sexta-feira, 1 de outubro de 2021
Último trimestre de 2021 traz uma renovada agenda cultural ao Município de Ovar Tiago Bettencourt marca retoma da programação cultural e assinala Dia Mundial da Música
Proença-a-Nova | Projeto “Newton Gostava de Ler” junta ciência e literatura
Cinco distritos sob aviso amarelo. Chuva regressa a Portugal este fim de semana
Devido à precipitação e vento forte, Viseu, Porto, Vila Real, Viana do Castelo e Braga, estão sob aviso amarelo.
A chuva regressa a todo o território nacional este fim de semana. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) refere que, no sábado, a chuva será, "em geral, fraca nas regiões Norte e Centro". No domingo, a precipitação "poderá ser localmente intensa nas regiões Norte e Centro, passando gradualmente a regime de aguaceiros fracos e pouco frequentes".
O IPMA colocou, esta sexta-feira, os distritos de Viseu, Porto, Vila Real, Viana do Castelo e Braga em aviso amarelo devido à precipitação e vento forte. Estes avisos estarão em vigor entre as 21h00 de sábado e as 03h00 de domingo.
O vento soprará de fraco a moderado de sudoeste e de moderado a forte nas terras altas. Haverá também uma pequena subida da temperatura mínima no litoral e uma pequena descida da temperatura máxima.
No Sul, o IPMA prevê "períodos de céu muito nublado, apresentando-se pouco nublado ou limpo no Algarve e no Baixo Alentejo durante a tarde", com uma pequena descida da temperatura máxima.
A Madeira terá "céu pouco nublado ou limpo" no sábado, com vento fraco a moderado de nordeste e uma pequena descida da temperatura máxima nas terras altas.
Nos Açores, o sábado será marcado por céu muito nublado com boas abertas e vento fraco.
Já no domingo, no território continental, o céu deverá apresentar-se muito nublado a partir do final da madrugada de domingo, tornando-se "gradualmente pouco nublado, de norte para sul".
O vento soprará de fraco a moderado de oés-sudoeste e de moderado a forte nas terras altas, e "por vezes com rajadas até 80 km/h em especial no Norte e Centro".
A temperatura vai descer ligeiramente, com as máximas a oscilarem entre os 13 ºC e os 24 ºC e as mínimas entre os 7 ºC e os 15 ºC.
Na Madeira, a chuva está prevista para o meio da tarde de domingo. O IPMA prevê céu pouco nublado, com maior nebulosidade a partir do meio da tarde. As temperaturas vão variar entre os 20 ºC e os 27 ºC.
Carolina Quaresma / TSF
Imagem: Sapo
Neblina em ilhas dos Açores pode ser consequência do vulcão de La Palma
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) está a estudar a possibilidade de uma reação química provocada pelo vulcão de La Palma estar a criar uma “neblina” em torno das ilhas do grupo central dos Açores.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Ramalho, do IPMA nos Açores, refere que a “visibilidade mais reduzida” e a “neblina” verificada no grupo central do arquipélago “poderão ter origem no vulcão de La Palma”.
Segundo disse, trata-se um “sulfato” que se “agrega com o vapor de água” e que cria aquela “neblina” devido à humidade elevada registada nos Açores.
O meteorologista realçou que o IPMA ainda “está a confirmar” a hipótese e destacou que essa possibilidade “não tem a ver com as cinzas” do vulcão, sendo antes um processo químico.
“São reações químicas que depois se propagam pelo Atlântico. São processos químicos que se dão a partir da erupção do vulcão, que emite diversos gases. Alguns desses gases, à medida que se deslocam na atmosfera, sofrem reações químicas. Quando chegaram aqui [à região] deram origem a este sulfato", afirmou.
E prosseguiu: “Este sulfato agrega-se ao vapor de água, e como a humidade relativa está muito elevada, forma-se esta neblina. Isso é o que nós achamos, mas ainda não temos resposta oficial”.
Carlos Ramalho referiu que quando a redução da visibilidade é provocada por areias do deserto, “normalmente fica tudo muito sujo e com pó”, situação que não está a acontecer atualmente.
