunicação social, conseguindo aprovar, em sede de executivo, algumas propostas que visavam apoiar o jornalismo, nomeadamente um maior apoio ao setor regional, que desde sempre tem vivido com migalhas e ao que parece, nem isso vamos ter daqui para a frente. Mas com a queda do anterior governo, quase tudo transitou para o próximo. Quase tudo, disse eu, porque a mama da RTP e o apoio às assinaturas digitais dos jornais dados apenas aos jornais nacionais, esses passaram entre os pingos da chuva. Clarinho, sem se molharem. Só aqui, já é motivo para que o setor da comunicação regional faça mesmo um grande manguito ao nosso Primeiro-Ministro. Isto é ou não é compadrio e corrupção?

Muda-se o governo, mudança nas pastas ministeriais. Afinam-se estratégias pessoais, gostos e ambições. E dá-se a troca de cadeiras. Pedro Duarte, como já referido, segue para o Porto e Abreu Amorim é promovido a Ministro, mas de outra área completamente diferente do que estava no anterior governo. E o que vai acontecer com a pasta da comunicação social, e no que ao setor da regionalidade interessa? Provavelmente, vai ser metida na gaveta e vamos já perceber porquê.
Leitão Amaro é o novo Ministro que passa a tutelar a área da comunicação social, e o secretário de Estado vai ser João Valle e Azevedo. Não, não é o anterior Presidente do Benfica. Felizmente. Sobre Leitão Amaro, tenho toda a certeza de ser uma pessoa competente, com provas dadas, e o rosto da comunicação ao país, quando vivemos o recente apagão energético. Diria mesmo que tem possibilidades de, a seu tempo, chegar mais longe na sua ambição política. Mas a pergunta que se impõe fazer neste momento é: quem é este senhor João Valle e Azevedo, o novo Secretário de Estado da Comunicação Social? Que competências na área da comunicação social tem? Que formação existe no seu currículo que o permita ter uma leitura mais alargada dos problemas da comunicação social? Dele, só se conhece cargos políticos ao género do “Jobs for the Boys”. Possivelmente, teve nota máxima na colagem de cartazes com o logotipo do partido ou com a cara do iluminado de serviço, e agora vai tutelar uma área tão sensível para o país, como a comunicação social? Bom, sabe-se que em 2023, em rutura com Mário Centeno, Governador do Banco de Portugal, saiu da instituição e passado uns meses foi experimentar o que era isto de ser deputado da nação, sendo logo promovido a Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD. Com um currículo de uns dias apenas na Assembleia, mostrou qualidades acima da média, indo dirigir deputados com largos anos de experiência. Mas estas nomeações são políticas e estou-me a afastar do pretendido, pois na casa do PSD, manda o PSD. Mas importa referir e seguindo esta linha de pensamento, bastou-lhe menos que um ano de atividade mais política, e agora dando a cara como deputado, para ser promovido a Secretário de Estado e um dia destes vai subir de novo. Neste país sobe-se rapidamente, mas não pela competência ou currículo, como se pode perceber.
