domingo, 7 de fevereiro de 2021

Sporting vence Tatran Presov no regresso à Liga Europeia de andebol


O Sporting recebeu e venceu hoje os eslovacos do Tatran Presov, por 27-21, em encontro em atraso da segunda jornada da Liga Europeia de andebol, somando a terceira vitória na edição deste ano.

Com esta vitória, a terceira na fase de grupos, o Sporting soma seis pontos e mantém o quarto lugar no grupo B, com os mesmos pontos dos franceses do Nimes, mas a apenas dois da liderança, ocupada pelos suecos do IFK Kristianstad, que têm mais um jogo disputado. Já o Tatran Presov, soma por derrotas as cinco partidas realizadas e sem somar qualquer ponto na prova europeia de andebol.

Com grandes defesas em momentos cruciais da partida, o guarda-redes 'leonino' Matevz Skok foi fundamental no acerto defensivo dos 'leões', com Pedro Valdez e Tiago Rocha, com sete golos e oito golos, respetivamente, a 'darem resposta' ao companheiro de equipa no momento da finalização.

A jogar em casa, o Sporting entrou mais forte no encontro e depressa se colocou na frente do marcador, conseguindo nos primeiros 15 minutos estabilizar numa vantagem de dois golos.

Nesta fase, destacaram-se Djukic e Schonghart, especialmente eficazes na altura de visar a baliza eslovaca, mas a expulsão de Doroshchuk, aos 14, obrigou Rui Silva a mexer na estratégia leonina e impediu que o Sporting se distanciasse mais no marcador.

Ainda assim, os 'leões' reagiram bem a essa adversidade e, depois de uma dupla defesa de Skok, conseguiram, pela primeira vez no encontro, atingir os quatro golos de diferença.

No segundo tempo entrou melhor o Tatran Presov, que em dois lances colocou a diferença para os 'leões' em apenas um golo. Era o sinal de que os eslovacos iam discutir o resultado até final.

O Sporting reagiu, com Pedro Valdez a dar seguimento aos bons índices de concretização da primeira parte. Ainda assim, os 'leões' não conseguiram desde logo fugir no resultado, muito por culpa do guarda redes Igor Chupryna, que ao longo de toda a segunda parte se opôs com defesas vistosas aos remates leoninos.

Depois de um período de maior acerto defensivo, o Sporting atingiu novamente os quatro golos de diferença à passagem dos 45 minutos de jogo e cimentou, em definitivo, a liderança no marcador, com destaque para duas finalizações espetaculares de Francisco Tavares.

Nos dez minutos finais, com Skok também destaque entre os postes leoninos, o Sporting aumentou a vantagem na liderança do encontro e fechou o resultado em 27-21.

Jogo no Pavilhão João Rocha, em Lisboa.
Sporting -- Tatran Presov, 27-21.
Ao intervalo: 13-10.
Sob a arbitragem de Gytis Sniurevicius (Lit) e Andrius Grigalionis (Lit), as equipas alinharam e marcaram:
- Sporting (27): Matevz Skok, Tiago Rocha (8), Jens Schongarth (4), Nuno Roque (1), Darko Djukic (3), Joel Ribeiro e Pedro Valdez (7). Jogaram ainda: Doroshchuk, Salvador Salvador (2), Francisco Tavares (2), Carlos Ruega, Manuel Gaspar e Aljosa Cudic.

Treinador: Rui Silva.
- Tatran Presov (21): Igor Chupryna, Oliver Rabek (2), Nuno Santos (2), Pedro Souza Pacheco (4), Tomas Recicar (3), Pavel Caballero (7) e Jihed Jaballah (2). Jogaram ainda: Roman Tsarapkin, Nino Grzentic (1).

Treinador: Slavko Goluza.
Marcha do marcador: 2-1 (05 minutos), 4-2 (10), 7-5 (15), 10-07 (20), 12-08 (25), 13-10 (intervalo), 14-12 (35), 16-13 (40), 17-14 (45), 20-16 (50), 24-17 (55) e 27-21 (resultado final).

Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.

Imagem:Visão-Sapo

TAP anuncia que fechou acordos de emergência com todos os sindicatos

Companhia aérea vai ainda propor um conjunto de outras medidas para cortar custos.
A administração da TAP anunciou, este domingo, que chegou a um entendimento com todos os sindicatos sobre os Acordos de Emergência que vão vigorar até 31 de dezembro de 2024 ou até que sejam celebrados e implementados novos acordos entre as partes.

A informação é avançada pela própria companhia aérea num comunicado interno a que a TSF teve acesso. Sem avançar detalhes, a empresa adianta que vai propor um conjunto de medidas voluntárias para cortar custos que é "crítico e fundamental para a otimização dos recursos laborais". Mediante o grau de adesão às medidas, a TAP admite a "implementação de outras medidas necessárias ao ajuste da estrutura de custos laborais compatível com o atual e projetado nível de operação e de receita".

Os acordos alcançados têm agora de ser ratificados pelos sindicatos junto dos seus associados, "procedimento que a TAP seguirá na próxima reunião de Conselho de Administração".

"Queremos agradecer a forma aberta, empenhada e construtiva com que negociaram e trabalharam para chegar a um entendimento, o sentido de urgência a que atenderam e o contributo para a defesa do interesse comum: a sobrevivência e sustentabilidade da Companhia", lê-se também no documento.

O presidente do CA, Miguel Frasquilho, e o presidente da Comissão Executiva, Ramiro Correia, que assinam a mensagem, assumem que todos preferiam "não estar a viver este momento", sublinhando que, "perante este desafio que é global, tornou-se evidente o quão essencial é para o futuro da TAP este assinalável feito de chegar a acordo com todas as estruturas representativas dos trabalhadores, em tão pouco tempo".

"Percorremos assim, em conjunto e num clima de pacificação e de entendimento social, o caminho da reestruturação e da recuperação da TAP, enquanto decorrem as conversações com a Comissão Europeia, à qual esta nova realidade vai ser sujeita", salientam.

A empresa deixa ainda um agradecimento "à contribuição inestimável do Ministério das Infraestruturas e Habitação que foi, além de acionista, parte integrante de todo o processo negocial e determinante em muito dos momentos".

O Conselho de Administração da TAP diz que tem consciência "de que a quebra de receitas ao longo dos próximos anos será colossal e estimada em vários milhares de milhões de euros".

"Recordamos que estamos igualmente a implementar uma vigorosa redução de custos nas várias áreas da empresa, que permitirão à TAP ter benefícios financeiros de cerca de 1,5 mil milhões de euros até 2025, bem como a trabalhar em medidas de eficiência organizacional, aumento da produtividade e de geração de receita adicional", frisam Miguel Frasquilho e Ramiro Correia.

Os presidentes do Conselho de Administração e da Comissão Executiva assumem "que este é um plano muito duro e exigente, feito de medidas difíceis, mas absolutamente necessárias para preservar a TAP e assegurar a manutenção do maior número de postos de trabalho".

"Recordamos que, por mais difícil que seja, é neste Plano de Reestruturação que reside a esperança no futuro da TAP", avisam estes responsáveis.

A mensagem enviada aos trabalhadores da TAP termina dizendo que o acordo alcançado com todos os órgãos representativos dos trabalhadores "começa agora o seu caminho para a aprovação pela Comissão Europeia", acrescentando que a TAP e os ministérios das Infraestruturas e Habitação e das Finanças "tudo farão para que, no mais breve prazo e com o melhor resultado final, o mesmo possa estar concluído".

