J. Carlos, Director do Litoral CentroO
mundo
surpreende-nos a economia também.
O titulo deste apontamento não foi inventado, serviu de tema para a
primeira página da
edição do
“Dinheiro
Vivo”
deste sábado (6 de agosto de 2022).
As
guerras, as crises financeiras que
tanto se fala no Parlamento Europeu não
são para todos, atingem sobretudo as classes sociais mais frágeis,
com ordenados miseráveis, sendo, certamente os que mais trabalham, e
os
que mais descontam para os governos, porque
não tem por onde fugir aos descontos ou
colocá-los nos paraísos fiscais.
Não
tenho dúvidas que o suplemento do JN já foi arquivado pelo governo
e respectivos ministérios, vai ser usado num dos futuros debates
sobre o estado da economia ou
da nação. É disto que o governo adora e
gosta, tudo o mais deixou de ser assunto, nem que haja 3 ou 4 milhões
de pobres em Portugal, desde
que o Turismo aumente.
Estamos
perante uma economia de serventia, qual pedreiro a pedir massa ao servente da construção civil. Tomem
nota:
-
“O
regresso dos americanos e dos brasileiros tem ajudado a compor as
contas.”
“Preços
por noite que podem chegar aos dois mil euros, datas esgotadas e
parte do inverno já reservada. Em poucas palavras, este é o cenário
atual dos hotéis mais caros do país que estão de casa cheia à
boleia do regresso dos mercados internacionais como o Reino Unido, a
Alemanha, a França ou os Estados Unidos. A retoma dos turistas
brasileiros tem ajudado também aos bons números. Há hotéis que
assumem aumentos de preços superiores a 50%, face a 2019.”
“E
o dinheiro não tem sido problema para os turistas que estão
dispostos a gastar, a avaliar pela oferta disponível para os
próximos meses nas unidades mais exclusivas do país, que até ao
início de outubro têm já poucos quartos para vender. O segmento de
luxo, conhecido por ser tradicionalmente um dos mais rápidos a
recuperar depois de períodos de crise, tem beneficiado dos bons
ventos e dos turistas que chegam ao país de carteiras recheadas”.
"O
segmento de luxo está a recuperar mais facilmente. Os mercados com
muito poder de compra e habituados à qualidade estão a escolher
Portugal como o seu destino de férias, de residência e trabalho",
acrescenta a CEO da consultora, Ana Beatriz.
Mas
afinal, qual é o luxo procurado em Portugal? "O luxo de hoje é
simplicidade, leveza, serviço, bem-estar, empatia, desconectar,
conhecer e viver as tradições e culturas locais, conviver com a
comunidade, é a partilha de riqueza, autenticidade, é a felicidade
dos colaboradores e dos hóspedes", define Ana Beatriz.
(…)
o
The Yeatman é uma ode aos vinhos do Porto e destacam-se a vista
privilegiada para a Invicta e o restaurante de duas estrelas
Michelin. O cinco estrelas, que tem tarifas médias a partir dos 500
euros por noite, tem registado ocupação máxima nos meses de verão,
com datas esgotadas até outubro.”
Com
preços a partir dos 600 euros, as expectativas para os próximos
meses são otimistas. "As perspetivas continuam a ser muito
promissoras, mesmo para o inverno. Em setembro, por exemplo,
verificamos um grande volume de reservas de grupos e eventos. No
inverno, a época de Ano Novo é tipicamente forte", avança o
diretor de operações, Rui Brito.
“Na
Madeira, o Belmond Reid's Palace valida a maior procura por suites e
quartos de categoria superior com valores mais elevados. Neste hotel
do Funchal, uma suite pode custar 3800 euros e um quarto standard à
volta dos 900 euros. "O cliente tornou-se mais exigente após a
pandemia e espera um serviço acima dos padrões normais. São esses
padrões que transmitem a confiança tão necessária nesta fase e
que são determinantes na escolha final entre o turismo de luxo e o
turismo tradicional", assegura o responsável do cinco estrelas,
Ciriaco Campus.”
© Ilustração: Vítor Higgs
Para
os interessados na reportagem completa podem ler através deste link
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/estrangeiros-esgotam-hoteis-de-luxo-pagos-a-precos-recorde-15072711.html