EQUIPA DE INTERVENÇÃO LOCAL DE CASTELO DE PAIVA COMPLETOU UM ANO DE ACTIVIDADE COM 62 REFERÊNCIAÇÕES
Criada no âmbito do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), numa iniciativa municipal que agregou parcerias ao nível do Ministério da Saúde, Ministério da Educação e Ministério da Segurança Social, visando o apoio a crianças entre os 0 e os 6 anos, em situação de risco estabelecido, biológico ou ambiental, bem como às respectivas famílias, cujo contexto educativo está integrado no concelho a ELI (Equipa Local de Intervenção Precoce) de Castelo de Paiva, completou um ano de actividade em Outubro deste ano e orgulha-se do trabalho que foi desenvolvido nestes doze meses.
A ELI de Castelo de Paiva é constituída por vários profissionais, nomeadamente uma Educadora de Infância, Terapeuta da Fala, Terapeuta Ocupacional, Medico, Enfermeiro, Assistente Social e Psicólogo e contou com 62 referenciações, sendo que 44 crianças têm intervenção semanal nos diferentes contextos (creche, jardim de infância da rede pública e privada e domicílio), ao mesmo tempo que a equipa diligenciou ainda todo o processo de transição para o 1º ciclo de 6 crianças/famílias em articulação com as equipas EMAEI dos Agrupamentos de Escolas de Castelo de Paiva.
Apesar da divulgação do SNIPI/ELI se ter iniciado pelas principais entidades reverenciadoras; saúde, educação, instituições particulares de solidariedade social, verifica-se um aumento progressivo de referenciações por parte das famílias, o que revela um reconhecimento da comunidade face à qualidade e importância do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Equipa ELI. A semente está lançada e tem frutificado, sendo necessário cuidar do futuro da intervenção precoce no concelho, daí que, para atingir este desiderato importa consolidar a equipa e seus profissionais para que o futuro da Intervenção Precoce possa ser olhado com confiança defendendo um direito que assiste a todas as crianças e suas famílias, particularmente as mais vulneráveis.
Contando com profissionais competentes que vão avaliar, apoiar e implementar estratégias capazes de contribuir para o desenvolvimento harmonioso da criança, este apoio disponibilizado é prestado pelos profissionais de formação diversificada, afectos aos organismos sob a tutela dos três Ministérios (Saúde, Educação e Ciência e Solidariedade, Emprego e Segurança Social), formando deste modo, uma equipa multidisciplinar, que pode contar com a colaboração de técnicos da autarquias locais ou de outras instituições que disponham de técnicos/as com experiência nesta área.
Recorde-se que, a intervenção precoce destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 0 e os 6 anos de idade, e as crianças e as famílias podem ser apoiadas no âmbito do SNIPI quando após avaliação da criança e da sua família pela ELI, tendo em conta determinados critérios de elegibilidade, se verificam as seguintes situações:
· Existência de risco de a criança vir a apresentar alterações ou apresentar alterações nas funções ou estruturas do corpo que limitem o seu normal desenvolvimento e a sua participação nas actividades típicas para a idade e o contexto social.
· Existência de uma situação de risco grave de atraso de desenvolvimento da criança, face às condições biológicas, psico-afectivas ou ambientais, susceptíveis de implicarem uma alta probabilidade de atraso relevante no seu desenvolvimento;
A Equipa de Intervenção Local em funções em Castelo de Paiva, pode deslocar-se ao local onde a criança se encontra, seja no domicílio, ama, creche ou jardim-de-infância, e terá como missão :
· Identificar as crianças e famílias elegíveis para serem de forma imediata apoiadas no âmbito do SNIPI;
· Assegurar a vigilância das crianças e famílias que, embora não imediatamente elegíveis, requeiram avaliação periódica, devido à natureza dos seus factores de risco e probabilidade de evolução;
· Encaminhar as crianças e famílias não elegíveis, mas carenciadas de apoio social;
· Elaborar e executam o Plano Individual da Intervenção Precoce (PIIP), em função do diagnóstico da situação;
· Identificar necessidades e recursos das comunidades da sua área de intervenção, dinamizando redes formais e informais de apoio social;
· Articular, sempre que se justifique, com as comissões de protecção de crianças e jovens, com os núcleos da saúde de crianças e jovens em risco ou outras entidades com actividade na área da protecção infantil;
· Assegurar, para cada criança, processos de transição adequados para outros programas, serviços ou contextos educativos;
· Articular com os docentes das creches e jardins-de-infância em que se encontrem colocadas as crianças integradas em IPI.
Convém referir que, a Intervenção Precoce na Infância é o conjunto de medidas de apoio integrado centrado na criança e na família, incluindo acções de natureza preventiva e reabilitativa, no âmbito da educação, da saúde e da acção social, de forma a prevenir o aparecimento ou agravamento dos problemas da criança e reforçar as competências familiares, para que de forma mais autónoma consiga lidar com a problemática da criança.
Carlos Oliveira