Lusa

Câmara de Cantanhede acautelou condições de acesso à internet para o ensino à distância

Autarquia já entregou 108 routers de internet para alunos carenciados.
A Câmara Municipal já entregou aos agrupamentos de escolas 108 routers de internet que adquiriu para os facultar aos alunos de famílias com dificuldades em disporem desse recurso indispensável à participação nas atividades letivas em contexto de recolhimento doméstico.

Beneficiam dessa oferta as crianças e jovens inseridos nos escalões A e B do apoio social escolar, além de outras situações de vulnerabilidade social entretanto sinalizadas.

A presidente da Câmara Municipal, congratula-se com “o excelente trabalho que tem sido desenvolvido nestes tempos muito difíceis pelos serviços de educação e de ação social da autarquia, sempre em estreita cooperação com os agrupamentos de escolas do concelho e escolas não agrupadas”. Helena Teodósio refere que “tudo tem sido feito para minimizar os efeitos da pandemia de Covid-19 no processo de aprendizagem dos alunos que precisam de apoio, quer com a disponibilização de meios para assistirem às aulas à distância, quer com o fornecimento de refeições e outros tipos de ajuda”.
Segundo a autarca, “a Câmara Municipal tem mantido uma profícua comunicação com os agrupamentos de escolas, de modo a serem atempadamente identificadas as necessidades dos alunos e respetivas famílias e acionarem-se em tempo útil os recursos para dar resposta a essas necessidades, aliás nos termos da deliberação aprovada nesse sentido”.

Por seu lado, Pedro Cardoso refere que “face aos enormes constrangimentos causados pela crise sanitária que estamos a viver, é ainda maior a nossa responsabilidade em providenciar condições de igualdade para todos os alunos no acesso à educação, neste caso através do ensino à distância, o que, nas atuais circunstâncias, passa por assegurar aos oriundos de famílias socialmente fragilizadas os dispositivos para acederem à internet. A principal preocupação do Município é não deixar ficar ninguém para trás”, sublinha o vice-presidente da autarquia adiantando que “foram feitos contactos com as operadoras de serviços de internet para melhorarem a sua cobertura em locais onde a força do sinal não é suficiente para suportar aulas à distância”.

Entretanto, a Câmara Municipal de Cantanhede deliberou, na reunião ordinária da passada semana, o prolongamento das 40 medidas adotadas durante o ano de 2020 para mitigar o impacto económico e social da pandemia de Covid-19, algumas das quais para o setor da educação. Entre elas consta o fornecimento de refeições aos alunos de agregados familiares dos escalões do apoio social escolar, além de outros pertencentes a famílias identificadas como estando em situação de alguma fragilidade social, e a dinamização de polos de acolhimento dos filhos e crianças a cargo dos profissionais de saúde, forças de segurança e demais trabalhadores em serviços essenciais. Por outro lado, a autarquia deliberou ainda avançar com o reforço na limpeza e desinfeção das instalações de todos os jardins de infância do concelho e escolas do 1º. CEB, bem como dos respetivos equipamentos, mobiliário e outros materiais.

Hospitais do Centro com mais internados em enfermaria cedem camas UCI a Lisboa e Vale do Tejo


O número de doentes com covid-19 internados nos hospitais da região Centro voltou a subir no sábado, de acordo com o relatório de hoje da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

O ponto da situação relativo ao dia 06 de fevereiro, divulgado hoje, indica mais 12 internados com covid-19 nas unidades hospitalares do Centro, subindo para um total de 1.355.

Contudo, o recuo do número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), de 155 para 149, permitiu à ARSC disponibilizar cinco camas UCI à ARS Lisboa e Vale do Tejo.

No sábado, o aumento de doentes covid-19 nos hospitais do Centro registou-se nas enfermarias, subindo de 1.188 para 1.206.

As taxas de ocupação nas enfermarias covid e UCI Covid nos hospitais da região, às 23:59 de sábado, eram de 88% e 83%, respetivamente.

De acordo com a ARSC, houve 46 altas de enfermarias covid, 86 admissões hospitalares e 30 óbitos em meio hospitalar.

Internados no setor social, privado, militar e estruturas de apoio de retaguarda estão 83 doentes covid e 99 doentes não covid.

Lusa

Portugal descarta ajuda da Galiza para receber doentes


Portugal rejeitou a disponibilidade da Galiza para receber doentes com a covid-19, dado que as unidades da região Norte estão a conseguir dar respostas às necessidades, disse hoje à Lusa o Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde agradece a disponibilidade manifestada pelo Conselheiro de Saúde da Galiza no sentido de ajudar Portugal e particularmente a região Norte, mas neste momento as unidades da região estão a conseguir dar resposta às necessidades", justifica o ministério, em resposta enviada à agência Lusa.

Segundo o ministério liderado por Marta Temido, "a situação da região Norte encontra-se estabilizada e com capacidade de resposta previsível para os próximos dias, tanto em doentes de enfermaria como em UCI [Unidade de Cuidados Intensivos]".

"Durante a última semana verificou-se mesmo uma ligeira diminuição de doentes em enfermaria o que possibilitou receber doutras regiões, nomeadamente de LVT [Lisboa e Vale do Tejo], 73 doentes", pode ler-se na resposta.

O Ministério da Saúde assegura que "acompanha em permanência o evoluir da situação epidemiológica e usará, caso se venha a revelar necessário, todos os meios disponíveis para o melhor tratamento de doentes".

Na sexta-feira, o Governo regional da Galiza disse esperar que Portugal respondesse durante este fim de semana sobre a oferta que a região tinha feito para receber doentes com covid-19 nos hospitais desta comunidade autónoma espanhola.

O presidente da Junta (Governo) da Galiza (na fronteira norte com Portugal), Alberto Núnez Feijóo, confirmou nesse dia que já tinha oferecido a Portugal a possibilidade de receber pacientes na rede de hospitais da região, mais precisamente no hospital Álvaro Cunqueiro, de Vigo.

O presidente da região da Galiza revelou também que já havia falado há alguns dias com o embaixador de Portugal em Madrid, João Mira Gomes, e que as autoridades de saúde portuguesas estavam em contacto com as autoridades de saúde desta comunidade autónoma.
Lisboa "sabe perfeitamente bem que a Galiza é um território que tem estado especialmente unido a Portugal desde há séculos", afirmou Feijóo.

Lusa

Colapso de glaciar nos Himalaias faz pelo menos três mortos e 150 desaparecidos

Pelo menos três pessoas morreram e 150 estão desaparecidas, no norte da Índia, na sequência de uma avalanche de água e lama provocada pelo colapso de um glaciar dos Himalaias.

O desastre ocorreu no início da manhã no distrito de Chamoli, no Estado de Uttarakhand.

A enxurrada provocada pelo degelo do glaciar destruiu uma barragem em construção.

O diretor-geral da Força Nacional de Resposta a Desastres (NDRF), Satya Narayan Pradhan, disse que em declarações aos jornalistas que foram enviadas equipas de resgate para ajudar as forças de segurança da região.

Vídeos filmados com telemóveis do momento da avalanche, divulgados nas redes sociais, mostram a chegada repentina de uma grande coluna de lama e água por um leito de rio, atingindo com força as encostas do vale e destruindo estruturas como uma barragem em construção.

O chefe regional das equipas de resgate, Ridhim Aggarwal, revelou que os responsáveis pela barragem em construção no rio Rishiganga "não conseguiram contactar os cerca de 150 trabalhadores na obra".

O chefe do governo de Uttarakhand, Trivendra Singh Rawat, acrescentou no Twitter que "a boa notícia" é que o nível de água de outro dos rios, o Alaknanda, "voltou ao normal".

A polícia regional pediu aos habitantes das áreas afetadas nas redes sociais que mantivessem a calma e se mudassem para locais seguros enquanto os serviços de resgate chegam.