Segundo disse, é “provável” que esse sulfato se tenha propagado a outras regiões, mas “como a humidade não era tão elevada” nesses locais “as pessoas nem deram conta”.
Esperando ter a confirmação oficial nas “próximas horas”, Carlos Ramalho disse que a “concentração” do sulfato “é muito baixa” e que a “situação deve melhorar” no sábado.
O vulcão Cumbre Vieja situa-se na ilha de La Palma, uma das que integram o arquipélago espanhol das Canárias, situado no oceano Atlântico, a oeste da costa de Marrocos.
A erupção do vulcão começou em 19 de setembro e obrigou mais de 6.000 pessoas a abandonarem as suas casas.
Até ao momento, não se registaram feridos ou mortos.
A lava destruiu 656 edifícios e cobriu 268 hectares na ilha, de acordo com o sistema de medição geoespacial Copernicus da União Europeia.
Madremedia/Lusa
Imagem: TSF
União Europeia muda para hora de Inverno no dia 31 de outubro
A hora na União Europeia vai mudar no dia 31 de outubro para o horário de Inverno, atrasando mais uma vez os ponteiros 60 minutos, apesar de haver uma proposta desde 2018 para a abolição desta prática sazonal.
“A próxima mudança sazonal tem lugar no dia 31 de outubro e repito o que disse há seis meses, quando me fizeram pela última vez essa pergunta, quando repeti o que tinha dito seis meses antes também: a Comissão propôs o fim da mudança sazonal da hora em setembro de 2018 […] e esta recebeu o apoio do Parlamento Europeu (PE) em 2019 e a bola está agora com os Estados-membros, que têm de chegar a uma posição comum no Conselho”, disse, na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia o porta-voz para a Saúde Pública, Stefan de Keersmaecker, respondendo a uma questão sobre o tema.
A proposta para abolir a mudança da hora foi apresentada em 2018 pelo executivo comunitário, mas a discussão ficou bloqueada na divergência no Conselho da UE.
Os 27 Estados-membros, a quem cabe decidir sobre o assunto, não chegaram ainda a uma posição comum sobre o tema, sendo que o primeiro-ministro, António Costa, anunciou, ainda em 2018, que, com base numa recomendação do relatório realizado pelo Observatório Astronómico de Lisboa, de agosto de 2018, que as alterações sazonais são para manter.
A proposta foi apresentada pela Comissão Europeia em 2018 — na sequência de uma consulta pública efetuada em todos os Estados-membros em que a esmagadora maioria dos inquiridos (84%) se mostrou a favor do fim das mudanças de horas sazonais, e na sequência, também, de uma resolução do PE.
Face ao impasse no Conselho, no domingo, 31 de outubro, a hora muda uma vez mais e os ponteiros do relógio vão ser atrasados 60 minutos – das duas para a uma da manhã – entrando em vigor a hora de Inverno.
Madremedia/Lusa
Um em cada quatro idosos sente-se só e tem sintomas depressivos
Investigadores do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) concluíram que um em cada quatro idosos se sente só e tem sintomas depressivos, apelando para que sejam adotadas “medidas urgentes” para “combater a epidemia da solidão”.
Em comunicado, o centro da Universidade do Porto afirma hoje, em que se assinala o Dia Internacional da Pessoa Idosa, que o projeto avaliou “os desafios associados ao envelhecimento demográfico”.
A partir da base europeia SHARE, que acompanha pessoas com mais de 50 anos e pretende responder aos objetivos da Década do Envelhecimento Saudável, o projeto, intitulado QASP (Qualidade de Vila e Envelhecimento em Espanha, Portugal), concluiu que a chamada “epidemia de solidão” e os problemas de saúde mental requerem “medidas urgentes” para promover a qualidade de saúde e vida.
“É urgente desenvolver meios de deteção precoce dos problemas de solidão, isolamento social e sofrimento psicológico em pessoas idosas, assim como promover programas de apoio às famílias”, alertam os investigadores, citados pelo CINTESIS.
O projeto, que decorreu ao longo de três anos e vai ser apresentado hoje na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), conclui que cerca de 22% da população portuguesa tem 65 ou mais anos e que “uma em cada quatro pessoas idosas tem sentimentos de solidão e sintomas depressivos”.
