domingo, 23 de outubro de 2016

Assexualidade: Quando o sexo não comanda a vida

Se o sexo sem amor é possível, o que dizer em relação ao amor sem sexo? No arranque da semana da Consciencialização Assexual, o Notícias ao Minuto ouviu testemunhos na primeira pessoa sobre o que significa viver sem atração sexual.

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Noémia e João (nome fictício) são imunes a sex symbols. Não seriam capazes de sentir, em relação a um estranho, a força magnética da atração. Ambos são assexuais e partilharam as suas experiências com o Notícias ao Minuto.
Como Noémia e João há muitos outros. Um estudo recente permitiu concluir que a atual geração de jovens adultos é a mais sexualmente inativa desde 1920.
Caracterizar a assexualidade não é fácil, esta “é uma definição chapéu: dentro dela cabem muitas outras definições”, explica Rita Alcaire, investigadora a trabalhar num doutoramento sobre a assexualidade em Portugal, cofinanciado pelo Fundo Social Europeu.
“Entre as pessoas assexuais há quem tenha relações sexuais e quem não tenha; há quem sinta algum tipo de atração sexual numa circunstância específica e pessoas para quem esta atração nunca surge”.
Rita entrevistou dezenas de pessoas para tentar desenrolar o “novelo” que diz ser a assexualidade. Tudo começa com “um tropeção em relação ao que é socialmente expectável, a ideia de que as pessoas devem sentir-se atraídas por outras”.
Como é que alguém sabe que é assexual?
Ao contrário da castidade, a assexualidade não é uma escolha. Em muitos casos, tudo começa na escola: enquanto os colegas têm conversas sobre sexo e namoros, típicas de adolescentes, um assexual pensa ‘eu não sinto isso’.
Estudante de biologia, Noémia Santos, de 23 anos, sempre encarou a ausência de atração com naturalidade. Tudo mudou quando se apaixonou pela primeira vez e percebeu que era demisexual, ou seja, apenas capaz de sentir atração sexual por pessoas com quem tenha um vínculo emocional muito forte.
Rita Alcaire refere o caso de pessoas que tiveram várias experiências na busca de uma identidade sexual, acabando por perceber que a assexualidade era o termo que lhes assentava. Instalada a dúvida, também uma procura na internet ajuda a encontrar pessoas com experiências semelhantes.
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AVEN é a maior comunidade de assexuais online do mundo. Por sua vez, Noémia Santos é fundadora do GAAP – Grupo Assexual e Arromântico Português.
Já para João, de 32 anos, a falta de atração esteve sempre lá, mas “achava que era só esquisito”. Apenas descobriu a definição para o que sentia há três anos: é heterorromântico, isto é, pode sentir atração sexual associada a um sentimento romântico por uma pessoa de sexo oposto, nunca fora desse contexto.
Devido à falta de conhecimento geral sobre assexualidade, muitas pessoas ficam “isoladas”, considera.
A assexualidade pode ser encarada como um problema físico ou psicológico?
Quando existe um problema, este surge na sequência de um trauma físico ou psicológico e, nesse caso, perante um “desconforto”, a pessoa procura ajuda. No caso dos assexuais, contudo, “não há um sofrimento em relação às suas circunstâncias. É este o seu reportório íntimo, é esta a forma como se sentem bem”.
Além disso, “fisiologicamente não existe nada de diferente – são pessoas que lubrificam e têm ereções. O que não sentem é atração por outra pessoa, esse ímpeto para o outro, vontade de ter relações sexuais”, explica Rita Alcaire.
A masturbação pode existir mas não é encarada de forma sexual nem parte de uma fantasia. É um apelo que é necessário satisfazer, “como coçar uma comichão”, compara Rita, “como ter sede”, diz Noémia, "apenas fisiológico", explica João.
Como é namorar com um assexual?
“É complicado explicar a situação às pessoas que estão connosco. Eu não tinha as palavras para lhes explicar, apenas podia dizer que tinha o meu ritmo e havia coisas que não podia forçar. Das duas uma, ou aceitavam, ou fugiam a sete pés”, conta João.
“Pensamos muito no sexo sem amor como possível, mas não pensamos em amor sem sexo”, nota Rita, mas para um assexual esta é uma hipótese.
Uma relação com um assexual pode ser “romântica, estética, afetiva. O amor não se traduz necessariamente em sexo mas em nada é diferente de outras relações noutras componentes, como a cumplicidade, partilha, intimidade, atração estética e psicológica”.
Há quem determine desde o início da relação que “não vai haver sexo”, o que não quer dizer que exista “uma aversão, pudor ou versão negativista do sexo”, ideia muitas vezes associada aos assexuais.
Numa relação a dois, especialmente se uma das partes não se identificar como assexual, o sexo, a frequência e o tipo de prática que se tem, pode ainda ser “negociado”.
Noutros casos, como o de Noémia, o sexo surge numa relação duradoura. “Quando comecei a namorar tive receio de não sentir nada sexual pela pessoa, porque nunca tinha sentido nada antes, mas à medida que o tempo foi passando, comecei a sentir a necessidade de intimidade física”, conta.
Como é ser assexual em Portugal?
“Vivemos vários momentos de revolução sexual pelo direito a amar quem queremos e ter sexo com quem queremos, mas não se fala no direito a não o fazer”, considera Rita.
Socialmente, a assexualidade é encarada como falta de maturidade ou incapacidade de definir uma orientação sexual e “há muitos relatos de violência verbal e psicológica, alguns de violência física, porque as pessoas querem provar que o outro está errado”.
Noémia confessa que os amigos e família demonstraram sentir “estranheza” face à revelação da sua identidade sexual, mas acabaram por aceitar. A assexualidade é “invisível” na sociedade portuguesa e falta informação dos profissionais de saúde e maior representação nos media para a melhor dar a conhecer, considera.
"Tu estás mas é a inventar coisas" , "é tudo na tua cabeça" e "isso [a assexualidade] não existe", foram algumas das frases que João ouviu dos amigos.
Criada para desmistificar estas dúvidas, a semana da Consciencialização Assexual arranca este domingo e termina dia 29.
Fonte: Notíciasaominuto
Foto: iStock

