Iker Casillas sofreu um enfarte do miocárdio e está livre de perigo. Gonçalo S. Paupério, cirurgião cardiotorácico, explicou ao Notícias ao Minuto que não é comum este cenário ocorrer em atletas de alta competição.
Iker Casillas sofreu, esta quarta-feira, um enfarte do miocárdio. O atleta do FC Porto sentiu-se mal enquanto integrava a sessão matinal de treinos do clube no Olival.
Saliente-se que um enfarte do miocárdio ocorre quando há oclusão de uma das artérias coronárias que irrigam o coração, ou um dos seus ramos.
Perante este cenário, torna-se imperiosa a intervenção rápida de forma a repor o fluxo sanguíneo que tenha sido interrompido, tentando, assim, minimizar-se os danos. O guarda-redes dos dragões de 37 anos foi então submetido a um cateterismo no Hospital CUF do Porto.
Em declarações ao Notícias ao Minuto, Gonçalo S. Paupério, cirurgião cardiotorácico, explica que o tempo de recuperação após um enfarte "é muito variável". Estará "dependente de muitos fatores", nomeadamente "da área afetada, da quantidade de miocárdio que sofreu enfarte, da rapidez da reperfusão e de fatores individuais", entre outros.
De acordo com o especialista, "não é frequente um atleta de alta competição" sofrer um enfarte do miocárdio porque "geralmente estes são mais acompanhados" e "têm menos fatores de risco". O cirurgião cardiotorácico alerta ainda para o facto de, por vezes, "as oclusões agudas ocorrerem sem sintomas prévios".
Entre os principais factores de risco associados a um enfarte do miocárdio estão o tabaco, uma dieta rica em gorduras, a presença de níveis elevados de colesterol LDL, a falta de exercício físico, o excesso de peso, antecedentes familiares de enfarte, diabetes, hipertensão arterial e o stress.
Fonte: NM