Os investigadores salientam por isso a necessidade de desenvolver “ações a todos os níveis”, nomeadamente, individual, comunitário e institucional em articulação com a administração publica, os serviços sociais e da saúde, movimentos associativos e investigadores.
Para combater a “solidão indesejada” e o isolamento, a equipa envolvida no projeto recomenda a deteção precoce dos problemas e a promoção de programas comunitários e de apoio às famílias que “garantam o descanso do cuidador e a conciliação dos cuidados prestados à família”.
Já para lidar com o sofrimento psicológico dos mais velhos, principalmente, estados depressivos e ansiedade aconselham, além da deteção precoce, o “desenvolvimento de atividades na comunidade que estimulem simultaneamente capacidades físicas, psicológicas e sociais”.
Citado no comunicado, Óscar Ribeiro, investigador do CINTESIS e coordenador do projeto em Portugal, afirma ser necessário “fomentar a participação das pessoas mais velhas em todas as fases dos programas de cuidados e promoção da saúde física e mental, ajudando-as a sentirem-se valorizadas, uteis e com propósito de vida”.
Também Maria João Forjaz, coordenadora do projeto e investigadora do Instituto de Saúde Carlos III (Espanha), salienta ser preciso desenvolver “intervenções multidisciplinares com o objetivo de mitigar a solidão e o isolamento social”.
“Pretendemos sensibilizar e colocar a temática do envelhecimento na agenda política. Para isso, é preciso chegar a vários organismos e instituições ao mesmo tempo. Também é preciso que as empresas tenham em conta estratégias para abordar o envelhecimento dos seus trabalhadores”, refere a coordenadora.
As recomendações do projeto, financiado pelo Instituto de Saúde Carlos III, são dirigidas às autoridades de saúde, decisores políticos e profissionais que trabalham com pessoas idosas, tanto em Portugal, como em Espanha.
A apresentação do projeto, que decorre entre as 09:30 e as 13:00, conta com a presença de membros da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Madremedia
Falta de areia e ventos velozes são as maiores ameaças à costa da região Norte
Os especialistas estão mais preocupados com o défice sedimentar, que rouba areia às praias do Norte, e com os ventos velozes, que podem provocar o galgamento das ondas, do que com a subida do nível da água do mar.
Olhando para as projeções para 2030 de inundações anuais relacionadas com a subida do nível das águas do mar no território português, avançadas pela Climate Central, saltam à vista os estuários do Tejo e do Mondego, mas é a mancha vermelha da zona de Aveiro a que mais assusta.
Mais acima, zonas como Esmoriz, Espinho, Matosinhos, incluindo o porto de Leixões, Ofir e Viana do Castelo também inspiram cuidados.
No cenário traçado por este coletivo, que junta cientistas e jornalistas para estudar os impactos das alterações climáticas, em menos de uma década, toda a ria de Aveiro pode ser engolida pelo mar, que chega quase a Estarreja e submerge, por exemplo, Angeja, Murtosa, Vera Cruz e as Gafanhas da Encarnação, da Boa Hora, da Nazaré e de Aquém, além das mais expostas praias da Barra, da Costa Nova e do Furadouro.
Os cientistas com quem a Lusa falou são rápidos a reconhecer que estes cenários alertam para zonas vulneráveis, mas que é preciso olhar para dados locais.
Ainda assim, a geógrafa Ana Monteiro, coordenadora do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas (PMAAC) da Área Metropolitana do Porto (AMP), refere que “a imagem que está no mapa é ‘boazinha’ para Aveiro”.
A especialista em questões do clima realça, no entanto, que estes dados “dão-nos um sinal de como está a funcionar o sistema climático à escala global, não são ferramentas para usarmos à escala local e regional”.
“Para essa escala, preciso de ter uma rede, e em Portugal, não tenho”, lamenta.
O hidrobiólogo Adriano Bordalo e Sá, investigador do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, refere que, para o Norte do país, o problema é, para além da “questão da subida do nível médio do mar, com o derreter das calotes [polares], é também o facto de não chegar à zona costeira a quantidade de are
Isto acontece “porque temos barragens, e temos uma coisa chamada Plano Nacional das Barragens, que ainda veio complicar mais”.