Esta região montanhosa já sofreu enchentes, deslizamentos de terra e o colapso de edifícios em junho de 2013.

Essa tragédia causou cerca de 7.000 mortes ou desaparecidos, muitos deles peregrinos hindus que se deslocaram a Uttarakhand para visitar alguns dos lugares mais importantes para a religião, e onde também nasce o sagrado rio Ganges.

Com Lusa

Imagem: AEIOU 

Covid-19: Imunologistas admitem que não serão necessários reforços de vacinação


O novo coronavírus veio para ficar entre os humanos, mas a doença por ele causada, poderá ficar como uma constipação, como as provocadas por outros coronavírus, admitem imunologistas, considerando que não serão necessários reforços da vacinação.

Segundo os imunologistas Marc Veldhoen e Henrique Veiga-Fernandes, questionados pela Lusa sobre a duração da imunidade conferida pelas vacinas contra a covid-19, que continua a ser uma incógnita porque é preciso mais tempo para aferir se houve entre a população vacinada qualquer diminuição da proteção ou aumento da incidência da doença, o coronavírus SARS-CoV-2 irá conviver naturalmente nas pessoas e infetar ocasionalmente sem provocar doença grave.

"Vai circular em equilíbrio na população humana e causar doença ligeira, uma constipação", disse Henrique Veiga-Fernandes, que lidera o laboratório de imunofisiologia no Centro Champalimaud, em Lisboa.

Henrique Veiga-Fernandes entende que, com o tempo, a resposta imunitária (desencadeada por anticorpos e células linfócitos T) ao SARS-CoV-2 será "idêntica à de outros coronavírus" humanos, que causam simples constipações, pelo que "não serão necessários reforços" da vacinação.

De acordo com Marc Veldhoen, que coordena o laboratório de regulação do sistema imunitário no Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, também em Lisboa, à semelhança dos quatro coronavírus humanos que provocam a vulgar constipação, "é muito plausível" que o SARS-CoV-2 permaneça entre as pessoas e "infete de vez em quando", quando a imunidade "diminui apenas o suficiente para permitir a reinfeção" embora se mantenha "forte o suficiente para prevenir doença severa".

Para o imunologista holandês, "é provável que a imunidade para prevenir a reinfeção dure vários meses e a imunidade contra a doença dure vários anos". Henrique Veiga-Fernandes estima em "superior a um ano" como "cenário mais provável".

"A reinfeção vai continuar a 'aumentar' a nossa imunidade, por isso estamos protegidos da covid-19 para o resto das nossas vidas pela presença contínua do próprio vírus", sustentou Marc Veldhoen, assinalando que o SARS-CoV-2 sobreviverá na população humana para reinfetar ocasionalmente quem foi infetado ou imunizado anteriormente.

"Seremos assintomáticos ou teremos uma doença leve, febre ligeira, tosse, tipo constipação comum", advogou, adiantando que, embora o SARS-CoV-2 sofra mutações (alterações genéticas) a uma "taxa semelhante à de alguns vírus da gripe", o novo coronavírus "não recombina as suas proteínas de superfície com outros coronavírus".

Por isso, haverá novas variantes do SARS-CoV-2 mas "não diferentes o suficiente para escapar à resposta imunitária" humana ou que possam "sobrecarregar o sistema imunitário".

Nesse sentido, na opinião de Marc Veldhoen, não será necessário repetir a administração de vacinas contra o coronavírus da covid-19, ao contrário do que sucede com a vacina da gripe sazonal, que tem uma periodicidade anual porque os vírus gripais mudam constantemente, o que faz com que a imunidade dada pela vacina num ano não seja duradoura ou válida no ano seguinte.

Lusa

Brasileiro Eddy Murphy forma campeões de capoeira em Macau e aproveita para ensinar português


As aulas de capoeira do brasileiro Eddy Murphy estão a dar medalhas e a formar campeões em Macau, mas também estão a servir para ensinar português a crianças de mais de uma dúzia de países.

À tarde, num ginásio num centro comercial na ilha da Taipa, há tradições, línguas e costumes que são convocados à reunião, para tocar, jogar e dançar, bem como cantar, nomear dos pés à cabeça partes do corpo e contar números, sempre em português.

"A capoeira é o maior veículo de divulgação da língua portuguesa", sentencia Eddy Murphy, até porque está presente em centenas de países, salienta, enquanto os mais pequenos praticam 'capoeiragem', a expressão brasileira que o mestre quer que em Macau signifique que há mais vida para além da competição que a arte marcial arrasta.

Em Macau, são muitos os países que 'habitam' as aulas de capoeira do brasileiro - que se fixou há cerca de duas décadas na Ásia -, e do Grupo Axé Capoeira, do mestre Barrão. Nas 't-shirts' dos alunos está estampada a expansão, escrita a várias cores: Brasil-China-Macau-Hong-Kong.

Tarzan, Formigão, Amarela, Tangerina, Amazonas, Eddy Murphy, Pensador, Luz e Açaí são alcunhas de algumas das crianças e jovens que representam também diferentes geografias, da Malásia ao Canadá e Japão, dos Estados Unidos a Singapura, da Tailândia e Indonésia até aos países lusófonos como Brasil e Portugal, e que se cruzam no antigo e multicultural território administrado pelos portugueses, agora região administrativa especial chinesa.

Caleb, que por ali, na 'capoeiragem' de Macau, é conhecido pela alcunha de Pensador, nasceu em Singapura, filho de pai canadiano e mãe norte-americana.

Mais expansivo que a irmã, descreve-se, atirando a idade e nome, bem como a alcunha de Katie (Luz). E explica o peso das aulas de capoeira na segurança e fluência no português que evidencia, orgulhoso: "Também [aprendemos] numa escola portuguesa, também aprendemos ali".


Ao lado, Eddy Murphy, de 53 anos, acrescenta o 'pormenor': os mais pequenos chegaram primeiro, depois vieram os pais, e, com a necessidade de os filhos entenderem melhor as aulas de capoeira, acabaram por os fazer entrar na Escola Portuguesa de Macau.

Eddy Murphy garante que a arte de 'cozinhar' esta fusão é simples de se entender pela integração social e construção de pontes, asseguradas pela arte marcial que vive da dança, da música e da cultura popular.

"A gente trabalha com ela [capoeira] em todos os sentidos. A capoeira tem várias vertentes: a arte marcial, [e] a integração, que é o mais importante", diz Ednilson Almeida, conhecido pelo título de mestre na 'tribo' da arte marcial, que o batizou de Eddy Murphy por causa "dos disparates" juvenis "que faziam todos rir", lembrando o comediante e ator norte-americano Eddie Murphy.

"Macau é a base da federação asiática", diz. Foi na cidade que decorreu no ano passado um campeonato mundial de capoeira, no qual os 'capoeiristas' treinados por Eddy Murphy arrebataram "a maioria das medalhas", uma delas a de ouro, frisa.

Haverá uma meia dúzia de campeões em Macau, entre asiáticos e mundiais, mas o que realmente importa na capoeira sobrevive à ausência de títulos, depreende-se das palavras de Mariana, ali batizada de Amarela, e que aceita sem pruridos a apresentação do mestre, como se pecasse por defeito: "a melhor 'capoeirista' de Macau".

Tem 13 anos, é portuguesa nascida em Macau, e gosta de "conviver com pessoas (..) dentro do grupo, (...) ensinar as crianças a jogar capoeira" e de ser um modelo, para "mostrar às crianças que é possível fazer coisas em que podem não acreditar [que são capazes]".

