sexta-feira, 21 de maio de 2021
O prazo para candidaturas ao prémio de jornalismo Vicente Jorge Silva foi prolongado até 15 de junho de 2021 pode submeter a sua peça
Silves » Rua Samora Barros e Rua Alexandre Herculano sofrerá interrupção de trânsito no dia 24 de maio
RAMPA TRAZ EMOÇÃO DO DESPORTO AUTOMÓVEL À COVILHÃ
Aveiro | CODEHERO: 2.ª EDIÇÃO COM MAIS DE MEIA CENTENA DE PARTICIPAÇÕES
Aveiro Tech City promove literacia computacional
Entre os dias 15 de fevereiro e 15 de abril decorreu mais uma edição do curso “CodeHero”, uma atividade Aveiro Steam City, da Câmara Municipal de Aveiro, que contou com a adesão de 65 participantes, 41 do Concelho de Aveiro e 24 provenientes de Concelhos de norte a sul do País.
De âmbito nacional, o CodeHero é um curso on-line de Introdução às Ciências da Computação, de acesso livre e gratuito, que tem como objetivo promover competências STEAM e desenvolver o pensamento lógico e computacional. Este curso proporciona fundamentos e bases sólidas da programação como valores, variáveis, ciclos, condições, funções, tratamento de strings, arrays e objetos, essenciais para uma aprendizagem mais profunda de qualquer linguagem de programação.
Como incentivo à concretização dos exercícios do curso, a Câmara Municipal de Aveiro lançou o CodeHero Challenges, um concurso realizado a partir dos desafios que constituem o Curso CodeHero. Este concurso, dirigido especificamente a estudantes do Ensino Secundário ou equiparado e a cidadãos interessados pela temática e residentes também no Concelho de Aveiro, contou com a participação de 31 utilizadores. Com um prémio de 200€, o grande vencedor da categoria “Estudantes” foi Henrique da Rocha Rodrigues e João Nuno da Silva Luís recebeu uma Menção Honrosa, também nesta categoria, no valor de 100€.
Na categoria “Cidadãos”, o grande vencedor foi Lucian Orlanda Ferreira Nunez, com um prémio de 200€, e a Menção Honrosa foi para Dária Manskaia Gonçalves, com o prémio de 100€.
Conforme previsto nas normas de participação da iniciativa, divulgamos, também, por ordem execução os restantes 6 classificados:
- Diogo Tomás Valente Fernandes;
- Miguel Osório;
- Álvaro Afreixo;
- Teresa Sofia Henriques Ferreira da Rocha;
- Sandra Maria Coelho Rodrigues;
- Adriana Carvalho de Ildefonso Botelho.
O projeto Aveiro STEAM City é cofinanciado pelo Fundo de Desenvolvimento Regional – FEDER, através do programa Urban Innovative Actions. O seu investimento global é de 6.115.915€ com o apoio FEDER 4.892.732€.
Aveiro | ASSEMBLEIA MUNICIPAL JOVEM
50 alunos do 9.º e do 10º ano debateram sobre temas e causas para o Município de Aveiro
Nos dias 11 e 13 de maio de 2021, a Câmara Municipal de Aveiro promoveu a Assembleia Municipal Jovem, com duas sessões distintas, dirigidas aos alunos do 3.º Ciclo e do Ensino Secundário respetivamente.
Esta atividade, direcionada para os estabelecimentos de ensino do Município de Aveiro, envolveu cerca de 50 alunos do 9.º e do 10º ano de escolaridade, além de 12 docentes, com o objetivo primordial de promover junto dos alunos o exercício do direito de cidadania, os valores da democracia e da participação cívica, através da reflexão e o debate de assuntos propostos pelos Alunos.
As Sessões foram dirigidas pelo Presidente da CMA, Ribau Esteves e pelo Presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, Luís Souto, com a participação do Vereador João Machado e Adjunto do Presidente da CMA, Rogério Carlos.
No dia 11 de maio, dado número de participantes e o plano de contingência, a sessão foi realizada no Centro de Congressos de Aveiro, participaram 30 alunos e sete Professores das Escolas Básicas Castro Matoso, São Bernardo, Aradas, João Afonso, da Escola Básica e Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima, Escola Secundária José Estevão e da Escola Profissional de Aveiro. As Moções apresentadas incidiram sob as temáticas dos “Direitos dos Animais”, “Rede de voluntariado”, “Economia Circular”, “Assédio sexual no quotidiano” e “Violência doméstica e no namoro”.
A sessão dirigida aos alunos do 10º ano, decorreu no dia 13 de maio, no Edifício da Antiga Capitania de Aveiro onde participaram 21 alunos e cinco Professores das Escolas Secundárias, Dr. Mário Sacramento, José Estevão, Homem Cristo, Escola Básica e Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima e da Escola Profissional de Aveiro.
O debate visou as matérias dos “Ecopontos na Cidade”, “Aveiro, Cidade mais feliz”, “Violência doméstica e seu combate em Aveiro”, “Bola na mão” e “Viver em conforto na Cidade”.
Nos dois dias de Assembleia Municipal os debates foram bastante participativos, o confronto de ideias e a procura de soluções proporcionou, uma vez mais, o exercício do direito de cidadania, os valores da democracia e da participação cívica, o estimulo e a preparação das futuras gerações para um maior envolvimento e intervenção na comunidade.
FEIRA DO LIVRO DE AVEIRO - “TEATRO”
28 de maio a 13 de junho
A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) organiza a 45.ª edição da Feira do Livro de Aveiro num novo espaço: a envolvente do ATLAS Aveiro, com inauguração agendada para as 18h00 do dia 28 de maio. A Feira estará de portas abertas de segunda a quinta-feira, das 15h00 às 20h00, sextas-feiras das 15h00 às 22h30, sábados e feriados das 10h00 às 22h30 e domingos das 10h00 às 20h00.
Destacando o Teatro, género literário, em homenagem à comemoração dos 140 anos do Teatro Aveirense, esta edição da Feira do Livro decorrerá na envolvente do ATLAS Aveiro. Na abertura do evento vai contar-se com a apresentação de um monólogo de Sara Barros Leitão, “Proclamação da existência”, seguindo-se uma conversa entre a atriz e José Pina, diretor do Teatro Aveirense, que irão abordar a temática do Teatro.