Hora de Fecho: Anos 80. A década em que "tudo era possível"


Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
NOSTALGIA 
Época nostálgica por excelência, os anos 80 são afinal muito mais do que séries de televisão e cromos. Retrato da década em que Portugal entra na CEE e Lisboa no Frágil, à boleia do novo livro "LX 80"
Membros do partido estiveram reunidos toda a manhã para tomar esta decisão, que põe fim a dez meses de impasse político em Espanha.
Quando o assunto é habitação, qual é o estado da cidade? Muitas casas para turistas, mais reabilitação urbana e rendas a escalar. O Observador analisa cinco temas que afetam a vida dos lisboetas.
Integração versus obediência sem questionar. Os rituais de praxe arrastam milhares de estudantes. Elísio Estanque, sociólogo, critica o "poder despótico" e a ideia da submissão como uma escola de vida
Alegada vítima afirma que Donald Trump lhe tentou oferecer dinheiro para que o acompanhasse a uma festa. O candidato nega tudo e diz que é a campanha de Clinton que está a inventar casos.
Advogado de defesa de José Sócrates enviou um comunicado às redações a rejeitar notícia sobre alegado pagamento do ex-primeiro-ministro ao autor de um blog para escrever notícias a favor do Governo PS
É o primeiro país a disponibilizar de forma gratuita medicamento que previne infecção pelo VIH/Sida. Noruega vai incluir o Truvada no Serviço Nacional de Saúde para chegar a grupos de elevado risco.
Foi libertado o prisioneiro mais famoso de Guantánamo. Esteve 14 anos preso sem acusação formal. Leia os primeiros capítulos do seu diário (censurado pelos EUA).
Já são conhecidos os vencedores do concurso "Wildlife Photographer of the Year". Desde raposas curiosas até às imponentes orcas, veja as imagens favoritas das redes sociais na fotogaleria.
As produções televisivas dedicadas às coisas das relações estão na moda. Mesmo que pareçam sitcoms, não são bem para rir. Ana Markl deixa o receituário para sete títulos com efeitos concretos.
Se ganhar este domingo à noite no Restelo (20h15), a equipa de Rui Vitória bate o recorde nacional de 15 vitórias seguidas fora de casa para o campeonato, na posse de Jimmy Hagan nos anos 70 
Opinião

Luis Carvalho Rodrigues

É sobretudo para pagar que existimos: pagar a segurança social, pagar o défice, pagar estádios de futebol, pagar subsídios a “autores” de quem nunca ninguém ouviu falar, pagar serviços que nunca vimos

Joaquim Pedro Lampreia

Depois do Nobel de Svetlana Alexijevich, largamente ignorado, cabia agora à Academia regressar a uma escolha segura ou surpreender ainda mais mas, desta vez, sem cair no desinteresse. Fê-lo com Dylan.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Se alguém pode converter uma notícia numa não-notícia, é porque há censura em Portugal. Se algum poder tem o poder de o fazer, a liberdade de expressão está em risco no nosso país.