Desde os dois anos e meio a ser treinada por Eddy Murphy, começa a dizer que "é giro ver como todos evoluem à sua maneira", porque todos são diferentes, para logo depois ser completada pelo mestre: a capoeira "é uma coisa tribal, para que todos nos sintamos em casa, incluídos".

Mais do que em casa está a filha, Khiari, que treina na mesma 'tribo' que o pai fez nascer.

Açaí, como é conhecida pelos membros da capoeira, começou desde cedo a perceber a importância de fazer amigos e de conhecer outras culturas. Entre sorrisos cúmplices, aquela que é uma das campeãs da 'tribo' da capoeira de Macau, a jovem de nove anos é 'incentivada' pelo punho de Eddy Murphy a corrigir a resposta à pergunta "É duro ter o pai como mestre?", substituindo um "é bom" por um "é muito bom".

Fonte e Foto: Lusa

O Papa Francisco dogmatiza o Concílio Vaticano II

 

José Antonio Ureta *

Opontificado de Francisco representou uma verdadeira mudança de paradigma até em relação à imposição, aos tradicionalistas, das novidades do Concílio Vaticano II: passou-se da cenoura ao pau, dos incentivos às ameaças.

Quando ainda cardeal, Joseph Ratzinger havia reconhecido, com honestidade, que «verdade é que este particular Concílio [Vaticano II] não definiu dogma algum e, deliberadamente, escolheu permanecer num nível modesto, como um concílio meramente pastoral» (Discurso em Santiago do Chile, 1988). Na mesma ocasião, o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé lamentou o facto de que, «no entanto, muitos o consideram quase como se fosse um super-dogma que priva de significado todos os outros concílios».

Depois, enquanto Papa, reconhecendo que havia ambiguidade de interpretação nos textos conciliares, Bento XVI propôs, aos que questionavam a sua ortodoxia, a cenoura da “hermenêutica da continuidade” com o magistério tradicional. A cenoura teológica ratzingeriana não apeteceu às principais figuras críticas do Concílio, tais como Mons. Brunero Gherardini, o Prof. Roberto de Mattei, os teólogos da Fraternidade S. Pio X e ainda outros, que rejeitaram a proposta, argumentado que não era suficiente proclamar a suposta continuidade do Vaticano II com o magistério precedente, mas era preciso demonstrá-la.       

Francisco abandonou a cenoura e não somente abraçou, abertamente, a tese da ruptura do magistério novo com o magistério tradicional, mas agora empunhou o pau. 

Com efeito, no discurso para celebrar o 25.º aniversário do Catecismo de João Paulo II, o Papa Bergoglio declarou: «A Tradição é uma realidade viva; e somente uma visão parcial pode conceber o “depósito da fé” como algo de estático. A Palavra de Deus não pode ser conservada em naftalina, como se se tratasse de uma velha coberta que é preciso proteger da traça! Não. A Palavra de Deus é uma realidade dinâmica, sempre viva, que progride e cresce, porque tende para uma perfeição que os homens não podem deter».

E, na audiência deste sábado (30 de Janeiro), brandiu o pau. Dirigindo-se aos membros do Escritório Catequético da Conferência Episcopal Italiana, que celebrava o 60.º aniversário do início das suas actividades de renovação da catequese nos moldes do Concílio Vaticano II, o Papa Francisco afirmou em tom ameaçador: «O Concílio é magistério da Igreja. Ou estás com a Igreja e, portanto, segues o Concílio, e se não segues o Concílio ou o interpretas à tua maneira, à tua própria vontade, não estás com a Igreja».     

Ou seja, voltou-se ao super-dogma. Com uma circunstância agravante: de ora em diante, não é mais aceitável sequer dar ao Vaticano II outra interpretação do que aquela oficial. À vista disso, Francisco faz uma dupla dogmatização: 1.º do Concílio e 2.º da sua interpretação. O que parece pouco harmonizável com o carácter pastoral e voluntariamente não dogmático da assembleia conciliar.

Em França, os coitados dos alsacianos, que foram integrados, à força, no Exército alemão – sob a alegação de que eram de raça germânica –, são conhecidos como os “malgré nous”, porque foram recrutados contra a própria vontade. Os documentos do Vaticano II, pela vontade autocrática do Papa Francisco, passaram a ser os “malgré nous” do magistério, já que foram, por ele, incorporados, à força, entre os documentos infalíveis, contra a vontade manifesta dos padres conciliares, que os aprovaram, e de Paulo VI, que os ratificou.     

Não há dúvida de que o Pontífice tem o direito de empregar o carisma de infalibilidade com o qual Jesus Cristo dotou a sua Igreja. Mas deve fazê-lo respeitando os requisitos de solenidade, universalidade e manifestação expressa da vontade de definir, que a Teologia exige das declarações ex cathedra. Uma dogmatização do Vaticano II feita num aparte improvisado de uma audiência não tem a força magisterial requerida para obrigar as consciências. E menos ainda para justificar a exclusão do seio da Igreja, implícita nas suas palavras.      

O mesmo pontífice que não condena, mas abençoa, Joe Biden (apesar deste dissentir, abertamente, do ensinamento da Igreja em questões morais essenciais, como o aborto e a agenda LGBTQ), é inexorável com aqueles que questionam o Vaticano II: «Temos que ser exigentes e rigorosos neste ponto. O Concílio não deve ser negociado para ter mais destes… Não, o Concílio é assim. […] Por favor, nenhuma concessão para aqueles que tentam apresentar uma catequese que não esteja de acordo com o Magistério da Igreja».      

Nessa última frase, transparece, mais uma vez, a identificação abusiva do Magistério da Igreja com as novidades do último Concílio, transformando-o no «super-dogma que priva de significado todos os outros concílios», como denunciou o Cardeal Ratzinger. Essa identificação só se justificaria a partir da teoria modernista de um depósito da fé dinâmico, cujo conteúdo evolui com a consciência da humanidade, expressa na mudança, introduzida por Francisco, no Catecismo, para tornar ilícita a pena de morte, contrariando as Escrituras e o ensino perene desde os Padres da Igreja.

Estamos plenamente de acordo em que o Magistério não deve ser negociado e na necessidade da Igreja ser rigorosa e exigente na defesa da integridade do depósito da fé. Mas é, precisamente, por isso que muitos analistas sérios e competentes objectam passagens dos documentos conciliares que, no seu sentido natural, parecem inconciliáveis com o ensino tradicional. 

No passado mês de Junho, tive a honra de co-assinar uma carta aberta aos bispos D. Carlo Maria Viganò e D. Athanasius Schneider em agradecimento pelo apelo a iniciar um debate aberto e honesto sobre o que aconteceu realmente no Vaticano II e por identificar alguns dos pontos doutrinais mais importantes a serem abordados em semelhante análise dos seus documentos. A troca de opiniões – educada e respeitosa – desses dois prelados, dizia a missiva, poderia servir de modelo para um debate ainda mais robusto, evitando-se meros ataques ad hominem.     

Desafortunadamente, o Papa Francisco, nas palavras que improvisou na audiência de sábado passado, enveredou pela senda oposta. Mas essas tornam tal debate ainda mais urgente, posto que parecem inaugurar uma nova etapa no relacionamento da Santa Sé com aqueles que, há várias décadas, pedem, filialmente, um pronunciamento definitivo do Magistério a respeito das suas objecções às novidades conciliares. O pau esgrimido prenuncia não apenas o habitual ostracismo dos tradicionalistas, mas a sua exclusão da Igreja. Como a sofrida, gloriosamente, no século IV, pelo grande Santo Atanásio. Que ele interceda por nós! 