A Feira do Livro, referenciada no Plano Estratégico para Cultura (PEC) da CMA como uma das iniciativas culturais e criativas municipais de caráter regular, pretende continuar a ter impacto Regional e Nacional ao reunir em Aveiro, uma cidade que assume a Cultura e a Criatividade como fatores centrais da sua vida coletiva, personalidades de relevo da literatura nacional e internacional e promover os autores Aveirenses, assim como contribuir para a sustentabilidade do comércio livreiro local. Esta iniciativa, prevista no Plano Estratégico para a Cultura, reflete a forte aposta de Aveiro na dimensão cultural, consubstanciada numa visão estratégica de longo prazo com o episódio da candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027 em destaque.
Com um programa constituído por lançamentos de livros, conversas com escritores, tertúlias e dias temáticos, a CMA procura realizar um evento literário de referência nacional, na Região de Aveiro. O certame, que será um dos “grandes eventos” na cidade após-confinamento, conta com um plano de contingência e muitas medidas de prevenção e segurança, tendo todas as atividades da programação uma lotação limitada e inscrição obrigatória.
Destaque para a presença dos seguintes autores nacionais e internacionais:
29 de maio
Nuno Júdice
30 de maio
António Mota, Marta Madureira, Sara Reis Silva e Francisco Vaz da Silva
3 de junho
Conceição Oliveira, Maria Sousa e Vanessa Jesus
4 de junho
Rosa Alice Branco
5 de junho
Luís Osório, Domingos Amaral, Isabel Rio Novo, Rui Cardoso Martins e Rita Brutt
10 de junho
Carla Maia de Almeida, Inês Fonseca Santos e Mário Zambujal
11 de junho
Afonso Reis Cabral e João Tordo
12 de junho
Ondjaki e Mário Augusto
13 de junho
Hélio Loureiro
Vários “Dias” temáticos
O programa conta ainda com a presença de diversos autores nacionais, muitos de referência e figuras mediáticas, autores da Cidade e Região de Aveiro, e prevê uma vasta programação na área da música e do teatro, com especial destaque para os dias temáticos, destacando-se o Dia da Poesia, o Dia do Autor Aveirense, o Dia do Livro Infantil e o Dia da Saúde e da Alimentação.
Exposição “Fanzine Ultra Violenta”
O ATLAS Aveiro irá receber, sob a curadoria de Miguel Correia, a exposição “Fanzine Ultra Violenta” dedicada à cultura visual alternativa, publicação independente, artes plásticas e design experimental. Esta mostra terá como elemento principal os trabalhos artísticos criados para os 12 números do Fanzine Ultra Violenta. Esta publicação resulta de um projeto de exploração visual e conceptual que agrega artistas nacionais e internacionais. Cada um dos números tem um tema único, onde quatro a cinco artistas fazem a sua interpretação livre, resultando num registo visual que se estende desde a cultura punk e grunge, até à cultura urbana do grafitti, passando pelos manifestos do movimento artístico dadaísta. Para além da exposição serão ainda desenvolvidos diversos workshops de Stencil, gravura em embalagem cartonada, patchwork embutido, caligrafia e lettering, cianotipia, impressão em risografia, ilustração e colagem e ainda em edição de fanzines, lecionados por artistas que fazem parte do coletivo tais como: Joana de Matos, Mário Afonso, Miguel Correia, Miguel Crespo, Rogério Guimarães, Rute Myriam, Sara Bandarra, Sofia Monteiro e Helena Zália.
Leitores à conversa com autores
A Feira do Livro irá decorrer na Praça da República, onde o público poderá encontrar as últimas novidades da literatura e o célebre Livro do Dia, bem como o Espaço Autores para poder conversar com os seus autores favoritos ou descobrir novos talentos literários.
Num processo contínuo de crescimento, a Feira contará com representações de livreiros aveirenses (Livraria Santa Joana, Livraria ABC, Socodante Livraria Técnica, Angels Formula- Alfarrabista, Ror de Livros, IBOOK, Livraria Bertrand, Livraria Gigões & Anantes, FNAC, CTT, CMA - Edições municipais), representando as principais editoras nacionais.
Programa de animação
A Feira do Livro apresenta um programa de animação cultural diversificada, com atividades para todos os gostos e para todas as idades. Muitos momentos musicais protagonizados por agentes locais, numa clara aposta no apoio ao setor cultural local.
Workshops, contos, música para bebés, poesias, teatro e muito, muito mais.
Destaque para as seguintes atividades:
28 de maio
PISABA Jazz Trio
“Planeta Plip” workshop por Red Cloud
29 de maio
“Jogos Poéticos”: Grupo Poético de Aveiro
“A boneca de trapos” por MUSA
Duo PALCO CENTRAL
2 de junho
Drum Jam
3 de junho
Novas Quintas na Rua com André Henriques
4 de junho
Porta 59 (OMA)
6 de junho
Balbucia
10 de junho
“Histórias pelo ar, contos para rir e chorar” por Cláudia Stattmiller
11 de junho
Workshop de Composição de Fanzines por Miguel Correia – Fanzine Ultra Violenta
O programa completo pode ser consultado em www.cm-aveiro.pt
Covid-19: Portugal com mais 559 casos e três mortes. (Rt) e taxa de incidência voltam a subir
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) já divulgou o boletim epidemiológico de hoje. Portugal registou mais 559 casos e três mortes associados à covid-19 nas últimas 24 horas. Número de internamentos desceu (em UCI também), mas tanto o R(t) como a incidência voltaram a subir.
A nível nacional, Portugal está com uma incidência a 14 dias de 52,6 casos por 100 mil habitantes e um índice de transmissibilidade R(t) de 1,03. Ou seja, continua no verde da matriz de risco mas volta a aproximar-se do amarelo.
No continente, a incidência está nos 49,5 casos de infeção e o índice de transmissibilidade R(t) é de 1,03.