Continuando a responder à pergunta, de quem é este senhor e que competências tem nesta área ou noutras, chega-se rapidamente à conclusão de que e na área da comunicação social, só lhe reconheço que talvez leia alguns jornais diários, e duvido mesmo que leia os regionais. Nas outras áreas, e também analisando o seu currículo, deduzo que passou metade da sua vida profissional a trabalhar (apetece-me dizer brincar) às comissões do PSD, participando em reuniões e grupos de apoio, sendo convidado para dar umas aulitas (talvez na universidade de verão do seu partido), conseguindo depois entrar no Banco de Portugal, mas como andava a ajudar o PDS em simultâneo noutras tarefas, o Mário Centeno correu com ele, tendo o Luís Montenegro de lhe dar emprego como deputado no ano seguinte.
Entende-se rapidamente que é para meter na gaveta as alterações que dizem respeito a alguns apoios ao setor da imprensa regional. Este senhor não tem craveira suficiente para liderar as alterações que são urgentes fazer. Nem currículo, nem experiência ou autoridade intelectual para enfrentar este setor, que o vai comer vivo nos primeiros meses, e fazer com que ele se afaste rapidamente. Pode até vir com boas intenções, mas não tem a envergadura que necessita para fazer as reformas necessárias. E o nosso Primeiro-Ministro sabe disso. No falhanço deste novo secretário de estado, Luís Montenegro lava as mãos e desculpa-se com os outros, atingindo também de raspão Leitão Amaro, que vai ficar assim no amarelo avermelhado, servindo como aviso para uma eventual reprise da “Revolta na Bounty”.
Em suma, estamos de novo entregues aos bichos. Serão mais dois anos (pelo menos) de negociações e reuniões, para não dar em nada. Os diários e os grandes grupos continuam a mama, pois com esses ninguém se mete, senão levam, (parafraseando Sócrates – o nosso, note-se). E nos próximos artigos, prometo explicar mais ao detalhe, como funciona a mama dos grandes grupos económicos da área da comunicação social, com algum detalhe. É necessário e urgente desmascarar esta promiscuidade para que estes senhores do governo (da direita à esquerda), tenham alguma vergonha na cara, e que parem de brincar com setores que são essenciais e fundamentais à qualidade da nossa democracia.
O caricato é que antes de serem poder, adoram a comunicação social (regional incluída), mas quando assumem cargos de governação, essa energia positiva e esse estado de namoro inebriante, logo desaparece. O namoro continua com os grandes grupos (pois com esses não se brinca, pensam eles), mas os regionais levam logo com um grande par de cornos e se se puserem a jeito, umas marradas não estão fora do pensamento destes…senhores (para não usar outro termo e ser de novo acusado de ser deselegante).
Mas a culpa também reside nos órgãos de comunicação social regionais. E faço também a “mea culpa”. Reconheço que me coloquei a jeito estes últimos anos, mas acabou-se a paciência. Há que endurecer o discurso, tomar medidas e ir à luta. Mas a este assunto, voltarei brevemente, também com mais algum detalhe.
Agora, o momento seguinte é o de ir convencer alguns patrocinadores a apoiarem com migalhas o nosso trabalho, enquanto continuo a assistir ao desbaratar de milhares de euros em órgão de comunicação social nacionais, pelas entidades vizinhas (câmaras, juntas e outras entidades que gerem os nossos impostos regionais). E é assim a vida de um órgão regional sério e isento. Trabalhar em prol da sua comunidade, sem ser valorizado por de quem de direito. Resta apenas mais outra via para se ganhar dinheiro no setor regional. O compadrio e a corrução ativa dos gestores públicos e partidários. Mas pessoas de bem não corrompem nem se deixam corromper. Como considero-me uma pessoa de bem, venham as migalhas.