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Fonte: Portal português “Dies Irae” – O Papa Francisco dogmatiza o Vaticano II (diesirae.pt)

José Antonio Ureta – Chileno, membro fundador da “Fundación Roma”, uma das organizações chilenas pró-vida e pró-família mais influentes; Pesquisador e membro da “Société Française pour la Défense de la Tradition, Famille et Propriété”; colaborador da revista Catolicismo e do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira e autor do livro: “A mudança de paradigma do Papa Francisco: continuidade ou ruptura na missão da Igreja? Relatório de cinco anos do seu pontificado”.

ABIM

Futuro do desporto nacional está em risco devido à pandemia


A pandemia parou competições, suspendeu-as, revolucionou-as, e afetou, mais do que qualquer outra, a vertente da formação, que, na sua maioria, perdeu praticantes e teve de reinventar-se perante os desafios impostos pela covid-19.

O alerta foi dado em dezembro de 2020 pelo presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), que, numa entrevista à agência Lusa, revelou "uma quebra muito significativa" nos indicadores de prática desportiva "num país que já os tinha baixos", particularmente nos escalões de formação e nas modalidades de pavilhão.

"Nós estimamo-la em cerca de 52% [...]. Se esses atletas vão ou não ser recuperados ou se vão migrar para outras modalidades, precisamos ainda de algum tempo para ter o quadro mais estabilizado e poder daí extrair alguma conclusão. Mas o risco é enorme. O risco de se perderem atletas, naturalmente, que precisa de ser rapidamente combatido, sob pena de termos aqui um problema gravíssimo a longo prazo", estimou José Manuel Constantino.

A preocupação manifestada pelo presidente do COP expressa-se agora em algarismos: o número de jovens desportistas federados caiu para menos de metade, praticamente um ano depois da suspensão das competições de formação, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, com o futebol a ser particularmente afetado.

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF), responsável pelas competições nacionais de futebol e futsal, foi a que sofreu a maior quebra, contando na presente temporada com um total de 39.471 federados, 33.922 no futebol e 5.549 no futsal, uma queda superior a 75% do número de inscritos em 2019/20.

Na época passada, que foi interrompida em março de 2020, de acordo com os dados facultados à Lusa, em janeiro, a FPF somava 159.318 jovens atletas federados, na sua maioria praticantes de futebol (132.835), enquanto 26.483 jogavam futsal.

Mas a FPF não foi a única entidade federativa a sofrer um forte revés na formação, decorrente da pandemia de covid-19: a Federação de Andebol de Portugal registou uma diminuição de 54% do número de jovens inscritos (6.240 atletas em 2020/21, comparando com os 13.553 pré-pandemia), enquanto a de basquetebol 'perdeu' aproximadamente 10 mil jovens praticantes (42%), com 14.050 inscritos em 2020/21, comparativamente com os 24.089 da época passada.

A proporção é semelhante nos jovens praticantes de voleibol (46%), cuja federação nacional tem registados 27.156 inscritos, face aos 49.980 da época passada, e de hóquei em patins (50%), atualmente com 2.875, comparativamente com os 5.764 de 2019/20.

No total, dos quase 252.704 inscritos nestas cinco federações, que contavam com os praticantes de futebol e das cinco principais modalidades de pavilhão, restam 89.792 jovens atletas.

O 'rombo' é ainda mais percetível ao nível dos clubes: quatro em cada cinco jovens judocas deixaram a Académica, enquanto os principais clubes de râguebi do Alentejo - CR Évora e RC Montemor - perderam quase metade dos jovens dos escalões de formação devido à pandemia de covid-19.

Mas há mais: o ABC/UMinho, histórico do andebol português, tinha cerca de 400 atletas no ano passado e, em 2021, não chega a um quarto desse número, o "Os Pelezinhos", emblema de referência no futebol de formação em Setúbal, teve uma razia no número de praticantes, perdendo quase 100 futebolistas da formação, e o Clube Náutico de Ponte de Lima viu 'fugir' alguns canoístas.

Num cenário desanimador, agravado pelo segundo confinamento atualmente em vigor, há, contudo, sinais de esperança para o futuro do desporto nacional: são eles, por exemplo, o Clube Fluvial Portuense (CFP), que cresceu em número de praticantes em 2020, a Felner Academy, cujo número de tenistas aumentou durante a pandemia, ou a Fonte do Bastardo, que começa a recuperar voleibolistas 'perdidos' devido aos receios inerentes à covid-19.

Lusa

Polícia angolana detém e tortura moradores que denunciaram mortes


Ativistas disseram que a polícia angolana deteve, esta madrugada, André Candala, catequista e morador em Cafunfo, que denunciou a "morte de inocentes" na semana passada durante uma tentativa de manifestação que o Governo classificou como "ato de rebelião".

Em declarações à Lusa, os ativistas referiram que o filho de André Candala, Paulo André Candala, foi também detido e ambos foram espancados.

Uma das fontes, que pediu para não ser identificada, adiantou que há mais pessoas que estão a ser presas, depois de terem falado sobre o caso à comunicação social.

Também a ativista Laura Macedo, que se encontra na entrada de Cafunfo e está a ser impedida de entrar na vila desde a passada quarta-feira, bem como cinco deputados da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), alertou para a detenção.

As autoridades policiais locais não confirmaram a detenção.
A agência Lusa esteve no local durante alguns dias e falou com vários populares, que denunciaram a violência policial que resultou na morte de um número indeterminado de pessoas no dia 30 de janeiro, bem como perseguições de ativistas e defensores dos direitos humanos na vila mineira, situada na Lunda Norte.

Segundo a polícia, o "ato de rebelião" foi protagonizado por cerca de 300 elementos do Movimento Protetorado da Lunda Tchokwe (MPLT) que tentaram invadir uma esquadra de Cafunfo, incidente que acabou por causar seis mortes.

A versão da polícia é contrariada por populares e responsáveis do MPLT segundo os quais se tratou de uma tentativa de manifestação pacífica e previamente comunicada às autoridades, durante a qual morreram mais de 20 pessoas.

Lusa

Imagem: CM

Mais de 16 queixas por dia sobre compras online enviadas à Deco em janeiro


Mais de 16 reclamações por dia sobre compras online chegaram em janeiro à Deco, 521 no total, mais quatro por dia, em média, do que há um ano, antes de decretado o primeiro estado de emergência.

"Estamos outra vez a receber mais reclamações dos consumidores (...) um 'boom' de reclamações de comércio online do retalho alimentar", afirmou o coordenador do departamento económico e jurídico da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - Deco, Paulo Fonseca, à Lusa, comparando as queixas com as recebidas nos meses anteriores à ordem de recolhimento e também com o aumento, de 160 queixas, face às 361 registadas em janeiro do ano passado, uma média de 12 queixas por dia.

Nas 521 reclamações sobre comércio online recebidas pela Deco em janeiro, os principiais problemas denunciados são atrasos na entrega/inexistência de stock, bem comprado que não corresponde à expectativa, resolução do contrato e atraso na devolução do dinheiro e acerca da compra e dificuldades em concretizar a eliminação de defeitos (reparação e/ou outras soluções).

"Muitas empresas" desconhecem os direitos dos consumidores, denunciou Paulo Fonseca, lembrando que esses direitos não são iguais na compra presencial ou na compra via internet e que, no caso desta última, muitas empresas desconhecem que o comprador pode desistir da compra sem ter de justificar a decisão, desde que comunique essa intenção ao vendedor, por escrito, nos 14 dias após a receção do bem.

Segundo a lei, o bem deve ser devolvido ao vendedor no prazo de 14 dias após a data em que tiver comunicado essa decisão, dispondo o vendedor de 14 dias para proceder ao reembolso de todos os pagamentos recebidos, incluindo os custos de entrega do bem.