O que isso significa? Desde que o país se mantenha a baixo dos 120 casos por 100 mil habitantes e com o R(t) abaixo de 1 (no verde) o país mantém a retoma das atividades. Caso ultrapasse estas linhas — passando para as zonas laranja e vermelha — o desconfinamento é travado. Tal tem acontecido a nível local, mas pode acontecer a nível nacional.
* Dados atualizados a 21/05/2021 (a matriz de risco é atualizada todas as segundas, quartas e sextas pela DGS).
Resumo do boletim epidemiológico (últimas 24 horas):
- Novos casos de infeção: 559
- Óbitos: 17.017 (+ 3)
- Recuperados: 804 984 (+ 462)
- Internados: 207 (- 1)
- Internados em UCI: 55 (- 3)
- Número de casos ativos: 22.287 (+ 94)
Quais os concelhos com números mais preocupantes (com mais de 240 casos por 100 mil habitantes)?
- Riveira Grande (619)
- Arganil (608)
- Nordeste (391)
- Montalegre (389)
- Odemira (287)
- Golegã (243)
Fonte: MadreMedia
DIA NACIONAL DAS COLECTIVIDADES
O Dia Nacional das Colectividades (31 de Maio) e 97º Aniversário da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD), será este ano assinalado com uma Sessão Comemorativa dia 29 de Maio, com inicio às 15,30 horas, no Auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal, sito na Alameda dos Bombeiros Voluntários nº 45.
A Mesa será constituída pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Eng.º Joaquim Santos, Presidente da Mesa do Congresso da CPCCRD, Dr. Francisco Barbosa da Costa, Presidente da Direção da CPCCRD, Dr. Augusto Flor e os Presidentes da Associação das Colectividades do Concelho do Seixal e da Associação de Colectividades do Concelho de Almada, respetivamente, Srs. Hélder Rosa e Paulo Santos.
Do Programa constam a entrega de Distinções e Galardões a atribuir a associadas, individualidades e outras entidades, assim como dois apontamentos culturais.
Município de Silves assinala noite europeia dos museus com iniciativa online
Interrupção do fornecimento de água no dia 24 de maio na Rua das Caravelas, na Avenida General Humberto Delgado e na Rua Álvaro Gomes em Armação de Pêra
Armação de Pêra: FESTIVAL DA CALDEIRADA E DO MAR DECORRE DE 28 A 30 DE MAIO
“Não tem crueldade suficiente.” Juíza absolve de violência doméstica homem que arrastou mulher pelo pescoço
TSF
Piloto instrutor de aeronave que aterrou de emergência na Caparica vai a julgamento
O Tribunal de Almada decidiu hoje levar a julgamento o piloto instrutor responsável pela aterragem de emergência de uma aeronave na Caparica em 2017, que provocou duas mortes, não pronunciando os restantes arguidos, segundo um dos advogados do processo.
Lusa
Imagem: Jornal i - Sapo
Armindo Araújo lidera pelotão nacional a meio da prova
Lusa
Imagem: Sapo Desporto
William e Harry acusam BBC de ter contribuído para medo e isolamento de princesa Diana
Lusa
Imagem: DN
Explosão nas oficinas da EMEF no Entroncamento faz quatro feridos. Um está em estado crítico
ANJE convida empresas a internacionalizar: Feira de Paris é já em junho
ANJE leva moda e tecnologia além-fronteiras
A ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, através do projeto NEXT STEP, quer levar as PME portuguesas além-fronteiras. O projeto pretende apoiar empresas na área da moda e das novas tecnologias, dois setores em franco crescimento e com forte potencial de evolução em novos mercados.
A primeira «expedição» portuguesa é já no próximo mês de junho – à VIVA Technology, em Paris, de 16 a 19 de junho – onde a ANJE quer levar mais de dez marcas nacionais. Assim, as empresas do sector das TIC que pretendam abraçar esta oportunidade, deverão inscrever-se na plataforma do projeto. Sendo esta uma iniciativa financiada pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 - Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, e comparticipado pela União Europeia, através do FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, as empresas participantes irão beneficiar de um financiamento de 50% dos custos da ação em questão.
De acordo com Alexandre Meireles, presidente da ANJE, “o projeto NEXT STEP pretende impulsionar o posicionamento das marcas e empresas portuguesas em mercados internacionais estratégicos, uma vez que a exiguidade dos mercados domésticos e a atual conjuntura não permitem obter índices de crescimento sustentados. Torna-se assim impreterível iniciar processos de internacionalização bem delineados, assim como dotar as empresas do conhecimento necessário e dos mecanismos adequados para chegar aos mercados potenciadores da atividade económica portuguesa, satisfazendo o aumento da demanda por produtos nacionais, em concordância com o crescente interesse de alguns setores de atividade”, explicou.
A Viva Technology é o maior evento de tecnologia e startups da Europa. A feira reúne atualmente líderes globais em inovação tecnológica e transformação de negócios, startups, investidores, académicos, estudantes e meios de comunicação de todo o mundo. A Viva Technology 2019 contou com mais de 400 palestrantes internacionais em conferências e workshops, e foi palco para 13 mil startups durante o evento de três dias.
O conceito do evento tem como objetivo promover a ligação entre startups e grandes empresas, oferecendo às emergentes uma oportunidade extraordinária de aproveitar o apoio e a supervisão de uma grande companhia para acelerar o seu crescimento. Para as grandes empresas, o conceito é um impulsionador da sua inovação e uma alavanca indispensável para promover a transformação digital.
Itália, Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, Qatar, Dubai, China, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Colômbia, são alguns dos países onde o projeto pretende estar presente, seja em feiras, eventos ou encontros empresariais. Uma das novidades da edição deste ano é a criação eventos POP-UP, sob o mote LOCAL GOES GLOBAL POP-UP. Estas ações acontecem em três das principais capitais de moda da Europa - Paris, Milão e Londres - e ainda em dois mercados em franca ascensão - Moscovo e Qatar.
A Local Goes Global Paris, que será a primeira do leque de pop-up stores, vai decorrer em paralelo com a semana de moda de Paris, durante os dias 21 a 26 de junho. Ao alinhar esta iniciativa com a semana internacional de moda, o objetivo é também poder atrair empresários que normalmente viajam para a capital francesa durante esta altura, e que poderão trazer contatos relevantes para as marcas e designers representados.
