segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Associação Portuguesa do Ambiente promove “Campanha Nacional de Monitorização do Gás Radão”

A Campanha de Monitorização Nacional do Gás Radão é uma ação desenvolvida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) em parceria com a Universidade de Coimbra (UC).
Com esta campanha pretende-se amostrar a concentração de radão no interior das habitações, em zonas previamente selecionadas, para a produção de um mapa de risco de exposição ao radão.
Selecionaram-se para esta campanha as zonas com formações geológicas sem ou com fraca caracterização ao nível da concentração de radão.
Numa primeira fase é necessário identificar os voluntários, proprietários das habitações, que pretendam fazer gratuitamente uma análise ao radão nas suas habitações. Numa segunda fase, procede-se à entrega e colocação dos detetores de radão e passado 3 meses, à sua recolha.
A Universidade de Coimbra (UC) está encarregue da produção dos detetores, da sua análise em laboratório, do tratamento dos resultados e na integração dos dados para a obtenção do mapa de risco da exposição ao radão.
A APA, além da gestão deste projeto, garante a produção de todo o material informativo necessário para a realização desta campanha e realiza sessões de esclarecimento para as populações sempre que pertinente.
O resultado final desta campanha é a produção do mapa de risco de exposição ao radão. Este mapa será publicado no sítio oficial da APA para livre consulta.
No mapa poderá visualizar se a habitação ou local de trabalho se situa numa zona de risco e assim tomar as medidas necessárias de acordo com a especificidade do local.
A elaboração do mapa de risco de exposição ao radão insere-se no âmbito do desenvolvimento do Plano Nacional para o Radão que é uma obrigação legal da APA prevista no Decreto-Lei n.º 108/2018, de 3 de dezembro. A elaboração do Plano deverá estar concluída em 2022.

Tancos: Costa pode até responder por escrito, mas tem 100 perguntas à sua espera

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Apesar de sempre ter defendido que o testemunho devia ser presencial, o Juiz Carlos Alexandre aceitou que António Costa possa depor por escrito sobre o caso do furto e recuperação das armas de tantos. O primeiro-ministro tem, no entanto, uma centena de perguntas à sua espera. E dez dias para o fazer.
O primeiro-ministro, António Costa, vai responder por escrito na qualidade de testemunha do ex-ministro da Defesa e arguido do caso de Tancos Azeredo Lopes, por decisão do juiz Carlos Alexandre que lhe formulou 100 perguntas.
A informação foi prestada pelo juiz na sessão de hoje da fase de instrução do processo sobre o furto e o achamento das armas dos paióis de Tancos e confirmada por um dos advogados de defesa à agência Lusa.
A mesma fonte adiantou que o primeiro-ministro tem agora um prazo de 10 dias para responder às 100 perguntas formuladas pelo juiz, as quais poderão, posteriormente, suscitar pedidos de esclarecimento dos advogados e do Ministério Público.
O juiz Carlos Alexandre aceitou que o depoimento de António Costa fosse prestado por escrito, tal como tinha sido autorizado pelo Conselho de Estado, depois de ter insistido na importância em ouvir presencialmente o primeiro-ministro.
No início de janeiro, o magistrado mostrou o seu desagrado por António Costa ter pedido ao Conselho de Estado para depor por escrito como testemunha do seu ex-ministro da Defesa, alegando dificuldades em "formular questões, sub-hipóteses, explicações e introitos".
Em resposta, o advogado de defesa do antigo ministro, Germano Marques da Silva, ponderou prescindir da inquirição do primeiro-ministro, pedindo, em contrapartida, para que fosse junto ao processo o “depoimento do primeiro-ministro prestado na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso sobre as consequências e responsabilidades políticas do furto do material militar ocorrido em Tancos.
O processo de Tancos tem 23 pessoas acusadas, entre as quais o ex-ministro Azeredo Lopes, que se demitiu do cargo em outubro de 2018 na sequência das revelações e da polémica em torno do caso, o ex-diretor nacional da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luís Vieira, o ex-porta-voz da PJM Vasco Brazão e o ex-fuzileiro João Paulino, apontado como cabecilha do furto das armas.
Aos arguidos são imputados crimes como terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.
Nove dos 23 arguidos foram acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre os quais Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento. O ex-ministro da Defesa foi acusado de prevaricação e denegação de justiça, abuso de poder e favorecimento pessoal.
O caso do furto das armas em Tancos foi divulgado pelo Exército a 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJ Militar, em colaboração com elementos da GNR de Loulé.
Vários militares da GNR de Loulé foram acusados no processo.

PJ investiga o alegado aparecimento de ossadas humanas em Mogadouro

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JN
A Polícia Judiciária (PJ) está investigar o alegado aparecimento de ossadas humanas junto à aldeia de Figueira, no concelho Mogadouro, no distrito de Bragança, disse hoje à Lusa, fonte da GNR.
"O caso foi encaminhado para a alçada da PJ, após o alerta dado à GNR, por um popular, ao início da noite de domingo", disse à Lusa o oficial de Relações Públicas do Comando da Territorial de Bragança da GNR, Capitão Hernâni Martins.
Já o comandante dos bombeiros de Mogadouro, José Carrasco, avançou "que foi recebido uma alerta para o transportes das ossadas, solicitado pelas forças policiais, cerca da 21:50".
"Alegadamente, poderá tratar-se de um crânio humano, dada a sua morfologia, que foi transportado para o Gabinete de Medicina legal, em Mirandela", vincou o operacional.
Os bombeiros indicam que foi encontrada uma peça de roupa, num outro local da aldeia de Figueira.
Lusa

Zona Norte | No âmbito da regeneração urbana da vila



CM DE CASTELO DE PAIVA APRESENTA PROJECTO DA REQUALIFICAÇÃO DO LARGO DO CONDE
· Investimento superior a 1 milhão de euros
A Câmara Municipal de Castelo de Paiva vai apresentar, na próxima Quinta-Feira, dia 30, pelas 10 horas, em cerimónia agendada para os Paços do Concelho, o Projecto de Requalificação do Largo do Conde e da Praça da Independência, uma importante intervenção com investimento superior a 1 milhão de euros, que será realizada no âmbito da regeneração urbana da vila, tendo em conta a preservação histórica e cultural que a edilidade quer manter neste espaço emblemático da urbe paivense.