A principal fonte de areia aqui para o Norte, que era o rio Douro, neste momento, tem uma fração da areia transportada – qualquer coisa como 250 mil toneladas por ano, quando, antes das barragens, antes dos anos ’50, se estima que o transporte era de 1,5 milhões de toneladas”, detalha.
Também Carlos Coelho, investigador do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro, refere o problema do défice sedimentar, mas acrescentando, ainda, que “o impacto também se divide em várias componentes, nomeadamente, a subida do nível das águas do mar, mas também a eventual intensificação de tempestades”.
“A componente particular da subida do nível da água do mar vai fazer com que o mar avance mais sobre terra, – com um agravamento do recuo da linha de costa –, mas esse efeito, comparado com outros fatores, acaba por ter um efeito mais pequeno, diria, em projeções que já fiz, 10-15%, no máximo, de agravamento”, avança.
O investigador considera que, “muitas vezes, são apresentados de forma alarmista alguns resultados, mas é preciso ver quais os pressupostos por detrás”.
“Aí, suponho que seja ‘não fazendo nada, evolui desta maneira’, mas o homem faz e reage a eventos”, destaca o engenheiro.
Sobre o trabalho da Climate Central, Carlos Coelho ressalva que não são considerados “os efeitos das precipitações que possam resultar em cheias fluviais”, nem “a variação da morfologia costeira ao longo do tempo”, tendo em conta “os processos de erosão costeira e as intervenções de defesa”.
“Desta forma, não retirando qualquer mérito ou importância ao trabalho, considero que o mesmo serve de alerta para que se desenvolvam estudos mais detalhados nas zonas críticas, mantendo-se sempre a preocupação e atenção sobre estas zonas costeiras”, prossegue.
O PMAAC da AMP identifica um “impacte nulo ou muito baixo no aumento da exposição a mais inundações costeiras e ribeirinhas” para os 17 municípios em questão.
Confrontada com as previsões da Climate Central, a coordenadora científica do estudo realça que naquela área, “e comparativamente com outras áreas do globo”, a subida do nível das águas do mar “não é o problema mais grave”.
“O problema mais grave relacionado com o mar são as incursões das águas do mar resultantes, por exemplo, de ventos velozes”, concretiza.
Ana Monteiro releva que, no que toca a proteger a costa, “há sempre duas variáveis na equação: uma é o comportamento do sistema climático” e a outra é “como estão os alvos”.
O que se observa no Norte português é que “o alvo ou já perdeu parte da sua linha de costa, ou está muito próximo da atual linha de costa e, portanto, é um alvo vulnerável”.
“Se eu não posso mexer na tempestade, se não posso mexer no fluxo de ar, então o que posso fazer, com ciência e técnica, é mexer no alvo e tornar os alvos, isto é, as pessoas, as construções, os bens, menos vulneráveis, menos expostos”, conclui.
Conferência Prática de Protocolo Autárquico em Lisboa, Porto e Coimbra
Vai ser realizada uma Conferência Prática de Protocolo Autárquico em Lisboa no dia 29 de outubro, na cidade de Porto no dia 5 de novembro e em Coimbra no dia 12 de novembro, tendo como conferencista o autor e especialista de Protocolo e Comunicação Nuno Miguel Henriques | www.nunomiguelhenriques.com |, numa organização da Embaixada do Conhecimento.
Pretende-se com esta atividade dotar os participantes de ferramentas tendo em vista o sucesso nas autarquias, por via da utilização do Protocolo Contemporâneo, da Comunicação formal e informal (não convencional) e a difusão de mensagens comunicacionais (políticas e institucionais) através de sites, redes sociais e outros meios das novas Tecnologias da Informação.
O Protocolo destina-se a todos aqueles, que no âmbito da sua atividade profissional sintam a necessidade de desenvolver ou aprimorar, as suas noções sobre sessões, cerimónias, legislação, usos e costumes, condutas e outros procedimentos protocolares.