*José Vieira – Jornalista e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da APMEDIO (Associação Portuguesa dos Media Digitais Online)

Águeda | Centro de Interpretação do Rio “é símbolo da nossa identidade”

 Infraestrutura foi inaugurada na sexta-feira e já recebeu um prémio nacional que distingue projetos de reabilitação urbana, sustentável e inteligente

O Centro de Interpretação do Rio (C-Rio) “é mais do que um equipamento educativo e científico, é um símbolo do nosso compromisso com a preservação ambiental, com a valorização do património natural e com as futuras gerações”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, sexta-feira, na inauguração deste equipamento que traduz um investimento de mais de 470 mil euros do Município de Águeda e que vai ficar agora disponível ao público.
O C-Rio é um espaço dedicado à sensibilização e valorização dos ecossistemas de água doce, com especial enfoque na Bacia Hidrográfica do Vouga, promovendo o conhecimento da biodiversidade fluvial e a importância dos rios no equilíbrio ambiental e cultural da região, bem como sensibilizando para os comportamentos que podem pôr em causa todo este ecossistema. Será ponto central, de partida, para um conjunto de atividades e dinâmicas ligadas à interpretação e vivência do rio (científicas, de lazer, lúdicas, turísticas, desportivas, etc).
“Queremos, estrategicamente, voltar a cidade/concelho para o rio”, declarou, apontando a aposta que o Município de Águeda tem feito nas intervenções de renaturalização dos percursos ribeirinhos do concelho e que têm sido reconhecidos como modelos a seguir. “Temos, nesta área também, feito um percurso fantástico, que começou na Ribeira da Aguieira e que estamos a fazer semelhante em Aguada de Cima, para além do projeto LIFE Águeda, que trouxe até nós um conjunto de parceiros com quem trabalhamos também intervenções de renaturalização dos rios Águeda e Alfusqueiro e que são reconhecidamente exemplares”, sublinhou Jorge Almeida.
O equipamento recém-inaugurado e já premiado, na última semana, no Portugal Smart City Summit, com o Prémio António Almeida Henriques, na categoria de “Reabilitação Urbana, Sustentável e Inteligente”, é “mais um exemplo de sucesso desta visão estratégica”.
O C-Rio, que contou com a parceria do LIFE Águeda, “ocupa” um edifício abandonado nas margens do rio Águeda. Depois de uma litigância de anos, entre a Câmara de Águeda e os proprietários dos terrenos onde este edifício estava localizado e votado ao abandono, “conseguimos resgatar este espaço” e agora dar uma funcionalidade totalmente “nova e revigorada”.
“O C-Rio faz parte de uma estratégia mais ampla, um elemento essencial de toda uma filosofia que temos de renaturalização”, apostando no Rio Águeda como foco central, de um parque urbano natural, que vai ligar as duas margens do rio, envolvendo o percurso pedestre do Ameal e o usufruto do rio para várias atividades lúdicas e desportivas.
Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, salientou que esta nova infraestrutura, que exibe e sensibiliza para as espécies autóctones do concelho e região, é resultado desta “visão estratégica” sobre o concelho, nas áreas do ambiente e sustentabilidade, trabalhando “para um futuro melhor para as novas gerações, para que aprendam sobre o nosso ambiente e sobre os nossos rios”.
Ao vermos este e outros projetos concretizados, percebe-se que “tudo começa a fazer sentido e os vários projetos e equipamentos se interligam e demonstram uma visão clara a estratégica sobre o nosso concelho”. “Queremos que este seja um lugar de descoberta, de participação ativa e de reforço do orgulho em sermos parte de um território onde o rio tem um papel central na nossa identidade”, frisou Edson Santos.
Pedro Raposo, responsável pelo LIFE Águeda, presente na sessão inaugural do C-Rio, destacou a “enorme satisfação” de ver este equipamento concluído. “Este era um sonho de um projeto com oito anos, em que Águeda nos acolheu de braços abertos, com intervenções que vão muito além deste equipamento, que devolveu a Águeda 34 quilómetros de rio livre (de obstáculos), em que os animais conseguem utilizar os seus habitats naturais”.

Espaço para saber mais sobre os rios
O C-Rio conta com dois pisos. No piso superior, encontra-se a Sala Expositiva, onde existem quatro áreas temáticas distintas (Bacia Hidrográfica do Rio Vouga; Espécies e Habitats; História e Cultura do Rio; Artes de Pesca) valorizadas pela instalação de cinco aquários expositivos.
Ao longo do “percurso”, a exposição é também complementada pela instalação de diversos equipamentos lúdicos e educativos que apoiam a fruição da visita, da sua narrativa e discurso museológico.
Ainda neste piso localiza-se a Sala Imersiva (que será terminada numa segunda fase da obra), onde os visitantes poderão “mergulhar” numa viagem sobre os rios do concelho e região. Esta sala, devido à versatilidade que lhe está associada, permitirá ainda a realização de diversas atividades pedagógicas, palestras ou workshops.
No piso inferior estão localizados os balneários e casas de banho, bem como toda a zona evolvente de jardim que é, também, um ponto de partida para a dinamização de outras atividades lúdico pedagógicas possíveis de desenvolver no exterior.
Refira-se que o C-Rio contou com um investimento total de mais de 470 mil euros (470 844 euros), com financiamento superior a 356 mil euros, no âmbito do Centro 2020 (edifício) e LIFE (área expositiva).
Para mais informações sobre horários e contactos: https://centrodorio.agueda.pt.