De destacar também que o projeto NEXT STEP promove e organiza um conjunto de Encontros Empresarias nos países da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - que terão lugar em Angola, em julho, na Guiné Bissau, em outubro, e por fim em Cabo Verde, em novembro. Estes encontros têm como principal propósito permitir aos empresários portugueses uma correta abordagem a estes mercados, dando-lhes a oportunidade de explorar novas e rentáveis oportunidades de negócio.
Inscrição On-Line:
Anadia: 1º Concurso Jovens Empreendendores
Candidaturas abertas até 31 de maio
O Município de Anadia está a promover o 1º Concurso Municipal Jovens Empreendedores, com o objetivo de estimular o espírito de dinamismo e de iniciativa nos jovens promovendo o seu empreendedorismo. A iniciativa é dirigida a jovens empreendedores, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos, residentes no concelho de Anadia. As candidaturas devem ser apresentadas até 31 de maio.
A autarquia anadiense pretende com este concurso promover a angariação de ideias e de projetos empreendedores em determinadas áreas de atividade, os quais devem demonstrar a sua exequibilidade prática e o potencial económico do projeto em questão.
Serão considerados elegíveis os projetos focados nas áreas da Economia ambiental, Tecnologia informática e digital, e Inovação social. As candidaturas podem ser apresentadas em nome individual ou em grupo, desde que não exceda o número de cinco elementos. As ideias a concurso deverão ser inovadoras, exequíveis e apresentar vantagens competitivas e de interesse económico, valorizando-se o caráter de inovação e diferenciação, bem como o potencial interesse para o desenvolvimento da comunidade onde se insere.
As candidaturas devem ser apresentadas, através do preenchimento de um formulário disponível emwww.cm-anadia.pt, juntamente com os documentos necessários à apresentação do projeto, dirigido à Presidente da Câmara Municipal, através do endereço eletrónico geral@cm-anadia.pt. Os projetos serão avaliados de acordo com o grau de inovação da ideia, exequibilidade da ideia, resposta a uma necessidade identificada/problema detetado e impacto económico.
Aos vencedores será atribuído um prémio pecuniário no valor de 2.500,00€ e caso criem empresa para o desenvolvimento e prossecução do projeto, terão ainda a possibilidade de alojamento na incubadora municipal do Curia Tecnoparque, pelo período de um ano, bem como o direito aos demais serviços de apoio a prestar pelo GAEE – Gabinete de Atendimento às Empresas e ao Empreendedor.
O concurso é promovido, no âmbito do Programa Municipal de Apoio Extraordinário ao Tecido Social e Económico “Anadia Estamos Juntos e Juntos Recuperamos”.
As bem-aventuranças e a glória celeste
“As bem-aventuranças” (1436-1443), Fra Angelico, afresco do convento de San Marco, em Florença.
- Plinio Maria Solimeo
Diz São Mateus em seu Evangelho que Nosso Senhor Jesus Cristo “percorria toda a Galileia […] grandes multidões seguiam-no da Galileia e da Decápole, e de Jerusalém e da Judeia”. O Divino Salvador, “vendo a multidão, subiu ao monte, e quando se sentou, aproximaram-se dele os discípulos. E, abrindo a boca, Ele os ensinava dizendo, bem-aventurados…” (4, 23-25; 5, 1 e ss.), iniciando assim o que ficou conhecido como o famoso Sermão da Montanha.
São Lucas põe esse episódio logo depois de Nosso Senhor ter escolhido seus 12 discípulos e, descendo do monte em que estavam, curou muitos doentes e expulsou vários demônios. Em seguida, “levantando os olhos sobre os discípulos, Ele dizia: bem-aventurados…”.
Esse evangelista cita apenas quatro das oito bem-aventuranças mencionadas por São Mateus. Sobre isso comenta a revista Permanência: “[São] Lucas narra que o sermão do Senhor foi feito às turbas. Por isso enumera as bem-aventuranças conforme a capacidade delas, que só conheciam a felicidade voluptuosa, temporal e terrena”. As quatro citadas por ele são: “Bem-aventurados os pobres, porque vosso é o reino de Deus; Bem-aventurados os que agora padeceis fome, porque sereis fartos; Bem-aventurados os que agora chorais, porque rireis; Bem-aventurados sereis quando vos odiarem os homens, vos excomungarem, e vos maldisserem e proscreverem vosso nome como mau, por amor do Filho do Homem. Alegrai-vos naquele dia e regozijai-vos, pois grande será a vossa recompensa no Céu”.
Entretanto, vamos comentar as oito bem-aventuranças citadas por São Mateus, porque elas englobam também as acima.
Sobre as bem-aventuranças ou a felicidade que elas supõem, afirma o erudito diácono e teólogo Douglas Mcmanaman, do Catholic Education Resource Center:
“O filósofo grego Aristóteles apontou que a felicidade genuína (eudaemonia) é completa e suficiente em si mesma. Isto é, não é precária e depende de fatores externos como o clima ou o mercado de ações. Assim, a verdadeira felicidade perdura. Mas a felicidade não era possível para todos, segundo Aristóteles, e aquela sobre a qual ele fala é a felicidade natural, o resultado da estabilidade emocional proporcionada pelas virtudes e a alegria da contemplação natural das coisas mais elevadas. Mas Jesus é Deus em carne, e Deus se fez homem para que o homem pudesse ‘se tornar’ Deus, por assim dizer, isto é, para que ele pudesse ser elevado pela graça divina, que é uma participação na vida sobrenatural de Deus; é entrando na Pessoa de Cristo que entramos em sua alegria”.