Segundo o presidente da autarquia, Gonçalo Rocha, era o momento de aproveitar a oportunidade do financiamento comunitário, associado à estratégia de regeneração urbana que está em curso, para avançar para a requalificação deste espaço histórico da vila, assentando num conceito minimalista funcional e esteticamente apelativo, sem retirar as características únicas que este local permite, um cartão de visita do município que importa valorizar sempre.

Acreditamos que esta beneficiação, agora anunciada, vai contribuir para tornar ainda mais convidativo este espaço público de Castelo de Paiva, criando uma identidade urbana, moderna e atractiva, associada à qualidade do ambiente urbano e dinamismo sócio-económico, com espaços públicos renovados dos quais as pessoas, a sua segurança e conforto, são o principal foco, destaca o edil paivense, que sublinha que o Largo do Conde será sempre um local privilegiado, que continuará a manter a sua história, que será agora mais valorizada e projectada para as pessoas.

Reduzir as áreas de circulação viárias, a plantação de mais espécies arbóreas promovendo a biodiversidade local, promover a mobilidade pedonal e ciclável, removendo obstáculos físicos e desníveis que dificultam a deslocalização, bem como a melhoria da qualidade estética, paisagística e urbanística são os grandes objectivos deste projecto de requalificação, sem esquecer a importância de diminuir o impacto arquitectónico de edifícios em mau estado de conservação, assim como beneficiar a contemplação de edifícios de maior interesse, preservar e enaltecer o valor histórico e cultural da estátua do Conde de Castelo de Paiva e o Cruzeiro, promover o conceito de desenvolvimento sustentável e preservação ambiental na utilização de métodos de recolha de águas pluviais, capazes de separar o lixo acumulado, assim como a criação de espaços que facilitem a instalação de estruturas associadas ao comércio local.

O projecto, desenvolvido pela empresa Aproplan, tem um investimento total de 1,126, 713 euros, sendo que a comparticipação comunitária cifra-se 85 % no valor de 957, 706 euros, cabendo ao Município paivense uma participação financeira de 169 mil euros.

Carlos Oliveira

Conferência intermunicipal centra-se na inovação em Educação

VOGUI e experiência de Águeda abordados em 

conferência intermunicipal

Encontro, que reuniu centenas de docentes e responsáveis de agrupamentos no Centro de Artes de Águeda, apontou os desafios por que as escolas estão a passar 

A inovação em Educação foi o tema central de um encontro que decorreu na sexta-feira, dia 24, no Centro de Artes de Águeda (CAA), organizado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), no âmbito do Programa Educ@RA (Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar na Região de Aveiro). 

Na sessão de abertura da conferência, Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, salientou que o Concelho tem-se “afirmado no panorama nacional”, sendo “um dos 14 municípios-piloto no aproximar a educação, precursor da atual descentralização de competências, e estando hoje no pelotão da frente no que à gestão municipal de educação diz respeito”. 

Defendendo que a escola e a Autarquia falam a mesma linguagem, o Edil lembrou alguns projetos protagonizados pela Câmara de Águeda, como o Águeda Educação +, “com a introdução de tecnologias de informação em contexto de salas de aula”, um projeto que já envolveu mais de 900 alunos, de vários ciclos de ensino e que, “à data do seu lançamento, se assumiu como o maior a nível nacional, sendo hoje uma referência para todos os outros municípios que adotaram ou se encontram a adotar estas mesmas medidas”. 

Jorge Almeida destacou ainda o “Águeda Living Lab, o espaço de experimentação viva dos 8 aos 80 anos, aberto ao público em geral, onde a ciência e programação são tornadas em algo muito acessível”. 

“A educação não-formal é um aspeto fulcral quando falamos do sucesso escolar e, como tal, temos de apresentar soluções diferentes para alunos com diferentes necessidades”, sublinhou o Presidente da Câmara de Águeda, que exemplificou com o projeto VOGUI, que “aposta em soluções diferenciadas para públicos diferenciados” e que está em fase de implementação nas escolas do Município. “Acompanhar os nossos jovens na escolha do seu futuro, atraindo para as profissões mais necessárias para o nosso concelho, trabalhando as suas capacidades é o caminho que queremos percorrer”, disse ainda Jorge Almeida. 

Construção de novos centros educativos e o seu apetrechamento com novas tecnologias; o apoio às escolas no seu processo de auto-avaliação; o apoio direto aos alunos, de que é exemplo a disponibilização de terapia da fala; o apoio psicológico; o contacto com a arte e a cultura, o apoio social, são áreas em que o Município de Águeda aposta na setor da Educação. 

Ribau Esteves, Presidente da CIRA, frisou, no seu discurso, o investimento e a coesão política do grupo de municípios que compõem a Comunidade Intermunicipal, fatores que a tem distinguido ao longo dos seus 30 anos de existência. 