"As empresas não estavam preparadas para a mudança de hábitos dos consumidores" para o comércio online, defendeu Paulo Fonseca, considerando ter havido "uma transição digital muito rápida" dos consumidores que não foi acompanhada por muitas empresas.

Mas o jurista admite que a subida de reclamações no mês passado "não é o mesmo boom de reclamação" registado em 2020, quando os portugueses, pela primeira vez, viveram o dever de recolhimento e muitos, para se protegerem da doença covid-19, começaram a fazer compras de retalho alimentar apenas em lojas 'online'.

Entre janeiro e maio do ano passado, a Deco recebeu 3.500 reclamações sobre compras online, um aumento de 250% face a igual período de 2019, estando as denúncias mais frequentes relacionadas com dificuldades na contratação, na entrega dos bens e na segurança dos meios de pagamento.

Em todo o ano de 2020, segundo dados divulgados pela Deco esta semana, a compra e venda registou um aumento de 46% nas reclamações, que passaram de 22.366 queixas em 2019 para 32.866 em 2020, colocando a compra dos bens de consumo no segundo lugar dos mais reclamados à associação no ano passado, a seguir às telecomunicações que voltaram a liderar as queixas, pelo 13.º ano consecutivo, aumentando 30% face a 2019.

Lusa

Chuva, neve, vento e gelo: Um pouco de tudo neste Domingo de Inverno


Céu em geral muito nublado, apresentando-se temporariamente pouco nublado até ao início da manhã.
Períodos de chuva fraca a partir da manhã no Minho e Douro Litoral, estendendo-se gradualmente às restantes regiões e aumentando de intensidade e frequência, sendo por vezes forte a partir do final da tarde, passando a regime de aguaceiros no litoral Norte no final do dia, com possibilidade de ocorrência de trovoada.
Possibilidade de queda de neve acima de 800/1000 metros de altitude até ao meio da tarde.
Vento fraco a moderado, e tornando-se gradualmente moderado a forte no litoral a partir do meio da tarde, com rajadas até 70 km/h no litoral da região Sul no final do dia.
Nas terras altas, o vento será moderado a forte, tornando-se gradualmente forte com rajadas até 90 km/h a partir do final da tarde.
Formação de gelo em alguns locais do interior Norte e Centro.
Possibilidade de formação de neblina ou nevoeiro em alguns locais.
Pequena descida da temperatura mínima.

MIRA - 06/14ºC
CANTANHEDE - 03/13ºC
MEALHADA - 02/13ºC
VAGOS - 05/14ºC
ANADIA - 02/13ºC

Fonte: Tempo.pt

CDS-PP. Moção de confiança aprovada por 54,4% dos votos.


A moção de confiança à Comissão Política Nacional, apresentada pelo presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, foi aprovada pelo Conselho Nacional com 54% de votos a favor, anunciou o presidente da mesa.

A moção, votada através de voto secreto digital por 265 conselheiros (com recurso a um método que incluiu emails, mensagens de telemóvel e códigos de segurança), mereceu 144 votos a favor (54,3%), 113 votos contra (42,6%) e oito abstenções (3%), segundo Filipe Anacoreta Correia.

"Verifica-se então que a moção de confiança foi aprovada", afirmou.

A votação arrancou pela 01:30, ainda durante a discussão da iniciativa, o que foi permitido pela aprovação de um requerimento nesse sentido.

Apesar de às 02:15 o presidente do Conselho Nacional ter anunciado que àquela hora já tinham votado 250 conselheiros, a decisão só foi divulgada no final de todas as intervenções, já depois das 04:00, ao fim de 16 horas de reunião.
"A clarificação está dada"

Em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, no final da votação pelo Conselho Nacional, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que saberá interpretar os resultados e as críticas que foram sendo feitas pelos conselheiros, e salientou que "a clarificação está dada pelo órgão próprio, que é o Conselho Nacional".

"Sairei daqui presidente de todos os militantes do partido, daqueles que votaram favoravelmente a moção de confiança desta direção mas também, e sobretudo, de todos aqueles que entenderam não votá-la favoravelmente. Especialmente para esses, empenhar-me-ei para convencê-los de que esta direção levará o CDS ao sucesso que merece, a pensar desde logo nas próximas eleições autárquicas", defendeu.

Francisco Rodrigues dos Santos afirmou estar "amplamente satisfeito com o resultado" e recusou que pareça "uma vitória poucochinha", argumentando que houve conselheiros que não foram eleitos pelas estruturas locais, que os dirigentes da sua direção que se demitiram não foram substituídos e que "esta foi uma discussão que convocou o partido a pronunciar-se numa altura particularmente sensível do CDS e do país".

"O que para mim é verdadeiramente relevante é que o CDS consiga colocar de lado as divergências internas que possam existir, remar todo para o mesmo lado, falar a uma só voz e tocar a rebate", considerou também.

Questionado se teme que os críticos possam ainda convocar um congresso antecipado, apesar do resultado de hoje, Rodrigues dos Santos afirmou que não receia "as regras do partido" e indicou estar "tranquilo para aceitar e para travar as disputas internas que forem necessárias".

Durante a tarde, quando se dirigiu aos conselheiros nacionais para apresentar a moção de confiança, o presidente do CDS disse que não se oporá à realização de um congresso extraordinário depois das eleições autárquicas.

No final do Conselho Nacional, e questionado se o resultado das autárquicas poderá precipitar esse congresso, o líder democrata-cristão salientou que "as lideranças são avaliadas por resultado eleitorais" e que depois das eleições saberá "fazer o exame" e não se coibirá de "fazer essa análise".

Quanto aos cinco deputados do grupo parlamentar, que se pronunciaram todos a favor de um congresso antecipado, o presidente democrata-cristão disse que irá fazer a sua "avaliação" e tomará "as devidas diligências para futuro", tentando "articular posições e trabalhar" com os eleitos na oposição ao Governo.
Mesquita Nunes respeita o resultado

"Fiz aquilo que a consciência me ditava: alertar o partido para uma crise de sobrevivência", escreveu Mesquita Nunes na rede social Facebook, pouco depois de serem conhecidos os resultados.

"O Conselho Nacional entendeu de forma distinta. Está no seu mais legítimo direito. Como é evidente, respeito o resultado, assim como a avaliação positiva que o Conselho Nacional faz desta direção e da sua estratégia", acrescentou.

Imagem: DN

Carteira perdida na Antártica devolvida 53 anos depois


Um meteorologista da Marinha dos Estados Unidos teve a feliz surpresa de receber há uma semana uma carteira que tinha perdido na Antártica há 53 anos.

Paul Grisham, hoje com 91 anos, já nem se recordava de ter perdido a carteira quando foi contactado por desconhecidos que a queriam devolver pelo correio, contou o diário The San Diego Union-Tribune, da Califórnia, na sua edição de quinta-feira.

A descoberta fortuita do objeto perdido ocorreu na altura da destruição, em 2014, da base científica na ilha de Ross, onde o marinheiro esteve colocado como especialista de previsões meteorológicas de outubro de 1967 a novembro de 1968.

A carteira de Grisham estava escondida por trás de um vestiário e continha, entre outras coisas, o seu cartão da Marinha, a carta de condução, instruções em caso de ataque biológico ou químico e um cartão de racionamento para cerveja.

O marinheiro disse ter ficado surpreendido com o facto de tantas pessoas se terem esforçado para devolver a carteira ao seu dono, já que foi necessária uma cadeia de bons samaritanos para o objeto lhe chegar às mãos.