O saudoso arcebispo de São Paulo D. Duarte Leopoldo e Silva, comentando em sua célebre Concordância dos Santos Evangelhos essa passagem de São Mateus, diz:
“O Sermão da Montanha é chamado o epítome, ou resumo do Cristianismo, o símbolo do Evangelho, o texto da Nova Lei. Ele é para a Igreja o que são as tábuas do Sinai para a Sinagoga. É a lei do amor sucedendo à lei do temor. O Deus feito homem a promulga sobre uma montanha verdejante, cercado de seus discípulos e de grande multidão de povo. A palavra de Deus escapa-lhe dos lábios fluente e acessível ainda aos mais ignorantes. Ela diz toda a verdade que os homens devem saber, ensina tudo o que é preciso fazer para a salvação, anima, fortifica, dirige e eleva. Ocupa-se dos pequeninos e dos pobres, tem consolações e esperanças ainda para os mais abandonados. É profunda, e ao mesmo tempo simples e suave. É o mais belo e mais tocante ensinamento que ainda ouviram os homens. Enfim, para assinalar um lugar no reino do Céu com a autoridade com que o faz Jesus neste belíssimo discurso, é preciso ter descido do Céu, é preciso ser Deus”.
As oito bem-aventuranças que constam nesse apóstolo e evangelista no início do Sermão da Montanha, segundo o Catecismo da Igreja Católica, “nos ensinam o fim último, ao qual Deus nos chama: O Reino de Deus, a visão de Deus, a participação na natureza divina, a vida eterna, a filiação divina e o repouso em Deus”. E o Catecismo chamado de São Pio X acrescenta: “Jesus Cristo propôs-nos as Bem-aventuranças para nos fazer detestar as máximas do mundo, e para nos convidar a amar e praticar as máximas do seu Evangelho”.
Passamos a apresentar essas bem-aventuranças, segundo os comentários de vários teólogos e estudiosos do assunto.
Primeira bem-aventurança: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. (Versículo 3)
Em sua edição da Bíblia, o Pe. Matos Soares comenta que a expressão “pobres de espírito” traduzir-se-ia melhor como “pobres pelo espírito”, pois para ele “são os pobres voluntários e os que têm o coração desapegado das riquezas, E, segundo o sentido da Sagrada Escritura no Antigo Testamento, os humildes, os que confiam unicamente em Deus”.
Ao que D. Duarte Leopoldo acrescenta: “Pobres de espírito não são os tolos, os idiotas, os ignorantes etc., como erradamente entendem alguns. São os humildes, os que não têm apego aos bens da Terra, os que voluntariamente renunciaram a ele para mais de perto seguirem a Jesus Cristo. Assim, pois, um pobre mal satisfeito com a sua sorte, dominado pela ambição e pelo orgulho, é um rico de espírito; não é para ele o reino do Céu. Do mesmo modo, no seio da abundância e na prosperidade, pode um rico ser pobre de espírito pelo nenhum apego aos bens da fortuna, pelo espírito de caridade e submissão à vontade de Deus. O santo homem Jó é um dos mais belos exemplos desta verdade”. Porém, “não basta produzir frutos; é preciso produzi-los na paciência. A paciência é a vida de provação, não é o sentimento de uma hora, mas a perseverança na força, nascida de um princípio permanente e sobrenatural: é um ato repetido até o fim da vida, é a virtude em estado de hábito”.
O Terceiro Catecismo da Doutrina Cristã, conhecido como Catecismo de São Pio X, diz a respeito da primeira bem-aventurança: “Os pobres de espírito, segundo o Evangelho, são aqueles que têm o coração desapegado das riquezas; fazem bom uso delas, se as possuem; não as procuram com solicitude, se não as têm; e sofrem com resignação a perda delas, se lhes são tiradas”.
Pelo que afirma o teólogo e diácono Mcmanaman: “Essa é a primeira e mais fundamental condição para pertencer a Cristo e, portanto, a primeira condição para entrar na alegria do Reino de Deus. Aqueles que são pobres em termos de riqueza material estão profundamente cientes de sua carência. Da mesma forma, aqueles que são pobres de espírito estão cientes de sua carência espiritual, isto é, estão cientes de sua necessidade absoluta de Deus; assim, eles se abrem para Ele. O resultado desse simples ato de abertura é o presente do reino dos céus”.
Por sua vez, a respeito dessa primeira bem-aventurança, diz o célebre jesuíta Cornélio a Lápide: “A fim de que o espírito, ocupado tão somente com os bens temporais, não ponha menos cuidado em possuir os bens eternos, o cristão deve ter tanta confiança na divina Providência, diz São Gregório, que, ainda quando não se possa procurar o necessário para a vida, deve estar bem convencido de que o necessário nunca lhe haverá de faltar”.
Segunda bem-aventurança: Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra. (Versículo 4)
O diácono Mcmanaman comenta a respeito desta segunda bem-aventurança: “Um espírito manso é um espírito gentil. Os pobres de espírito que choram a miséria dos outros porque realmente conhecem essa miséria e são movidos a compartilhá-la, são gentis para com os que sofrem. Os mansos não se ofendem rapidamente com os outros; são muito pacientes com eles porque sabem que Deus sempre foi paciente com eles. Os mansos são controlados, controlam suas emoções, em particular a paixão da ira. Mansidão, entretanto, não significa a supressão da ira. Lembre-se de que Jesus ficou zangado com os cambistas no templo e os expulsou. A ira que é governada pela razão e é uma resposta à verdadeira injustiça, não é pecaminosa, mas virtuosa; a decisão deliberada de manter a ira viva em um espírito de falta de perdão, entretanto, é pecaminosa”.
Pelo que o grande pregador francês do século XVII, Bossuet — citado pelo Pe. Royo Marin, O.P. em sua Teologia da Perfeição Cristã —,completa: “Podemos dizer, se observamos o que se passa dentro de nós, que nossas paixões são todas redutíveis de amor, que engloba e suscita todas as outras. O ódio por algum objeto não surge a não ser por causa do amor que temos por alguma outra coisa. Eu odeio a doença porque amo a saúde. […] Aversão e tristeza são um amor que afasta alguém de um mal que o privaria de seu bem. […] A ira é um amor que se irrita ao ver que alguém o quer privar de seu bem, e se levanta para defendê-lo. Em uma palavra, reprimi o amor, e não haverá paixões; suscite o amor, e todas as outras paixões nascerão”.