Sobre o Educ@RA, que cumpre o segundo ano letivo e está dotado de um orçamento de quatro milhões de euros, o responsável salientou que o programa está a entrar numa nova fase, dando cumprimento aos projetos de “natureza e ambiência municipal”. Ainda por concretizar está, explica, o Observatório, cujo concurso está aberto. É “uma peça importante que vem para ficar” e que permitirá “observar melhor o que estamos a fazer na área da educação e em outras áreas com impacto mais ou menos direto”, como o ensino profissional, orientando a “formação para poder responder de forma mais adequada ao que são as necessidades de hoje e perspetivar o melhor possível aquelas que vão ser as necessidades do futuro próximo”. 

Ainda no âmbito do Educ@RA, vão ser lançados, nas próximas semanas, três concursos: professor inovador CIRA, escola inovadora CIRA e concurso anual steam. 

Considerando que os municípios são “um parceiro importante e antigo [do Ministério] na área da educação”, Ribau Esteves abordou a descentralização de competências, afirmando-se defensor desta política e apontando os exemplos de Águeda e Oliveira do Bairro, que já têm contratos de execução formalizados, bem como os dois anos em que Ílhavo também o fez. 

“Estamos numa fase de alguma mudança”, disse Cristina Oliveira, Delegada Regional de Educação da Região Centro, sobre a reestruturação de competências na área da educação, defendendo que este processo delega, para as autarquias, “competências administrativas, burocráticas, financeiras”, que permitem libertar os diretores/as “de uma carga burocrática imensa” e de “uma série de processos administrativos pesados” para se poderem dedicar “àquilo que é verdadeiramente importante na escola, as práticas pedagógicas”, esfera onde os Municípios “não têm qualquer intenção de entrar”. 

Considerando que inovação e tecnologia são fatores dos quais não se pode fugir, a responsável frisa que o papel do professor será sempre útil, imprescindível. “Podemos ter toda a informação em todos os meios tecnológicos, mas há uma coisa que uma máquina jamais saberá ensinar, que é saber pensar, reflectir, ter espírito crítico, saber trabalhar em equipa, ter uma sensibilidade estética”, disse, defendendo que “nada pode substituir um professor”. 

Cristina Oliveira advogou que “a educação para os valores nunca assumiu uma importância tão grande no contexto da educação como agora”. Disciplinas como a ética, a filosofia, o português, a história “são áreas que levam os alunos a refletir, a pensar, a desenvolverem aquilo que hoje é muito valorizado no sector empresarial, as ‘softskills’ e isso não se aprende com uma máquina”. 

Uma forma diferente de ensinar é a abordagem de José Pacheco, educador e pedagogo, idealizador da Escola da Ponte e indutor de mais de 100 projetos de uma nova educação no Brasil. Disse, perante uma plateia constituída por docentes, que “a avaliação não é classificação”; sendo antes “construída com base em evidências de aprendizagem”. 

A inovação – tema proposto na conferência de sexta-feira – prende-se, segundo José Pacheco, ao paradigma de aprendizagem ou da comunicação e não ao da instrução. “O que está a acontecer é que se está a pôr na sala de aula computadores, como se isso fosse importante; vamos continuar a enfeitar a escola com projetinhos e não saímos disto”, criticou, defendendo “escolas de excelência académica e de inclusão social, com planos de inovação”. 

Numa toada mais prática, foram apresentados alguns projetos diferentes em curso na região. Lara Martins deu a conhecer as “Mentes incríveis”, que explora o lado emocional e de construção de vínculos com as crianças, onde “educação é relação”. “Precisamos de ser crianças grandes quando trabalhamos com elas; se queremos ajudar crianças, precisamos de nos aproximar da linguagem da infância e de ver o mundos pelos olhos da criança”, apontou a mentora do projeto, que centra atenções nas pessoas, mais do que o tipo de modelo, tipo de escola ou instituição. “As escolas são as pessoas, são os valores das pessoas”, frisou, avançando que, no âmbito do projeto, está a ser elaborado um manual de educação criativa e terapêutica, que demonstra os fundamentos, recursos, estratégias e dinâmicas desenvolvidas no “Mentes incríveis”. 

Ana Moutas, coordenadora do Centro de Juventude de Águeda, apresentou o projeto VOGUI. Centrado na educação não-formal, este projeto da Câmara Municipal de Águeda trabalha três grandes aspetos: o auto-conceito (o que cada um é e vale), a adaptabilidade (encontrar soluções) e o conhecimento do contexto profissional real. 

Está a ser aplicado em todas as escolas do 3.º Ciclo e Secundário do Município de Águeda, sendo que todos os alunos do 9.º ano frequentam o VOGUI, em sessões quinzenais. O 12.º ano é opcional, sendo, por isso, sujeito a inscrição. Para além disso, nas escolas do Concelho funciona ainda o grupo NEET, constituído por jovens que não trabalham, não estudam e que, entretanto, se perderam nos seus objetivos de vida, sendo objetivo do VOGUI recuperá-los. 

Trata-se de um projeto que começou há um ano, com preparação e reuniões para definição de estratégias. A fase de implementação, que iniciou em setembro do ano passado, decorrerá até agosto de 2021, dividindo-se em dois anos letivos. Nas referidas sessões quinzenais, são trabalhadas todas as competências pessoais e sociais dos alunos. O projeto prevê ainda uma fase de testemunhos, onde profissionais das mais variadas profissões falarão com os jovens para que estes possam saber o que é trabalhar naquelas profissões; haverá ainda visitas às empresas, mostrando o tecido empresarial; e ainda a possibilidade de fazer “jobshadowing”, ou seja, que os jovens possam fazer de “sombra” durante um dia com um profissional para saberem o que exatamente corresponde fazer determinado trabalho. Previsto no projeto está também a realização de uma feira vocacional, com características inovadoras, que a seu tempo será divulgada.

Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede regressa aos palcos com espetáculo em Casal de Cadima


No próximo sábado, dia 1 de fevereiro

O Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede regressa no próximo sábado, dia 1 de fevereiro, com a estreia do espetáculo que o Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal preparou para a 22.ª edição do certame que decorre até ao próximo dia 4 de abril. A partir das 21h30, mais de 20 atores sobem ao palco da sede da coletividade para representarem três peças, todas escritas por Manuel da Silva Barreto: “Não Matem o meu Filho” é um drama que propõe uma reflexão sobre as inquietantes questões inerentes à despenalização da eutanásia, explorando para o efeito situações que podem vir a ocorrer com a aprovação de uma lei desse teor; “Médico de Família” tem a sua ação centrada numa aldeia onde a pouca instrução dos doentes levanta grandes dificuldades de comunicação com o clínico, uma comédia de costumes hilariante que tem como corolário os equívocos gerados por uma senhora hipocondríaca cujo marido é muito desconfiado; a atuação do Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal termina com “Vamos Cortar na Casaca 2020”, versão atualizada de um clássico de teatro humorístico de Manuel da Silva Barreto, na qual o Zé Povinho e a mulher, num diálogo cantado ao despique, fazem uma análise à situação política e social do país, sempre com apurado sentido crítico.

A anteceder o espetáculo de abertura do 22.º Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede, será entregue um diploma de reconhecimento a todos os 17 grupos cénicos intervenientes, seguindo-se a homenagem a Manuel da Silva Barreto, assinalando o seu contributo para a dinâmica do certame e a sua dedicação ao Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal, enquanto produtor, encenador, ator e autor das peças apresentadas nos últimos 10 anos.

A este propósito, será apresentado o livro editado pela Câmara Municipal com o mais recente texto teatral que Manuel da Silva Barreto escreveu para o grupo de teatro de que foi fundador e grande animador desde a sua origem, em 2004.
Promovido pela Câmara Municipal, o Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede tem por objetivo fomentar a revitalização da atividade teatral, mobilizando para o efeito as associações locais. Trata-se de uma ampla ação cultural que na edição deste ano envolve mais de 350 pessoas, entre atores e outros elementos que asseguram diversas tarefas inerentes à produção e montagem dos espetáculos.
Durante dois meses, todos os fins de semana, haverá a apresentação de, pelo menos, uma peça de teatro numa das freguesias onde desenvolvem intervenção cultural as coletividades que vão dar corpo ao ciclo de teatro, em algumas datas com representações simultâneas em diferentes locais. É assim que, através de um modelo de organização destinado a favorecer a troca de experiências entre os participantes, cada grupo de teatro realiza dois espetáculos, um na localidade onde está sedeada, outro numa das freguesias a que pertencem as restantes associações intervenientes.
Para fazer face às despesas na preparação, montagem e representação das peças – cenários, som, luz, adereços, caracterização, guarda-roupa e transportes – a autarquia atribuiu a cada grupo um apoio monetário, assegurando ainda outras despesas, designadamente as que se prendem com a divulgação dos espetáculos e apoio logístico aos grupos.

Sobre o Grupo de Teatro da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do Casal
Fundado em 24 de outubro de 2004, o Grupo de Teatro da Associação Cultural e Desportiva do Casal começou a sua atividade com 16 pessoas sendo atualmente constituído por cerca de 30 elementos. Estreou-se no dia 26 de dezembro desse ano, no âmbito da Festa de Natal da localidade onde está sedeado, com um espetáculo de variedades com sketches de comédia de Manuel Silva Barreto, que tem sido o autor da generalidade das peças apresentadas, além de encenador, produtor e ator.
Além de atuações pontuais a convite de várias entidades, tem participado no Ciclo de Teatro Amador do Concelho de Cantanhede, de forma ininterrupta desde a 12.ª edição, sempre com dramas ou comédias escritas por Manuel da Silva Barreto.


GRUPOS INTERVENIENTES NO 22.º CICLO DE TEATRO 

AMADOR DO CONCELHO DE CANTANHEDE

1. Grupo de Teatro da ACDC – Associação Cultural e Desportiva do Casal
- “Não matem o meu filho” (drama), de Manuel Silva Barreto;
- “Médico de Família” (comédia), de Manuel Silva Barreto;
- “Vamos Cortar na Casaca 2020” – versão cantada (comédia), de Manuel Silva Barreto,

2. Grupo de Teatro Experimental “A Fonte” – Murtede
“As Três Marias” (comédia), de Isabel Cristina Neto Cristina Serém

3. Grupo de Teatro, Arte e Cultura – Pocariça
- “Frio que Faz na Cama”, de António Manuel Rejez

4. Grupo de Teatro Renascer – Sanguinheira
- “Comédia da Treta” (comédia), de autor desconhecido

5. Teatro Cordinha d’Água – Cordinhã
- “No fundo do (a)mar” (drama, peça infantil), de Olga Resi
- “(Des)Embarcados” (comédia), de Olga Resi

6. GTT - Grupo de Teatro da Tocha da A. R. C. 1.º de Maio
- “A Mulher sem Pecado” (drama), de Nelson Rodrigues

7. Grupo de Teatro Amador da URC - União Recreativa de Cadima
- “Sétimo Mandamento: Roubarás um Pouco Menos” (comédia), de Dario Fo

8.Grupo de Teatro As Fontes do Zambujal
- “Filho Sozinho” (drama), de Francisco Ventura