Um dos responsáveis do grupo de investigação na Antártica contactou um dos seus ex-funcionários que já tinha conseguido que uma pulseira descoberta numa loja fosse devolvida ao dono. Este e a filha ligaram a uma fundação de veteranos, que por sua vez contactou a Associação do Serviço Meteorológico Naval da qual Paul Grisham era membro.

A carteira chegou finalmente no passado sábado, em boas condições, à casa do veterano em San Carlos, no sul da Califórnia.

Lusa
Imagem: JM Madeira

Ordem denuncia represálias contra farmacêutico que questionou vacinação no INEM


A Ordem dos Farmacêuticos (OF) denunciou hoje as "represálias do Conselho Diretivo do INEM" ao responsável pela Unidade Pré-Hospitalar dos Serviços Farmacêuticos que questionou a direção do Instituto sobre eventuais irregularidades na administração de vacinas contra a covid-19.

Em comunicado, a OF referiu que o farmacêutico "não esteve envolvido no processo de preparação e administração da primeira toma de vacinas contra a covid-19 aos colaboradores do INEM" e, opondo-se à "administração indiscriminada das sobras das vacinas", acabou por ser afastado.

"A Ordem dos Farmacêuticos lamenta a falta de resposta e desresponsabilização do Conselho Diretivo do INEM face a um dos seus colaboradores, dando sem efeito um pedido de consolidação de mobilidade, cujo prazo de duração havia há muito terminado e ao qual as restantes partes já haviam dado acordo, visando desta forma o afastamento do farmacêutico, que se vê assim impedido de exercer as suas funções", acusou a Ordem.

A OF sublinhou que vai acompanhar todas as diligências em curso, prestando apoio jurídico a todos os seus membros, e que até às conclusões do inquérito, "considera totalmente inadmissível o afastamento prematuro, e sem informação prévia, deste farmacêutico", apelando ao Conselho Direito "para repor a ilegalidade neste processo e garantir o direito ao trabalho".

Na quarta-feira, em resposta a pedidos de esclarecimentos da Lusa, o INEM confirmou que decidiu prescindir dos serviços do responsável pela sua Unidade Pré-Hospitalar dos Serviços Farmacêuticos, Nuno Ferreira, um profissional do Infarmed - Autoridade do Medicamente, que estava no instituto em regime de mobilidade.

"O profissional em questão encontrava-se em regime de mobilidade no INEM, tendo sido entendimento do Instituto fazer cessar essa mobilidade. O trabalhador regressará assim ao organismo de origem", refere o instituto, sem entrar em detalhes.
Segundo o diário Correio da Manhã, o INEM prescindiu dos serviços de Nuno Ferreira, depois de este ter questionado a Direção do organismo sobre irregularidades na toma da segunda dose da vacina contra a covid-19.

O INEM diz ter solicitado ao Ministério da Saúde a intervenção da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) no processo de vacinações contra a covid-19 no instituto, "ficando a aguardar as conclusões desta inspeção sobre esta matéria".

O INEM integra um grupo de entidades públicas e privadas colocadas sob suspeita por alegada violação das regras pré-estabelecidas para a vacinação contra a covid-19, o que levou já a própria Procuradoria-Geral da República a abrir inquéritos criminais.

Lusa

Hospital São João recebe doentes do Garcia de Orta e Amadora/Sintra


O Hospital de São João, no Porto, vai receber hoje cinco doentes covid-19 do Hospital Garcia de Orta (HGO), concelho de Almada, e um do Amadora/Sintra, indicou fonte hospitalar

O transporte será assegurado pelo INEM e de acordo com fonte do Centro Hospitalar e Universitário de São João (CHUSJ), os cinco doentes provenientes do Garcia de Orta são graves, mas irão ter indicação de internamento em enfermaria.

Também hoje é esperado neste hospital do Porto um doente oriundo do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, zona de Amadora/Sintra.

Este acolhimento acontece depois de sexta-feira terem sido transportados de avião desde o aeroporto militar Figo Maduro, em Lisboa, até ao Sá Carneiro, no Porto, dois doentes para cuidados intensivos provenientes da zona de Lisboa e Vale do Tejo.

Na quarta-feira à noite, enquanto acompanhava a operação de acolhimento de 15 doentes covid-19 que chegaram ao Hospital de São João em ambulâncias oriundos do Amadora/Sintra, o presidente do conselho de administração do CHUSJ garantiu "disponibilidade total" para continuar a receber doentes de outros hospitais.

Fernando Araújo defendeu que "a articulação entre unidades é fundamental num momento de grande complexidade", frisando que "não existem questões regionais".

Lusa

Covid-19: Chega propõe até cinco anos de prisão para fraudes com vacinas


O Chega propôs hoje a criação do crime de “desvio indevido de recursos médico-cirúrgicos”, versando por exemplo as atuais vacinas da covid-19, prevendo penas de até cinco anos de prisão se praticado em estado de emergência ou calamidade.

Segundo o documento que vai ser entregue no parlamento e a que a Agência Lusa teve acesso, o deputado André Ventura avançou para um aditamento ao código penal acrescentando-lhe um artigo dividido em dois pontos.

“Quem, por si ou por interposta pessoa, der ou aceitar, para si ou para terceiro, vacina, medicamento ou qualquer recurso de natureza médico-cirúrgica, em violação das regras previamente definidas para a sua administração, aplicação ou distribuição, é punido com pena de prisão até três anos, se pena mais grave não lhe couber por força de outra disposição penal”, prevê a proposta.

Já “quando a conduta acima referida ocorrer durante estado de emergência ou estado de calamidade, relacionados nos seus pressupostos com a severa alteração das condições de saúde pública vigentes, o agente é punido com pena de prisão de dois a cinco anos de prisão”.

O Ministério Público já abriu inquéritos em relação a casos que envolvem o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de Lisboa e do Porto, a Segurança Social de Setúbal e outras instituições onde há indícios de irregularidades na vacinação contra a covid-19, nomeadamente de pessoas que não faziam parte das listagens de casos prioritários.

Quarta-feira, o coordenador do grupo de trabalho responsável pelo Plano de Vacinação contra a covid-19, Francisco Ramos, demitiu-se, alegando ter descoberto anomalias na vacinação de profissionais no Hospital da Cruz Vermelha, de cuja comissão executiva é presidente.

Lusa

Covid-19: DGS recomenda que cemitérios e crematórios funcionem na sua capacidade máxima. Caixões podem ser abertos


A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou as normas para a realização de funerais de pessoas com covid-19 e recomenda que, dada a situação atual de mortalidade aumentada, os cemitérios e crematórios deverão funcionar na sua capacidade máxima.

Segundo a DGS, os cemitérios e crematórios devem funcionar, preferivelmente, em horário e calendário alargado, o que deve ser assegurado pelas entidades responsáveis pela sua gestão.

Na norma a Direção-Geral da Saúde explica que tal como em outros países da Europa, tem-se verificado em Portugal um número de mortes por covid-19 mais elevado do que seria de esperar e é necessário acautelar, e manter atualizados, procedimentos de forma a serem garantidos funerais dignos, realizados com um mínimo de risco para todos.

Os agentes funerários, refere a DGS, devem manter uma boa comunicação com os familiares explicando-lhes o regime de exceção vigente devido à pandemia da covid-19, com procedimentos que serão diferentes do habitual, por forma a minimizar a potencial da transmissão da doença e manter a dignidade cerimónia.

Esta atualização das regras prevê que seja mantido o procedimento do reconhecimento visual do corpo por um familiar próximo, sempre que o houver.