Acrescenta o Pe. Royo Marin na obra citada: “Quando nos deixamos levar por um impulso desordenado, sentimos imediatamente a dor do remorso. Se, pelo contrário, resistimos a esse impulso, experimentamos uma sensação de satisfação do dever cumprido. Isso é uma prova convincente do fato de que somos agentes livres com relação ao impulso das paixões, e que seu controle e governo está em nossas mãos. […] Não há dúvida de que há graves dificuldades e obstáculos no começo, mas gradualmente a pessoa pode obter perfeito controle de si mesmo. […] Primeiro, é necessário estar firmemente convencido da necessidade de combater as paixões desordenadas por causa da grande perturbação que causa em nós. As paixões perturbam nosso espírito, impedem a reflexão, tornam impossível formular um juízo sereno e balanceado, enfraquecem a vontade, exaltam a imaginação, provocam uma mudança nos órgãos corporais, e ameaçam destruir a paz de espírito e a tranqüilidade de consciência. […] Do ponto de vista psicológico, não há dúvida de que o melhor remédio contra as paixões desordenadas é a firme e decidida vontade de vencê-las. Mas uma vontade puramente teórica ou desejo platônico não é suficiente; tem que haver uma decisão enérgica e determinada, que se traduz em ação pelo uso dos meios necessários de obter a vitória, e especialmente se é o caso de combater uma paixão que está profundamente enraizada por um longo período de mau uso”.
Nesse sentido, adverte Cornélio a Lapide: “Cuidai de que não desapareça jamais a mansidão de vosso coração, diz Santo Agostinho: De corde lenitas non recedat (Medit.).Não vos vingueis por vossa própria conta, mas dai lugar a que passe a cólera, diz São Paulo” (Rm 12, 19). Deixai passar a ira, isto é, guardai silêncio, cedei àquele que se enfurece, sede dóceis, sofrei com paciência a injúria, não digais nada até que a calma tenha modificado vosso coração para que caiba nele a doçura e a caridade. Jesus Cristo, diz Santo Agostinho, pronunciou estas palavras: ‘Aprendei de Mim’, não a fazer um mundo, não a criar as coisas visíveis e invisíveis, não a criar outras maravilhas aqui na Terra, nem a ressuscitar os mortos; mas, sim, aprendei de Mim como ser manso e humilde de coração. A mansidão e a humildade são irmãs, como a ira é irmã do orgulho. O homem não pode ser manso se não é humilde e se o sopro das paixões não se acalma em seu coração. O mar está tranquilo somente quando os ventos cessam”.
Porque, como diz D. Duarte Leopoldo: “Os mansos — isto é, os que não murmuram nem se irritam, os que evitam a discórdia, os que sabem perdoar com generosidade as ofensas alheias, aqueles, enfim, que suportam o peso da vida conformados com a vontade de Deus — possuirão a Terra, isto é, a Terra dos vivos, o Céu. Todavia, mesmo neste mundo, a paciência é uma arma poderosa para vencer ainda as maiores resistências”.
Terceira bem-aventurança: Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. (Versículo 5)
O Catecismo de São Pio X diz desta bem-aventurança: “Os que choram e todavia são chamados bem-aventurados, são aqueles que sofrem com resignação as tribulações, e que se afligem pelos pecados cometidos, pelos males e pelos escândalos que se veem no mundo, pela ausência do céu, e pelo perigo de perder a fé”.
A esse respeito, comenta o diácono Douglas: “Parece um tanto paradoxal que o enlutado possa ser chamado de ‘feliz’ [bem-aventurado], mas essa bem-aventurança se refere a um tipo especial de luto. Se amamos a Deus, amaremos todos os que pertencem a Deus, e todo ser humano, sem exceção, vem de Deus e é amado por Deus com um amor incompreensível. E assim, quanto mais entramos no coração de Deus, mais descobrimos nosso próximo ali, e então somos movidos a voltar à Terra, por assim dizer, e vamos procurá-lo, porque sabemos que lá iremos encontrar o Deus que começamos a amar: descobrimos nosso próximo em Deus e redescobrimos Deus em nosso próximo. Porque os amamos como ‘um outro eu’, o sofrimento deles também se torna nosso. Choramos por eles, pois é tão difícil permanecer indiferente ao sofrimento dos outros depois que descobrimos e entramos no coração de Deus. São os pecados do homem, a fria indiferença dos outros para com Deus e o próximo que nos enchem de tristeza. Esta, porém, é uma tristeza abençoada, uma tristeza que não é incompatível com a alegria, mas existe com ela, pois é a alegria de ter sido convidado para a tristeza de Cristo, que é uma tristeza cheia de alegria”.
Ao que acrescenta Cornélio a Lapide: “A compaixão e uma terna amizade são um bem que está em contrapeso ao mal causado pela dor. Aquele que se compadece proporciona ao coração lastimado um alívio proporcionado a seus sofrimentos: toma a metade das aflições que pesam sobre o desgraçado; e este, fortificado, sofre com mais facilidade e resignação aquelas provas a que está sujeito. Uma carga dividida faz-se menos pesada. […] Quem está enfermo que eu não esteja enfermo com ele? — pergunta aquele grande Apóstolo aos Coríntios: ‘Quis infirmatur, et ego non infirmor?’ (2 Cor 2, 29). Se um membro padece, todos os membros se compadecem: ‘Si quid patitur unum membrum, compatiuntur omnia membra’(1 Cor 12, 26).Sede todos, diz São Pedro, de um mesmo coração, compassivos, amorosos para com todos os irmãos, misericordiosos, modestos, humildes, não pagando mal com mal, nem maldição com maldição, antes, pelo contrário, bens ou bênçãos, porque a isto sois chamados, a fim de que possuais a herança da bênção celestial (cf. 1 Pd 3, 8-9)”.
D. Duarte Leopoldo observa: “Bem-aventurados os que choram os seus pecados e os dos seus irmãos. Santas lágrimas que tanta consolação merece no Céu. Também as lágrimas que, todos os dias e com tanta abundância, caem dos olhos dos pobres, dos aflitos, dos doentes e abandonados têm bem-aventurança. ‘Lázaro só teve males na vida’, diz Abraão ao mau rico, ‘agora ele é consolado’”.