Através desta atividade prática os participantes irão adquirir conhecimentos vitais para o exercício eficaz e eficiente das suas atividades profissionais no âmbito do protocolo, relações públicas e comunicação, através de casos práticos, noções e conceitos específicos das mais variadas situações, desde a interpretação das simbologias municipais (além de outras), passando pelas variantes de comunicação protocolar, até aos procedimentos que um anfitrião deve tomar em cerimónias ou eventos protocolares.
Os interessados em participar nesta Conferência Prática de Protocolo Autárquico, podem obter mais informações complementares e fazer a inscrição no site www.embaixadadoconhecimento.com .
Homem morre em explosão enquanto filmava tutorial sobre como rebentar caixas de multibanco
Indivíduo era líder de um grupo que ensinava como fazer explodir caixas de multibanco de forma eficaz.
As autoridades holandesas e alemãs desmantelaram numa missão conjunta um gangue envolvido na realização de vídeos que ensinavam como rebentar caixas de multibanco. No entanto, segundo o The Guardian, tal só foi possível depois de um dos seus elementos, que se suspeita ser o líder, ser vítima de uma explosão durante o processo.
De acordo com a Europol, um suspeito acabou morto e outro ficou gravemente ferido na cidade holandesa de Utrecht após uma demonstração num "centro de treino" ilegal para fazer rebentar caixas de multibanco com engenhos explosivos.
"Os criminosos estavam a fazer vídeos de tutoria que eram entregues em pessoa a outros criminosos. O suspeito principal, um homem de 29 anos, morreu na sequência de uma explosão enquanto filmava o vídeo. O seu cúmplice, de 24 anos, sofreu ferimentos graves e foi levado sob custódia", revelou um porta-voz da Europol.
A explosão em causa data de setembro de 2020.
O jornal britânico dá conta que a polícia acabou por efetuar nove detenções durante a operação que durou cerca de 18 meses — e que pode estar ligada a pelo menos 15 assaltos a caixas multibanco na Alemanha com recurso a explosões que resultaram em roubos de mais de 2 milhões de euros.
Madremedia
ATRAÍDAS PELA TRADIÇÃO
Jovens levam Carmelo a dobrar o número de freiras em apenas dois anos
- Plinio Maria Solimeo
Depois do controvertido Concílio Vaticano II houve uma débâcle geral na prática religiosa em todo o mundo, afetando drasticamente as vocações sacerdotais e as Ordens religiosas, cujos membros foram envelhecendo sem que houvesse outros para os substituírem.
Por um fenômeno curioso, essa triste realidade não afeta os que seguem a liturgia tradicional anterior ao Concílio. O que faz com que as associações de sacerdotes e religiosos que seguem essa liturgia têm tido um crescente número de vocações. De maneira que, em vez de fecharem igrejas, conventos e seminários — como infelizmente vem acontecendo em toda parte na igreja progressita — veem-se obrigados a ampliá-los para atender às novas vocações.
É o que está sucedendo com o Carmelo de Alençon [fotos], cidade berço de Santa Teresinha do Menino Jesus, que em apenas dois anos viu dobrar o número de suas monjas. De dez que eram em 2019, passarão a dezessete em janeiro de 2022, com a chegada de cinco postulantes, quatro francesas e uma alemã, as quais se somarão às duas que ingressaram há pouco no convento.
Isso intrigou a conhecida revista progressista, Famille Chrétienne, que exclama: “No século XXI, essa escolha de vida radical espanta tanto quanto causa maravilha!”. Qual é a explicação para isto?
Entrevistada pela revista, a Madre Priora do Carmelo de Alençon atribui o fenômeno a dois fatores: à atualidade do carisma da Ordem Carmelitana e à decisão tomada pela comunidade em 2007, de adotar a liturgia tradicional: “O mundo e a Igreja estão sofrendo muito”, diz ela. “É o momento de aferrar-se à Cruz de Jesus, acercando-nos de Maria, segundo a intuição de nossa fundadora Teresa de Ávila”. Acrescenta que “as jovens que entram aqui querem viver com a Virgem ao pé da Cruz. Diante do perigo de se perder [nesse mundo corrompido], escolhem uma vida de oração e sacrifício, porque na liturgia de 1962 se expressa muito bem o caráter sacrifical da Missa”.