9. Grupo de Teatro da Associação do Grupo Musical das Franciscas
- “Vamos à Revista” (comédia), de Dora Jesus

10. Grupo de Teatro S. Pedro – Cantanhede
- “O Fado – Tributo a uma Diva”, de Dulce Sancho e Sónia Silva

11. Pequenas Vozes de Febres
- “Sambi” (musical), baseado na história do “Rei Leão”

12. Grupo de Teatro Musical da Filarmónica de Covões
- “Os Miseráveis”, de Vítor Hugo

13. O Cénico dos “Esticadinhos” de Cantanhede
“Crime!... Disseram elas!...”, adaptação de Fernando Geria e Carla Negrão

14. Grupo de Teatro do Clube União Vilanovense
- “A Fera Domada” (comédia), baseada na obra de William Shakespeare

15. Grupo de Teatro do Pedra Rija de Portunhos
- “Verdade ou Consciência” (drama), adaptação do “Passageiro do Expresso”, de José Rodrigues Migueis

16. Bombarda - Companhia de Teatro
- “Aventuras e Desventuras da 1.ª Volta ao Mundo” (outra), de Bombarda – Adaptação de “Primer Viaje Alrededor del Globo”, de Antonio Pigafetta

17. RTP Tinto (Resistência Teatro e Produções) – Cordinhã
- “O Tesouro do Conde” (comédia), de Manuel Tomé


Concurso Euroscola - Edição 2019/20 Período de apresentação de Candidaturas termina já no dia 31 de janeiro


Encontra-se aberto o período de candidaturas ao Concurso Euroscola que decorre até dia 31 de janeiro 2020. Podem candidatar-se ao Euroscola, escolas participantes no Parlamento dos Jovens. Cada escola candidata deverá inscrever dois alunos, que têm de estar inscritos no 10º, ou 11º ano.

É um Programa gerido em conjunto pelo IPDJ e Gabinete do Parlamento Europeu, dirigido aos alunos do ensino secundário, que consiste na simulação do trabalho dos deputados no Parlamento. Os vencedores do Concurso Euroscola nacional ganham uma viagem ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, passando um dia como membros do Parlamento Europeu.

Neste ano o tema de participação é:
Valores Europeus: Também são os teus!
 
Como participar?
Elaborando um trabalho sobre o tema e formalizando a candidatura em:
https://programas.juventude.gov.pt/euroscola

 Em Portugal o Euroscola é gerido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude em parceria com a Assembleia da República e o Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal.

Particularmente na Zona Centro todos os interessados poderão solicitar mais informações na Loja Ponto JA do IPDJ de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, ou consultar o Portal da Juventude em: www.juventude.gov.pt.


CAMPEONATO NACIONAL DE SENIORES & MID-AMATEURS – P&P

Campo Golfe Cantanhede - 25 Janeiro 2020


O Campo de Golfe de Cantanhede foi palco do Campeonato Nacional de Seniores & Mid-amateurs P&P, tendo recebido 44 jogadores dos seguintes clubes presentes: Aldeia dos Capuchos, Braga, CityNorte, Paredes, Lisbon Sports Club, Seniores, Quinta das Lágrimas e o Clube da Casa - Cantanhede. 

O Campo esteve à altura da elevada qualidade do field, e dada a enorme participação no torneio, destacando-se assim o notório interesse pela modalidade P&P, houve mesmo quem ficasse de fora. Talvez em 2021 seja diferente. 

Os Vencedores em Strokeplay foram Hugo Espirito Santo nos Mid-amateurs e António Tendeiro nos Seniores, ambos jogadores do Clube de Golfe da Quinta das Lágrimas. 

Terminamos afirmando que o Futuro do Golfe em Portugal passa com certeza pelo P&P tanto nos mais jovens como nos Seniores.