André Azevedo Alves

A esquerda e a extrema-esquerda em bloco vão aprovar um Orçamento que se traduz num substancial aumento de uma pequena minoria de pensões muito elevadas em prejuízo das pensões mínimas.

José Milhazes

Ao contrário do que sugeriu António Costa, não poderá haver um diálogo frutífero entre a União Europeia e a Rússia enquanto Putin pretender não enfraquecer, mas sim destruir a UE, como hoje sucede.

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Assista às chuvas de estrelas desencadeadas pelo cometa Halley

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Até dia 7 de Novembro, o cometa Halley estará na órbita da Terra, deixando à sua passagem um rasto de estrelas. O fenómeno é observável a partir de vários pontos do planeta.
Em meados do mês o Instituto de Meteorologia britânico afirmou ter observado cerca de 20 meteoros por hora, as Oriónidas, nome porque são conhecidos os meteoros que têm origem na constelação Orion, uma das mais visíveis e reconhecíveis.
A facilidade de observar o fenómeno depende, porém, das condições atmosféricas, por isso se em Portugal o céu se mantiver com nuvens não teremos muita sorte.
O cometa Halley aproximou-se da Terra no início deste mês e continuará pelas imediações do nosso planeta até dia 7 de Novembro.
Green Savers
Foto: Joe Randall

Assunção Cristas assume cargo de vereadora caso não vença as eleições em Lisboa

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Além dos planos para a capital, na entrevista TSF/DN, a ex-ministra falou ainda sobre o Orçamento e sobre um PS sem o "mínimo de vontade de negociar".
GPS ligado, destino: Câmara de Lisboa. Assunção Cristas já traçou o caminho, que passa por reunir votos para ser presidente. Caso isso não aconteça, entra em prática o plano B: a líder do CDS será vereadora da CML, pelo menos até às próximas legislativas.
Seja como for, o CDS está focado num "projeto mobilizador". Para melhorar o quê? A mobilidade, por exemplo. É um dos maiores problemas, com uma rede de transportes "velha", com necessidade de investimentos muito avultados", explicou a ex-ministra.
Por vontade do CDS vem a caminho, também, um "programa contrastante com uma política de betão, que é muito anos 90" e uma atividade, na autarquia, "menos centrada em festas e foguetes". Palavras de Assunção Cristas, a propósito das "muitas" obras que decorrem na cidade, em simultâneo. Considera que "mostram pouco respeito pelos lisboetas", mas admite que Lisboa vai ficar melhor.
Noutros números, a líder do CDS, tenciona ocupar a cadeira que já foi de António Costa, mas está longe do atual primeiro-ministro quando a conversa é Orçamento do Estado. Considera que "ao enorme aumento de impostos" acresce agora a "soma de muitas outras medidas", que não contribuem para um alívio da carga fiscal.
E por mais que o CDS tente, o Partido Socialista está demasiado ocupado para ouvir propostas, queixa-se Assunção Cristas. Garante que a direção do CDS já apresentou vários projetos, mas os socialistas no Governo "não têm margem política, não têm espaço e não têm tempo para ouvir o CDS. Estão sim "focados em manter a sua arquitetura de apoios à esquerda".
Esta entrevista TSF/DN, não terminou sem a análise ao pior e melhor do orçamento. No maior erro, Assunção Cristas acrescenta "a tudo o que difícil nós já tínhamos, muita instabilidade e austeridade". Mas para Cristas tem também uma vantagem: o facto de existir. "Pior que este orçamento seria não termos nenhum"
TSF

Centro para o Cidadão com Deficiência comemora 40 anos a ajudar mais de 2 mil pessoas

Cerca de 2.200 utentes, sete valências, uma clínica aberta à comunidade, 220 funcionários, entre 42 pessoas com deficiência, fazem do Centro de Educação para o Cidadão com Deficiência a maior cooperativa social do país, a comemorar 40 anos.Resultado de imagem para Centro para o Cidadão com Deficiência comemora 40 anos a ajudar mais de 2 mil pessoas

