O Litoral Centro recebeu o seguinte pedido: Agradecia publicação do artigo de opinião relativamente ao Montepio Geral - polémica sobre as eleições (profundamente divulgadas este semana na Comunicação Social).
Nos
últimos anos, a Associação Mutualista Montepio tem enfrentado uma
crise de reputação fatal para a sua ação e, principalmente, para
sua capacidade de desenvolvimento.
A
confiança na instituição Montepio, entre os seus Associados e no
público em geral, encontra-se profundamente abalada por suspeições
que decorrem, inevitavelmente, do modo de funcionamento do seu
sistema de governo.
A
falta de transparência de algumas decisões e a insuficiente
ponderação de alternativas de ação sustentam essas suspeições.
Neste contexto, reabilitar a confiança no Montepio apresenta-se como
uma tarefa urgente e inadiável.
Para
tal, é necessário melhorar o modelo de governação com a adoção
de um modelo de gestão em que o processo de tomada de decisões seja
completamente transparente e o Conselho Geral assuma o seu efetivo
papel na definição da estratégia do Montepio e no controlo da
atividade do Conselho de Administração.
De
igual forma, importa reforçar a participação dos nossos Associados
na vida associativa, nomeadamente através da promoção do orçamento
participativo, criação de núcleos regionais de Associados e o
exercício do voto eletrónico.
Contando
com a colaboração de João Proença, ex-secretário geral da UGT,
João Carvalho das Neves, Professor Catedrático do ISEG, e de João
Costa Pinto, professor universitário e ex-vice Governador do banco
de Portugal, e de uma vasta equipa que pretende um Montepio
competente, solidário e responsável, estou certo que iremos
assegurar o futuro da Associação Mutualista e de todo o universo
Montepio.
Pretendemos
unir os Associados, recuperando a confiança e assegurando um projeto
claro de crescimento e inovação, assente nos pilares da inovação,
conhecimento, sustentabilidade e valores.
A
Associação Mutualista Montepio Geral (Montepio), pertença de mais
de 617 mil Associados,
no
respeito pelos princípios da democracia, liberdade, independência e
solidariedade, tem vindo, desde 1840, a desenvolver ações de
proteção social nas áreas da segurança social e da saúde e a
promover a cultura e a melhoria da qualidade de vida dos seus
membros.
Procurando
dar reposta, simultaneamente, aos problemas de cada um, per si, e de
todos, no seu conjunto, o Montepio baseou sempre o desenvolvimento da
sua atividade numa componente financeira sólida, construída
a partir da ideia de que nunca se deve dar um passo maior do que a
própria perna,
e na transparência de processos e decisões.
As
decisões de gestão tomadas no início desta década, à revelia do
princípio de prudência anterior, afetaram de forma significativa a
estrutura de balanço
da
Instituição, impondo-se o regresso ao primado da segurança na
gestão dos fundos mutualistas que os associados confiam à
instituição, promovendo aplicações prudentes e diversificadas das
suas poupanças.
É
preciso ter confiança no futuro. Com os associados e com os
trabalhadores do Montepio temos que virar a página do passado
recente a que ninguém quer voltar. Estamos firmes nos nossos valores
Mutualistas e daí garantirmos uma boa governação, baseada na ética
e transparência de gestão, tornando o Montepio mais sustentável e
inovador.
Fernando
Ribeiro Mendes,
(Candidato
a Presidente do Conselho de Administração, Lista B)