“Rui Pinto semeou o pânico nos corredores do futebol”, escreve New York Times

Prestigiado jornal dedica artigo ao fundador do Football Leaks e às descobertas de Rui Pinto sobre Isabel dos Santos
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O New York Times publica uma longa reportagem, nesta segunda-feira, dia em que os seus advogados revelaram que o fundador do Football Leaks entregou, em 2018, um disco rígido contendo dados relacionados com as revelações sobre a fortuna de Isabel dos Santos.
“À procura dos segredos do futebol, um hacker português encontrou outros segredos da mulher mais rica de África", escreve em título aquele periódico.
“O adepto português procurava os segredos do futebol, quando começou a invadir as redes jurídicas e financeiras que apoiavam a indústria. Durante anos, ele roubou documentos internos e acordos secretos, desmascarando práticas questionáveis ​​– e até criminalidade – por advogados, jogadores e clubes de futebol. Depois, publicou as informações anonimamente numa plataforma que chamou ‘Football Leaks’. Os clubes ficaram furioso e amaldiçoaram-no. Alguns agentes ameaçaram processá-lo e investigadores envergonhados prometeram prendê-lo”, resume o prestigiado jornal norte-americano.
Até que surge o Luanda Leaks, alegadamente após descobertas de Rui Pinto. Esta informação foi também tornada pública pela imprensa nacional nos últimos dias, merecendo um comentário da ex-eurodeputada Ana Gomes, uma das mais acérrimas defensoras do uso da informação obtida pelo suspeito para investigar corrupção.
Nesta segunda-feira, os advogados de Rui Pinto “declaram que o seu cliente (…) assume a responsabilidade de ter entregue, no final de 2018, à Plataforma de Proteção de Denunciantes na África, um disco rígido contendo todos os dados relacionados com as recentes revelações sobre a fortuna de Isabel dos Santos, sua família e todos os indivíduos que podem estar envolvidos nas operações fraudulentas cometidas à custa do Estado angolano e, eventualmente, de outros países estrangeiros”, refere uma nota emitida pelos advogados de Rui Pinto.
reportagem do New York Times faz esta ligação. "O que ninguém sabia era que, numa enorme quantidade de dados obtidos pelo hacker, um fanático por futebol chamado Rui Pinto, havia um segredo muito maior. (…) Em 2018, em Budapeste, onde estava escondido antes de ser detido e extraditado para Portugal, Rui Pinto disse ao advogado francês William Bourdon que acreditava ter informações que revelavam como Isabel dos Santos, a mulher mais rica da África e a filha do ex-presidente de Angola, acumulou a sua fortuna de dois mil milhões de dólares”, pode ler-se.
Refira-se que a defesa de Rui Pinto considera que o arguido deve ser tratado como denunciante. Pelo contrário, o Ministério Público acusa-o de mais de 90 crimes, entre os quais um de extorsão, na forma tentada, pelo que o pirata informático se encontra em prisão preventiva.
“Até ser detido e extraditado para Portugal, em março, Rui Pinto semeou o pânico nos corredores do futebol. Ele atingiu não apenas alguns dos maiores clubes e instituições de futebol, mas também escritórios de advocacia e serviços que apoiavam as respetivas atividades”, aponta a reportagem.
Rui Pinto terá acedido a documentação de um escritório de advocacia, com sede em Lisboa. Esse escritório teria dados confidenciais que davam conta de alegados benefícios fiscais para Isabel dos Santos. No entanto, o escritório desmente ao New York Times que tenha qualquer relação com a documentação em causa.
As revelações feitas a partir dos atos de Rui Pinto “minaram as alegações de Isabel dos Santos", segundo as quais estaria a ser alvo de “um ataque político, orquestrado e bem coordenado, em vésperas de eleições em Angola”, marcadas para o próximo ano.
Nesta extensa reportagem, o New York Times relata todos os passos do processo criminal que envolve Rui Pinto. E destaca a rede de suspeitas que envolvem grandes clubes europeus.
Bancada.pt

Veleiro intercetado ao largo de Portugal com 1.820 kg de cocaína

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No âmbito da “Operação Glória” foram detidos dois homens estrangeiros, que vão ser presentes a tribunal.
A Polícia Judiciária, com o apoio da Marinha e da Força Aérea, intercetou no Atlântico uma embarcação do tipo veleiro, que transportava de 1.820 kg de cocaína.
A “Operação Glória”, desencadeada nas últimas duas semanas, visava combater o tráfico de droga por via marítima.
Foram detidos dois homens estrangeiros, de 51 e 53 anos, que vão ser presentes à autoridade judicial para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.
Além da droga foi apreendida a embarcação, diversos equipamentos e documentação.
“Esta operação, no âmbito de uma investigação iniciada na sequência de troca de informação no Maritime Analysis and Operations Centre – Narcotics (MAOC-N), com sede em Lisboa, contou também com o apoio da Polícia Federal do Brasil, da Direction Nationale du Reiseignement et des Enquêtes Douaniers das Alfândegas Francesas, da National Crime Agency do Reino Unido, da Drug Enforcement Administration dos E.U.A e da Unidad de Drogas y Crimen Organizado do Cuerpo Nacional de Policia de Espanha”, esclarece a com a nota enviada à redação.
As autoridades vão dar mais informações numa conferência de imprensa às 12h00.
Carla Caixinha / RR

Quatro feridos graves em incêndio em lar de idosos de Abrantes

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Um incêndio num lar de idosos em Rossio ao Sul do Tejo, em Abrantes, provocou hoje de manhã ferimentos em 18 pessoas, quatro das quais estão em estado grave, disse à Lusa fonte dos bombeiros locais.

"Quatro dos feridos estão em estado considerado grave e foram levados para o hospital de Abrantes, com queimaduras de 2.º e 3.º grau em 80% do corpo e devido à inalação de fumos", disse o comandante dos Bombeiros Voluntários de Abrantes, António Jesus, acrescentando que um helicóptero foi acionado para o hospital, onde "aguarda para transportar para Lisboa algum dos feridos mais graves" que venha a requerer essa transferência.
O alerta para o incêndio, de causas ainda em investigação, foi dado às 10:27.
Na ocasião, o edifício de piso térreo situado em Rossio ao Sul do Tejo, no distrito de Santarém, albergava 18 idosos e três funcionários.
Pelas 12:10, os bombeiros estavam ainda a assistir os utentes no local, devido à inalação de fumos.
"A esta hora o incêndio está extinto, mas estamos no local a avaliar e a assistir os utentes e os funcionários, essencialmente devido a problemas por inalação de fumos", disse António Jesus.
Nas operações de socorro estiveram 33 operacionais e 13 viaturas dos bombeiros, uma ambulância de suporte imediato de vida (SIV) de Torres Novas, uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do Hospital de Abrantes, um helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e autoridades policiais.
O incêndio foi combatido pelos bombeiros de Abrantes, Vila Nova da Barquinha, Constância, Entroncamento e Sardoal.
Lusa