Falando sobre a razão pela qual devemos chorar e sofrer por nossos pecados, diz o Pe. Royo Marin: “Cada pecado, mesmo que pareça insignificante, é uma desordem, e por isso mesmo é uma deformidade e feiúra da alma, uma vez que a beleza da alma consiste no esplendor da ordem. Consequentemente, qualquer coisa que por sua natureza tenda a destruir o pecado ou apagar sua marca na alma deve, por isso mesmo, embelezá-la. Por essa razão o sofrimento purifica e embeleza a alma. […] É impossível medir o poder redentor do sofrimento oferecido à justiça divina com uma fé viva e um ardente amor através das Chagas de Cristo”.
Quarta bem-aventurança: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão saciados. (Versículo 6)
Comenta o Pe. Royo Marin: “A palavra justiça é frequentemente usada na Escritura como sinônimo de santidade; mas como uma virtude especial é um hábito sobrenatural que inclina a vontade constantemente e perpetuamente a render a cada qual o que lhe é estritamente devido. […] Sua importância tanto na vida social quanto pessoal é evidente. Ela põe as coisas em sua reta ordem, e desse modo prepara o caminho para a verdadeira paz, que Santo Agostinho define como a tranquilidade da ordem, e a Escritura como obra da justiça”.
D. Duarte explica que “fome e sede de justiça é a necessidade que sente toda alma boa e reta, todo coração bem formado, de fazer a vontade de Deus, essa vontade de que Jesus fazia o seu alimento. O meu alimento é fazer a vontade daquele que Me enviou. Bem-aventurados os que devoram com prazer o pão que Jesus lhes apresenta, e bebem com delícia a água que Ele ofereceu à Samaritana”.
O diácono Mcmanaman observa: “Os indiferentes não sofrem pelas feridas dos outros. […] Muitos, na verdade, se deleitam secretamente com os infortúnios dos outros, razão pela qual as más notícias se espalham rapidamente. Muitos simplesmente não se irritam com as injustiças ao seu redor e, embora eles sejam muito apaixonados por seus objetivos, essas ambições geralmente têm pouco a ver com tornar este mundo mais justo, e mais a ver com sua própria realização individual. Aqueles que entraram em Cristo sofrerão muita fome e sede, porque há muita injustiça ao nosso redor. Quanto mais intenso for o seu amor, mais intensa será a sua fome e sede; bem-aventurado se você vive com este tipo de fome e sede, porque isso significa que você entrou na fome e sede de Cristo”.
Quinta bem-aventurança: Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. (Versículo 7)
Comenta o saudoso Arcebispo de São Paulo, “Os misericordiosos, isto é, os que perdoam, os que se compadecem das misérias do próximo, os que choram com os que choram, os que curam as feridas do corpo e da alma daqueles que sofrem; enfim, os justos, bons e dedicados, no último dia Nosso Senhor será também misericordioso para com eles”.
“Um dos modos de se ser misericordioso é praticando a tão esquecida virtude da afabilidade”, como diz o Pe. Royo Marin: “Há numerosos atos ou manifestações da virtude da afabilidade, e todos eles derivam da amizade por nossos próximos. Benignidade, polidez, simples louvor, indulgência, sincera gratidão, hospitalidade, paciência, mansidão, refinamento de palavras e atos etc. Essa preciosa virtude é de extrema importância, não somente na associação com amigos, vizinhos e estranhos, mas de um modo especial dentro do círculo da própria família, onde é muitas vezes negligenciada”.
A isso acrescenta o diácono teólogo: “Cristo revelou Deus como misericórdia absoluta. Ele veio para morrer por nós e cancelar a dívida do pecado, que não pudemos pagar. A palavra latina para misericórdia é ‘misericordia’ (miser, cor, dia). A palavra significa o coração (cor) de Deus, tocando nossa miséria (de avarento). Deus entra em nossa miséria tornando-se homem na Pessoa de Cristo. Ele o faz para injetar o conforto de sua presença nas profundezas de nossas trevas para que, quando a vida se torna escura para nós, não tenhamos que sofrer sozinhos. Quando somos tocados por sua misericórdia, também nos tornamos misericordiosos; segui-lo é nos tornarmos canal da sua misericórdia”.
Comentando a virtude da concórdia, afirma Cornélio a Lapide: “Em três coisas compraz-se o meu coração, diz o Eclesiástico, as quais são da aprovação de Deus e dos homens: a concórdia entre os irmãos e parentes, o amor dos próximos, e um marido e mulher bem unidos entre si (Pr 25, 1-2). A concórdia entre irmãos é a paz, diz São Agostinho; a concórdia entre irmãos é a vontade de Deus, a alegria de Jesus Cristo, a perfeição da santidade, a regra de justiça, o fundo da doutrina, a zeladora dos costumes, e em todas as coisas um a disciplina digna de louvor: ‘Pax concordia fratrum, concordia fratrum voluntas Dei est, juncunditas Christi, perfectio sanctitatis, justitiae regula, matéria doctrinae, morum custodia, atque in rebus omnibus laudabilis disciplina (Sentent.)’. Ali onde há a concórdia, ali está Jesus Cristo, ali está Deus, ali está toda a Santa Trindade, formando, de certo modo, naqueles que vivem bem unidos, uma trindade na unidade, isto é, a união dos espíritos, dos corações e das ações”.
Sexta bem-aventurança: Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. (Versículo 8)
Eis o comentário que faz John P. Van Kasteren em The Catholic Encyclopedia sobre essa bem-aventurança: “De acordo com a terminologia bíblica, ‘pureza de coração’ (versículo 8) não pode ser encontrada exclusivamente na castidade interior, nem mesmo, como muitos estudiosos propõem, em uma pureza de consciência geral, em oposição à pureza levítica ou legal, exigida pelos Escribas e fariseus. Pelo menos o lugar apropriado para tal bênção não parece ser entre a misericórdia (versículo 7) e a pacificação (versículo 9), nem depois da virtude aparentemente mais abrangente da fome e sede de justiça. Mas frequentemente no Antigo e no Novo Testamento (Gn 20: 5; Jó 33: 3, Sl 23: 4 (24: 4) e 72: 1 (73: 1); 1 Tm 1: 5; 2 Tm 2:22) o ‘coração puro’ é a boa intenção simples e sincera, o ‘olho são’ de São Mateus (6:22). E, portanto, oposto às consequências não confessadas dos fariseus (Mt 6: 1-6, 16-18; 7: 15; 23: 5-7, 14) Este ‘olho são’ ou ‘coração puro’ é mais do que necessário nas obras de misericórdia (versículo 7) e zelo (versículo 9) em favor do próximo. E é lógico que a bênção, prometida a esta contínua busca pela glória de Deus, deve consistir na ‘visão’ sobrenatural do próprio Deus, o último objetivo e fim do reino celestial em sua conclusão”.
