Gonçalo Teles / TSF
quarta-feira, 7 de julho de 2021
Luís Filipe Vieira detido. Não será ouvido pelo juiz Carlos Alexandre esta quarta-feira
Nadadores da sociedade columbófila presentes no torneio quadrangular
Castelo de Paiva | DÍVIDA GLOBAL REDUZIDA EM 24%: Aprovada a conta de gerência de 2020 na Câmara e Assembleia Municipal
Proença-a-Nova | Gonçalo Tavares conquista prova de ciclismo espanhola Bizkaiko Itzulia
Livros | Lançamento «De Coração Arrancado do Peito»
De Coração Arrancado do Peito: o romeno Radu Paraschivescu arranca da história de Pedro e Inês um admirável romance que será apresentado no El Corte Inglés
Dia 10 de julho no Largo Conde de Ferreira, CIM Viseu Dão Lafões e Município de Vouzela promovem o espetáculo de rua “Mentira a quanto obrigas”
Venceu na categoria de “Artesanato”: Pedra de Ançã recebeu Prémio Cinco Estrelas Regiões/2021
A Pedra de Ançã foi distinguida como uma marca portuguesa e um ícone de referência nacional que em 2021, estatuto que resulta de mais uma atribuição no âmbito do Prémio Cinco Estrelas Regiões/2021.
A distinção foi entregue numa sessão que decorreu a nível nacional, via online, com a apresentação pública dos Vencedores Cinco Estrelas Regiões a estar a cargo do apresentador José Figueiras, num formato de programa de entretenimento em direto com a participação dos vencedores, com boa energia, Portugalidade, muita animação, e, claro, cheio de surpresas Cinco Estrelas!
Em representação do Município de Cantanhede, esteve o vice-presidente Pedro Cardoso, que a este propósito assinalou que “esta distinção – Prémio 5 Estrelas Regiões é obviamente um motivo de orgulho pelo reconhecimento do valor artístico dos trabalhos em Pedra de Ançã, assim como a importância e interesse cultural e patrimonial, o prestígio, a relevância histórica desta preciosidade que permitiu fazer algumas das mais belas obras em termos de escultura e arquitetura. A Pedra de Ançã marca presença quer nas catedrais, igrejas, palácios, solares mas também no espaço publico e nas casas mais simples do povo”.
O autarca recordou ainda o Museu da Pedra do Município como “um hino museológico à Pedra de Ançã, matéria-prima por excelência da arte, da escultura e arquitetura da renascença coimbrã” destacando que “Coimbra foi na época Medieval e na Renascença um grande centro de escultura, o que muito deve à Pedra de Ançã. Grandes escultores radicaram-se em Coimbra, tendo produzido obras notáveis: Mestre Pero, João Afonso Diogo Pires, o Moço, Diogo Pires, o Velho, Nicolau Chanterenne, que fez o portal e os túmulos dos reis D. Afonso Henriques e D. Sancho I para a Igreja de Santa Cruz; João de Ruão que talhou a Porta Especiosa e o altar da Capela do Santíssimo Sacramento da Sé Velha bem como magnífico púlpito de Santa Cruz, para citar só alguns exemplos de alguns escultores, monumentos e obras”.
Também o presidente da Junta de Freguesia de Ançã, Cláudio Cardoso, se manifestou “bastante satisfeito com mais este galardão atribuído a um dos pilares identitários da nossa histórica vila”, que “depois da participação nas 7 Maravilhas, precisamente com “Arte em Pedra de Ançã” viu agora este tesouro receber mais uma distinção“.
O edil camarário salientou que “a atribuição do prémio nesta categoria foi feita através de estudo de mercado junto de uma amostra representativa da população portuguesa de 346.000 indivíduos, logo, mostra que a população em geral voltou a reconhecer a existência/excelência desta pedra e a sua importância na Região e no País”.
O elevado nível de exigência e rigor da metodologia Cinco Estrelas destaca um grupo restrito de marcas que se evidenciam pela sua excelência e elevado nível de satisfação global junto dos consumidores, contribuindo para a promoção das regiões onde estão inseridas, inclusive os principais recursos patrimoniais preferidos dos portugueses, no total de 112.
Sobre o Prémio Cinco Estrelas Regiões/2021
Portugal é reconhecido pelo seu clima, pela sua gastronomia, pelas paisagens, pela riqueza cultural e pela simpatia e acolhimento do povo. Mas de norte a sul do país, por trás das características históricas e culturais, e aliados ao empenho das suas gentes, existem negócios que contribuem para as economias regionais e para o bem-estar das populações.