*Ana Sofia Pinheiro
Gabinete de Comunicação e Imagem

No domingo, 08 de junho. Centenas de pessoas participaram na Rota do Coração em Cantanhede

 
A quarta edição da Rota do Coração reuniu centenas de pessoas que participaram em várias atividades dedicadas à sensibilização para a prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares, no domingo, Parque de S. Mateus, em Cantanhede. A iniciativa, realizada no âmbito do projeto Cantanhede Unida pelo Coração, visa promover a cooperação entre instituições, unidades de saúde e empresas da região com a missão comum de sensibilizar a comunidade para a adoção de comportamentos saudáveis.
A Rota do Coração é muito mais do que um evento — é um compromisso coletivo com a saúde da nossa comunidade. As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte em Portugal e a prevenção é a forma de combater este flagelo”, sublinhou o vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Pedro Cardoso, que marcou presença na iniciativa.

Além da avaliação do risco cardiovascular, o programa contou com aconselhamento profissional e um conjunto alargado de atividades, como zumba, aeróbica, body & soul dance, ginástica localizada, treino funcional, ténis, bicicleta, pilates, yoga (para adultos e crianças), chi kung, karatê, bem como orientações para uma alimentação saudável, cessação tabágica, gestão de stress e saúde mental, com mindfulness, autocuidados, auriculoterapia, shiatsu, face yoga, fisioterapia cardiorrespiratória, e formação em suporte básico de vida.
A organização da Rota do Coração é uma parceria entre a Delegação Centro da Fundação Portuguesa de Cardiologia, o núcleo Caminheiros de Cantanhede da FPC, a ULS Coimbra (nomeadamente a UCC de Cantanhede, o Hospital Arcebispo João Crisóstomo e o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais), a Câmara Municipal de Cantanhede e a União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça.
Este ano colaboram com a organização diversas entidades, incluindo as unidades de saúde de Cantanhede, Bombeiros Voluntários de Cantanhede, INEM, Escola Técnico Profissional de Cantanhede, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, Inova, os ginásios WingSStudio, Pa-Kua e 2You, Susana Oliveira, Jacqyoga, Associação de Bem Estar da Póvoa da Lomba, Yogaqui Yogacolá, Clube Escola Ténis de Cantanhede, Associação Desportiva Cantanhede Cycling, o grupo de desporto da Câmara Municipal de Cantanhede, as clínicas Fisio André Viegas e Clizone, a Academia do Bem Estar, a Academia de Face Yoga, e os projetos VirtuALL e CLDS 5G Cantanhede.



Porto de Mós | Inauguração da Exposição 'Onde a Terra se Acaba'

No ano em que se assinalam os 500 anos do nascimento de Luís de Camões e os 35 anos do jornal Público , a exposição "Onde a Terra Se Acaba" propõe-se como um cruzamento de linguagens entre artes visuais e literatura contemporânea. Convocando o imaginário de Os Lusíadas como ponto de partida — epopeia de identidade, desassossego e viagem — a mostra reúne o artista plástico António Faria e o escritor Afonso Cruz, numa proposta inédita de diálogo artístico.
Partindo das suas contribuições para a edição especial do jornal Público, ambos os criadores prolongam aqui os seus gestos num território expositivo, onde o verso se torna imagem e a imagem se converte em narrativa. Através de pintura, instalação, texto, vídeo e registo editorial, a exposição investiga os sentidos contemporâneos da epopeia, revisitando figuras, mitos e geografias a partir da inquietação do presente. No centro da exposição estará a obra original de António Faria criada para ilustrar o Canto I da edição especial d'Os Lusíadas, publicada pelo Público. Esta obra, símbolo da travessia inaugural, abre o percurso da exposição e propõe-se como imagem-síntese de um novo gesto de leitura e reinvenção visual da epopeia camoniana.