O Centro de Educação para o Cidadão com Deficiência (CECD) nasceu em 1976, pela mão de uma comissão de moradores de Mira-Sintra, e pela vontade de pais e profissionais, que começaram a unir esforços para criar respostas específicas para as pessoas com deficiência intelectual e multideficiência.
No início, e porque nasceu através de uma escola de ensino especial, a vocação principal era apoiar crianças e jovens, mas depois, com o evoluir do tempo, e por força da legislação, passou a dar resposta às necessidades dos adultos.
Em entrevista à agência Lusa, a diretora-geral, Carina Conduto, adiantou que atualmente apoiam 2.200 pessoas por ano, dentro de sete valências, atendendo em permanência cerca de 500 pessoas nas respostas socioprofissionais.
Valências que vão desde a educação especial ao Centro de Atividades Ocupacionais, ao Centro de Formação Profissional, Unidades Residenciais, Serviço de Apoio Domiciliário, Centro de Emprego Protegido e Clínica de Medicina e Reabilitação.
Por outro lado, prestam apoio a cerca de 600 crianças nas escolas, através dos Centros de Recursos para a Inclusão, além de mais 800 utentes que usufruem dos serviços da Clínica de Medicina e Reabilitação, aberta à comunidade, e outras 33 pessoas que vivem nas unidades residenciais.
Um dos serviços de destaque é a promoção da inclusão socioprofissional, através do Centro de Formação Profissional, existente há 30 anos e através do qual têm conseguido empregar 50% a 60% das pessoas que fazem a formação.
De acordo com os dados do CECD, têm, por ano, 132 pessoas com deficiência, jovens com mais de 18 anos e adultos, a ter formação profissional, apoiadas por 14 técnicos, através de parcerias com 65 entidades empregadoras e 14 escolas.
Os cursos têm a duração de dois anos, sendo o primeiro ano passado em contexto de sala de aula e o segundo em mercado de trabalho, havendo atualmente 13 jovens com deficiência a ter formação, quatro dos quais em ambiente profissional, seja numa oficina de mecânica, um hotel ou uma carpintaria.
A diretora-geral destacou, por exemplo, que a manutenção de muitos dos espaços verdes do concelho de Sintra é feita por pessoas daquela instituição, e que têm conseguido angariar empregadores como a Câmara Municipal de Sintra, a Fundação Montepio, o Grupo Auchan Portugal ou mesmo o Novo Banco.
O facto de trabalharem principalmente com jovens e adultos traz também outro desafio, o da maior esperança média de vida destas pessoas, o seu envelhecimento e as soluções que têm de ser encontradas especificamente para elas.
Na opinião de Carina Conduto, esse é um dos principais desafios, lembrando que, tal como acontece com todos, as pessoas com deficiência, à medida que vão envelhecendo, vão perdendo faculdades e é necessário continuar a estimulá-las, indo ao encontro do que elas gostam mais de fazer.
Como consequência do envelhecimento surgem também outros desafios, por exemplo o aparecimento de doenças mentais, como as demências, nas pessoas com deficiência intelectual.
"Aí tudo se complica porque quando se fala em doença mental falamos em perda de faculdades e de compensações que são necessárias", salientou a responsável, acrescentando que a instituição tem procurado estar de "mãos dadas com a saúde" na busca pelas melhores soluções.
Por último, a diretora-geral apontou que "há uma grande falta de vagas em unidades residências", salientando que "fazer nascer ou ajudar a fazer nascer novas respostas residenciais" é o maior desafio para o futuro.
O CECD tem vindo a assinalar os seus 40 anos com várias atividades, estando marcada para a próxima terça-feira, dia 25, a Gala Solidária.