O “Prémio Cinco Estrelas Regiões” é um sistema de avaliação que mede o grau de satisfação que produtos, serviços e marcas de origem portuguesa conferem aos seus utilizadores, tendo como critérios de avaliação as 5 principais variáveis que influenciam a decisão de compra dos consumidores. Desta forma, pretende dar-se visibilidade a estas marcas, que pela sua tipologia se caraterizam por oferecer um serviço de grande proximidade, tão valorizado por todos.
É dada, assim, voz às populações de forma a identificar o que de melhor existe em Portugal. Através de um inquérito nacional, com nomeações diretas pela população, são identificados os ícones nacionais mais relevantes para os portugueses, ao nível de elementos culturais, recursos naturais, monumentos e património, aldeias\vilas e cidades, gastronomia e produtos naturais e típicos do nosso país. Por outro lado, as empresas podem candidatar as suas marcas, produtos e serviços, submetendo-os a uma avaliação através de uma metodologia completa e rigorosa.
Abertura ao público da piscina municipal de Alvaiázere
Buscas na SAD do Benfica por investigação relacionada com Luis Filipe Vieira
Lusa
Mais de 3 mil novos casos e oito mortos por Covid-19 em Portugal. Rt sobe para 1,20
Foram dadas como recuperadas 1507 pessoas nas últimas 24 horas.
Foram registadas oito mortes devido à Covid-19 nas últimas 24 horas e 3 285 casos de infeção.
Os dados revelam ainda uma redução nos internamentos, quer em enfermaria quer em cuidados intensivos. Segundo o boletim epidemiológico da DGS estão esta quarta-feira internadas 603 pessoas com Covid-19 em enfermaria, menos 10 do que na terça-feira e 130 em unidades de cuidados intensivos (menos três).
A área de Lisboa e Vale do Tejo concentra 1717 novos casos. Os dados divulgados pela DGS mostram também que há mais 1770 casos ativos, totalizando 40 258 e que 1507 pessoas foram dadas como recuperados nas últimas 24 horas, o que aumenta o total nacional para 838 642 recuperados.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram em Portugal 17 126 pessoas e foram registados 896 026 casos de infeção.
* Em atualização
TSF
Francisco Camacho e Sergi Fäustino no festival Citemor
Francisco Camacho, Diana Niepce e Sergi Fäustino são alguns dos artistas que participam na 43.ª edição do Citemor, que se reparte entre Coimbra e Montemor-o-Velho, de 22 de julho a 7 de agosto.
O festival, que conta com dez espetáculos, ainda é desenhado de forma "algo atípica" face às circunstâncias da pandemia, disse à agência Lusa Armando Valente, que dirige o Citemor juntamente com Vasco Neves.
Apesar disso, mantém-se o programa de residências artísticas, característica inerente ao festival que procura sempre "fomentar a criação e apoiar a produção de novas obras", afirmou, realçando, porém, que o Citemor, que esteve "quase uma legislatura" sem financiamento, ainda está numa fase de transição.
"Quase que ainda não recomeçámos a recuperação. Só em 2023 ou 2024 estaremos a iniciar uma recuperação consolidada, porque sabemos que este é um percurso lento, que não depende só de nós, mas queremos recuperar a capacidade de produção do festival", frisou.
O festival, que este ano pende mais para o território da dança, abre com "VelhAs", de Francisco Camacho, um espetáculo em que o coreógrafo e bailarino junta vários profissionais na casa dos 50 anos, desafiando "os cânones da dança ocidental aprisionada na ideia de juventude, pujança e superação físicas".
"Dar palco a uma idade habitualmente menos presente é também uma forma de reflexão sobre a história e a sua violência, que priva alguns sujeitos da sua existência plena, e apela a uma maior maturidade das comunidades", refere o festival Citemor.
Em 24 de julho, estreia-se no Castelo de Montemor-o-Velho a nova criação do artista catalão Sergi Fäustino, que já trabalhou com Martin Sonderkamp, La Fura dels Baus, Sol Picó ou Rosa Muñoz, num espetáculo que também aborda o corpo "como um arquivo vivo".
Pegando em duas bailarinas, Mercedes Recacha e Viviana Calvitti, que têm mais de 30 anos de experiência em palco, "30 Años de Éxitos" pretende refletir sobre "tudo o que pode transmitir um corpo em movimento, um corpo que acumula mais de três décadas a dançar".
Já o Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, acolhe a 30 de julho o espetáculo "Anda, Diana", de Diana Niepce, em que a bailarina que ficou tetraplégica depois de uma queda retrata "a reconstrução do seu eu".