Para a cerimónia fúnebre/funeral, o caixão deve preferencialmente manter-se fechado, mas caso seja esse o desejo da família, e houver condições, pode permitir-se a visualização do corpo, desde que rápida, a pelo menos um metro de distância.

A DGS acrescenta que a visualização do corpo pode também ser conseguida através de caixões com visor não sendo permitido, em qualquer uma das situações, tocar no corpo ou no caixão.

A norma refere também que todos os presentes na cerimónia fúnebre devem usar máscaras faciais, incluindo o pessoal funerário e religioso, bem como manter o distanciamento físico de dois metros.

A sepultura em jazigo pode ser efetuada desde que cumpridas as regras, incluindo o uso de urna adequada, selada.

Embora refira que, até à data, não há prova de contágio e infeção pela exposição aos corpos de pessoas que morreram com SARS-CoV-2/COVID-19, dado que a emissão de gotículas ou produção de aerossóis é inexistente no cadáver, a DGS aconselha que todos os profissionais de saúde ou outros que manipulem ou preparem o corpo, devem usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) apropriado, de acordo com as precauções básicas de controlo de infeção, nomeadamente luvas, bata ou avental impermeável descartável e máscara cirúrgica.

Portugal registou hoje 214 mortes relacionadas com a covid-19 e 6.132 casos de infeção com o novo coronavirus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde março de 2020, Portugal já registou 13.954 mortes associadas à covid-19 e 761.906 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 148.359 casos, menos 8.399 do que na sexta-feira.

Relativamente às 212 mortes registadas nas últimas 24 horas, 99 ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, entre as quais uma bebé de sete meses, 48 na região Centro, 44 na região Norte, 15 no Alentejo, seis na região do Algarve e duas na região Autónoma da Madeira.

Do total de vítimas mortais, 7.255 eram homens e 6.699 mulheres.

O maior número de óbitos continua a concentrar-se nos idosos com mais de 80 anos, seguidos da faixa etária entre os 70 e os 79 anos.

Lusa / Madremedia

Bailarino português António Casalinho conquista dois prémios em Lausanne


Português foi um dos seis jovens finalistas distinguidos com bolsas pela 49.ª edição do prémio.

O jovem bailarino português António Casalinho foi este sábado duplamente distinguido com o Prémio de Interpretação Contemporânea e uma bolsa de estudo na competição internacional de bailado Prix de Lausanne, na Suíça.

António Casalinho foi um dos seis jovens finalistas distinguidos com bolsas pela 49.ª edição do prémio, à qual concorreram inicialmente 82 candidatos, destes, 78 chegaram à fase competitiva e 20 acederam à final, que decorreu hoje por vídeo, segundo a página ´online´ do concurso internacional.

O Prémio de Interpretação Contemporânea foi atribuído pelo júri a António Casalinho e ao bailarino brasileiro Rui Cesar Cruz.

Entre os seis jovens galardoados com uma bolsa de estudos está ainda o bailarino brasileiro Andrey Jesus Maciano, que também foi galardoado com o Prémio de Melhor Jovem Talento.

Os seis distinguidos com bolsas terão a possibilidade de escolher uma escola ou companhia de dança parceiras do Prix de Lausanne.

O júri foi presidido este ano por Richard Wherlock, diretor e coreógrafo do Ballet de Bâle.

Os bailarinos portugueses António Casalinho, Francisco Gomes e Laura Viola tinham sido selecionados para a competição internacional de bailado Prix de Lausanne, entre candidatos oriundos de vinte países.

Os três portugueses selecionados são do Conservatório Internacional de Ballet e Dança Annarella Sánchez, em Leiria.

Concorrem ainda dois alunos estrangeiros provenientes da mesma escola de dança em Leiria: o italiano Giulio Diligente e a britânica Maia Roberts.

Entre os selecionados contavam-se seis bailarinos brasileiros: Kayke Nogueira, da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Rui Cesar da Cruz e Luiza Falcão, do Grupo Cultural de Dança Ilha, João Felipe Domingos, do Basileu França, Andrey Jesus Maciano, do Balé Jovem de São Vicente, e Ana Sartini, do Ballet Vórtice.

A 49.ª edição do Prix Lausanne decorre desde 31 de janeiro, e termina oficialmente no domingo, mas as finais decorreram hoje.

Lusa

Sismo de magnitude 3.0 na escala de Richter registado em Vila do Bispo


Abalo foi registado às 04h49 da madrugada deste sábado.

Um sismo de magnitude 3.0 na escala de Richter foi, na madrugada deste sábado, registado em Vila do Bispo, na zona oeste do Algarve, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Em comunicado, o IPMA adianta que o sismo, com epicentro próximo de Vila do Bispo, foi sentido com intensidade máxima III na escala de Mercalli no concelho de Aljezur e com menor intensidade nos concelhos de Lagoa e Lagos, no distrito de Faro.

O sismo foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente às 04h49, acrescenta o instituto.

O IPMA refere ainda que "se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados".

Lusa

China autoriza uso da vacina da Sinovac


A autoridade reguladora de medicamentos da China aprovou hoje de forma "condicional" uma segunda vacina contra a covid-19, a Coronavac da Sinovac, anunciou a empresa farmacêutica.

A autorização vem após vários ensaios da vacina em países como Brasil e Turquia, embora "os resultados em termos de eficácia e segurança ainda não tenham sido confirmados", disse a Sinovac numa nota de imprensa.

Segundo a empresa, o antígeno - vírus inativo - pode ser usado para vacinação "de pessoas a partir dos 18 anos para prevenir doenças causadas pelo coronavírus SARS-CoV-2" e deve ser aplicado em duas doses de 0,5 mililitros cada uma num intervalo de 14 a 28 dias.

A aprovação condicional significa que a vacina agora pode ser dada ao público em geral, embora a pesquisa ainda esteja em curso. A empresa terá de apresentar dados de acompanhamento, bem como relatórios de quaisquer efeitos adversos após a vacina ser vendida no mercado.

É a segunda vacina produzida localmente a receber aprovação condicional. Em dezembro, Pequim autorizou a vacina estatal da Sinopharm.

Tanto a injeção da Coronavac quanto a injeção de Sinopharm são vacinas inativadas de duas doses, contando com a tecnologia tradicional que torna mais fácil o transporte e o armazenamento do que as vacinas da Pfizer, que requerem armazenamento extra frio o que pode fazer a diferença para os países em desenvolvimento com menos recursos.

Na sexta-feira a empresa chinesa Sinovac apresentou os procedimentos da sua vacina Coronavac contra covid-19 perante a autoridade sanitárias do México.

"Temos uma nova vacina no horizonte, da firma Sinovac, que se chama Coronavac", anunciou o subsecretário da Saúde e estratega do Governo mexicano para combater a pandemia, Hugo López-Gatell, precisando que o pedido já foi apresentado na Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris).

No mesmo dia, o secretário dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard, anunciou que a também chinesa CanSino vai pedir autorização para uso de emergência da vacina produzida pela empresa.

A vacina da Sinovac foi sujeita a intenso escrutínio e recebeu críticas por falta de transparência tendo sido apontados diferentes dados de eficácia em diferentes países em todo o mundo.

Enquanto os testes realizados na Turquia mostraram uma eficácia de 91,25%, os dados fornecidos pela Indonésia apontaram para 65,3%, e o Brasil baixou os dados de 50,4% uma semana após o anúncio de 78%.

O ensaio no Brasil envolveu 12.396 voluntários e registou 253 infeções, disse a empresa em comunicado na sexta-feira.

A fase 3 dos ensaios clínicos foi realizada no Brasil, Chile, Indonésia e Turquia, com um total de 25.000 voluntários.

Fonte: Lusa