Lusa

Ensino especial vai ter planos individuais e mais tempo em sala

Escola pública conta com cerca de 70 mil alunos com necessidades educativas especiaisResultado de imagem para Ensino especial vai ter planos individuais e mais tempo em sala
O Ministério da Educação vai criar novas regras para o ensino especial que passam, por exemplo, por criar planos específicos para estes alunos quando as abordagens tradicionais falham ou obrigar as escolas a incluí-los mais tempo nas salas de aula com os restantes colegas. A chamada "escola inclusiva 2.0" é uma reforma ao decreto-lei 3/2008, que regula a educação especial desde há quase uma década, e tem como objetivo garantir uma "escola em que as crianças não estão apenas integradas, mas incluídas em sala de aula, em ambiente de aprendizagem com os colegas, sem desinvestimentos nos apoios necessários", adiantou ao DN o secretário de Estado da Educação, João Costa.
Na prática, explica Luísa Ucha, coordenadora do grupo de trabalho que deverá em novembro fazer chegar ao governo as propostas de alteração legislativa, o objetivo é criar abordagens "que permitam a cada aluno atingir o seu potencial". Isso passa por "centrar na escola" e na sala de aula o trabalho com os alunos, num trabalho "multidisciplinar, envolvendo família, professores e técnicos", que permita, por exemplo, "caso as abordagens convencionais não resultem, elaborar planos específicos para cada aluno". Passa também pela redução do tempo passado por alunos com necessidades educativas especiais nas chamadas "unidades especializadas", que foram criadas para facilitar a integração destes estudantes no ensino regular. Novidades que surgem numa semana em que o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil - CADin debateu problemas de desenvolvimento como o espetro do autismo e a hiperatividade e défice de atenção, numa conferência que termina hoje em Lisboa, no ISCTE (ver texto ao lado).
Numa altura em que cerca de 70 mil alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) estão integrados nas escolas regulares, sendo já residual o número de estudantes em escolas especiais, o peso dado por muitas escolas a estas unidades tem sido motivo de críticas. Por exemplo, num relatório sobre Portugal divulgado em abril, o Comité da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência contestou o tempo excessivo que muitos estudantes passam nestes espaços, separados dos colegas.
O governo já deu um sinal a este respeito, exigindo que os alunos com NEE passem pelo menos 60% do seu tempo letivo integrados na sala de aula para que as escolas possam beneficiar da redução do número de alunos por turma. E preveem-se mais novidades para estes serviços especializados nas diferentes deficiências. "Estas unidades foram muito importantes na altura em que trouxemos os alunos todos para as escolas, porque a escola precisa de recursos", diz Luísa Ucha, ressalvando não "estar em causa" a continuidade destas estruturas. "Mas agora há uma evolução, que resulta do conhecimento do tipo de trabalho, da análise crítica que as pessoas fazem do que a criança aprende dentro e fora da unidade", explica. Não quer dizer que dentro da escola não se possam dar apoios e respostas mais individualizados", ressalva. "Agora, passar o dia dentro da unidade não é boa resposta".
Ao DN, o Ministério da Educação garante também que "nunca" esteve em cima da mesa a extinção destes serviços. Mas admite que está em discussão "a necessidade de existirem respostas mais flexíveis do que a simples colocação de alunos nas unidades de apoio especializadas, melhorando o leque de respostas inclusivas. Estas unidades devem ser consideradas como centros de recursos para promover competências e aprendizagens numa perspetiva de inclusão e não uma alternativa a essa inclusão". David Rodrigues, presidente da pró-inclusão - Associação de Professores de Educação Especial, concorda que este tem sido um obstáculo à real inclusão dos alunos: "Há unidades que realmente funcionam como sendo unidades de inclusão, no sentido de que proporcionam aos alunos oportunidades de inclusão e outras que não funcionam. Tornam-se um pouco guetos dentro das escolas", diz.
As alterações ao decreto 3/2008 não se esgotam nestes temas. Luísa Ucha explica que as propostas ainda não estão fechadas, mas já estão definidas "à partida" algumas prioridades, integradas no objetivo de procurar respostas "individualizadas" eficientes para todos os alunos: "Não queremos dar muito enfoque à deficiência ou à Necessidade Educativa Especial mas a outra coisa: às medidas de apoio à aprendizagem que permitam que determinado estudante aprenda. O objetivo da escola é ensinar". Medidas comuns a todos os alunos, como a anunciada flexibilização dos currículos, também são encaradas como essenciais.
Fonte: DN
Imagem: ABola

Mourinho: “Não nasci adepto do FC Porto, mas dei a vida pelo clube”

José Mourinho falou sobre a vontade de deixar a sua marca em Old Trafford, recordando ainda o percurso no FC Porto.Resultado de imagem para Mourinho: “Não nasci adepto do FC Porto, mas dei a vida pelo clube”
Na antevisão do jogo grande da Premier League, que opõe Chelsea e Manchester United, José Mourinho falou sobre a sua passagem pelos vários clubes que já orientou ao longo da carreira, afirmando querer deixar a sua marca em Old Trafford.
"Tenho três anos de contrato e, se os cumprir, as pessoas vão saber que dei tudo pelo clube, que sou profissional e que dedico 24 horas por dia ao United. Mas, se no final dos três anos não tiver ganho qualquer título pelo clube, sei que os adeptos não vão sentir nada de especial por mim", revelou.
"O Chelsea ganhou quatro títulos da Premier League na sua história. Três foram comigo, outro foi com uma equipa que deixei a meio. Levei o clube a várias finais, portanto os adeptos têm uma ligação comigo", frisou.
Mourinho abordou ainda o seu percurso por vários clubes europeus, entre os quais o FC Porto.
"Amei todos os clubes por onde passei. Tenho uma personalidade que me faz ligar-me a 101 por cento a todos os clubes por onde passo. Não nasci adepto do FC Porto, mas dei na mesma a vida pelo clube. Também dei a vida pelo Real Madrid, pelo Inter e pelo Chelsea. Agora dou a vida pelo United", rematou.
o jogo