Navigator executa e paga obra pública no Mondego

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A papeleira Navigator assumiu uma obra em curso de recuperação do canal condutor geral do rio Mondego, em Montemor-o-Velho, em domínio público hídrico do Estado, da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que autorizou.
Agricultores e proprietários agrícolas, entre outros, não contestam a realização, por privados, da intervenção no canal – alegando que há anos que as celuloses são, na prática, os responsáveis pela manutenção da infraestrutura, já que a água, em especial a que a Navigator dali recebe, é crucial para a sua produção de papel e pasta de papel – mas apontam a falta de transparência do processo e a alegada ausência de mecanismos de contratação pública.
O canal condutor geral (também conhecido como canal de rega) é uma infraestrutura que se desenvolve adjacente ao dique direito do leito principal do Mondego, que serve para fornecer água às culturas de milho e arroz (cerca de seis meses por ano) e às explorações hortofrutícolas do Mondego. Mas serve principalmente as papeleiras Navigator e Celbi e garante parte do abastecimento público ao município da Figueira da Foz.
Desde finais de Dezembro de 2019 que decorre, na zona do canal condutor junto à ponte de Formoselha e estação de bombagem de Santo Varão, uma obra de recuperação do canal, que foi precedida da instalação, dentro do mesmo, de uma tubagem com cerca de 300 metros condutora da água que é bombeada a partir de uma bacia do leito abandonado do Mondego, adjacente ao leito principal do rio, do qual recebe a água por gravidade.
Nas cheias de 19 a 21 de Dezembro de 2019, o mesmo canal – que tem cerca de 40 quilómetros de extensão entre o açude-ponte de Coimbra e a Figueira da Foz – colapsou juntamente com o dique da margem direita do Mondego, cerca de mil metros acima da zona em obra, interrompendo a circulação de água e levando à instalação do sistema alternativo.
Em nota de imprensa divulgada em 15 de Janeiro, a APA referia estarem em curso os trabalhos de “fecho provisório” (entretanto já concluídos) dos dois diques – o direito do leito principal do Mondego e o talude esquerdo do leito periférico direito – que colapsaram durante as cheias, não fazendo, no entanto, referência à obra da Navigator.
Ouvido pela Lusa na mesma altura, o presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, afirmava que existiam na região duas obras de fecho provisório dos diques e uma terceira “feita pelas papeleiras” sobre a qual a autarquia “não foi informada”.
Já Armindo Valente, vice-presidente da Associação de Beneficiários da Obra Hidroagrícola do Baixo Mondego, entidade responsável pelo regadio agrícola do Mondego (mas não do canal de rega, cuja gestão e manutenção é da responsabilidade da APA) assumia que a obra “está a ser paga pelas indústrias para terem água”.
“Nós não contestamos a situação, até porque há uma boa relação entre os agricultores e a indústria. E se não forem as indústrias a pagar, com o Estado é um processo muito complicado para fazer o que quer que seja, porque tem de fazer contratação pública e as indústrias acabam por agilizar o processo”, argumentou.
Armindo Valente reconhece que, “na opinião pública, não se percebe como aquilo é feito, se [as indústrias] pagam menos taxas [de recursos hídricos] ou se há outra maneira de as ressarcir”.
Jorge Camarneiro, empresário e antigo vereador da CDU em Montemor-o-Velho, é taxativo quando refere que as celuloses “aparentemente sem contratos públicos, contratualizaram uma obra em propriedade pública e está mais do que claro que os procedimentos são mais ou menos lestos conforme os interesses das celuloses”.
“No dia das cheias, ainda estava tudo debaixo de água, com ameaça de roturas e de catástrofe e já as celuloses estavam a tratar de repor uma bomba [na estação do Foja] que não trabalhava há 20 anos. É legítimo, porque precisam de água, agora o que não é legítimo é que se oculte tudo isto, se faça tudo isto de uma forma meio secreta, quando se está a tratar de interesse público”, acusa o empresário de 60 anos, natural de Montemor-o-Velho.
Acresce que as intervenções feitas por privados em domínio público no Mondego já tinham sido alvo de reparo pelo Tribunal de Contas, em 2017, no âmbito de uma auditoria realizada aos Fundos Ambientais. Na sua análise, o TdC contestou uma candidatura da então Soporcel (hoje Navigator), realizada em abril de 2014, no valor de 2,5 milhões de euros ao Fundo de Proteção de Recursos Hídricos para “reabilitação de troços do canal condutor geral do Mondego”, após ter concluído, um mês antes, uma “reparação de emergência” com um custo de mais de 150 mil euros.
Na altura, o Tribunal de Contas argumentou que os trabalhos que a papeleira se propunha executar eram responsabilidade da APA, “respeitam a um canal situado no domínio público hídrico, que integra o Aproveitamento Hidráulico do Mondego e é propriedade do Estado”, e alegava não encontrar “motivos que justifiquem entregar a realização de uma obra pública a uma entidade privada quando esta é da competência de um instituto público”.
A agência Lusa questionou o ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) sobre a intervenção – que também levou à instalação de novas bombas em Santo Varão, duas com capacidade de 900 mil litros por segundo e outras duas de 600 mil – tendo a tutela respondido, por escrito, que “a reparação do canal adutor e a manutenção das respetivas infraestruturas do sistema de rega do baixo Mondego, fortemente danificadas pelas últimas cheias, são responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente”.
“Considerando a previsível duração dos trabalhos de reposição total da infraestrutura hidráulica, essencial para a região, nomeadamente para os campos agrícolas e unidades industriais, a Celbi e a Navigator estão a apoiar, desde a primeira hora, nas obras de reconstrução”, adiantou o MAAC.
“Desde que ocorreram as cheias e o sistema adutor ficou inoperacional, as unidades fabris referidas estão a ser alimentadas de água de processo, através de um sistema alternativo instalado desde o início do canal na estação de bombagem de Santo Varão”, acrescentou.
Confrontada pela Lusa, fonte oficial do grupo The Navigator Company respondeu, também por escrito, com os mesmos três parágrafos transcritos acima na resposta do ministério do Ambiente, sem adiantar qualquer outra informação.
A tutela do Ambiente, sobre o facto do empreiteiro de Condeixa-a-Nova que está a realizar os trabalhos não ter aparentemente qualquer acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente, explicou então que o contrato “é da responsabilidade da Navigator, que o comunicou à APA”, admitindo que a obra está a ser “executada” pela papeleira “sob coordenação e com acompanhamento constante da APA”.
Não tendo, numa primeira fase, a tutela esclarecido qual o procedimento administrativo que permitiu à APA entregar a obra à Navigator, o montante do investimento ou a forma de ressarcir a empresa privada dos investimentos em curso em domínio público hídrico, a Lusa solicitou novo esclarecimento, questionando qual o protocolo, contrato, despacho ministerial ou artigo da lei que o permite.
Na resposta, o MAAC refere que considerando a “urgência na reparação dos danos do troço do canal condutor geral que impossibilitaram o abastecimento” às unidades industriais, concessionária de águas, central da EDP e agricultura “e os meios e recursos próprios disponíveis”, a Navigator e Celbi, detentores de um Título de Utilização de Recursos Hídricos, “disponibilizaram-se de imediato a reparar o canal para reposição deste abastecimento, o que foi conseguido numa semana, antecipando a repartição de despesas de um [novo] modelo de gestão a implementar”.
Sem divulgar o montante total da intervenção, a tutela reafirma que a reparação dos danos no canal, “de cujo funcionamento as unidades industriais de celulose são beneficiárias diretas, foi autorizada pela APA e será suportada pela Navigator”, devendo estar concluída em meados de fevereiro.