"Aqui, a deficiência, apesar de presente, não se posiciona no lugar de vítima do sistema. Antes, este corpo fora da norma posiciona-se como revolucionário", salienta o Citemor.
Por Montemor-o-Velho, vai também estar o coletivo Orquestina de Pigmeos, que continua o trabalho em torno do Mondego iniciado em 2019, explorando o movimento associado ao rio, desta feita com a colaboração do músico japonês Katsunori Nishimura, apresentando em 05 de agosto o resultado da residência artística.
O projeto estende-se para 2022, quando será apresentado o trabalho final da residência.
O Citemor acolhe também uma residência de escrita, com leituras públicas de excertos de textos em progresso, do projeto "LIVROs", em que vários autores trabalham na produção de peças inspiradas em episódios bíblicos.
O último espetáculo do festival será em 07 de agosto, com a estreia de "Outro Lado É Um Dia", de Carolina Campos e Márcia Lança, que depois estarão em residência.
De 5 a 7 de agosto, o festival exibe também a instalação de vídeo "Actus", da brasileira Kika Nicolela, numa parceria com a Loops.Expanded.
Pelo festival, passam ainda "Fecundação e Alívio neste chão irredutível onde com gozo me insurjo", de Hugo Calhim Cristovão e Joana Von Mayer Trindade, e "Yellow Puzzle Horse", da Dinis Machado, dois espetáculos que se apresentam em Coimbra, e "Arquivo Presente de Guimarães", de Rita Morais, no Castelo de Montemor-o-Velho.
Lusa
Encontrado corpo de turista portuguesa que caiu nas cataratas no sudeste do México
O corpo de uma turista portuguesa que caiu nas cataratas de Água Azul, no estado de Chiapas, sudeste do México, foi encontrado na terça-feira por socorristas, segundo fontes da Protção Civil mexicana.
A turista Erika Liane Tavares, 23 anos, caiu e afogou-se na segunda-feira à tarde nas águas do resort, que se situa a cerca de 64 quilómetros da zona arqueológica de Palenque.
Contudo, o seu corpo foi encontrado já perto do município de Tumbalá, a norte do estado.
Numa declaração, a Proteção Civil estatal relatou que, segundo testemunhas, na segunda-feira à tarde a jovem estava na água, mas entrou numa zona de alto risco e foi arrastada pela corrente onde se afogou e morreu.
Segundo os socorristas, a jovem mulher caiu numa fenda de cerca de oito metros de profundidade com fortes correntes de água.
As autoridades explicaram ainda no relatório que o corpo e a roupa correspondem aos relatos dados pelo seu companheiro, Johans Aigner, 24 anos de idade e de origem alemã.
Aigner disse que chegaram a Chiapas há dias para visitar San Cristobal de Las Casas, Palenque, Agua Azul e outros locais turísticos.
Durante quase 12 horas os socorristas e voluntários foram encarregues de procurar a jovem sem sucesso, tendo sido só na terça-feira à tarde que os socorristas do município de Tumbalá e das autoridades municipais de Chilón, cidades que partilham a área das Cascadas de Água Azul, resgataram o corpo numa área de vegetação espessa.
Entretanto, a procuradoria-geral do estado de Chiapas indicaram que o corpo da jovem mulher seria transferido para o município de Ocosingo, onde realizará a autópsia e só depois será entregue à família, em coordenação com o consulado de Portugal.
As Cascatas da Água Azul são consideradas cachoeiras e foram declaradas Reserva Natural da Biosfera em 1980. São formadas pelos afluentes dos rios Otulún, Shumuljá e Tulijá, formando cânions rasos com falésias verticais que dão origem às quedas de água de cor branca-azulada.
São um dos destinos turísticos mais importantes do México, uma vez que recebem aproximadamente 700.000 visitantes por ano, de acordo com a administração do centro turístico.
Lusa
Imagem: DN
Agricultura lidera a preservação ambiental
A área total preservada pelos produtores rurais no Brasil supera a superfície individual de 185 dos 195 países existentes
Reprodução da Revista Oeste
Ninguém, nenhuma categoria profissional, nem o Estado Brasileiro, preserva mais vegetação nativa do que os produtores rurais. Mais de um quarto do território nacional (26,7%) está dedicado a preservar a vegetação nativa, no interior dos imóveis rurais. Muitos atacam os agricultores como sendo vilões do desmatamento. Na realidade, quem mais preserva as florestas e a biodiversidade brasileira é o mundo rural, como revela um estudo atualizado da Embrapa. Líder mundial da proteção ambiental em terras públicas (Revista Oeste, edição 58, O Campeão da produção ambiental), o Brasil também é o primeiro em preservação em terras privadas.