Navios de guerra russos já estão perto de águas portuguesas

O ministro da Defesa confirma que as forças russas estão perto de entrar em águas portuguesas. A Marinha Portuguesa vai vigiar a frota russa.Resultado de imagem para Navios de guerra russos já estão perto de águas portuguesas

A Marinha e a Força Aérea portuguesas vão vigiar os navios de guerra russos, que vão passar nas próximas horas ao largo da costa nacional com destino à Síria.
Oito navios de guerra, um porta-aviões e um submarino cruzaram, ontem, o Canal da Mancha, ao que tudo indica, rumo à Síria. A frota está agora perto de entrar em águas portuguesas, de acordo com o ministro da Defesa. As Forças Armadas estão a postos para vigiarem a comitiva naval russa com uma fragata e um avião.
Os navios russos não devem chegar a entrar em águas territoriais portuguesas (12 milhas náuticas), mas podem fazê-lo ao abrigo do “direito de passagem inofensiva”, previsto na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
A frota russa está a ser acompanhada por meios de vários países da NATO, que admite preocupações com a escalada militar de Moscovo. O secretário-geral da NATO, acredita que este movimento militar russo pode ser decisivo na batalha de Alepo, a cidade síria que tem estado debaixo de bombardeamentos intensos do exército síria com a ajuda de Moscovo.
jornal económico

Nelson Évora surpreende e troca Benfica pelo Sporting

Ao intervalo do jogo com o Tondela, o saltador do triplo salto entrou no relvado para ser apresentado de leão ao peito. Águias consideram que ainda tinha mais um ano de contrato
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O destaque do dia, ontem, em Alvalade, foi completamente inesperada. Ao intervalo do jogo de futebol entre os leões e o Tondela, Nélson Évora foi apresentado no relvado como reforço sensação da equipa do Sporting para a nova época. A surpresa estava bem guardada, pois o presidente Bruno de Carvalho e o vice-presidente Vicente Moura conduziram diretamente o processo no maior secretismo, e deixou todos de boca aberta em Alvalade (e não só).
O antigo campeão olímpico do triplo salto em Pequim 2008 trocou o Benfica, onde esteve nos últimos doze anos, pelo maior rival e dirigiu-se aos adeptos em pleno relvado. "Obrigado a todos, é uma sensação espetacular. Vou dar o meu melhor. Só tenho uma coisa a dizer: Jesus, cheguei", afirmou o saltador de 32 anos, sexto classificado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Depois desta curta declaração, o atleta, acompanhado por Bruno de Carvalho e Vicente Moura, deu uma volta ao recinto dos leões, tendo sido aplaudido pelos cerca de 40 mil sportinguistas nas bancadas.
Nélson Évora está a viver uma mudança radical na sua vida desportiva, depois de há cerca de um mês ter deixado o treinador João Ganço, a quem estava ligado há 25 anos, para passar a ser treinado pelo cubano Ivan Pedroso, ex-saltador em comprimento e o seu grande ídolo. Agora, volta a surpreender, ao assinar contrato com o Sporting após vários anos como bandeira do atletismo do Benfica.
O contrato de Nélson Évora com os leões é válido por quatro temporadas. "Fico muito contente pelo Sporting ter acreditado em mim e no que ainda tenho para dar. É muito especial e só tenho a agradecer por esta experiência única que me proporcionaram. Esta aposta só vem provar que queremos também lutar pelo título europeu de masculinos e enquadra-se também dentro das minhas ambições. Podem ter a certeza que vou tentar fazer ainda melhor do que aquilo que tenho feito até agora", disse o atleta ao site dos leões.
Caso jurídico à vista
A decisão de Nélson Évora deixou toda a gente surpreendida na Luz. Ao que o DN apurou, a estupefação é ainda maior porque, segundo fonte próxima do processo, o clube já tinha acionado junto do atleta o direito de opção previsto no contrato que finalizava no final deste ciclo olímpico, pelo que o saltador teria mais um ano de contrato com o Benfica, ou seja até 2017.
Contactado pelo DN, Luís Bernardo, diretor de comunicação dos encarnados, não confirmou este facto mas deixou perceber que a situação é complicada. "Vamos ouvir primeiro o que o Nélson Évora tem para dizer e como justifica esta mudança", disse, escusando-se a adiantar se o Benfica irá acionar juridicamente o atleta. "Vamos esperar e analisar a situação", disse.
Este não será, no entanto, o único caso similar, pois Tiago Aperta, lançador de dardo, e Rasul Dabo, recordista dos 60 metros barreiras em pista coberta, também vão rumar ao Sporting, apesar de, segundo a mesma fonte, terem também mais um ano de contrato. Essa fonte adiantou ao DN que deverá seguir-se uma batalha jurídica com os três atletas em questão, algo que oficialmente o Benfica não confirma. O DN procurou obter uma reação do Sporting sobre este assunto mas, até à hora do fecho desta edição, tal não foi possível.
DN
Foto:Record

