domingo, 29 de outubro de 2023

Isabel Bernardo, do Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, recebeu menção honrosa. Professora de Cantanhede entre as 3 finalistas do Prémio Professor Bibliotecário

 
Isabel Bernardo, do Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, foi agraciada com uma menção honrosa no âmbito do Prémio Professor Bibliotecário, instituído pela primeira vez em 2023 com o intuito de distinguir o trabalho de excelência que desenvolvem nas bibliotecas das respetivas escolas, nos últimos quatro anos letivos.
A professora bibliotecária do Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria ficou nos três professores finalistas, entre 41 candidatos ao Prémio.
O Prémio Professor Bibliotecário foi para Cláudia Vieira Santos, do Agrupamento de Escolas de Santa Maria Maior, de Viana do Castelo, que o recebeu em sessão pública realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, no âmbito do Fórum da Rede de Bibliotecas Escolares, e na qual marcou presença o diretor do Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, José Soares, o subdiretor Pedro Chorosa, os professores bibliotecários que fazem parte da Rede de Bibliotecas de Cantanhede, Graça Silva e Rui Abreu, do Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva e João Paulo Martins, do Agrupamento de Escolas Gândara Mar, Isabel Nina, coordenadora inter-regional da Rede de Bibliotecas Escolares, e ainda o vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede e responsável pelo pelouro da Educação, Pedro Cardoso.
O autarca referiu a propósito que “esta distinção de Isabel Bernardo, é para todos nós, Rede Concelhia de Bibliotecas de Cantanhede, um motivo de orgulho e um justo reconhecimento da excelência do seu trabalho, o qual muito tem contribuído para o balanço muito positivo das dinâmicas e trabalho das bibliotecas escolares”.
O júri do Prémio foi constituído por Guilherme d’Oliveira Martins, administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, que assumiu a presidência do mesmo, Isabel Alçada, Teresa Calçada, Isabel Mendinhos e Sandy Gageiro.


*Paulo Cardantas
Divisão de Comunicação, Imagem, Protocolo e Turismo

OPINIÃO: Será bom para os portugueses ter juízes com apenas 24 anos?

 Em Portugal, um aluno exemplar que não reprove nenhum ano e que tenha sempre aproveitamento escolar passando com sucesso no curso no CEJ-Centro de Estudos Judiciários que dá acesso à profissão de juiz poderá a exercer profissão com apenas 24 anos de idade…
Será bom para a justiça em Portugal formar juízes com apenas 24 anos?
Eu penso que não. Penso que um jovem aos 24 anos, não tem a experiência de vida suficiente e experiência numa sala de audiências que lhe permita ajuizar determinadas situações que só a vida e o trabalho nos ensinam.
A valorização do conhecimento empírico em certos países é feita, ao contrário de Portugal, com grande critério no que diz respeito ao conhecimento das dificuldades da vida e que apenas os 24 anos de vida de um jovem que provavelmente passou a maioria do seu tempo de vida a estudar, não dão...
Para ser juiz na Inglaterra, por exemplo, é preciso exercer a advocacia pelo menos cinco anos. No caso dos tribunais de segunda instância e superiores, o tempo mínimo de experiência sobe. No Supremo, por exemplo, é preciso ter atuado nos tribunais como advogado pelo menos 15 anos. Ou seja, neste último caso só se é juiz para lá dos 40 anos de idade…
É paradoxal em Portugal termos o caso de uma juíza, Assunção Esteves, que enveredou pela política e que se reformou aos 42 anos de idade com 7 255 euros de pensão, uma vez que a lei permite a um juiz do tribunal constitucional reformar-se aos 40 anos de idade com apenas 10 anos de serviço… A mesma idade com que se pode começar a exercer o cargo de juiz no Supremo Tribunal em Inglaterra…
Embora Portugal apresente melhores dados de igualdade entre sexos no acesso a esta profissão, penso que se deveria repensar a experiência dos candidatos a juízes antes de entrarem pela primeira vez num tribunal sem qualquer género de experiência…
Tenho a noção que há poucos juízes no sistema de justiça, mas na minha perspetiva é importante a experiência de vida e a experiência dentro de um tribunal para poder decidir e impor a autoridade com sapiência perante todos os agentes dentro de uma sala de audiências.
É óbvio que mais tarde, ou mais cedo, tudo se aprende…, mas os primeiros anos de juiz para estes jovens não devem ser fáceis…como dizem alguns estudos recentes sobre a saúde mental de quem tem esta profissão que mexe com as nossas vidas de forma determinante.
 
Paulo Freitas do Amaral
Professor de História