Nunca havia sido mapeado quanto os milhões de produtores rurais preservam de matas e florestas em seus imóveis. O conhecimento preciso das áreas preservadas pela agricultura só foi possível com o advento do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O CAR é um registro público, eletrônico, nacional, fiscalizado e obrigatório para todos os imóveis rurais, por exigência do Código Florestalde 2012.
No registro do CAR, cada agricultor marcou o perímetro de seu imóvel em imagens de satélite com 5 metros de detalhe, fornecidas pelo governo federal. E delimitou a localização de remanescentes de vegetação nativa, áreas de preservação permanente, reserva legal, nascentes, rios etc. num total de 18 categorias. É como se no imposto de renda, além de declarar os dados de um imóvel, o contribuinte fosse obrigado a anexar a planta e detalhar a posição de todos os móveis e objetos ali existentes. No mundo urbano seria inaceitável tal ingerência na vida do cidadão. No mundo rural, assim foi. A quase totalidade dos produtores brasileiros já se registrou no CAR.
Os imóveis rurais dedicam à preservação da vegetação nativa 2.266.135 km², ou 26,7% do Brasil
A Embrapa Territorial reuniu e analisou em seus computadores os dados de cada um dos 5.992.323 imóveis rurais, inscritos validamente no CAR, até 8 de fevereiro de 2021, totalizando 460.216.824 hectares. Centenas de milhões de polígonos geocodificados, com bancos de dados associados, foram trabalhados por modelos estatísticos e matemáticos, desenvolvidos pela Embrapa em Campinas. Os dados da preservação de cada imóvel foram agregados em mapas na escala municipal, estadual e nacional. Essas informações cartográficas e numéricas estão disponíveis no site da Embrapa.
As áreas dedicadas à preservação da vegetação de todos os imóveis rurais foram mapeadas e somadas em cada um dos 5.568 municípios brasileiros. A espacialização dos dados do CAR trouxe uma visão inédita das áreas de vegetação nativa, de diversas naturezas, preservadas em terras privadas, no interior dos imóveis rurais do Brasil.
Os imóveis rurais dedicam à preservação da vegetação nativa 2.266.135 quilômetros quadrados, ou 26,7% do Brasil. Em média, 49,2% do imóvel rural no Brasil está dedicado à preservação ambiental. Esse valor é maior na Amazônia e menor na Região Sul, por exemplo, por força da lei. O agricultor brasileiro é o único no mundo a utilizar, em média, apenas metade de sua propriedade. A outra metade é preservada, sem nenhum subsídio ou compensação. As manchas brancas observadas no mapa das áreas preservadas, sobretudo na Amazônia, são terras públicas protegidas (unidades de conservação e terras indígenas) ou áreas devolutas.
Para honra e glória da biodiversidade planetária, a área total preservada pelos produtores rurais no Brasil supera a superfície individual de 185 dos 195 países existentes. Das nações do mundo, 95% têm individualmente um território inferior ao preservado pelos agricultores brasileiros. Apenas dez países têm área maior. Projetada sobre a Europa, a área de vegetação nativa nos imóveis rurais equivale à soma da superfície de 14 países daquele continente.
A imensa maioria dessas terras preservadas são privadas. Elas foram compradas e têm valor. A Embrapa Territorial estimou o valor do patrimônio fundiário imobilizado pelos produtores em prol do meio ambiente em cada município, em função de preços da terra. O valor total dessas terras, contabilizadas uma a uma, ultrapassa R$ 2 trilhões. Qual categoria profissional no Brasil imobilizou mais de R$ 2 trilhões de seu patrimônio privado para preservar a vegetação nativa? Quem no setor público ou privado? Quem no mundo urbano? Ninguém. Só o agricultor.
E o produtor rural ainda deve cuidar da área preservada. Se alguém roubar a madeira, se ocorrer um incêndio ou se o gado a invadir, ele receberá pesadas multas ambientais e poderá ter a produção embargada. Os produtores pagam a construção de cercas, as medidas de isolamento dessas áreas, a criação e a manutenção de aceiros contra o fogo e a vigilância — até armada em alguns casos. Eles agem como guardas-florestais benevolentes. E gastam bilhões de reais por ano em todo o país para restaurar e conservar as áreas de vegetação nativa no interior de seus imóveis rurais.
Quanto os agricultores recebem por esse esforço patrimonial e financeiro? Nada. Qual a retribuição pelos serviços ambientais prestados por essas áreas? Nenhuma. E recebem críticas e mais críticas de quem ainda acha pouco. Para estes, os agricultores deveriam fazer mais e ir além das exigências da legislação ambiental (sic), uma das mais severas do planeta.