Pedro Dias estará a receber ajuda para fugir às autoridades

Polícia terá encontrado restos de compras feitas em supermercado
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Pedro João Dias, o suspeito de ter assassinado a tiro um militar da GNR e um civil no passado dia 11 de outubro, estará a receber ajuda para continuar a iludir as autoridades. Segundo o Jornal de notícias, o rasto que a polícia vem encontrando nos locais onde Pedro Dias terá alegadamente pernoitado provam que está a ter apoio.
O JN refere que tanto na casa de Moldes, Arouca, onde sequestrou duas pessoas, como na casa que as autoridades revistaram ontem em Paço, Sabrosa, foram encontrados restos de compras feitas num supermercado. Perante a possibilidade de ser reconhecido, o suspeito não conseguiria deslocar-se a um estabelecimento comercial para as fazer, pelo que a polícia estará convencida de que o fugitivo tem tido ajuda para continuar a escapar.
Ontem, as autoridades entraram numa moradia desabitada em Paço após o alerta do caseiro, que se apercebeu de que uma porta fora arrombada, refere o JN. Além das sobras de uma refeição recentemente confecionada, a polícia terá detetado igualmente vestígios de sangue numa mesa. A habitação fica a cerca de 15 quilómetros do local onde Pedro Dias foi visto pela última vez e a cerca de 500 metros da Quinta da Gregoça, onde vive um casal conhecido do suspeito. Mas, de acordo com informações recolhidas pelo JN, na área são poucos os que acreditam que tenha sido o fugitivo a invadir a casa e a própria PJ tem dúvidas da autoria do assalto.
Pedro Dias está em fuga há mais de uma semana e esta não é a primeira vez que a polícia investiga uma casa onde o suspeito poderá ter passado a noite: na passada quinta-feira, a PJ esteve em Tojais, Vila Real, numa residência onde desapareceu roupa e material de caça.
No domingo passado, Pedro Dias cruzou-se com a patrulha da GNR, na zona industrial de Vila Real, e as autoridades perderam-lhe o rasto em Constantim.
Segunda-feira foi encontrada a viatura que roubara em Arouca, na aldeia de Carro Queimado, e, na terça-feira duas pessoas disseram ter visto o suspeito na localidade vizinha de Assento.
Fonte: JN
Foto:dn

Unir Portugal e Espanha num só país e sonhar alto. Ideia já é partido

Paulo Gonçalves é responsável pelo Movimento Partido Ibérico e falou com o Notícias ao Minuto sobre o projeto.