É essa liturgia tradicional que está atraindo as jovens a esse Carmelo, o único na Franca a oferecer a liturgia e o ofício divino segundo o rito anterior ao Concílio Vaticano II. A Madre explica que “as jovens escrevem na Internet ‘Carmelo’ e ‘forma extraordinária’, e encontram o nosso convento”.
Entretanto, uma nuvem negra paira no horizonte: o inexplicável e muito questionável motu proprio Traditionis Custodes, do Papa Francisco, restringido drástica e unilateralmente o uso do rito litúrgico segundo a forma extraordinária.
A religiosa, no entanto, está esperançosa de que o novo bispo de Séez, responsável pelo Carmelo, “que virá nos visitar o antes possível, nos deixe continuar [com a liturgia tradicional]. Estamos apegadas à liturgia de 1962, mas estamos muito bem integradas na diocese de Séez. São os sacerdotes [tradicionalistas] da Fraternidade de São Pedro que vêm celebrar a Missa no convento, à qual sempre temos assistido. Também temos as Missas celebradas por nossos sucessivos bispos, e as primeiras celebradas pelos sacerdotes da Comunidade de São Martinho [também tradicionalistas] da diocese”.
Devido ao crescente número de candidatas, a comunidade teve de se mudar para um novo convento fora da cidade e com maior capacidade, visando também escapar do bulício do centro urbano.
Esse Carmelo foi estabelecido na localidade de Alençon em 1888. Explica a madre superiora que “quando nossas fundadoras chegaram de Le Mans a final do século XIX, o convento estava localizado nos tranquilos subúrbios da cidade. Mas nos últimos anos nosso distrito se tornou demasiado ruidoso e animado, dificultando o recolhimento da vida monástica”. O que provocou a mudança.
Concluímos pedindo a Santa Teresinha que não permita que se restrinja, mas, pelo contrário, que se incentive cada vez mais a liturgia que tem atraído tantas almas verdadeiramente desejosas de seguir seriamente a religião, isso suscitaria um número cada vez maior de vocações sacerdotais e religiosas, atraindo também um número crescente de piedosos fiéis. Com isso as igrejas voltariam a se encher, contrariamente ao que está acontecendo hoje em dia.
Pois o fato é que a liturgia pós-Vaticano II não atrai mais os fiéis. Pelo contrário, os afasta, enfraquecendo a fé e esvaziando as igrejas, que muitas vezes acabam sendo vendidas para academias, supermercados, lojas, bares e até pista de skate.
Isso ocorre em toda a Europa e no Canadá. Segundo o Observatório do Patrimônio Religioso da França, somente no mês de fevereiro deste ano, havia 43 igrejas e capelas, além de outras propriedades católicas, à venda por falta de fiéis. Na Alemanha, onde nos últimos dez anos foram fechadas 515 igrejas pelo mesmo motivo.
ABIM
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Fontes:
BREAKING NEWS: Congress averts shutdown, sends 9-week funding patch to Biden’s des
Congress thwarted a government shutdown that would kick in at midnight on Thursday after both chambers swiftly passed a short-term spending bill, sending the measure to the White House for President Joe Biden’s signature just hours before federal cash expires.
The House passed the stopgap bill Thursday afternoon, just a few hours after the Senate approved the bill in a 65-35 vote. The continuing resolution would keep spending levels static for both the military and non-defense programs, buying Congress until Dec. 3 to either work out a broader deal on new funding totals or yet another temporary patch.
Fonte: POLITICO
É hoje. Portugal entra na última fase de desconfinamento. Saiba o que muda
A última fase do levantamento das restrições impostas para a controlar a pandemia entra hoje Portugal continental, com a reabertura de bares e discotecas e o fim das limitações de ocupação para lojas e restaurantes.
Hoje, o território continental passa também a estar em situação de alerta, o nível de resposta a situações de catástrofe mais baixo previsto na Lei de Base da Proteção Civil e que vai vigorar até às 23:59 de 31 de outubro.