Pagar por esses serviços ambientais seria viável, como prevê a lei federal? Recursos financeiros ajudariam muito a regeneração e a manutenção da vegetação. Pagar R$ 100 por hectare/mês pelos serviços ambientais dessas áreas preservadas representaria um desembolso anual da sociedade urbana para o mundo rural da ordem de R$ 272 bilhões. De onde sairia tal recurso? Ele seria quase dez vezes o gasto anual do Bolsa Família. Daí, então, melhor não gastar nada com o cuidado e a vigilância desses parquezinhos nacionais privados, decretados por lei federal nos imóveis rurais.
O bônus dos serviços ambientais das áreas preservadas fica para o bem de todos e felicidade geral da nação, das vilas e cidades, urbe et orbi. E o ônus da preservação fica para o produtor rural, o vilão do meio ambiente. Isso, sim, é uma vileza. É bom lembrar: a palavra vilão evoca o morador da cidade, da vila. Não o do campo. É tempo de conhecer e reconhecer o papel decisivo dos agricultores na preservação ambiental do Brasil.
ABIM
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Lusa
Uma viagem no tempo na Aldeia Histórica de Almeida com o Ciclo “12 em Rede”
No próximo dia 17 de julho é a vez da Aldeia Histórica de Almeida receber o Ciclo "12 em Rede - Aldeias em Festa", promovido pela Aldeias Históricas de Portugal - Associação de Desenvolvimento Turístico. Sob o tema "Roda dos Expostos", o evento levará visitantes e habitantes de Almeida numa inesquecível viagem no tempo, pela História, cultura, costumes e tradições da Aldeia Histórica. O dia terminará em grande, com concerto de Paulo de Carvalho e Victor de Zamora, pianista cubano.
Instituída, em Almeida, no ano de 1843, a roda dos expostos (ou dos “enjeitados”) consistia num mecanismo utilizado para abandonar (na linguagem da época, expor ou “enjeitar”) recém-nascidos, que ficavam ao cuidado das instituições de caridade. O mecanismo, em forma de tambor ou portinhola giratória, embutido numa parede, era construído de tal forma que, quem deixava a criança, não era visto por aquele que a recebia. Este modelo existiu por toda a Europa, a partir do século XVI.
A partir do tema e a época em que se contextualiza, o evento do Ciclo "12 em Rede - Aldeias em Festa" na Aldeia Histórica de Almeida, do próximo dia 17 de julho, promove visitas guiadas encenadas e comentadas, mas também momentos musicais e gastronómicos alusivos à altura, oferecendo, assim, a visitantes e habitantes de Almeida uma autêntica viagem no tempo.
O dia começará de forma muito doce, junto ao Turismo Municipal, com a doçaria e os saberes antigos em grande destaque, a partir das 10h00. Segue uma visita guiada e comentada por Augusto Moutinho Borges, historiador e professor universitário, com encenação e performance da equipa artística da Cooperativa Artística da Raia Beirã (CARB), dedicada ao mecanismo da "roda dos expostos", no século XVI, em Almeida.
O evento incluirá, também, uma apresentação de doçaria conventual, uma visita guiada dedicada ao culto da fé na Aldeia Histórica de Almeida, um showcooking com o chef Álvaro Costa e Olga Cavaleiro (cujo trabalho de investigação deu origem ao Projeto Receitas que Contam Histórias) e terminará com um concerto de Paulo de Carvalho e Victor Zamora, pianista cubano.
Devido à pandemia, a participação no evento será limitada e sujeita a inscrição prévia – mas a festa poderá ser sentida e vivida em todo o mundo, via streaming, no Facebook das Aldeias Históricas de Portugal.
A inscrição, que é gratuita, pode ser feita para a totalidade das atividades ou apenas para um momento específico, como um concerto ou uma visita guiada – sendo que o limite de participantes dependerá do espaço e da tipologia de cada atividade. Para se inscrever para o programa do evento da Aldeia Histórica de Almeida é necessário contactar o Posto de Turismo de Almeida, através do número 271 149 451 ou o e-mail turismo.almeida@cm-almeida.pt ou as Aldeias Históricas de Portugal, junto do número 275 913 395 ou do e-mail inovacao@
Este evento é promovido pela Associação de Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas de Portugal, numa organização do Município de Almeida, Associações e Agentes económicos locais. Uma iniciativa apoiada pelo Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE).
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Programa do evento e limite de participantes