Entre o Canto I e Porto de Mós
A exposição encontra a sua chave simbólica no Canto I, onde Camões invoca as Tágides para que lhe concedam “engenho e arte” para cantar os feitos da pátria. Este gesto inaugural, simultaneamente lírico e político, ressoa aqui através do trabalho de António Faria — o artista português que, na Galeria Escura da Central das Artes, invoca novas imagens para uma leitura crítica e sensível da história. A sua presença pode ser lida como um “chamamento contemporâneo”, onde Portugal é revisitado por dentro, com ironia e densidade poética, num tempo em que o passado ainda estrutura imaginários coletivos e disputas identitárias.
A ligação a Porto de Mós adquire especial relevância com a evocação do Canto VIII , estrofe 16, onde Camões recorda os feitos de D. Fuas Roupinho na defesa desta vila. Esta ponte entre história local e epopeia literária confere à exposição uma densidade territorial, resgatando o lugar enquanto espaço de resistência e memória.

*Patrícia Alves
Gabinete de Comunicação

 

“Lanço da Cruz” e “Procissão do Triunfo” já são Património Cultural Imaterial

 Duas tradições seculares do Norte reconhecidas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial
A CCDR NORTE congratula-se com a recente inscrição de duas expressões culturais do Norte de Portugal — o “Lanço da Cruz”, do concelho de Valença, e a “Procissão de Triunfo”, do concelho de Lamego — no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, conforme publicado no Diário da República de 6 de junho.
Este reconhecimento representa um importante passo na valorização e salvaguarda de manifestações religiosas e culturais profundamente enraizadas nas comunidades locais e na identidade coletiva da Região Norte.
Tradições com História, Fé e Identidade
O tradicional "Lanço da Cruz", em Valença, decorre anualmente na segunda-feira de Páscoa no Lugar de Segadães, no Parque Natural de Nossa Senhora da Cabeça.
Esta festividade do Rio Minho inclui a margem portuguesa (a União de Freguesias de Valença, Cristelo Covo e Arão, anteriormente denominada Freguesia de Cristelo Covo, Concelho de Valença) e a margem espanhola (a freguesia de Sobrada, concelho de Tomiño, na Galiza, Espanha), um evento associado ao antigo ritual de culto das águas com a bênção das redes dos pescadores.
O intercâmbio da Cruz Pascal entre Valença (Portugal) e Sobrada (Espanha) distingue esta celebração como única na Península Ibérica, promovendo não só a fé e o património religioso, mas também a cooperação transfronteiriça e o fortalecimento dos laços culturais entre os dois países.
Já a “Procissão de Triunfo”, em Lamego, realiza-se anualmente a 8 de setembro, no âmbito das seculares Festas em Honra de Nossa Senhora dos Remédios – também conhecidas como A Romaria de Portugal. Esta celebração, cujas origens remontam ao século XIV, mobiliza a comunidade em torno de uma impressionante manifestação de religiosidade e identidade coletiva, com profundo impacto no tecido social, económico e cultural da região duriense.
Inserida num contexto festivo mais amplo, que coincide com o início das vindimas no Douro Vinhateiro, a Procissão de Triunfo simboliza o fecho de um ciclo regional de romarias que atravessa todo o Norte do país.
 
CCDR NORTE destaca importância para o território
 
A CCDR NORTE expressa a sua satisfação com esta dupla inscrição, que constitui um reconhecimento do valor cultural, social e simbólico destas tradições seculares para as comunidades locais e para a Região Norte no seu todo.
Este passo reforça a missão da CCDR NORTE na valorização do património cultural como elemento central de coesão territorial, identidade regional e desenvolvimento sustentável, promovendo o reconhecimento das práticas que moldam a vivência coletiva e dinamizam os territórios.
Com estas novas inscrições, o Norte vê mais dois importantes marcos do seu património imaterial protegidos e valorizados, contribuindo para a sua transmissão às gerações futuras e para o reforço da atratividade cultural da região.
 
 
Porto, 9 de junho de 2025 
*Gabinete de Marketing e Comunicação 
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, I.P.