Estas são as mudanças:
- Os estabelecimentos comerciais, restaurantes, cafés e a generalidade do comércio deixam de estar sujeitos a um número máximo de clientes ou de pessoas por grupo;
- São também levantadas as restrições aos horários de funcionamento destes espaços;
- Os espaços de diversão noturna podem reabrir — o que inclui bares e discotecas, mas entrada é dependente da apresentação do certificado;
- Terminam as restrições à venda e consumo de álcool;
- O uso de máscara mantém-se obrigatório nos transportes públicos, nas Lojas de Cidadão, nas escolas (exceto nos espaços de recreio ao ar livre), nas salas de espetáculos, nos cinemas, nas salas de congressos, nos recintos de eventos, nos serviços de saúde e nas estruturas residenciais para idosos, assim como nos espaços comerciais com área superior a 400 metros quadrados, incluindo centros comerciais;
- Os clientes dos restaurantes e os hóspedes dos hotéis deixam de ter de apresentar o certificado de vacinação ou o teste negativo à covid-19, o mesmo acontecendo para as aulas de grupo em ginásios e para o acesso a estabelecimentos de jogos de fortuna ou azar, casinos, bingos, termas e spas;
- Acaba a recomendação de teletrabalho, sem prejuízo da manutenção do desfasamento de horários;
- É eliminada a regra que impunha a testagem em empresas com mais de 150 trabalhadores no mesmo local de trabalho.
Madremedia/Lusa
Fim de limites de lotação nas igrejas, comunhão continua na mão
As exéquias e celebrações fúnebres voltam "ao normal" e todas as atividades educativas e formativas devem seguir as orientações das autoridades civis. As medidas entram em vigor esta sexta-feira.
A Conferência Episcopal Portuguesa anunciou esta quinta-feira o fim da imposição de limites à lotação das igrejas, por causa da pandemia. A medida entra em vigor no dia 1 de outubro.
Num comunicado enviado à Renascença os bispos explicam que, no contexto do levantamento de outras restrições no país, também as igrejas podem relaxar, “de forma ponderada” os limites à ocupação.
“Em relação às nossas assembleias litúrgicas, que são o coração pulsante da vida de fé, geradoras da comunhão eclesial e dinamizadoras do serviço e da missão, tendo em conta a evolução contextual, é tempo de ir retomando uma maior participação dos fiéis, abrandando de forma ponderada os distanciamentos e os limites impostos à lotação das nossas igrejas. Entretanto, as outras medidas de proteção – higienização das mãos e uso da máscara – devem manter-se”, lê-se.
Na ausência de um limite estipulado pelos bispos, depreende-se que cada comunidade é convidada a avaliar a sua própria situação e a agir em conformidade.
O documento explica que os padres e leitores podem retirar a máscara para serem mais bem compreendidos pelos fiéis, desde que seja respeitada a distância de segurança, mas salvaguarda que a comunhão continuará a ser distribuída exclusivamente na mão, e não diretamente na boca, embora o diálogo anterior a esta, em que o padre anuncia "Corpo de Cristo" e o fiel responde "Amen", pode ser retomado. A coleta pode voltar a realizar-se, mas a saudação da paz continua suspensa.
Enterros voltam ao "normal"
Todas as alterações que entretanto foram feitas durante a pandemia às celebrações fúnebres também ficam suspensas, com os bispos a ordenar que "no tocante à celebração dos demais Sacramentos, Sacramentais e Exéquias cristãs, deverão retomar-se as prescrições dos livros litúrgicos."
Os padres são também convidados a manter uma distância de segurança com os penitentes na confissão, sem pôr em causa o sigilo, e "nas unções, evite-se o contacto corporal direto, recorrendo ao uso de compressas de algodão que, em seguida, se recolhem e posteriormente serão incineradas. Antes e depois dos ritos que comportem algum contacto físico com pessoas ou objetos, os ministros devem proceder à higienização das mãos."
"Nos velórios, a prática da aspersão supõe a mesma cautela. Se não for possível garantir esse procedimento, é preferível retirar a caldeirinha e usá-la apenas no Rito da Encomendação. As pias de água benta junto às entradas da igreja continuarão vazias", lê-se ainda no documento.