Lusa

Irão. Avião sai da pista e acaba na estrada após aterragem de emergência

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RTP
Um avião da Caspian Airlines, com problemas no trem de aterragem, acabou fora da pista do aeroporto, numa estrada pública. O acidente aconteceu no aeroporto de Mahshahr, no sudoeste do Irão.
A bordo seguiam 135 passageiros e 7 elementos da tripulação. Ninguém ficou ferido.
De acordo com os media iranianos o comandante do avião não conseguiu fazer baixar o trem de aterragem devido a problemas técnicos no aparelho.
Teve por isso que realizar uma aterragem de emergência.
O avião é um McDonnell Douglas MD-83 construído em 1994.

RTP

Espaço Inovação recebe workshop de ilustração científica

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O Espaço Inovação Mealhada (EIM) vai receber, dia 1 de fevereiro, o workshop "Ilustração Científica - Preto e Branco", ministrado pela bióloga Davina Falcão.
Os participantes deste workshop terão oportunidade de aprender a criar os efeitos de sombra, textura e volume usando apenas grafite, canetas bic e pontilhado. No final, todos estarão capacitados para a criação de imagens científicas.
Davina Falcão é bióloga, ilustradora científica e ilustradora freelancer, com diversos trabalhos publicados em artigos científicos, periódicos e livros. Detém experiência em trabalhos de campo em Ornitologia e Herpetologia e é coautora e ilustradora do guia de campo das aves "Guia das Aves das Dunas de S. Jacinto".
Esta é uma formação de oito horas (entre as 09h e as 18h) com certificado de participação. A formadora ressalva que não é necessário saber desenhar para participar nesta atividade.
Esta atividade é realizada em parceria com a Living Place, empresa do concelho da Mealhada que se dedica à preservação do património natural e edificado, bem como ao incremento de atividades físicas orientadas e em contacto direto com a natureza.
As inscrições podem ser feitas em forms.gle/2rUhMhtHtqfBks1X8 .

COMISSÃO DISTRITAL DE DEFESA DA FLORESTA DE LISBOA REUNIU-SE EM TORRES VEDRAS

O Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras acolheu no dia 21 de janeiro a 14.ª reunião da Comissão Distrital de Defesa da Floresta de Lisboa.

Presidiu a esta reunião o diretor da Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Rui Pombo, que foi acompanhado na mesa pelo presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, por Hugo Santos (2.º comandante operacional distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa), Lourenço Lopes (chefe da Secção do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente do Comando Territorial de Lisboa da Guarda Nacional Republicana) e António Ravasco (coordenador regional de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Lisboa e Vale do Tejo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas).

Marcaram presença nesta reunião todas as entidades e agentes com competência e responsabilidade na Defesa da Floresta Contra Incêndios no distrito de Lisboa, nomeadamente Forças Armadas, associações de produtores florestais, Infraestruturas de Portugal, Rede Elétrica Nacional, Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais e técnicos dos gabinetes técnicos florestais dos municípios do distrito de Lisboa e da OesteCIM.

A reunião teve como objetivo efetuar o balanço do ano de 2019 relativamente ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, nomeadamente no que concerne à vigilância, deteção e fiscalização e prevenção estrutural. Nesta reunião foi ainda criada uma comissão técnica especial para “Análise de Gestão de Combustíveis – 2020”. Relativamente a outros assuntos abordados na mesma, foi apresentado por Pedro Marques, da Rede Elétrica Nacional, o trabalho que esta entidade tem vindo a realizar no âmbito da constituição das Faixas de Gestão de Combustível, tendo Pedro Carrinho, da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, apresentado o Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, o qual se encontra em consulta publica até 5 de fevereiro.

Nesta reunião houve ainda espaço para debate, tendo nesse período as diferentes entidades presentes trocado ideias sobre a Defesa da Floresta Contra Incêndios, nomeadamente no que se refere ao funcionamento das torres de vigia, às equipas de sapadores florestais e aos respetivos planos municipais.