A esse respeito, comenta o citado diácono Douglas que “O que é puro não se mistura. Por exemplo, falamos de xarope de bordo puro que não é misturado com qualquer outra coisa. Ser puro de coração é ter um amor indiviso por Deus, um coração não misturado com qualquer outro amor competitivo. Algumas pessoas amam a criação mais do que o Criador; eles amam as coisas; eles adoram coisas, riquezas, os prazeres da Terra, a glorificação do eu etc. Eles podem amar a Deus, mas seu amor está misturado com um amor desordenado de si mesmo”.
Por sua vez, observa D. Duarte: “Os corações puros, desprendidos dos sentimentos carnais e sensuais que mancham o corpo e a alma; os corações abertos a tudo o que é nobre, santo, justo, amável e virtuoso, a tudo o que é louvável nos bons costumes, como diz São Paulo. Esses corações verão a Deus neste mundo, através das sombras da fé, e no Céu O contemplarão face a face. Pelo contrário, a impureza de coração é o maior obstáculo, e quase sempre o único, que encontram as verdades da Religião”.
Sétima bem-aventurança: Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Versículo 9)
Sobre esta bem-aventurança, diz o citado diácono: “A palavra latina para paz é ‘pax’, que significa unidade. Conforme profetizou Ezequiel, o Senhor reunirá seu povo de todas as nações; pois o amor une, o ódio divide. Um pacificador é aquele que se esforça para unir, para manter uma harmonia genuína entre as pessoas. Um pacificador não é um ‘pacifista’; antes, ele está disposto a ‘fazer’ a paz, a trabalhar por ela, até mesmo a lutar por ela. Um agressor injusto, que pode incluir uma nação inteira, tem a intenção de destruir a paz; portanto, um verdadeiro pacificador está até disposto a pegar em armas e lutar, talvez morrer pelo pax da nação, como fizeram nossos veteranos de guerra. Portanto, não há exigência de que alguém se torne um pacifista se for um cristão”.
Já John P. Van Kasteren afirma: “Os ‘pacíficos’ (versículo 9) são aqueles que não apenas vivem em paz com os outros, mas também fazem o possível para preservar a paz e a amizade entre a humanidade e entre Deus e o homem, e para restaurá-la quando for perturbada. É por causa desta obra piedosa, ‘uma imitação do amor de Deus pelo homem’, como São Gregório de Nissa o denomina, que eles serão chamados de filhos de Deus, ‘filhos de vosso Pai que está nos céus’ (Mt 5 : 45)”.
Por outro lado, diz D. Duarte: “Os pacíficos, os que odeiam as discussões, dissensões e demandas injustas; os que buscam, de preferência, tudo o que une e aproxima os corações; os que têm, por assim dizer, o culto dos direitos alheios. Filhos da paz, eles preferem ceder o seu direito, para não defendê-lo com quebra da caridade”.
Oitava bem-aventurança: Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. (Versículo 10)
Escreve a revista Permanência: “A oitava bem-aventurança é uma confirmação e manifestação de todas as precedentes. Pois, quem está firmado na pobreza do espírito e na mansidão e nas demais bem-aventuranças, não se afasta, por isso mesmo, desses bens por nenhuma perseguição. Por outro, a oitava bem-aventurança concerne, de certo modo, às sete precedentes”.
“Esta bem-aventurança final — diz o diácono MCManaman — implica claramente que existe uma diferença real entre alegria e prazer; pois não há prazer em ser perseguido, mas encontramos uma alegria secreta nos próprios recessos da alma, pois nos demos conta de que recebemos o dom de ser atraído para o próprio coração do silêncio dele. Cristo é alegria, e é sendo perseguido por causa dele que realmente O conhecemos. O silêncio de Cristo é mais alegre do que as maiores alegrias que a Terra tem para oferecer, e é isso que a perseguição por causa de Cristo faz por nós, nos tira do barulho do mundo e nos leva ao descanso profundo de seu outro silêncio mundano . Jesus pode dar bem-aventurança àqueles que sofrem por pertencerem a ele, porque ele não é um mero homem; ele é totalmente Deus e totalmente homem, e como Deus escolheu juntar-se à natureza humana para injetar no sofrimento humano a própria alegria de sua vida sobrenatural, que é tão diferente de qualquer outra alegria que de fato nos deixa em silêncio. Nós descansamos nele; pois encontramos tudo o que o coração humano procura, mas não pode encontrar fora dele”.
Ao que afirma Van Kasteren: “Assim, por uma inclusão não incomum na poesia bíblica, a última bênção remonta à primeira e à segunda. Os piedosos, cujos sentimentos e desejos, cujas obras e sofrimentos são apresentados diante de nós, serão abençoados e felizes por sua participação no reino messiânico, aqui e no além. E visto nos versos intermediários parecem expressar, em imagens parciais da única bem-aventurança sem fim, a mesma posse da salvação messiânica. As oito condições exigidas constituem a lei fundamental do reino, a própria essência e medula da perfeição cristã. Por sua profundidade e amplitude de pensamento, e sua influência prática na vida cristã, a passagem pode ser colocada no mesmo nível do Decálogo no Antigo, e do Pai Nosso no Novo Testamento, e superou ambos em sua beleza poética de estrutura”.
Concluímos com D. Duarte Leopoldo: “A justiça é a causa de Deus. Os perseguidos combatem por Ele, e Ele se encarrega de os recompensar como merecem, e ainda mais do que merecem”.
ABIM