Por fim, a Igreja portuguesa remete para as autoridades civis outras atividades pastorais como "catequese e outras ações formativas, reuniões, ajuntamentos, iniciativas culturais e de restauração, entre outras, bem como peregrinações, procissões, festas, romarias, concentrações religiosas, acampamentos e outras atividades similares", que devem seguir "as regras previstas pelas autoridades competentes para situações educativas, sociais e culturais semelhantes".
A Igreja Católica em Portugal tem feito questão de seguir sempre as orientações da DGS e do Governo relativas à pandemia, antecipando-se mesmo a elas em algumas ocasiões.
As novas orientações surgem numa altura em que Portugal conta já com uma taxa de vacinação de cerca de 85% da população, o que permite, segundo o Governo, levantar várias das restrições que ainda estavam em curso.
Filipe D´Avillez / RR
Histórico. Portugal vence Cazaquistão e está pela primeira vez na final do Mundial de futsal
Depois de um terceiro e um quarto lugar, em 2000 e 2016, Portugal consegue pela primeira vez na história qualificar-se para a final do Mundial de futsal. Jogo com a seleção cazaque decidiu-se nas grandes penalidades depois de um 1-1 no tempo regulamentar e um 2-2 no prolongamento.
Portugal venceu o Cazaquistão esta quinta-feira e superou pela primeira vez as meias-finais do Mundial de futsal, depois de em 2016, no torneio que se realizou na Colômbia, ter ficado em quarto lugar e em 2000, na Guatemala, ter ocupado o último lugar do pódio.
Não se pode dizer que o jogo não começou da melhor maneira para a equipa das Quinas, com a seleção cazaquistanesa a colocar a bola no fundo das redes defendidas por Bebé logo aos três minutos. No entanto, o vídeo-árbitro anulou o golo alegando que a bola tinha ultrapassado as quatro linhas no início da jogada.
Apesar do domínio da seleção portuguesa, e de mais duas ocasiões de perigo dos cazaques, a exibição segura do guarda-redes Higuita permitiu levar o jogo para o intervalo com um empate a zeros.
Se aos três minutos do primeiro tempo foi o Cazaquistão a meter a bola no fundo das redes, ainda que de forma inválida, três minutos depois do início da segunda parte foi a vez de Portugal, com um remate indefensável de Pany Varela, inaugurar o marcador - desta vez de forma válida.
O verdadeiro problema de Portugal, em relação ao adversário, era mesmo Higuita que defendeu e, aos 28 minutos, quase que marcou com um potente tiro de fora da área a só ser travado pelo poste.
Mas o guarda-redes cazaque não foi o único a brilhar. Aos 32 minutos Bebé, com uma enorme defesa manteve a vantagem lusa. E voltou a repetir o feito de forma fulcral mais três vezes até o encontro terminar.
O guarda-redes dos Leões de Porto Salvo, que fez grande parte da carreira no SL Benfica, defendeu tudo aquilo conseguiu até não conseguir mais. Aos 40 minutos Nurgozhin fez o golo da igualdade para o Cazaquistão.
No início do prolongamento Bebé voltou a ser insuficiente para parar a seleção cazaque que deu a volta ao marcador com um remate de livre de Douglas.
Quando o jogo parecia condenado, a pouco mais de um minuto do fim do prolongamento, Bruno Coelho fez o 2-2 empurrando o jogo para o desempate a grandes penalidades.
Na reunião de equipa antes do momento decisivo, Jorge Brás, o selecionador nacional, disse: "já ganhámos isto", prevendo que Bebé defenderia os dois primeiros penaltis. O guardião luso defendeu o primeiro, mas foi a defesa do colega de seleção, Victor Hugo, na quinta e última grande penalidade para os cazaques que abriu caminho ao penalti decisivo que Tiago Brito não desperdiçou
A profecia cumpriu-se, tanto quanto possível e Portugal eliminou o Cazaquistão com 4 penaltis convertidos contra 3 dos cazaques .
Segue-se agora o confronto com a Argentina, atual campeã do mundo, que na outra meia-final eliminou o Brasil.
Madremedia