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Movimento Partido Ibérico. A ideia de unir Espanha e Portugal, com o intuito de juntar interesses comuns e de lutar em prol de dois países capazes de unir forças, passou a ter representantes e quer chegar ao poder, mesmo que haja um longo caminho pela frente.
Em Espanha, o Íber já é um partido legal e liderado por Casimiro Sánchez Calderón (ex-PSOE). Em Portugal, é Paulo Gonçalves que representa do Movimento Partido Ibérico e, em entrevista ao Notícias ao Minuto, explicou os grandes pilares do projeto, os objetivos e os maiores entraves.
Confrontado com a ideia de um país Ibéria, o responsável sugeriu que se veja esta união como uma espécie de União Europeia em ponto pequeno, em que os países não deixam de o ser em prol da união. “Quando se fala de uma União Ibérica falamos de uma união de interesses comuns entre Portugal e Espanha e também outros países de expressão ibérica espalhados pelo mundo”, realça.
“Não estamos aqui para apagar Portugal, nem estamos aqui para apagar Espanha do mapa.”
Baseado em três grandes pilares, o Movimento Partido Ibérico pretende que haja partilha de ministérios (com dois ministros, um português e um espanhol) com o intuito de poupar recursos e de pensar em leis ibéricas, não esquecendo que Defesa, Justiça e Administração Interna podiam ser liderados separadamente.
Outra das ideias do projeto prende-se com a criação de um Banco Central Ibérico que, assume Paulo Gonçalves, não aconteceria de “hoje para amanhã”, mas cuja pretensão seria monitorizar e fiscalizar as entidades financeiras e estudar uma possível saída do euro.
Questionado sobre alguns dos ambiciosos objetivos do partido, como entrar no G8 e ser a quinta maior economia da Europa, Paulo Gonçalves atira: “Nós sabemos que se quisermos voar em direção a uma janela do quinto andar, temos de começar a fazer pontaria para o décimo”.
Paulo Gonçalves garante que um dos maiores entraves está no facto de, numa fase “embrionária”, haver muitas dificuldades em chegar a pessoas que “tenham qualidade e capacidade”, sendo “muito difícil convencer alguém que tenha um estatuto na sociedade”, porque as pessoas não se querem envolver em projetos fora do normal.
Fonte: Notíciasaominuto
Foto: iStock

Qualidade duvidosa das sandes que são fornecidas aos dadores de sangue no decorrer das colheitas


A ADASCA nunca reclamou da qualidade das sandes que são fornecidas aos dadores, após a consumação da dádiva, incluídas nos chamados lanches.

Acontece, que no decorrer da colheita de sangue realizada no dia 23 de Outubro no Salão da Junta de Freguesia de Cacia, foi colocado na mesa no dito lanche, duas caixas com 50 pasteis de nata e duas garrafas de vinho do porto, num gesto de agradecimento aos colegas dadores, como também por se tratar da ultima sessão de colheitas este ano nesta localidade.

Acontece que, fomos obrigados pelo administrativo do CST de Coimbra a retirar as garrafas, sob o argumento de não ser permitido. Com o decorrer do tempo, vão-nos retirando tudo, até a vontade de promover um ambiente propicio ao salutar convívio entre dadores.

Venho do tempo me o serviço de sangue do Hospital de S, José, em Lisboa, nos oferecia um quadrado de chocolate, acompanhado por cálice de vinho do Porto.

Hoje com o passar do tempo, retiram-nos tudo, e sem que os dadores tomem uma reacção, vamos sentindo a nossa dignidade atingida. BASTA!

Por fim, e face ao exposto vejam a qualidade das sandes que são fornecidas aos dadores após estes terem cumprido com o seu dever cívico.  Esta é a recompensa, isto vale uma dádiva de sangue. Ninguém reage, ninguém escreve nada, tem de ser de novo o protestante a fazê-lo.

Quem controla a qualidade das sandes? Quem controla a forma como são embaladas? Por vezes o pão desfaz-se nas mãos. Ninguém repara nisto? Outras questões podem ser levantadas, mas, cremos acreditar, com esta noticia algo possa mudar para bem de quem pagar ser solidário. Lamentamos.

J. Carlos

A próxima brigada para colheitas de sangue a realizar no Posto Fixo da ADASCA vai decorrer no dia 26 de Outubro

Gestos simples que salvam vidas, sejam o leitor também um “potencial” salvar de vidas. Os doentes agradecem, a ADASCA também. J. Carlos

A próxima brigada para colheitas de sangue a realizar no Posto Fixo da ADASCA vai decorrer no dia 26 próximo (4ª. Feira) entre as 15 horas e as 19 horas.

Este horário justifica-se com um ajustamento que foi necessário fazer-se, por motivo de uma queixa apresentada contra a ADASCA da parte de um funcionário do Mercado Municipal de Santiago, e como não é nossa pretensão fomentar problemas, menos ainda sustentá-los, decidimos seguir este modelo, embora saibamos que não é o melhor para quem trabalha.

O Mapa de Brigadas para o ano de 2017 deve estar a ser enviado para a ADASCA, sendo o mesmo disponibilizado no site www.adasca.pt de onde pode ser impresso em guardado nos vossos favoritos.

Votos de bom Domingo,

Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA

Contactos: 234 095 331 + 964 470 432